quarta-feira, 28 de setembro de 2016

HÁ MUITA DIFERENÇA

HÁ MUITA DIFERENÇA

“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou.”
Atos, 3 - 6
É justo recomendar muito cuidado aos que se interessam pelas vantagens da política humana, reportando-se a Jesus e tentando explicar, pelo Evangelho, certos absurdos em matéria de teorias sociais.
Quase sempre, a lei humana se dirige ao governado, nesta fórmula: — “O que tens me pertence.”
O Cristianismo, porém, pela boca inspirada de Pedro, assevera aos ouvidos do próximo:
— “O que tenho isso te dou.”
Já meditaste na grandeza do mundo, quando os homens estiverem resolvidos a dar do que possuem para o edifício da evolução universal?
Nos serviços da caridade comum, nas instituições de benemerência pública, raramente a criatura cede ao semelhante aquilo que lhe constitui propriedade intrínseca.
Para o serviço real do bem eterno, fiar-se-á alguém nas posses perecíveis da Terra, em caráter absoluto?
O homem generoso distribuirá dinheiro e utilidades com os necessitados do seu caminho, entretanto, não fixará em si mesmo a luz e a alegria que nascem dessas dádivas, se as não realizou com o sentimento do amor, que, no fundo, é a sua riqueza imperecível e legítima.
Cada individualidade traz consigo as qualidades nobres que já conquistou e com que pode avançar sempre, no terreno das aquisições espirituais de ordem superior.
Não olvides a palavra amorosa de Pedro e dá de ti mesmo, no esforço de salvação, porquanto quem espera pelo ouro ou pela prata, a fim de contribuir nas boas obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de ajudar a si próprio.




Livro Pão Nosso cap.106, Espírito Emanuel, psicografia Francisco C. Xavier, Edit. FEB

TRÊS IMPERATIVOS

   TRÊS IMPERATIVOS

“E eu vos digo a vós: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”
Jesus
Lucas, 11-9
Pedi, buscai, batei...
Estes três imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados sem um sentido especial.
No emaranhado de lutas e débitos da experiência terrestre, é imprescindível que o homem aprenda a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de convenções sufocantes, preconceitos estéreis, dedicações vazias e hábitos cristalizados. É necessário desejar com força e decisão a saída do escuro cipoal em que a maioria das criaturas perdeu a visão dos interesses eternos.
Logo após, é imprescindível buscar.
A procura constitui-se de esforço seletivo, o campo jaz repleto de solicitações inferiores, algumas delas recamadas de sugestões brilhantes. É indispensável localizar a ação digna e santificadora. Muitos perseguem miragens perigosas, à maneira das mariposas que se apaixonam pela claridade de um incêndio. Chegam de longe, acercam-se das chamas e consomem a bênção do corpo.
É imperativo aprender a buscar o bem legítimo.
Estabelecido o roteiro edificante, é chegado o momento de bater à porta da edificação; sem o martelo do esforço metódico e sem o buril da boa-vontade, é muito difícil transformar os recursos da vida carnal em obras luminosas de arte divina, com vistas à felicidade espiritual e ao amor eterno.
Não bastará, portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo elevado.
Peçamos ao Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro dela, a fim de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade.
Pedi, buscai, batei...
Esta trilogia de Jesus reveste-se de especial significação para os aprendizes do Evangelho, em todos os tempos.




Livro Pão Nosso cap.109, Espírito Emanuel, psicografia Francisco C. Xavier, Edit. FEB

MAGNETISMO PESSOAL

   MAGNETISMO PESSOAL

“E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele uma virtude que os curava a todos.”
Lucas 6 - 19
Na atualidade, observamos toda uma plêiade de espiritualistas eminentes, espalhando conceitos relativos ao magnetismo pessoal, com tamanha estranheza, quais se estivessem perante verdadeira novidade do século 19.
Tal serviço de investigação e divulgação dos poderes ocultos do homem representa valioso concurso na obra educativa do presente e do futuro, no entanto, é preciso lembrar que a edificação não é nova.
Jesus, em sua passagem pelo Planeta, foi à sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração.
Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. D’Ele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes.
Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Se pretenderes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os orientadores terrestres te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos exemplos e das vivas demonstrações de Jesus.
Se intentas atrair, é imprescindível saber amar.
Se desejares influência legítima na Terra, santifica-te pela influência do Céu.



