terça-feira, 16 de outubro de 2018

CULPA


CULPA[1]

As religiões foram criadas para retirar as criaturas da convenção e transportá-las à espiritualização, mas, na atualidade, algumas religiões se transformaram nas próprias convenções sociais.
Inúmeras crenças religiosas têm sido imensamente nocivas ao desenvolvimento das criaturas, pois usam frequentemente a culpa como forma de atemorizar. Com isso, obtêm a submissão dos indivíduos, conduzindo-os a seu bel-prazer.
Utiliza-se de comportamentos manipuladores baseados em crenças punitivas. Um dos conceitos mais apregoados é o de que a Divina Providência age através do castigo e da vingança e de que Deus, quando se decepciona conosco, impede-nos de desfrutar e participar das benesses do Reino dos Céus.
“A doutrina do fogo eterno (...) não produzirá bom resultado. (...) Se ensinardes coisas que mais tarde a razão venha a repeli!; causareis uma impressão que não será duradoura, nem salutar” (28)
As religiões foram criadas para retirar as criaturas da convenção e transportá-las à espiritualização, mas, na atualidade, algumas religiões se transformaram nas próprias convenções sociais.
Abordaremos agora algumas mensagens que produzem culpa e consequentemente infelicidade no íntimo das criaturas:
“Vocês desobedeceram às leis divinas, mas, se sofrerem bastante; talvez seja perdoado”.
“Vocês não entrarão na Casa de Deus, a menos que se sacrifiquem muito pelos necessitados”.
“Se vocês amassem ao Pai, não ousariam ter a atitude que tiveram”.
A culpa é frequentemente difundida por religiosos ortodoxos de forma consciente e até mesmo inconsciente, como meio de, produzindo temor nos fiéis, estabelecer dependência religiosa e determinar comportamentos e posturas de vida que acreditam serem corretas e convenientes às suas “nobres causas missionárias”.
Esquecem-se, porém, de que cada ser tem uma idade astral, que lhe permite ver e compreender a existência de forma específica e privativa. Também não se lembram de que a totalidade das culpas de um indivíduo não poderá transformar seu comportamento passado nem mesmo suas atitudes do presente. Portanto, a única forma possível de levá-lo a uma transformação interior é a mudança de entendimento e de atitude.
Somente através de uma real conscientização é que se estabelece o processo de amadurecimento das criaturas. Em outras palavras, tal conscientização se dá pelo somatório de suas experiências vivenciadas através do tempo, nunca pela imposição ou pelo receio.
“Sacrifique-se pelos necessitados” poderá ser uma recomendação equivocada, quando endereçada a uma pessoa psicologicamente fragilizada, pois, se ela não consegue nem mesmo ajudar a si mesma, obviamente se sentirá culpada por não conseguir ajudar o próximo.
Ela até poderá estar provida de boa vontade e tentar fazer alguma coisa, mas não conseguirá efetuar uma real ajuda, visto que é tão necessitada que dentro de si não há senão escuridão e desequilíbrio. Então, como poderá cooperar convenientemente com os outros?
Só poderemos prestar auxílio a alguém que estiver se afogando se soubermos nadar. Como ajudá-lo, se estivermos também nos afogando?
Na realidade, criaturas imaturas se consideram profundamente culpáveis, porque valorizam em excesso o que os outros dizem e pensam. Por lhes faltar independência interior, nem sempre reúnem condições de julgar seu próprio comportamento, pensamentos e emoções, responsabilizando-se pelas consequências que tais atos causam sobre elas.
Não creem que Deus lhes fala diretamente; ao contrário, necessitam de homens que se autodenominam “iluminados”, para conduzi-las, conforme julgue correto e justo. São infelizes.
Quando não se culpam, atribuem culpa aos outros. Não percebe que são elas mesmas que; determinam o seu destino!
A culpa não encontraria abrigo em nossa alma, se tivéssemos uma ampla fé no amor de Deus por nós e se acreditássemos que Ele habita em nosso âmago e sabe que somos tão bons e adequados quanto permite nosso grau de conhecimento e de entendimento sobre nossa vida interior e também exterior.
.X.X.X.

