quarta-feira, 31 de outubro de 2018

PARENTELA


PARENTELA[1]

“E disse-lhe: Sai de tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar.”
Atos, 7:3


Nos círculos da fé, vários candidatos à posição de discípulos de Jesus queixam-se da sistemática oposição dos parentes, com respeito aos princípios que esposaram para as aquisições de ordem religiosa.
Nem sempre os laços de sangue reúnem as almas essencialmente afins.
Frequentemente, pelas imposições da consanguinidade, grandes inimigos são obrigados ao abraço diuturno, sob o mesmo teto.
É razoável sugerir-se uma divisão entre os conceitos de “família” e “parentela”.
O primeiro (família) constituiria o símbolo dos laços eternos do amor.
O segundo (parentela) significaria o cadinho de lutas, por vezes acerbas, em que devemos diluir as imperfeições dos sentimentos, fundindo-os na liga divina do amor para a eternidade.
A família não seria a parentela, mas a parentela converter-se-ia, mais tarde, nas santas expressões da família.
Recordamos tais conceitos, a fim de acordar a vigilância dos companheiros menos avisados.
A caminho de Jesus, será útil abandonar a esfera de maledicências e incompreensões da parentela e pautar os atos na execução do dever mais sublime, sem esmorecer na exemplificação, porquanto, assim, o aprendiz fiel estará exortando-a, sem palavras, a participar dos direitos da família maior, que é a de Jesus Cristo.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 62, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
 Fonte de imagem: https://www.kardecriopreto.com.br/evangelho-parentela-corporal-e-parentela-espiritual/

EGOÍSMO


EGOÍSMO[1]

