sábado, 14 de dezembro de 2019

Conhecer a Mediunidade - ANALOGIAS DE CIRCUITOS


ANALOGIAS DE CIRCUITOS[1]
VELOCIDADE ELÉTRICA – Estudemos ainda alguns problemas primários da eletricidade para compreendermos com segurança os problemas do intercâmbio mediúnico.
Sabemos que a velocidade na expansão dos impulsos elétricos é semelhante à da luz, ou 300.000 quilômetros por segundo.
Fácil entender, assim, que se estendermos um condutor, qual o fio de cobre, numa extensão de 300.000 quilômetros, e se numa das extremidades injetarmos certa quantidade de elétrons livres, um segundo após a mesma quantidade de elétrons livres verterá da extremidade oposta.
Entretanto, devemos considerar que a velocidade dos elétrons depende dos recursos imanentes da pressão elétrica e da resistência elétrica do elemento condutor, como acontece à velocidade de uma corrente liquida que depende da pressão aplicada e da resistência do encanamento.
CONTINUIDADE DE CORRENTES – Compara-se vulgarmente a circulação da corrente elétrica num circuito fechado, na base do gerador e dos recursos que encerram a aparelhagem utilizada, ao curso da água em determinado setor de canalização.
Se sustentarmos uma pressão contínua sobre o montante líquido, com o auxílio de uma bomba, a linha colateral da artéria circulatória será traspassada sempre pela mesma quantidade d’água, no mesmo espaço de tempo, e se alimentarmos um circuito elétrico, através de um gerador, em regime de uniformidade, o grau de intensidade da corrente será constante, em cada setor do mesmo circuito.
Acontece que reduzida quantidade de elétrons produz correntes de força quase imperceptíveis, à maneira de apenas algumas gotas d’água que, arrojadas ao bojo do encanamento, não conseguem formar senão curso fraco e imperfeito.
Assim como se faz necessária uma corrente liquida, em circulação e massa constantes, é imperioso se façam cargas de bilhões de elétrons, por segundo, para que se mantenha a produção de correntes elétricas de valores contínuos.
EXPRESSÕES DE ANALOGIA – Aplicando os conceitos expendidos atrás, aos nossos estudos da mediunidade, recordemos a analogia existente entre os circuitos hidráulico, elétrico e mediúnico, nas seguintes expressões:
A.    Curso d’água – fluxo elétrico – corrente mediúnica.
B.    Pressão hidráulica – diferença de potencial elétrico, determinando harmonia – sintonia psíquica.
C.    Obstáculos na intimidade do encanamento – resistência elétrica do circuito, através dos condutores – inibições ou desatenções do médium, dificultando o equilíbrio no circuito mediúnico.
D.    Para que o curso d’água apresente pressão hidráulica uniforme, superando a resistência de atrito, é necessário o concurso da bomba ou a solução do problema de nível; – para que a corrente elétrica se mantenha com intensidade invariável, equacionando os impositivos da resistência elétrica, é imprescindível que o gerador assegure a diferença de potencial, nutrindo-se o movimento de elevada carga de elétrons, conforme as aplicações da força; – e para que se garanta a complementação do circuito mediúnico, com a possível anulação das deficiências de intercâmbio, é preciso que o médium ou os médiuns em conjunção para determinada tarefa se consagrem, de boamente, à manutenção do pensamento constante de aceitação ou adesão ao plano da entidade ou das entidades da Esfera Superior que se proponham a utilizá-los em serviço de elevação ou socorro. Tanto quanto lhes seja possível, devem os médiuns alimentar esse pensamento ou recurso condutor, sempre mais enriquecido dos valores de tempo e condição, sentimento e cultura, com o alto entendimento da obra de benemerência ou educação a realizar.
NECESSIDADES DA SINTONIA – Não se veja em nossas assertivas qualquer tendência à inutilização da vontade do médium, com evidente desrespeito à personalidade humana, inviolável em seu livre arbítrio.
Anotamos simplesmente as necessidades da sintonia, no trabalho das inteligências associadas para fins enobrecedores, porque, em verdade, os médiuns trazidos ao serviço de reflexão do Plano Superior, querem nas obras de caridade e esclarecimento, quer nas de instrução e consolo, precisarão abolir tudo o que lhes constitua preocupações-extras, tanto no que se refira à perda de tempo quanto no que se reporte a interesses subalternos da experiência vulgar, sustentando-se, por esforço próprio e não por exigência dos Espíritos Benevolentes e Sábios, em clima de responsabilidade, alegremente aceita, e de trabalho voluntário, na preservação e enriquecimento dos agentes condutores da sua vida mental, no sentido de valorizar a própria cooperação, com fé no bem e segura disposição ao sacrifício, no serviço a efetuar-se.
Naturalmente, estudamos, no presente registro, a mediunidade em ação construtiva e não o fenômeno mediúnico, suscetível de ser identificado a cada passo, inclusive nos problemas obscuros da obsessão.
DETENÇÃO DE CIRCUITOS – Cabe considerar que as analogias de circuitos apresentadas aqui são confrontos portadores de justas limitações, porquanto, na realidade, nada existe na circulação da água que corresponda ao efeito magnético da corrente elétrica, como nada existe na corrente elétrica que possa equivaler ao efeito espiritual do circuito mediúnico.
Recorremos às comparações em foco apenas para lembrar aos nossos companheiros de estudo a imagem de “correntes circulantes”, recordando, ainda, que a corrente líquida, comumente vagarosa, a corrente elétrica muito rápida e a corrente mental ultra-rápida podem ser adaptadas, controladas, aproveitadas ou conduzidas, não podendo, entretanto, suportar indefinida armazenagem ou detenção, sob pena de provocarem o aparecimento de charcos, explosões e rupturas, respectivamente.
CONDUÇÃO DAS CORRENTES – Na distribuição prestante das águas, no circuito hidráulico, são necessários reservatórios e canais, represas e comportas, em edificações adequadas.
Na aplicação da corrente elétrica, em circuitos correspondentes, não podemos prescindir como na administração da força eletromotriz, de alternadores inteligentemente estruturados, para a dosagem de correntes e voltagens diversas, com a produção de variadas utilidades.
E no aproveitamento da corrente mental, no circuito mediúnico, são necessários instrumentos receptores capazes de atender às exigências da emissão, para qualquer serviço de essência elevada, compreendendo-se, desse modo, que a corrente líquida, a corrente elétrica e a corrente mental dependem, nos seus efeitos, da condução que se lhes imprima.


[1] Fonte: Mecanismos da Mediunidade, Ditado pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, Editora FEB, Capitulo VII

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