Livro Pão Nosso cap.110, Espírito Emanuel, psicografia Francisco C. Xavier, Edit. FEB

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

ESDE - ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPIRITA



ESDE ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA[1]
AULA - 01 (Tomo I / modulo I)
                          APRESENTAÇÃO / EXPLICAÇÕES
O ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, foi lançado, em Brasília-DF, na reunião anual do CFN - Conselho Federativo Nacional de novembro de 1983, em atendimento às expectativas do Movimento Espírita.
Esta Campanha, efetivada e representada em níveis graduais e sequenciais de aprendizado doutrinário, utilizou a técnica do trabalho em grupo como diretriz pedagógica. A sistematização do estudo espírita buscou, por outro lado, apoio nas seguintes orientações de Allan Kardec: “um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver os princípios da ciência e difundir o gosto pelos estudos sérios [...]”. (*)
Ao avaliar os resultados positivos apresentados pelo ESDE, ao longo dos já decorridos 33 anos, sobretudo em relação ao trabalho de unificação do Movimento Espírita e à união dos espíritas; percebemos que a aquisição do conhecimento doutrinário deve seguir o método indicado pelo próprio Codificador, conforme expressam estas suas palavras:
“Acrescentemos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado. Não sabemos como dar esses qualificativos aos que julgam a priori, levianamente, sem tudo ter visto; que não imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento indispensáveis. [...] O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá. [...] Quem deseje tornar-se versado numa ciência tem que a estudar metodicamente, começando pelo princípio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das ideias. (**)
Mantendo-se fiel no propósito de difundir o Espiritismo em todos os seus aspectos, com base nas obras da Codificação de Allan Kardec e no Evangelho de Jesus Cristo, a FEB - Federação Espírita Brasileira disponibiliza ao Movimento Espírita o novo ESDE. Trata-se de um programa mais compacto, adequado às exigências da vida atual, cujos assuntos, distribuídos pedagogicamente em dois níveis de aprendizado – Programa Fundamental e Programa Complementar.
O novo curso do ESDE oferece uma visão panorâmica e doutrinária do Espiritismo, fundamentada na ordem dos assuntos existentes em O Livro dos Espíritos, primeiro livro a ser Codificado, do qual se originou todos os demais codificados pó Allan Kardec.
O objetivo fundamental deste Curso é propiciar condições para o interessado, estudar o Espiritismo de forma séria, regular e contínua, tendo como base as obras codificadas por Allan Kardec e o Evangelho de Jesus.
A formatação, pedagógico-doutrinário utiliza o sistema de módulos para agrupar assuntos semelhantes, os quais são desenvolvidos em unidades básicas denominadas aulas; cada uma com suas referencias bibliográficas próprias; cuja duração de cada aula deve o estudante disponibilizar-se no mínimo sessenta minutos e no máximo noventa minutos, de preferência em grupo, que podem ser diárias ou semanais, a critério e disponibilidade do estudante.
(*) Obras Póstumas: Projeto 1868.
(**) O Livro dos Espíritos: Introdução, item 8.
1 - Material compilado a partir da Apostila Digitalizada do ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - capturada no site da Federação Espírita Brasileira. edição – 9ª Reimpressão – Do 107º ao 109º milheiro