Aprenderam a vestir a túnica de “super-heróis”, tentando satisfazer e suprir as necessidades da família, e se culpavam quando não conseguiam resolver esses problemas.
Sábios são aqueles que acumularam conhecimentos não somente através do estudo das ciências, mas também pela prática e pela observação.
Sabedoria, portanto, é a soma de nossos conhecimentos coerentes obtidos em contato com os diversos acontecimentos da vida; não apenas o que foi adquirido pela instrução acadêmica, mas, acima de tudo, pelas experimentações, vivências, atividades e realizações nas mais variadas áreas, seja na atual existência, seja nas múltiplas encarnações que tivemos pelas noites dos tempos.
Sensatez, prudência, desempenho e erudição são patrimônios intransferíveis da alma humana, alicerçados na intimidade do próprio ser.
Dessa maneira, podemos entender que, quanto mais impedirmos as pessoas com as quais convivemos de agir e de pensar por si mesmas, mais estaremos dificultando suas oportunidades de amadurecimento e de crescimento espiritual. Os empreendimentos que os outros elegeram como os melhores para si deverão ser respeitados, pois os direitos naturais do homem lhes garantem a possibilidade de tomar decisões, errar, aprender, crescer, mudar e julgar a si mesmos.
Problemas são estímulos que a Vida nos apresenta para nos autoconhecer. Portanto, os fatos de nossa existência possuem valores imprescindíveis para nosso desenvolvimento interior e são de importância fundamental para o nosso interagir em face desses mesmos acontecimentos.
Alguns de nós aprendemos que deveríamos ser responsáveis pela felicidade dos outros, usando uma postura de “tomar conta”, ou seja, de supervisionar, comandar, insistir, seduzir, chorar, acusar, subornar, espionar, produzindo culpa em nós e nos outros e pedindo intervenções milagrosas, a fim de redimirmos e salvarmos as almas de nossos entes mais queridos.
Muitos indivíduos trazem um comportamento psicológico inadequado, adquirido desde a mais tenra idade, pela longa convivência com familiares difíceis e criaturas problemáticas que se diziam incapazes de se cuidar e se defender. Em decorrência disso, essas crianças assumiram responsabilidades que não lhes pertenciam e, para que pudessem sobreviver emocionalmente no lar em desajuste, aprenderam a vestir a túnica de “super-heróis”, tentando satisfazer e suprir as necessidades da família, e se culpavam quando não conseguiam resolver esses problemas.
Passaram a viver para controlar e proteger pais, irmãos, outros parentes, amigos e conhecidos à sua volta, preocupando-se, neurótica e compulsoriamente, em solucionar as dificuldades ou equacionar a vida dessas pessoas.
Desenvolveram ao longo do tempo relacionamentos doentios, nunca se preocupando com o que eles próprios sentem ou desejam, mas somente se interessando por aquilo que os outros estão sentindo e pensando. Trazem como lema “sua dificuldade é meu problema” ou “sua vontade é minha vontade”, assumindo obrigações pelo bem-estar, comportamento, decisões, emoções, pensamentos ou mesmo pelo destino de outras pessoas.
Não estamos nos referindo a atos de verdadeira caridade, compaixão e bondade, em que realmente a assistência é requisitada e desejada, mas sim ao ato neurótico de “tomar conta”. Por acreditarmos que as pessoas são “vítimas do mundo” e incapazes de cuidar de si mesmas, assumimos essa atitude salvacionista. Podemos traduzi-la como uma maneira de agir subestimando a capacidade dos indivíduos de crescer e evoluir. Capacidade essa que herdamos por direito divino.
A Providência Divina nos convoca a ser participantes na vida dos outros, jamais controladores.
“Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal. (...) Deus lhe deu a inteligência para distinguir um do outro.” (29)
Através da inteligência e do livre-arbítrio, ele consegue discernir e optar entre um e outro.
A Onipresença Divina nos garante Deus em toda parte, como também dentro de cada um de nós, e nos concede missões equivalentes ao nosso degrau evolutivo. Portanto, “Deus em nós” guia-nos sempre de maneira que possamos solucionar dificuldades apropriadas às nossas possibilidades evolutivas. Não devemos utilizar indevidamente a palavra “caridade” como justificativa para continuarmos a fazer aos outros; o que eles sabem, podem e são capazes de fazer.
Dessa forma, procuremos não distorcer a mensagem de Jesus Cristo sobre o “amor ao próximo”, visto que o auxílio real entre as criaturas estão alicerçados nas trocas benéficas a que todos nós somos convocados a realizar, mas devemos aprender quando não der e quando não executar tarefas da responsabilidade de outras pessoas, pois isso também faz parte da “Lei do Amor”.