A vaidade é filha legítima do egoísmo, pois o vaidoso é um “cego” que somente sabe ver a si próprio.
A vaidade é um desejo superlativo de chamar a atenção, ou a presunção de ser aplaudido e reverenciado perante os outros. É a ostentação dos que procuram elogios, ou a ilusão dos que querem ter êxito diante do mundo e não dentro de si mesmo.
Importante não olvidarmos que a vaidade atinge toda e qualquer classe social, desde as paupérrimas até as que atingiram o cume da independência econômica.
Francisco VI, duque de La Rochefoucauld, escritor francês do século XVII, dizia que “ficaríamos envergonhados de nossas melhores ações, se o mundo soubesse o que as motivou”.
A afirmativa é válida porque se refere às criaturas que fazem filantropia a fim de alimentar sua vaidade pessoal, impressionando o mundo para que os inclua no rol dos generosos e de grandes altruístas.
O orgulho está incluído entre os tradicionais pecados capitais do catolicismo. Como a vaidade é uma idéia justaposta ao orgulho, ela também se destaca como um dos mais antigos defeitos a serem combatidos na humanidade. No entanto, somente poderemos nos transformar se conseguirmos ver e perceber, em nós mesmos, as raízes da vaidade, visto que negá-la de modo obstinado é ficar estritamente vinculado a ela.
É oportuno dizer que não estamos nos referindo aqui ao esmero na maneira de andar, falar, vestir ou se enfeitar, que, em realidade, são saudáveis e naturais, mas a uma causa mais complexa e profunda. O motivo de nossas análises e observações é o estado íntimo do indivíduo vaidoso, ou seja, o que está por baixo do interesse dessa exibição e dessa necessidade de ser visto, a ponto de falsificar a si mesmo para chamar a atenção.
Na fase infantil, a conduta dos pais e sua filosofia de vida agem sobre as crianças, plasmando-lhes uma nova matriz à sua, já existente, bagagem espiritual. Ao produto de suas vidas passadas é anexada a visão dos adultos, membros de sua família atual. Portanto, através dos pais, verdadeiros “espelhos vivos”, as crianças assimilam suas primeiras noções de comportamento e modo de viver.
Filhos de pais orgulhosos podem-se tomar crianças exibicionistas, carregando uma grave dependência psíquica de destaque. Comportam-se para ser socialmente aceitas e para aparentar-se pessoas brilhantes.
Os vaidosos colocam máscaras de criaturas impecáveis e, evidentemente, transmitem aos filhos toda uma forma de pensar e agir alicerçada na preocupação com os rótulos e com a escala de valores pela qual foram moldados.
Outra causa do desenvolvimento da vaidade nas criaturas é a importância desmedida que dão às posses e propriedades. Na atualidade, por menor que seja a classe social em que se encontra constituída uma família, ainda é o dinheiro uma fonte absoluta de poder. Quem ganha mais reivindica no lar a autoridade, a atenção e o amor. A riqueza amoedada é conceituada como um dos instrumentos com o qual podemos manipular as pessoas e nos tomar um ponto de atração. Dessa forma, processa-se na criança uma educação do “tipo inintencional”, transmitida pelos adultos de forma involuntária, automática e despercebida, através do somatório dos gestos, das conversas, das atitudes ou dos comportamentos do dia-a-dia.
A presunção leva os indivíduos a se casar não por amor, mas a se unir a alguém que lhes proporcione um melhor “status” social, uma roda de amigos de projeção e um nome importante.
Enfim, as uniões matrimoniais acontecem, quase sempre, por interesse pessoal, sem se levarem em conta os reais sentimentos da alma.
A supervalorização social e econômica de determinada profissão ou emprego influencia as escolhas de conformidade com a realização externa, em detrimento das inclinações e vocações internas. Há profissões tradicionalmente ambicionadas, como medicina, engenharia e outras tantas de mais recente valorização nos dias atuais, que os pais almejam para os filhos, tentando assim solucionar suas próprias frustrações e evidenciar sua própria pessoa com o “brilho profissional” de seus familiares. Condicionando-os a viver uma existência estereotipada, justificam-se com a representação de uma dedicação e proteção ao ambiente doméstico, quando, na realidade, o que cultivam é o “prazer da notoriedade”.
Quando o eminente educador Allan Kardec indagou aos Semeadores da Era Nova qual a maneira de extirpar inteiramente do coração humano o egoísmo, fundado no sentimento do interesse pessoal, ele recebeu a seguinte orientação: “...o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria, influência de que o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pôde libertar-se e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis, sua organização social, sua educação. (...) O egoísmo assenta na importância da personalidade. Ora, o Espiritismo, bem compreendido, repito, mostra as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece, de certo modo, diante da imensidade...” (33)
A vaidade é filha legítima do egoísmo, pois o vaidoso é um “cego” que somente sabe ver a si próprio. Ora, essa importância ao “sentimento de personalidade”, da qual os Espíritos de Escol se reportam nada mais é do que a vaidade.
Além da educação familiar, os jornais, as revistas, os telejornais — ou seja, a mídia — cria todo um “mercado de personalidades” prósperas, mostrando suas fotos superproduzidas e seu modo de vida na opulência.
