POSTURA
NA CASA ESPÍRITA
A maior
alegria do dirigente espírita é ver sua casa cheia.
O perigo é
que para isso ele faz concessões que comprometem a nossa doutrina. Muitas vezes
a casa material está cheia, mas a casa espiritual (a matriz da casa na Terra) pode estar
vazia ou até mesmo ter sido fechada.
A disciplina é algo que passa longe dos
templos religiosos de todas as facções e o Espiritismo não está livre desses
vícios e liberalidades que destoam dos princípios evangélicos. A
impontualidade, a inconstância, a conversa inconveniente, quando não chula e
desrespeitosa, o ruído exagerado, crianças correndo ou chorando que prejudicam
o orador, o bocejo, a consulta ao relógio, como quem está enfadado e tantas
outras inconveniências.
Não descartamos também a indumentária
imprópria, especialmente em locais de clima quente, onde as pessoas defendem o
direito a pouca roupa devido ao calor; mesmo que a casa tenha ventiladores
suficientes ou ar condicionado. Verdadeiros desfiles de moda, quando o que se
esperava do praticante era que tivesse (como disse
Jesus) com veste nupcial.
Bezerra de Menezes no livro “Dramas da
Obsessão” fala sobre o ambiente na casa espírita e diz: Um Centro Espírita onde
as vibrações dos frequentadores encarnados ou desencarnados irradiem de mentes
respeitosas, de corações fervorosos onde a palavra emitida jamais se desloque
para futilidades e depreciações; onde em vez do gargalhar divertido se pratique
a prece, em vez de cerimônias e passatempos mundanos cogite o adepto da
comunhão mental com seus guias, será um centro fiel ao proposto pelos
organizadores do Espiritismo e detentor da confiança da Espiritualidade
esclarecida que o levará à dependência de organizações modelares do Espaço,
realizando-se então em seus recintos sublimes empreendimentos que honrarão seus
dirigentes nos dois planos da vida.
Precisamos ouvir a advertência dos Emissários
Celestes da espiritualidade esclarecida que nos recomendam o máximo respeito
nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar as frivolidade e a
indisciplina, a maledicência e a intriga, o comércio, o barulho e as atitudes
menos dignas de qualquer natureza.
Quando não procedemos conforme nos instruem
os Celestes Emissários, estamos nos sujeitando a atrair para tais atividades,
e, portanto, para a nossa instituição, bandos de entidades hostis, malfeitoras
e ignorantes do invisível, que virão interferir de forma negativa nos trabalhos
ali realizados, pois, os Espíritos Benfeitores não participam de atividades
frívolas nem de ambientes incompatíveis com a prática da verdadeira caridade.
Luiz Sérgio, espírito autor de mais de 30
livros também nos adverte, enfatizando sobre a roupa. Cada estação pede um
traje; em cada local nos vestimos diferente. As casas espíritas são hospitais
de almas. Devemos chegar a elas com trajes discretos e que não façam desviar a
atenção dos frequentadores para a nossa pessoa. Uma roupa sensual pode causar
transtornos em algum espírito menos evoluído.
Se não vamos a uma cerimônia com roupa de
banho, por que nos zangamos com a diretoria de uma Casa Espírita quando nos
pede roupas decentes?
As bermudas,
como as minissaias não são trajes para quem deseja orar. Os piores obsessores
são os encarnados. Eles é que muitas vezes atormentam os Espíritos que buscam
guarida no mundo espiritual.
Há quem diga que devemos respeitar o livre
arbítrio das pessoas. Respeitar o livre-arbítrio não é cooperar com a
indisciplina.
Casa sem disciplina é pasto de obsessores e a conduta dos seus frequentadores coopera muito para a boa assistência ou para o desequilíbrio.
Não vamos agir como cegos condutores de cegos.
Casa sem disciplina é pasto de obsessores e a conduta dos seus frequentadores coopera muito para a boa assistência ou para o desequilíbrio.
Não vamos agir como cegos condutores de cegos.
Jornal O Clarim – fevereiro 2017
Bons ensinamentos, para todos nós que frequentamos as casas Espíritas.
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