CIRCUITO ELÉTRICO e
CONCEITO DE CIRCUITO ELÉTRICO – Indica o conceito de
circuito elétrico a extensão do condutor em que se movimenta uma corrente
elétrica, sempre que se sustente uma diferença de potencial em seus extremos.
O
circuito encerra um condutor de ida e outro de volta da corrente, abrangendo o
gerador e os aparelhos de utilização, a englobarem os serviços de geração,
transmissão, transformação e distribuição da energia.
Para a
execução de semelhantes atividades, as máquinas respectivas guardam consigo
recursos especiais, em circuitos elementares, como sejam os de geração e
manobra, proteção e medida.
CONCEITO DE CIRCUITO MEDIÜNICO - Aplica-se o conceito de circuito mediúnico à extensão do campo de integração magnética em que circula uma corrente mental,
sempre que se mantenha a sintonia psíquica entre os seus extremos ou, mais propriamente,
o
emissor e o receptor.
O
circuito mediúnico, dessa maneira, expressa uma “vontade-apelo” e uma “vontade-resposta”,
respectivamente, no trajeto, ida e volta, definindo o comando da entidade comunicante e a
concordância do médium, fenômeno esse exatamente aplicável tanto à
esfera dos Espíritos desencarnados, quanto à dos Espíritos encarnados, porquanto exprime
conjugação natural ou provocada nos domínios da inteligência,
totalizando os serviços de associação, assimilação, transformação
e transmissão
da energia mental.
Para
a realização dessas atividades, o emissor e o receptor guardam consigo
possibilidades particulares nos recursos do cérebro, em cuja intimidade se
processam circuitos elementares do campo nervoso, atendendo a trabalhos
espontâneos do Espírito, como sejam, ideação, seleção,
auto-crítica e expressão.
CIRCUITO ABERTO E CIRCUITO
FECHADO
– A corrente, em sentido convencional, no circuito elétrico, é expedida do pólo
positivo do gerador, circula nos aparelhos de utilização e volta ao gerador,
alcançando-lhe o pólo negativo, do qual passa, por intermédio do campo interno
do gerador, ao pólo positivo, prosseguindo em seu curso.
Entretanto,
para que a corrente se mantenha, é imprescindível que o interruptor de manobra
se demore ligado ou, mais claramente, que o circuito esteja fechado, de vez que
em regime de circuito aberto a corrente não circula.
A corrente mental no circuito mediúnico equilibra-se igualmente entre a entidade
comunicante e o médium, mas, para que se lhe alimente o fluxo
energético em circulação, é indispensável que o pensamento constante de
aceitação ou adesão do médium se mostre em equilíbrio ou, mais exatamente, é preciso que o circuito mediúnico permaneça fechado,
porque em regime de circuito aberto ou desatenção a
corrente de associação mental não se articula.
RESISTÉNCIA – Todo circuito
elétrico se evidencia por peculiaridades distintas, chamadas “constantes” ou
“parâmetros”, a saber: resistência, indutância e capacitância.
Resistência
é a propriedade que assinala o gasto de energia elétrica no circuito, como
provisão de calor, correspondendo à despesa de atrito em mecânica.
Igualmente no circuito mediúnico, a
resistência significa a dissipação de energia mental, destinada à sustentação
de base entre o Espírito comunicante e o médium.
INDUTÂNCIA – No circuito
elétrico, indutância é a peculiaridade através da qual a energia é acumulada no
campo magnético provocado pela corrente, impedindo-lhe a alteração, seja por aumento
ou por diminuição. Em vista da indutância, quando a corrente varia, aparece na
intimidade do circuito determinado acréscimo de força, opondo-se à mudança, o
que faz dessa propriedade uma característica semelhante ao resultado da inércia
em mecânica.
Se o
circuito elétrico em ação sofre abrupta solução de continuidade, o efeito em
estudo produz uma descarga elétrica, cujas conseqüências variam com a
intensidade da corrente, de vez que o circuito, encerrando bobinas e motores,
caracteriza-se por natureza profundamente indutiva, implementos esses que
não devem ser interrompidos de chofre e cujos movimentos devem ser reduzidos
devagar, único modo de frustrar o aparecimento de correntes extras, suscetíveis
de determinar fechamentos ou rupturas desastrosas para os aparelhos de
utilização.
Também no
circuito mediúnico verifica-se a mesma propriedade, ante a energia mento-eletromagnética armazenada no campo da
associação mental, entre a entidade comunicante e o médium, provocada pelo
equilíbrio entre ambos, obstando possíveis variações.
Em
virtude de semelhante princípio, se aparece alguma alteração na corrente
mental, surge nas profundezas da’ conjugação mediúnica certo aumento de força,
impedindo a variação. Se a violência interfere criando mudanças bruscas, a
indutância no plano mental determina uma descarga magnética, cujos efeitos se hierarquizam,
conforme a intensidade da integração em andamento, porquanto o circuito mediúnico; envolvendo implementos
fisiopsicossomáticos e tecidos celulares complexos no plano físico e no plano
espiritual; mostra-se fortemente indutivo e não deve ser submetido a
interrupções intempestivas, sendo necessário atenuar-se-lhe a intensidade,
quando se lhe trace a terminação, para que se impossibilite a
formação de extra-correntes magnéticas, capazes de operar desajustes e
perturbações físicas, perispiríticas e emocionais, de resultados imprevisíveis
para o médium, quanto para a entidade em processo de comunicação.
CAPACITÂNCIA – No circuito
elétrico, capacitância é a peculiaridade mediante a qual se permite a
acumulação da energia no campo elétrico, energia essa que acompanha a presença
da voltagem, revelando semelhança ao efeito da elasticidade em mecânica.
Os
aparatos que guardam energia no campo eletrostático do circuito são chamados
capacitores ou condensadores.
Um
capacitor, por exemplo, acumula energia elétrica, durante a carga,
restituindo-a ao circuito, por ocasião da descarga.
Em
identidade de circunstâncias, no circuito mediúnico, capacitância exprime a
propriedade pela qual se verifica o armazenamento de recursos espirituais no
circuito, recursos esses que correspondem à sintonia
psíquica.
Os
elementos suscetíveis de condensar essas possibilidades, no campo magnético da conjunção mediúnica, expressam-se na
capacidade conceptual e interpretativa na região mental do médium, que
acumulará os valores recebidos da entidade que o comanda, devolvendo-a com a
possível fidelidade ao serviço do circuito mediúnico na ação do intercâmbio.
Essas analogias são valiosas, compreendendo-se,
então, por que motivo, nas tarefas mediúnicas
organizadas para fins nobres, é sempre necessário a formação de um circuito
em que cada médium permanece subordinado ao tradicional “Espírito-guia” ou determinado
orientador da Espiritualidade.
[1] Fonte: Mecanismos da Mediunidade, Ditado pelo Espírito André Luiz, psicografia
de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, Editora FEB, Capitulo VI
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