Referencias:
28 LE - 974 Donde procede a doutrina do fogo eterno?
“Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade.”
LE - 974-a – Mas, o temor desse fogo não produzirá bom resultado?
“Vede se serve de freio, mesmo entre os que o ensinam. Se ensinardes coisas que mais tarde a razão venha a repelir; causareis uma impressão que não será duradoura, nem salutar.”
29 LE - 631 – Tem meio o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?




[1] Livro: As Dores da Alma – Ditado pelo Espírito Hamed; psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, Edit. Boa Nova. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem: https://estudantespirita.com.br/como-se-livrar-do-sentimento-de-culpa/

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

ELE ATENDERÁ


ELE ATENDERÁ[1]

Quando atravesses um instante considerado terrível, na jornada redentora da Terra, recorda que o desespero é capaz de suprimir-te a visão ou barrar-te o caminho.
Para muitos, esse minuto estranho aparece na figura da enfermidade; para outros, na forma da cinza com que a morte lhes subtrai temporariamente o sorriso de um ente amado.
Em muitos lugares, guarda a feição de crise espiritual, aniquilando a esperança; e, em outros ainda, ei-lo que surge por avalanche de provas encadeadas, baldando a energia.
* * *
Ninguém escapa aos topes de luta, que diferem para cada um de nós, segundo os objetivos que procuramos nas conquistas do Espírito.
Esse jaz atormentado de tentações, aquele padece abandono, aquele outro chora oportunidades perdidas e mais outro lamenta os desenganos da própria queda.
* * *
Se chegares a instante assim, obscurecido por nuvens de lágrimas, arrima-te à paciência, ouve a fé, aconselha-te com a reflexão e medita com a serenidade, mas não procures a opinião de esmorecimento.
* * *
Desânimo é fruto envenenado da ilusão que alimentamos a nosso respeito. Ele nos faz sentir pretensamente superiores a milhares de irmãos que, retendo qualidades não menos dignas que as nossas, carregam por amor fardos de sacrifício, dos quais diminutas parcelas nos esmagariam os ombros.
* * *
Venha o desânimo como vier, certifica-te de que a forma ideal para arredar-lhe a sombra será compreender, auxiliar e servir sempre.
* * *
Guardes o coração conturbado ou ferido, magoado ou desfalecente, serve em favor dos que te amparem ou desajudem, entendam ou caluniem.
Ainda que todos os apoios humanos te falhem de improviso, nada precisas temer.
Tens contigo, à frente e à retaguarda, à esquerda e à direita, a força do companheiro invisível que te resolve os problemas sem perguntar e que te provê com todos os recursos indispensáveis à paz e à sustentação de teus dias. Ele que ama, trabalha e serve sem descanso, espera que ames, trabalhes e sirvas quanto possas.
Sem que o saibas, ele te acompanha os pequeninos progressos e se regozija com os teus mais íntimos triunfos, assegurando-te tranquilidade e vitória. Ele que te salvou ontem, salvará também hoje.
Em qualquer tempo, lugar, dia ou circunstância, em que te sintas à beira da queda na tentação ou na angustia, chama por Ele.
Ele te atenderá pelo nome de Deus.


[1] Livro: Rumo Certo – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 01 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  https://gecasadocaminhosv.blogspot.com/2012/08/ele-atendera-emmanuel.html

domingo, 14 de outubro de 2018

NOS PASSOS DO SENHOR


NOS PASSOS DO SENHOR[1]


 “... Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para vida...”
Jesus;
Mateus, 7:4

Nos domínios da alma, não há conquista sem merecimento e não existe merecimento sem trabalho.
O caminho da ilusão é de fácil acesso, mas o que conduz à vida plena constitui permanente desafio e somente conseguem percorrê-lo os que já sabem renunciar.
A porta da felicidade que procuramos Abrir-se-á com a chave do dever cumprido.
Jesus traçou o caminho que precisamos percorrer por nós mesmos, sustentando nos ombros a cruz das provas remissoras.
Ninguém avança sozinho.
Os que seguem à frente nos auxiliam, mas, por nossa vez, devemos socorrer aos companheiros da retaguarda.
Prossigamos nos passos do Senhor e nada nos desnorteará.


