“Tomai sobre vós o meu jugo...”
Jesus
Mateus, 11:29
“Mas na união dos sexos a par da
lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina,
imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor.” ESE.
Cap. XXII - 3
Abençoa os conflitos que, tantas vezes, te amarfanham
o coração no carreiro doméstico, sempre que o lar apareça por ninho de
problemas e inquietações.
É aí entre; as quatros paredes do reduto familiar, que
reencontras a instrumentação do sofrimento reparador...
Amigos transfigurados em desafios à paciência...
Pais incompreensivos a te requisitarem entendimento...
Filhos convertidos em ásperos inquisidores da alma...
Parentes que se revelam por adversários ferrenhos sob
o disfarce da consanguinidade...
Lutas inesperadas e amargas que dilapidam as melhores
forças da existência pelo seu conteúdo de aflição...
Aceita as intimações do calvário doméstico, na feição
com que se mostrem, como que acolhe o remédio indispensável à própria cura.
Desertar será retardar a equação que a contabilidade
da vida exigirá sempre, na matemática das causas e dos efeitos.
Nesse sentido, vale recordar que Jesus não afirmou que
se alguém desejasse encontra-lo necessitaria proclamar-lhe as virtudes,
entretecer-lhe lauréis, homenagear-lhe o nome ou consagrar-se às atitudes de
adoração, mas, sim, foi peremptório, asseverando que os candidatos à integração
com ele precisariam carregar a própria cruz e seguir-lhe os passos, isto é,
suportarem com serenidade e amor, entendimento e serviço os deveres de cada
dia.
Bem-aventurado, pois, todo aquele que, apesar dos
entraves e das lágrimas do caminho sustentar nos ombros, ainda mesmo
desconjuntados e doloridos, a bendita carga das próprias obrigações.
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