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

SEXO TRANSVIADO

   SEXO TRANSVIADO
Ouvirás referências descaridosas, em torno do sexo transviado; no entanto, guardarás invariável respeito para com os acusados, sejam eles quais forem.
Muito fácil traçar caminhos no mapa.
Sempre difícil trilhá-los, debaixo da tempestade, às vezes sangrando as mãos para sanar dificuldades imprevistas.
É preciso saber penetrar fundo nas necessidades do espírito, para enxergá-las com segurança.
Aplica a bondade e a compreensão, toda vez que alguém se levante contra alguém, porque, em matéria de sexo, com raras exceções, todos trazem heranças dolorosas de existências passadas, dívidas a resgatar e problemas a resolver.
Muitos daqueles que apontam, desdenhosamente, os irmãos caídos em desequilíbrio emotivo, imaginando-se hoje anichados na Virtude, são apenas devedores em moratória, que enfrentarão, amanhã, aflitivas tentações e provações, quando soar o momento de reencontrarem os seus credores de outras eras.
Não condenarás.
Enunciando tais conceitos, não aceitamos os desvarios afetivos como sendo ocorrências naturais.
Propomo-nos defini-los por doenças da alma, junto das quais a piedade é trazida para silenciar apreciações rigoristas.
Nas quedas de sentimento, há que considerar não somente a fraqueza, necessitada de compaixão, mas também, e muito comumente, o processo obsessivo que reclama socorro ao invés de censura.
Não podemos medir a nossa capacidade de resistência, no lugar do companheiro em crise, e, por isso, é aconselhável caminhar com a misericórdia em quaisquer situações, para que a misericórdia não nos abandone quando a vida nos chame ao testemunho de segurança moral.
Se alguém caiu em desvalimento ou desceu à loucura, em assunto do coração, misericórdia para Ele!
Em todas as questões do sexo transviado, usa a misericórdia por base de qualquer recuperação.
E, quando a severidade nos intime a gritar menosprezo, acalentar maledicências, estender escárnio ou receitar punições, recordemos Jesus Cristo.
Aquele de nós que jamais tenha errado, em nome do amor, seja em pensamento ou palavra, atitude ou ação, atire a primeira pedra.



Livro: Encontro Marcado. Lição nº 3, Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O MAL, E O REMÉDIO

O MAL, E O REMÉDIO

Será a Terra um lugar de gozo, um paraíso de delícias?
Já não ressoa mais aos vossos ouvidos a voz do profeta?
Não proclamou ele; que haveria prantos e ranger de dentes para os que nascessem nesse vale de dores?
Esperai, pois, todos vós que aí viveis causticantes lágrimas e amargo sofrer e, por mais agudas e profundas sejam as vossas dores, volvei o olhar para o Céu e bendizei do Senhor por ter querido experimentar-vos...
Ó homens! dar-se-á não reconheçais o poder do vosso Senhor, senão quando ele vos haja curado as chagas do corpo e coroado de beatitude e ventura os vossos dias?
Dar-se-á não reconheçais o seu amor, senão quando vos tenha adornado o corpo de todas as glórias e lhe haja restituído o brilho e a brancura?
Imitai aquele que vos foi dado para exemplo. Tendo chegado ao último grau da abjeção e da miséria, deitado sobre uma estrumeira, disse ele a Deus: "Senhor, conheci todos os deleites da opulência e me reduzistes à mais absoluta miséria; obrigado, obrigado, meu Deus, por haverdes querido experimentar o vosso servo!"
Até quando os vossos olhares se deterão nos horizontes que a morte limita?
Quando, afinal, vossa alma se decidirá a lançar-se para além dos limites de um túmulo?
Houvésseis de chorar e sofrer a vida inteira, que seria isso, a par da eterna glória reservada ao que tenha sofrido a prova com fé, amor e resignação?
Buscai consolações para os vossos males no porvir que Deus vos prepara e procurai-lhe a causa no passado. E vós, que mais sofreis, considerais-vos os afortunados da Terra.
Como desencarnados, quando pairáveis no Espaço, escolhestes as vossas provas, julgando-vos bastante fortes para suportá-las. Por que agora murmurar?
Vós, que pedistes a riqueza e a glória, queríeis sustentar luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de corpo e espírito contra o mal moral e físico, sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, tanto mais gloriosa a vitória e que, se triunfásseis, embora devesse o vosso corpo parar numa estrumeira, dele, ao morrer, se desprenderia uma alma de rutilante alvura e purificada pelo batismo da expiação e do sofrimento.
Que remédio, então, prescrever aos atacados de obsessões cruéis e de cruciantes males?
Só um é infalível: a fé, o apelo ao Céu. Se, na maior acerbidade dos vossos sofrimentos, entoardes hinos ao Senhor, o anjo, à vossa cabeceira, com a mão vos apontará o sinal da salvação e o lugar que um dia ocupareis... A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. Não nos pergunteis, portanto, qual o remédio para curar tal úlcera ou tal chaga, para tal tentação ou tal prova. Lembrai-vos de que aquele que crê é forte pelo remédio da fé e que aquele que duvida um instante da sua eficácia é imediatamente punido, porque logo sente as pungitivas angústias da aflição.
O Senhor apôs o seu selo em todos os que nele creem. O Cristo vos disse que com a fé se transportam montanhas e eu vos digo que aquele que sofre e tem a fé por amparo ficara sob a sua égide e não mais sofrerá. Os momentos das mais fortes dores lhe serão as primeiras notas alegres da eternidade. Sua alma se desprenderá de tal maneira do corpo, que, enquanto se estorcer em convulsões, ela planará nas regiões celestes, entoando, com os anjos, hinos de reconhecimento e de glória ao Senhor.
Ditosos os que sofrem e choram!
Alegres estejam suas almas, porque Deus as cumulará de bem-aventuranças.
Santo Agostinho




Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edit. LAKE, cap. 5 item 19

EVITA CONTENDER

EVITA CONTENDER

 “Ao servo do Senhor não convém contender.”
Paulo
II Timóteo, 2: 24


Foge aos que buscam demanda no serviço do Senhor.
Não estão eles à procura de claridade divina para o coração. Apenas disputam louvor e destaque no terreno das considerações passageiras.
Analisando as letras sagradas, não atraem recursos necessários à própria iluminação e, sim, os meios de se evidenciarem no personalismo inferior.
Combatem os semelhantes que lhes não adotam a cartilha particular, atiram-se contra os serviços que lhes não guardam o controle direto, não colaboram senão do vértice para a base, não enxergam vantagens senão nas tarefas de que eles mesmos se incumbem. Estimam as longas discussões a propósito da colocação de uma vírgula e perdem dias imensos para descobrir as contradições aparentes dos escritores consagrados ao ideal de Jesus. Jamais dispõem de tempo para os serviços da humildade cristã, interessados que se acham na evidência pessoal. Encontram sempre grande estranheza na conjugação dos verbos ajudar, perdoar e servir. Fixam-se, invariavelmente, na zona imperfeita da humanidade e trazem azorragues nas mãos pelo mau gosto de vergastar. Contendem acerca de todas as particularidades da edificação evangélica e, quando surgem perspectivas, de acordo construtivo, criam novos motivos de perturbação.
Os que se incorporam ao Evangelho Salvador, por espírito de contenda, são dos maiores e dos mais sutis adversários do Reino de Deus.
É indispensável a vigilância do aprendiz, a fim de que se não perca no desvario das palavras contundentes e inúteis.
Não estamos convocados a querelar e, sim, a servir e a aprender com o Mestre; nem fomos chamados à entronização do “eu”, mas, sim, a cumprir os desígnios superiores na construção do Reino Divino em nós.



Livro Pão Nosso cap.98, Espírito Emanuel, psicografia Francisco C. Xavier, Edit. FEB

A FELICIDADE NÃO É...

A FELICIDADE NÃO É...

Não sou feliz!
A felicidade não foi feita para mim!
Exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: "A felicidade não é deste mundo."
Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Digo mais: nem mesmo reunidas essas três condições tão desejadas, porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram.
Diante de tal fato, é incontestável que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna. Neste mundo, por mais que faça cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações.
Assim, pois, os que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam, visto que demonstrado está, por experiência arquissecular, que só excepcionalmente este globo apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.
Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado.
O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai meus caros filhos, que falo dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela multidão.
Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares às provas e a expiação, forçoso é se admita que, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, conquanto aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. Tal a razão por que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados.
Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária. Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos. Essa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.
Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deve todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração. Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra felicidade



Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edit. LAKE, cap. 5 item 20

domingo, 11 de setembro de 2016

SEXO


   SEXO

“Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda a não ser para aquele que a tem por imunda.”
Paulo
Romanos, Cap. 14 vv 14