Novelas e filmes exibem os padrões a serem atingidos. As criaturas imaturas, que receberam uma educação voltada para esses valores superficiais, tentam se comparar e competir com os modelos da televisão ou com as estrelas e astros do cinema, gastando tempo e energia, porque se esquecem de que são incomparáveis.
As almas não são clichês umas das outras; todos têm características individuais e próprias.
Os ingredientes do sucesso do ser humano se encontram em sua intimidade.
Não há razão para nos compararmos com os demais, pois cada indivíduo tem sua razão de ser no Universo. Se a Natureza nos criou para sermos mangueiras, não devemos querer produzir como as laranjeiras. Lembremo-nos, contudo, de que, tal como a semente, que contém todos os elementos vitais para a formação de uma árvore, também nós possuímos, em essência, todos os componentes de que necessitamos para ser criativos, originais e bem-sucedidos.
Paulo de Tarso assim se reportava aos moradores da Galácia: “Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo”. (34)
À medida que os homens tomarem consciência do seu próprio mundo interior; reconhecerem-se filhos do Poder do Universo e instruir-se sobre as infinitas possibilidades da vida eterna, deixará a doentia preocupação com as aparências, a frustração crônica que possuem por imitar os outros e a “atitude de camaleão” que cultivam com uma autoimagem para agradar o mundo em seu redor.
X.X.X.X
A mesquinhez pode manifestar-se ou não com a acumulação de posses materiais, como também pode aparecer como um “refreamento de sentimentos” ou um “auto distanciamento do mundo.”
Kardec, o sistematizador dos ensinos espíritas na Terra, comenta: “... a propriedade que resulta do trabalho é um direito natural, tão sagrado quanto o de trabalhar e de viver.” E as Vozes do Céu, sob a direção do Espírito de Verdade, afirmam: “Não disse Deus: 'Não roubarás? ' E Jesus não disse: 'Dai a César o que é de César?” (35)
A avareza não deve ser entendida apenas como um “defeito” ou uma “falha” humana a ser corrigida de modo compulsório, mas precisa, naturalmente, ser compreendida em sua origem mais profunda.
A falta de generosidade e a insensibilidade em relação às necessidades dos outros têm raízes numa defesa psicológica que desencadeia nos indivíduos uma ruptura na conexão entre o seu conteúdo emocional e o seu conteúdo intelectual.
A criatura sovina isola-se em si mesma. Nada tem importância para ela, a não ser a contenção doentia e generalizada em relação à sua própria vida interior, e não só em relação aos outros, como se pensa habitualmente. A mesquinhez pode manifestar-se ou não com a acumulação de posses materiais, como também pode aparecer como um “refreamento de sentimentos” ou um “auto distanciamento do mundo”. Como a matriz interior se fundamenta numa necessidade reprimida da pessoa que não consegue se relacionar com outras, nem mesmo delas se aproximar para permuta de experiências e afetividade, ela se sente solitária e, assim, compensa-se, acumulando bens. Constrói torres e muralhas imensas para se proteger do empobrecimento que ela mesma vivencia, inconscientemente, há muito tempo — a escassez e a inibição da aproximação social e afetiva.
Cria toda uma atmosfera de autonomia por possuir valiosos objetos exteriores destinados a suprir a sensação de vulnerabilidade que sente ao lidar com as pessoas.
Na atualidade, tenta-se resgatar essa sensação do vácuo interior, existente na intimidade da alma humana, com uma reivindicação do desejo, cada vez maior, de possuir bens materiais. O grande fluxo de indivíduos que buscam os consultórios de psiquiatria e as clínicas das mais diversas especialidades médicas se deve a esse clima de insatisfação e de vazio existencial, que nada mais é que a colheita dos frutos do egoísmo — incapacidade de se relacionar, repressão dos sentimentos de amor e de fraternidade e a inconsciência de uma vida interna e eterna.
A indiferença e a frieza emocional, a apatia e o apego patológico, bem como o distanciamento das privações dos outros, são características marcantes das criaturas que alimentam uma paixão egoística pelos bens materiais. São conhecidas como sovinas, mesquinhas ou usurárias.
O trabalho interior sempre melhora a qualidade de nossa vida, pois passamos a conhecer a nós mesmos e o Universo como um todo, visto que somos levados também por um propósito precípuo cuja função é a de aprender a amar incondicionalmente.
Procuremos então viver, não como proprietários definitivos de nossas posses, mas apenas como usufrutuários delas.
A técnica para aprendermos a amar, usando de generosidade e desprendimento, é empregarmos nossos sentimentos e emoções com equanimidade, o que quer dizer, dar-lhes igual importância ou utilizá-los com imparcialidade. A seguir, faremos breves anotações, cuja observação acurada poderá nos fornecer dados importantes para comportamo-nos com racionalidade:
·         Caridade sem salvacionismo;
·         Humildade sem baixa estima;
·         Determinação sem atrevimento;
·         Obediência sem submissão;
·         Bondade sem anulação da personalidade;
·         Compaixão sem sentimentalismo;
·         Segurança sem impulsividade;
·         Perseverança sem obstinação.
A avareza é o produto de uma necessidade que se encontra na intimidade da psique humana.
Ela tenta enfeitar ou distrair o conflito com a busca de bens perecíveis, mas nunca consegue suprir a sensação de carência íntima.
Em síntese, o altruísmo é o amor desinteressado, resultado do “enriquecimento da vida interior”, enquanto a avareza é filha da “pobreza do mundo interior”, acarretando uma desumanização e uma obstrução da capacidade de amar.



