segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

ANO NOVO; NOVA JORNADA...


ANO NOVO! NOVA JORNADA... 

Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.
Allan Kardec.
O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.

Ao refletirmos sobre nossa caminhada através da Doutrina Espírita, nos perguntamos:
O que é ser espírita?
Kardec nos ensina, com seu bom senso, que necessário se faz cuidar da nossa transformação moral.
Diz ele: Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé.[1]
A proposta filosófica e moral do Espiritismo é a transformação pessoal de seus adeptos para melhor. A beleza e a sabedoria da filosofia espírita nos trazem respostas às mais perturbadoras questões, baseada na razão e na lógica.
Há mais de cento e sessenta anos, o Espírito de Verdade, à frente de uma legião de obreiros do bem trouxe a mensagem da Terceira Revelação, conforme a promessa de Jesus.
Aprendizes que somos da Doutrina do Cristo, restaurada em seus fundamentos simples e puros, sigamos difundindo as verdades eternas e imutáveis do Evangelho.
Não basta, no entanto, entusiasmo para a divulgação da Doutrina. É imprescindível a prática cristã.
Aquele que ensina sem dar o exemplo ensina apenas a teoria e não toca os corações. Ensina-nos o Espírito Emmanuel:
Espírita deve ser o teu caráter; ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.
Espírita deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.
Espírita deve ser o nome de teu nome, ainda que respires em aflitivos combates contigo mesmo.[2]
Apesar das respostas legitimas que a Doutrina nos traz, preenchendo os vazios filosóficos e culturais, trazendo as respostas para nossas dores e interrogações, muitos seguimos acomodados, sem abandonar velhos hábitos, vaidades e egoísmo. Seguimos a vida esperando soluções milagrosas para nossos problemas, julgando e exigindo perfeição dos companheiros sem nos preocuparmos com a própria reforma íntima.
Cremos na vida após a morte, no entanto não nos preparamos para esse futuro inadiável…
O espírita de coração, aquele no qual o Espiritismo encontra ressonância produzindo uma revolução para melhor, abre-se ao seu conteúdo e aprende a ser feliz, elegendo a caridade como estrada moral a palmilhar sem cansaço.
O verdadeiro espírita compreende todas essas ocorrências negativas e infelizes do Movimento no qual labora, sem desanimar nem rebelar-se.
Sabe que as defecções de muitos companheiros resultam da sua imaturidade espiritual e, em vez de exprobrá-los, permanece fraterno, mesmo quando hostilizado ou perseguido.
É manso sem emaranhar-se no cipoal da hipocrisia ou do servilismo perturbador.
A sua energia manifesta-se através da perseverança nas atividades doutrinárias que abraça.
Não tem a veleidade de impor-se, de converter os demais. São os seus atos que despertam a atenção, a crença que vivenciam.
O espírita verdadeiro não se sente completado, mas em construção evolutiva. Estuda sempre, observando as ocorrências e buscando retirar o melhor proveito, a fim de crescer emocionalmente sempre mais.[3]
Simplicidade. Eis a tônica da vida bem vivida.
Simplicidade. Eis o que se espera do espírita, dos trabalhadores espíritas, dos líderes espíritas, do Movimento Espírita no seu todo.
Simplicidade. Valor intrínseco na humildade. Virtude das maiores.[4]
Com certeza não deixaremos diminuir o entusiasmo pela Doutrina e sua divulgação apenas por estarmos longe da vivência integral dos ensinamentos do Cristo, mas, necessário se faz vigiar e orar sempre.
Nada se conquista sem trabalho e a jornada é lenta e laboriosa para quem busca os bens superiores. Busquemos na perseverança a coroação de nossos esforços.
A alma humana aprenderá a conhecer-se em sua natureza imortal, em seu futuro eterno. Espíritos, de passagem por esta Terra, compreenderemos que o nosso destino é viver e progredir incessantemente, através do infinito dos espaços e do tempo, a fim de nos iniciarmos sempre e cada vez mais nas maravilhas do Universo, para cooperarmos sempre mais intimamente na obra divina.
Compenetrados destas verdades, saberemos desprender-nos das coisas materiais e elevar bem alto as nossas aspirações. Sentir-nos-emos ligados aos nossos companheiros de jornada, na grande romaria eterna, ligados a todas as almas pela cadeia de atração e de amor que a Deus se prende e a todos nos mantém na unidade da vida universal.
Então as mesquinhas rivalidades, os odiosos preconceitos terão cessado para sempre. Todas as reformas, todas as obras de solidariedade receberão vigoroso impulso. Acima das pequenas pátrias terrestres veremos desdobrar-se a grande pátria comum: o céu iluminado.
De lá nos estendem os braços os Espíritos superiores. E todos, através das provas e das lágrimas, subimos das obscuras regiões às culminâncias da divina luz. O carreiro da misericórdia e do perdão está sempre franqueado aos culpados. Os mais decaídos podem se reabilitar, pelo trabalho e pelo arrependimento, porque Deus é justiça, Deus é amor.[5]










[1] KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.
[2] XAVIER, Francisco C. Religião dos Espíritos.
[3] FRANCO, Divaldo P./Vianna de Carvalho. Espiritismo e Vida, cap. 6.
[4] Jornal Mundo Espírita. Editorial de setembro 2006.
[5] DENIS, Léon. No Invisível, cap. XI.
* http://www.mundoespirita.com.br/?materia=ano-novo-nova-jornada 2/2

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