terça-feira, 5 de janeiro de 2016

MISÉRIAS HUMANAS

MISÉRIAS HUMANAS

Admira-se de haver sobre a Terra tantas maldades e tantas paixões inferiores, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, concluindo-se que miserável coisa é a espécie humana. Esse julgamento decorre de uma visão estreita, que dá uma falsa ideia do conjunto.
É desnecessário considerar que toda a humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fração dela. Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo.
Ora, o que seria a população da Terra, diante da população total desses mundos?
Bem menos que a de um lugarejo em relação à de um grande império. A condição material e moral da humanidade terrena nada têm, pois, de estranho, se levar em conta o destino da Terra e a natureza de sua população.
Faríamos uma ideia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados; numa galé, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes.
Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as suas aflições sobrepujam os prazeres. Porque não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção os que não praticaram crimes, e nem os hospitais, nem as casas de correção, são lugares de delícias.
Ora, da mesma maneira que, numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra.
E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem; sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais.





Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Ed, LAKE Cap. 3 itens 6 e 7

domingo, 3 de janeiro de 2016

NÃO DUVIDE

NÃO DUVIDE

“O que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.”
Tiago
 (Tiago, 1:6)

Em teus atos de fé e esperança, não permitas que a dúvida se interponha, como sombra, entre a tua necessidade e o poder do Senhor.
A força coagulante de teus pensamentos, nas realizações que empreendes, procede de ti mesmo, das entranhas de tua alma, porque somente aquele que confia consegue perseverar no levantamento dos degraus que o conduzirão à altura que deseja atingir.
A dúvida, no plano externo, pode auxiliar a experimentação, nesse ou naquele setor do progresso material, mas a hesitação no mundo íntimo é o dissolvente de nossas melhores energias.
Quem duvida de si próprio, perturba o auxílio divino em si mesmo.
Ninguém pode ajudar àquele que se desajuda.
Compreendendo o impositivo de confiança que deve nortear para frente, insistamos no bem, procurando-o com todas as possibilidades ao nosso alcance.
Abandonemos a pressa e olvidemos o desânimo.
Não importa que a nossa conquista surja triunfante hoje ou amanhã.
Vale trabalhar e fazer o melhor que pudermos, aqui e agora, porque a vida se incumbe de trazermos aquilo que buscamos.
Avançar sem vacilações, amando, aprendendo e servindo infatigavelmente eis a fórmula de caminhar com êxito, ao encontro de nossa vitória.

E, nessa peregrinação incansável, não nos esqueçamos de que a dúvida será sempre o frio do derrotismo a inclinarmos para a negação e para a morte.

Livro: Fonte Viva, Cap 165, Espirita Emmanuel / Francisco C. Xavier