"E
logo viu, e o foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto,
dava louvores a Deus."
Lucas 18:43
A atitude do cego de Jericó representa padrão
elevado a todo discípulo sincero do Evangelho.
O enfermo de boa-vontade procura primeiramente
o Mestre, diante da multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando
a Deus. E todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade
reunidos, volta-se para a confiança no Divino Poder.
A maioria dos necessitados, porém, assume
posição muito diversa. Quase todos os doentes reclamam a atuação do Cristo,
exigindo que a dádiva desça aos caprichos perniciosos que lhes são peculiares,
sem quaisquer esforços pela elevação de si mesmos à bênção do Mestre.
Raros procuram o Cristo à
luz meridiana; e, de quantos lhe recebem os dons, raríssimos são os que lhe
seguem os passos no mundo.
Daí procede à ausência da legítima glorificação
a Deus e a cura incompleta da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro
contacto com a fé.
Em
razão disso, a Terra está repleta dos que creem e descreem, estudam e não aprendem,
esperam e desesperam, ensinam e não sabem, confiam e duvidam.
Aquele que recebe dádivas pode ser somente
beneficiário.
O que, porém, recebe o favor e agradece-o,
vendo a luz e seguindo-a, será redimido.
É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com
o Cristo, mas não basta ver simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de
enxergar podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para
ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo,
escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho.
[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel;
psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 34, Edit. FEB
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