Referencias:
33 LE - 917– Qual o meio de destruir-se o egoísmo?
De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria, influência de que o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pôde libertar-se e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis, sua organização social, sua educação. O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material e, sobretudo, com a compreensão, que o Espiritismo vos faculta, do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas. Quando, bem compreendido, se houver identificado com os costumes e as crenças, o Espiritismo transformará os hábitos, os usos, as relações sociais. O egoísmo assenta na importância da personalidade. Ora, o Espiritismo, bem compreendido, repito, mostra as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece, de certo modo, diante da imensidade. Destruindo essa importância, ou, pelo menos, reduzindo-a às suas legítimas proporções, ele necessariamente combate o egoísmo. (...)”
34 Gálatas 6:3
35 LE -  882 – Tem o homem o direito de defender os bens que haja conseguido juntar pelo seu trabalho?
“Não disse Deus: Não roubarás? ' E Jesus não disse: Dai a César o que é de César?”
Nota – O que, por meio do trabalho honesto, o homem junta constitui legítima propriedade sua, que ele tem o direito de defender; porque a propriedade que resulta do trabalho é um direito natural, tão sagrado quanto o de trabalhar e de viver.




[1] Livro: As Dores da Alma – Ditado pelo Espírito Hamed; psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, Edit. Boa Nova. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem: https://www.fasdapsicanalise.com.br/ego-que-bicho-e-esse/

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

PROVAS E BÊNÇÃOS


PROVAS E BÊNÇÃOS[1]

Esforçando-te por superar dificuldades e contratempos, nas áreas da reencarnação, recorda o patrimônio das bênçãos de que dispões afim de que os dissabores e empeços educativos da existência não te sufoquem as possibilidades de trabalhar e de auxiliar.
* * *
Atravessas incompreensões e tribulações em família. Entretanto, possuis saúde relativa e recursos, ainda que mínimos, para vencê-las construtivamente até que se extingam de todo.
* * *
Sofres com os entraves do parente difícil. Todavia, guardas contigo a luz da compreensão, de modo a ajudá-lo a solver os conflitos e inibições de que se sente objeto.
* * *
Trabalhas afanosamente na proteção econômica indispensável a vários entes queridos. Mas não te escasseiam energias e oportunidades de serviço, a fim de ampará-los até que possam dispensar o concurso mais intenso.
* * *
Respondes por determinadas tarefas de socorro material e espiritual em benefício de muitos, e em muitas circunstâncias sentes a presença da exaustão. No entanto, aparecem providencialmente criaturas e acontecimentos que te refazem as forças para que a obra continue.
* * *
Assumiste pesadas obrigações que te compelem a enormes prejuízos a favor de outrem, e, por vezes, te supões na total impossibilidade de satisfazer aos compromissos próprios. Contudo, novo alento te visita o espírito e pouco a pouco atinges a liquidação de todos os débitos que te oneram a responsabilidade.
* * *
Em todas as provas que te assaltam os dias considera a quota das bênçãos que te rodeiam. E, escorando-te na fé e na paciência, reconhecerás que a Divina Providência está agindo contigo e por teu intermédio, sustentando-te em meio dos problemas que te marcam a estrada, para doar-lhes a solução.


[1] Livro: Rumo Certo – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 03 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  https://www.filhosdeezequiel.com/bencao-de-deus/

domingo, 28 de outubro de 2018

CHAMA DIVINA


CHAMA DIVINA[1]


Ante os conflitos que explodem no mundo, conserva-te em paz.
Não te deixes envolver pelo pessimismo.
Continua servindo e abençoando a vida.
O bem triunfa sempre.
A pouco e pouco, o homem ergue-se das sombras para luz.
Não cedas às sugestões da descrença.
A dor desperta as consciências adormecidas.
Ora e confia no futuro.
Por mais se alteiem as labaredas do ódio, o amor é chama divina a dissipar o mal.
Lembra-te que o Senhor permanece Velando.


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  https://www.meuanjo.com.br/chama-divina/

O HOMEM COM JESUS


O HOMEM COM JESUS[1]

“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.”
Paulo
Filipenses, 4:4
Com Jesus, ergue-se o Homem:
Da treva à luz...
Da inércia ao serviço...
Da ignorância à sabedoria...
Do instinto à razão...
Da força ao direito...
Do egoísmo à fraternidade...
Da tirania à compaixão...
Da violência ao entendimento...
Do ódio ao amor...
Da posse mentirosa à procura dos bens imperecíveis...
Da conquista sanguinolenta à renúncia edificante...
Da extorsão à justiça...
Da dureza à piedade...
Da palavra vazia ao verbo criador...
Da monstruosidade à beleza...
Do vício à virtude...
Do desequilíbrio à harmonia...
Da aflição ao contentamento...
Do pântano ao monte...
Do lodo à glória...
Homem, meu irmão, regozijemo-nos em plena luta redentora!
Que píncaros de angelitude poderão alcançar se nos consagrarmos realmente ao Divino Amigo que desceu e se humilhou por nós?