Quando Paulo de Tarso escreveu esta observação aos romanos, referia-se à alimentação que, na época, representava objeto de áridas discussões entre gentios e judeus.
Nos dias que passam o ato de comer já não desperta polêmicas perigosas, entretanto, podemos tomar o versículo e projetá-lo noutros setores de falsa opinião.
Vejamos o sexo, por exemplo. Nenhum departamento da atividade terrestre sofre maiores aleives. Fundamente cego de espírito, o homem, de maneira geral, ainda não consegue descobrir aí um dos motivos mais sublimes de sua existência. Realizações das mais belas, na luta planetária, quais sejam as da aproximação das almas na paternidade e na maternidade, a criação e a reprodução das formas, a extensão da vida e preciosos estímulos ao trabalho e à regeneração foram proporcionadas pelo Senhor às criaturas, por intermédio das emoções sexuais; todavia, os homens menoscabam o “lugar santo”, povoando-lhe os altares com os fantasmas do desregramento.
O sexo fez o lar e criou o nome de mãe, contudo, o egoísmo humano deu-lhe em troca absurdas experimentações de animalidade, organizando para si mesmo provações cruéis.
O Pai ofereceu o santuário aos filhos, mas a incompreensão se constituiu em oferta deles. É por isto que romances dolorosos e aflitivos se estendem, através de todos os continentes da Terra.
Ainda assim, mergulhado em deploráveis desvios, pergunta o homem pela educação sexual, exigindo-lhe os programas. Sim, semelhantes programas poderão ser úteis; todavia, apenas quando espalhar-se a santa noção da divindade do poder criador, porque, enquanto houver imundície no coração de quem analise ou de quem ensine os métodos não passarão de coisas igualmente imundas.



Livro Pão Nosso cap.94, Espírito Emanuel, psicografia Francisco C. Xavier, Edit. FEB

A FONTE INSIGINIFICANTE

   A FONTE INSIGNIFICANTE
Em 1962, Divaldo passou por uma grande provação, ficando vários dias sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante dor de cabeça.
Numa ocasião, não suportando mais, quando Joanna lhe apareceu, ele lhe falou:
- Minha irmã, a senhora sabe que eu estou passando por um grande problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?
- Por isso mesmo eu não te digo nada, porque é uma injustiça. E como é uma injustiça, não tem valor, Divaldo.
- Tu és quem está dando valor e quem dá valor à mentira, deve sofrer o efeito da mentira.
Porque, se tu sabes que não é verdade, por que estás sofrendo? Eu não já escrevi por tuas mãos:
“Não valorizes o mal”?
- Não tenho outro conselho a dar-te.
- Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral, porque eu não tenho a quem pedir.
- Então, ela falou:
- Vou dar-te palavras de conforto. Não esperes muito.
E contou-lhe a seguinte parábola:
_Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num bosque. Um dia, alguém por ali passando, com sede, atirou um balde e retirou água, sorvendo-a em seguida e se foi.
_A fonte ficou tão feliz que disse de si para consigo:
_Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma água preciosa!
_E orou a Deus:
_- Ajuda-me a dessedentar!
_Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.
_A fonte propôs:
_- Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me levasse além dos meus limites, para umedecer as raízes das árvores e correr a céu aberto.
_Veio então a chuva, ela transbordou e tomou-se um córrego.
_Animais, aves, homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.
_A fonte falou:
_- Meu Deus, que bom é ser um córrego! Como eu gostaria de chegar ao mar!
_E Deus fez chover abundantemente, informando:
_Segue, porque a fatalidade dos córregos e dos rios é alcançar o delta e atingir o mar. Vai!
_E o riacho tomou-se um rio, o rio avolumou as águas. Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira.
_O rio encontrou o seu primeiro impedimento.
_Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o tronco de madeira cerceava-lhe os passos. Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente.
_Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras inamovíveis, cujo volume ele não poderia remover. Ele parou, cresceu e as transpôs, até que chegou ao mar.
- Compreendeste?
- Mais ou menos.
- Todos nós somos fontes de Deus – disse ela. E como alguém um dia bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar à borda, e Deus, que é amor, atendeu-te.
- Quiseste atender aos sedentos, e Deus te mandou os Amigos Espirituais para tanto. Desejaste crescer, para alcançar o mar e Deus fez que a Sua misericórdia te impelisse na direção do oceano. Estavas feliz.
- Agora, que surgem empecilhos, por que reclamas?
- Não te permitas queixas.
- Se surge um impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque a tua fatalidade é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina.
- Nunca mais lamentes a respeito de nada.


.X.X.X
Parábola contada pelo espírito Joanna de Ângelis a Divaldo Franco num momento de grande angústia do médium.