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  https://www.ideepregaihoje.com.br/2014/12/nos-passos-do-senhor-jesus.html

sábado, 13 de outubro de 2018

SIGAMOS ATÉ LÁ


SIGAMOS ATÉ LÁ[1]

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.”
Jesus
João, 15:7

Na oração dominical, Jesus ensina aos cooperadores a necessidade de observância plena dos desígnios do Pai.
Sabia o Mestre que a vontade humana é ainda muito frágil e que inúmeras lutas rodeiam a criatura até que aprenda a estabelecer a união com o Divino.
Apesar disso, a lição da prece foi sempre interpretada pela maioria dos crentes como recurso de fácil obtenção do amparo celestial.
Muitos pedem determinados favores e recitam maquinalmente as fórmulas verbais.
Certamente, não podem receber imediata satisfação aos caprichos próprios, porque, no estado de queda ou de ignorância, o espírito necessita, antes de tudo, aprender a submeter-se aos desígnios divinos, a seu respeito.
Alcançaremos, porém, a época das orações integralmente atendidas.
Atingiremos semelhante realização quando estivermos espiritualmente em Cristo. Então, quanto quiser, ser-nos-á feito, porquanto teremos penetrado o justo sentido de cada coisa e a finalidade de cada circunstância.
Estaremos habilitados a querer e a pedir, em Jesus, e a vida se nos apresentará, em suas verdadeiras características de infinito, eternidade, renovação e beleza.
Na condição de encarnados ou desencarnados, ainda estamos caminhando para o Mestre, a fim de que possamos experimentar a união gloriosa com o seu amor. Até lá, trabalhemos e vigiemos para compreender a vontade divina.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 59 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://devocionaldiario.org/clasicos/clasicos-a-w-tozer-sigamos-en-pos-de-dios-2

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

CURA e CARIDADE


CURA e CARIDADE[1]

Cada vez que nos reportamos aos serviços da cura, é justo pensar nos enfermos, que transcendem o quadro da diagnose comum. 
Enxameiam, aflitos, por toda parte, aguardando medicação.
Há os que cambaleiam de fome, a esmolarem doses de alimentação adequada.
Há os que tremem desnudos, requisitando a internação em roupa conveniente.
Há os que caem desalentados, a esperarem pela injeção de bom ânimo.
Há os que arrojaram nos tormentos da culpa, rogando tranquilizantes do esquecimento. 
Há os que se conturbam nas trevas da obsessão a pedirem palavras de luz por drágeas de amor. 
Há os que choram de saudade nos aposentos do coração, suplicando a bênção do reconforto. 
Há os que foram mentalmente mutilados por desenganos terríveis, a suspirarem por recursos de apoio. 
E há, ainda, aqueles outros que se envenenaram de egoísmo e frieza, desespero e ignorância, exigindo a terapêutica incessante da desculpa incondicional.
x.x.x
Ajuda, sim, aos doentes do corpo, mas não desprezes os doentes da alma, que caminham na Terra, aparentemente robustos, carregando enfermidades imanifestas que lhes consomem o pensamento e desfiguram a vida. 
Todos podemos ser instrumentos do bem, uns para com os outros. 
Não esperes que o companheiro se acame prostrado ou febril para estender-lhe esperança e remédio. 
Auxilia-o, hoje mesmo, sem humilhar ou ferir, de vez que a verdadeira caridade, tanto quanto possível é tratamento indolor da necessidade humana. 
Os emissários do Cristo curam os nossos males em divino silêncio.
 Diante dos outros, procedamos nós igualmente assim. 


[1] Livro: Ideal Espírita – Ditado pelo Espírito André Luiz; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem: http://buenasnuevas.blogia.com/2016/octubre.php

MAIORAIS


MAIORAIS[1]


"E ele, assentando-se, chamou os doze e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o último de todos e servo de todos."
Marcos, 9:35

