PREGAÇÕES[1]
“E
ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas para que eu ali também pregue; porque
para isso vim.
Marcos, 1:38
Neste versículo de Marcos, Jesus
declara ter vindo ao mundo para a pregação.
Todavia, como a significação do conceito tem sido erroneamente
interpretada, é razoável recordar que, com semelhante assertiva, o Mestre incluía no ato de pregar todos os
gestos sacrificiais de sua vida.
Geralmente, vemos na Terra a missão de ensinar muito desmoralizada.
A ciência oficial dispõe de cátedras, a política possui tribunas, a religião fala de púlpitos.
Contudo, os que ensinam, com exceções louváveis, quase sempre se caracterizam
por dois modos diferentes de agir. Exibem certas atitudes quando pregam, e
adotam outras quando em atividade diária. Daí resulta a perturbação geral,
porque os ouvintes se sentem à vontade para mudar a “roupa do caráter”.
Toda dissertação moldada no bem é útil.
Jesus veio ao mundo para isso, pregou a verdade em todos os lugares, fez
discursos de renovação, comentou a necessidade do amor para a solução de nossos
problemas.
No entanto, misturou palavras e testemunhos vivos, desde a primeira
manifestação de seu apostolado sublime até a cruz.
Por pregação, portanto, o Mestre entendia
igualmente os sacrifícios da vida.
Enviando-nos divino ensinamento, nesse sentido, conta-nos o Evangelho
que o Mestre vestia uma túnica sem costura na hora suprema do Calvário.
[1] Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito
Emmanuel; psicografia de Francisco Candido Xavier, Cap. 38, Edit. FEB
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