Material recebido de um amigo meu, pelo WathsApp em 11.09.2016

sábado, 10 de setembro de 2016

ISSO É CONTIGO

   ISSO É CONTIGO

“E disse: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, responderam. Que nos importa? Isso é contigo.”
Mateus, Cap. 27 vv 4

A palavra da maldade humana é sempre cruel para quantos lhe ouvem as criminosas insinuações.
O caso de Judas demonstra a irresponsabilidade e as perversidades de quantos cooperam na execução dos grandes delitos.
O espírito imprevidente se considera os alvitres malévolos; em breve tempo se capacita da solidão em que se encontra nos círculos das consequências desastrosas.
Quem age corretamente encontrará; nos felizes resultados de suas iniciativas, aluviões de companheiros que lhe desejam partilhar as vitórias; entretanto, muito raramente sentirá a presença de alguém que lhe comungue as aflições nos dias da derrota temporária.
Semelhante realidade induz a criatura à precaução mais insistente.
A experiência amarga de Judas repete-se com a maioria dos homens, todos os dias, embora em outros setores.
Há quem ouça delituosas insinuações da malícia ou da indisciplina, no que concerne à tranquilidade interior, às questões de família e ao trabalho comum.
Por vezes, o homem respira em paz, desenvolvendo as tarefas que lhe são necessárias; todavia, é alcançado pelo conselho da inveja ou da desesperação e perturba-se com falsas perspectivas, penetrando, inadvertidamente, em labirintos escuros e ingratos. Quando reconhece o equívoco do cérebro ou do coração, volta-se, ansioso, para os conselheiros da véspera, mas o mundo inferior, refazendo a observação a Judas, exclama em zombaria: — “Que nos importa? Isso é contigo.”



Livro Pão Nosso cap.91, Espírito Emanuel, psicografia Francisco C. Xavier, Edit. FEB

