“E disse-lhe: Sai de
tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar.”
Atos, 7:3
Nos círculos da fé, vários candidatos à posição de discípulos de Jesus queixam-se da
sistemática oposição dos parentes, com respeito aos princípios que esposaram
para as aquisições de ordem religiosa.
Nem sempre os laços de sangue
reúnem as almas essencialmente afins.
Frequentemente, pelas imposições da consanguinidade, grandes inimigos são obrigados ao abraço diuturno,
sob o mesmo teto.
É razoável sugerir-se uma divisão entre os conceitos de “família” e “parentela”.
O primeiro (família) constituiria o símbolo dos laços eternos do
amor.
O segundo (parentela) significaria o cadinho de lutas, por vezes
acerbas, em que devemos diluir as imperfeições dos
sentimentos, fundindo-os na liga divina do amor para a eternidade.
A família não seria a parentela, mas a parentela converter-se-ia, mais tarde, nas santas expressões da
família.
Recordamos tais conceitos, a fim de acordar a vigilância dos
companheiros menos avisados.
A caminho de Jesus, será útil
abandonar a esfera de maledicências e incompreensões da parentela e
pautar os atos na execução do dever mais sublime, sem esmorecer na
exemplificação, porquanto, assim, o aprendiz fiel estará exortando-a, sem
palavras, a participar dos direitos da família maior, que é
a de Jesus Cristo.
Quando o humano ira compreender que a verdadeira família é a família Universal.
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