Ser dos primeiros na Terra não é problema de solução complicada.
Há maiorais no mundo em todas as situações. A ciência, a filosofia, o sacerdócio, tanto quanto a política, o comércio e as finanças podem exibi-los, facilmente.
Os homens principais da ciência, com legitimas exceções, costumam serem grandes presunçosos; os da filosofia, argutos sofistas do pensamento; os do sacerdócio, fanáticos sem compreensão da verdadeira fé. Em política, muitos dos maiorais são tiranos; no comércio, inúmeros são exploradores e, nas finanças, muitos deles não passam de associados das sombras contra os interesses coletivos.
Ser dos primeiros, no entanto, nas esferas de Jesus sobre a Terra, não é questão de fácil acesso à criatura vulgar.
Nos departamentos do mundo materializado, os principais devem ser os primeiros a serem servidos e contam com a obediência compulsória de todos.
Em Cristianismo puro, os espíritos dominantes são os últimos na recepção dos benefícios, porquanto são servos reais de quantos lhes procuram a colaboração fraterna.
É por isto que em todas as escolas cristãs há numerosos pregadores, muitos mordomos, turbas de operários, cooperadores do culto, polemistas valiosos, doutores da letra, intérpretes competentes, reformistas apaixonados, mas raríssimos apóstolos.
De modo geral, quase todos os crentes se dispõem ao ensino e ao conselho, prontos ao combate espetaculoso e à advertência humilhante ou vaidosa, poucos surgindo com o desejo de servir, em silêncio, convencidos de que toda a glória pertence a Deus.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 56, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem: http://www.nhm.ac.uk/discover/factfile-earth.html

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

CONTRIBUIR


CONTRIBUIR[1]

“Cada um contribua, segundo propôs em seu coração; não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama o que dá com alegria.”
Paulo
II Coríntios, 9:7

Quando se divulgou a afirmativa de Paulo de que Deus ama o que dá com alegria, muita gente apenas lembrou a esmola material.
O louvor, todavia, não se circunscreve às mãos generosas que espalham óbolos de bondade entre os necessitados e sofredores.
Naturalmente, todos os gestos de amor entram em linha de conta no reconhecimento divino, mas devemos considerar que o verbo contribuir, na presente lição, aparece em toda a sua grandiosa excelsitude.
A cooperação no bem é questão palpitante de todo lugar e de todo dia.
Qualquer homem é suscetível de fornecê-la.
Não é somente o mendigo que a espera, mas também o berço de onde se renova a experiência, a família em que acrisolamos as conquistas de virtude, o vizinho, nosso irmão em humanidade, e a oficina de trabalho, que nos assinala o aproveitamento individual, no esforço de cada dia.
Sobrevindo o momento de repouso diuturno, cada coração pode interrogar a si próprio, quanto à qualidade de sua colaboração no serviço, nas palestras, nas relações afetivas, nessa ou naquela preocupação da vida comum.
Tenhamos cuidado contra as tristezas e sombras esterilizadoras.
Má vontade, queixas, insatisfação, leviandades, não integram o quadro dos trabalhos que o Senhor espera de nossas atividades no mundo.
Mobilizemos nossos recursos com otimismo e não nos esqueçamos de que o Pai ama o filho que contribui com alegria.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 58 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  
   http://noticias.universia.net.mx/cultura/noticia/2018/05/30/1159895/como-puede-contribuir-tecnologia-trabajo-equipo.html

terça-feira, 9 de outubro de 2018

OS AMADOS


OS AMADOS[1]

“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores.”
Paulo
Hebreus, 6:9
Comenta-se com amargura o progresso aparente dos ímpios.
Admira-se o crente da boa posição dos homens que desconhecem o escrúpulo, muita vez altamente colocados na esfera financeira.
Muitos perguntam: “Onde está o Senhor que lhes não viu os processos escusos?”
A interrogação, no entanto, evidencia mais ignorância que sensatez.
Onde a finalidade do tesouro amoedado do homem perverso?
Ainda que experimentasse na Terra inalterável saúde de cem anos, seria compelido a abandonar o patrimônio para recomeçar o aprendizado.
A eternidade confere reduzida importância aos bens exteriores.
Aqueles que exclusivamente acumulam vantagens transitórias, fora de sua alma, plenamente esquecidos da esfera interior, são dignos de piedade. Deixarão tudo, quase sempre, ao sabor da irresponsabilidade.
Isso não acontece, porém, com os donos da riqueza espiritual. Constituindo os amados de Deus, sentem-se identificados com o Pai, em qualquer parte a que sejam conduzidos. Na dificuldade e na tormenta guardam a alegria da herança divina que se lhes entesoura no coração.
Do ímpio, é razoável esperarmos a indiferença, a ambição, a avareza, a preocupação de amontoar irrefletidamente; do ignorante, é natural recebermos perguntas loucas. Entretanto, o apóstolo da gentilidade exclama com razão:
Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores.”


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 59, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
 Fonte de imagem: https://www.psicronos.pt/artigos/resolver-a-dependencia-nas-relacoes-amorosas_50.html