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A ORIGEM DO BEM E DO MAL

   ORIGEM DO BEM E DO MAL

Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo toda sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede há de participar dos seus atributos, porquanto o que é infinitamente sábio, justo e bom nada pode produzir que seja ininteligente, mau e injusto. O mal que observamos não pode ter nele a sua origem.
Se o mal estivesse nas atribuições de um ser especial, quer se lhe chame Arimane, quer Satanás, ou ele seria igual a Deus, e, por conseguinte, tão poderoso quanto este, e de toda a eternidade como ele, ou lhe seria inferior.
No primeiro caso, haveria duas potências rivais, incessantemente em luta, procurando cada uma desfazer o que fizesse a outra, contrariando-se mutuamente, hipótese esta inconciliável com a unidade de vistas que se revela na estrutura do Universo.
No segundo caso, sendo inferior a Deus, aquele ser lhe estaria subordinado. Não podendo existir de toda a eternidade como Deus, sem ser igual a este, teria tido um começo. Se for criado, só o poderia ter sido por Deus, que, então, houvera criado o Espírito do mal, o que implicaria negação da bondade infinita.
Entretanto, o mal existe e tem uma causa.
Os males de toda espécie, físicos ou morais, que afligem a Humanidade, formam duas categorias que importa distinguir:
·         A dos males que o homem pode evitar
·         E a dos que lhe independem da vontade.
Entre os primeiros, cumpre se incluam os flagelos naturais.
O homem, cujas faculdades são restritas, não pode penetrar, nem abarcar o conjunto dos desígnios do Criador; aprecia as coisas do ponto de vista da sua personalidade, dos interesses factícios e convencionais que criou para si mesmo e que não se compreendem na ordem da Natureza. Por isso é que, muitas vezes, se lhe afigura mau e injusto aquilo que consideraria justo e admirável, se lhe conhecesse a causa, o objetivo, o resultado definitivo.
Pesquisando a razão de ser e a utilidade de cada coisa, verificará que tudo traz o sinete da sabedoria infinita e se dobrará a essa sabedoria, mesmo com relação ao que lhe não seja compreensível.
O homem recebeu em partilha uma inteligência com cujo auxílio lhe é possível conjurar, ou, pelo menos, atenuar os efeitos de todos os flagelos naturais. Quanto mais saber ele adquire e mais se adianta em civilização, tanto menos desastrosos se tornam os flagelos. Com uma organização sábia e previdente, chegará mesmo a lhes neutralizar as consequências, quando não possam ser inteiramente evitados. Assim, com referência, até, aos flagelos que têm certa utilidade para a ordem geral da Natureza e para o futuro, mas que, no presente, causam danos, facultou Deus ao homem os meios de lhes paralisar os efeitos.
Assim é que ele saneia as regiões insalubres, imuniza contra os miasmas pestíferos, fertiliza terras áridas e se indústria em preservá-las das inundações; constrói habitações mais salubres, mais sólidas para resistirem aos ventos tão necessários à purificação da atmosfera e se coloca ao abrigo das intempéries. É assim, finalmente, que, pouco a pouco, a necessidade lhe fez criar as ciências, por meio das quais melhora as condições de habitabilidade do globo e aumenta o seu próprio bem-estar.
Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse de temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria, nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impede para a frente, na senda do progresso.
Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades.
Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumpri-las.
A consciência lhe traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lhe lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte.
Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvida de que se poupariam aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim procede, é por virtude do seu livre-arbítrio: sofre então as consequências do seu proceder.
Entretanto, Deus, todo bondade, Pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega a que o excesso do mau moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência.
Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é atributo distinto; um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal. Não praticar o mal, já é um princípio do bem. Deus somente quer o bem; só do homem procede o mal. Se na criação houvesse um ser preposto ao mal, ninguém o poderia evitar; mas, tendo o homem a causa do mal em SI MESMO, tendo simultaneamente o livre-arbítrio e por guia as leis divinas, evitá-lo-á sempre que o queira.
Tomemos para termo de comparação um fato vulgar. Sabe um proprietário que nos confins de suas terras há um lugar perigoso, onde poderia perecer ou ferir-se quem por lá se aventurasse.
Que faz, a fim de prevenir os acidentes?
Manda colocar perto um aviso, tornando defeso ao transeunte ir mais longe, por motivo do perigo. Ai está à lei, que é sábia e previdente.
Se, apesar de tudo, um imprudente desatende ao aviso, vai além do ponto onde este se encontra e sai-se mal, de quem se pode ele queixar, senão de si próprio?
Outro tanto se dá com o mal: evitá-lo-ia o homem, se cumprisse as leis divinas. Por exemplo: Deus pôs limite à satisfação das necessidades: desse limite à saciedade adverte o homem; se este o ultrapassa, fá-lo voluntariamente.
As doenças, as enfermidades, a morte, que daí pode resultar, provêm da sua imprevidência, não de Deus.
Decorrendo, o mal, das imperfeições do homem e tendo sido este criado por Deus, dir-se-á, Deus não deixa de ter criado, se não o mal, pelo menos, a causa do mal; se houvesse criado perfeito o homem, o mal não existiria.
Se fosse criado perfeito, o homem fatalmente penderia para o bem. Ora, em virtude do seu livre-arbítrio, ele não pende fatalmente nem para o bem, nem para o mal.
Quis Deus que ele ficasse sujeito à lei do progresso e que o progresso resulte do seu trabalho, a fim de que lhe pertença o fruto deste, da mesma maneira que lhe cabe a responsabilidade do mal que por sua vontade pratique. A questão, pois, consiste em saber-se qual é, no homem, a origem da sua propensão para o mal.
Estudando-se todas as paixões e, mesmo, todos os vícios, vê-se que as raízes de umas e outros se acham no instinto de conservação, instinto que se encontra em toda a pujança nos animais e nos seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o ser nascido para a vida intelectual. O instinto se enfraquece, à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta domina a matéria.
O Espírito tem por destino a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente a exigências materiais lhe cumpre satisfazer e, para tal, o exercício das paixões constitui uma necessidade para o efeito da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Mas, uma vez saído desse período, outras necessidades se lhe apresentam a princípio semimorais e semimateriais, depois exclusivamente morais.
É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final. Se, ao contrário, ele se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o bruto. Nessa situação, o que era outrora um bem, porque era uma necessidade da sua natureza, transforma-se num mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como porque se torna prejudicial à espiritualização do ser. Muita coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no adulto. O mal e, pois, relativo e a responsabilidade é proporcionada ao grau de adiantamento.
Todas as paixões têm, portanto, uma utilidade providencial, visto que, a não ser assim, Deus teria feito coisas inúteis e, até, nocivas.
No abuso é que reside o mal e o homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio.
Mais tarde, esclarecido pelo seu próprio interesse, livremente escolhe entre o bem e o mal.



Livro: A Gênese, Allan Kardec, Edit. LAKE, cap. 3 itens 1 ao 10.