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 61 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  https://juliofreitas.com/blog/deus-nao-e-amigo-de-todos/

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

CRISES


CRISES[1]


"Pai, me salva desta hora; mas para isto vim a esta hora."
Jesus
João 12:27
A lição de Jesus, neste passo do Evangelho, é das mais expressivas.
la o Mestre provar o abandono dos entes amados, a ingratidão de beneficiários da véspera, a ironia da multidão, o apodo na via pública, o suplício e a cruz, mas sabia que ali se encontrava para isto, consoante os desígnios do Eterno.
Pede a proteção do Pai e submete-se na condição do filho fiel.
Examina a gravidade da hora em curso, todavia reconhece a necessidade do testemunho.
E todas as vidas na Terra experimentarão os mesmos trâmites na escala infinita das experiências necessárias.
Todos os seres e coisas se preparam, considerando as crises que virão. É a crise que decide o futuro.
A terra aguarda a charrua.
O minério será remetido ao cadinho.
A árvore sofrerá a poda.
O verme será submetido à luz solar.
A ave defrontará com a tormenta.
A ovelha esperará a tosquia.
O homem será conduzido à luta.
O cristão conhecerá testemunhos sucessivos.
É por isso que vemos, no serviço divino do Mestre, a crise da cruz que se fez acompanhar pela bênção eterna da Ressurreição.
Quando pois te encontrares em luta imensa, recorda que o Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 58, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem: http://www.adcolheita.com.br/estudos.php?id=91

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

APÓSTOLOS


APÓSTOLOS[1]

“Porque tenho para mim que Deus a nós; apóstolo nos pôs por últimos, como condenados à morte, pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.”
Paulo
I Coríntios, 4:9

O apóstolo é o educador por excelência. Nele residem a improvisação de trabalho e o sacrifício de si mesmo para que a mente dos discípulos se transforme e se ilumine rumo à esfera superior.
O legislador formula decretos que determinam o equilíbrio e a justiça na zona externa do campo social.
O administrador dispõe dos recursos materiais e humanos, acionando a máquina dos serviços terrestres.
O sacerdote ensina ao povo as maneiras da fé, em manifestações primárias.
O artista embeleza o caminho da inteligência, acordando o coração para as mensagens edificantes que o mundo encerra em seu conteúdo de espiritualidade.
O cientista surpreende as realidades da Sabedoria Divina criadas para a evolução da criatura e revela-lhes a expressão visível ou perceptível ao conhecimento popular.
O pensador interroga, sondando os fenômenos passageiros.
O médico socorre a carne enfermiça.
O guerreiro disciplina a multidão e estabelece a ordem.
O operário é o ativo menestrel das formas, aperfeiçoando os vasos destinados à preservação da vida.
Os apóstolos, porém, são os condutores do espírito.
Em todas as grandes causas da Humanidade, são instituições vivas do exemplo revelador, respirando no mundo das causas e dos efeitos, oferecendo em si mesmos a essência do que ensinam a verdade que demonstram e a claridade que acendem ao redor dos outros.
Interferem na elaboração dos pensamentos dos sábios e dos ignorantes, dos ricos e dos pobres, dos grandes e dos humildes, renovando-lhes o modo de crer e de ser, a fim de que o mundo se engrandeça e se santifique. Neles surge a equação dos fatos e das ideias, de que se constituem pioneiros ou defensores, através da, doação total de si próprio, a benefício de todos. Por isso, passam na Terra, trabalhando e lutando, sofrendo e crescendo sem descanso, com etapas numerosas pelas cruzes da incompreensão e da dor.
Representando, em si, o fermento espiritual que leveda a massa do progresso e do aprimoramento, transitam no mundo, conforme a definição de Paulo de Tarso, como se estivessem colocados pela Providência Divina nos últimos lugares da experiência humana, à maneira de condenados a incessante sofrimento, pois neles; está condensada a demonstração positiva do bem para o mundo, a possibilidade de atuação para os Espíritos Superiores e a fonte de benefícios imperecíveis para a Humanidade inteira.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 57 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102014711