SER FELIZ[1]
“...
Assim, pois, aqueles que pregam ser a Terra a única morada do homem, e que só
nela, e numa só existência, lhe é permitido atingir o mais alto grau das
felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os
escutam...”
Evangelho Segundo o
Espiritismo – Cap. 05, item 20
As estradas que nos levam à
felicidade
fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser
exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização
de um constante trabalho interior.
Ser feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos
sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em
face das tarefas a que viemos desempenhar na Terra.
Nosso principal objetivo é progredir
espiritualmente
e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de
nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas
ao longo do nosso caminho.
No
entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade pela
felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos.
Como conseqüência; não
administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos próprios passos.
Tomamos
como jugo, deveres
que não são nossos e assumimos compromissos que pertencem ao
livre-arbítrio dos outros. O
nosso erro começa quando zelamos pelas outras pessoas e as protegemos,
deixando de segurar as rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.
Construímos
castelos no ar, sonhamos e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade
e, por entre ilusões românticas, investimos
toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos
sempre a decepções crônicas.
Ninguém
pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso
destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes
construtivas ou destrutivas.
A
destinação do ser humano é ser feliz, pois todos foram criados para desfrutar a
felicidade como efetivo patrimônio e direito natural.
O ser
psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por enquanto a
completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram
que não é necessário compreender
como os outros percebem a vida, mas sim como nós a percebemos,
conscientizando-nos de que cada criatura tem uma maneira única de ser feliz.
Para
sentir as primeiras ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que
é válido, conforme sua idade espiritual.
Para ser feliz
basta entender que a felicidade dos outros é também a nossa felicidade, porque
todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção Divina e formamos um
único rebanho, do qual, conforme as afirmações evangélicas, nenhuma ovelha
se perderá.
É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação
de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se comportassem de acordo com
nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito.
Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre
as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível.
A
felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos
agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa
forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo
como uma pessoa singular e distinta.
Nossa felicidade baseia-se numa adaptação
satisfatória à nossa vida social, familiar, psíquica e espiritual, bem como
numa capacidade de ajustamento às diversas situações vivenciais.
Felicidade não é simplesmente a
realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos
satisfazer com nossas reais possibilidades.
[1] Fonte: Livro – Renovando Atitudes – ditado do
Espírito Hammed, psicografia de Francisco
do Espírito Santo Neto, Boa Nova Editora e Distribuidora, 5.“ edição
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por compartilhar conosco seu ponto de vista,seja sempre bem vindo ao nosso cantinho!