terça-feira, 20 de novembro de 2018

RIGIDEZ


RIGIDEZ[1]
O excesso de rigidez e severidade faz com que criemos um padrão mental que influenciará os outros para que nos tratem da mesma forma como os tratamos.
Teimosia é uma forma de rigidez da personalidade. É um apego obstinado às próprias ideias e gostos, nunca admitindo insuficiências e erros.
Conviver com criaturas que estão sempre com a razão, que acreditam que nasceram para ensinar ou salvar todo mundo e que jamais transgridem a nada, é viver relacionamentos desgastantes e insatisfatórios.
Quase sempre, fugimos desses indivíduos dogmáticos, incapazes de aceitar e considerar um ponto de vista diferente do seu. Nesses relacionamentos, ficamos confinados à representação de papéis instrutor-aprendiz, orientador-orientado, mentor-pupilo. Somente escutamos, nunca podemos expressar nossa opinião sobre os eventos e as experiências que compartilhamos.
As pessoas teimosas vão ao excesso do desrespeito, por não darem o devido espaço para as diferenças pessoais que existem nos amigos e familiares.
“... pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis a vós mesmos.” (39)
Os limites traçados pela natureza nos ensinam onde e quando devemos parar, bem como por onde e quando devemos seguir. A natureza respeita nossos dons próprios, ou seja, nossa individualidade. Assim, devemos também aceitar e respeitar nosso jeito exclusivo de ser, bem como a de todos aqueles com quem compartilhamos a existência terrena.
O excesso de rigidez e severidade faz com que criemos um padrão mental que influenciará os outros para que nos tratem da mesma forma como os tratamos. Poderemos ainda, no futuro, provocar em nós um sentimento de autopunição, pois estaremos usando para conosco o mesmo tratamento de austeridade e dureza. O arrependimento se associa à culpa, nascendo daí uma vontade de nos redimir pelos excessos cometidos, o que acarreta uma necessidade de expiação — o indivíduo se compraz com o próprio sofrimento.
Nossos limites se expressam de maneira específica e ninguém pode exigir igualdade de pensamento e ação de outro ser humano. Respeitando nossa singularidade, aprenderemos a respeitar a singularidade dos outros e sempre cairemos no excesso, quando não aceitarmos nosso ritmo de crescimento, bem como o do próximo.
Segundo Alfred Adler, a “compensação” é um dos métodos de defesa do ego e consiste num fenômeno psicológico que busca contrabalançar e dissimular nossas tendências inconscientes por nós consideradas reprováveis e que tentam vir à nossa consciência.
Os excessos de todo gênero funcionam, na maioria das vezes, como disfarce psicológico para compensar nossas tendências interiores. Exageramos posturas e inclinações na tentativa de simular um caráter oposto.
Atitudes exageradas de um indivíduo significam, quase sempre, o contrário do que ele declara.
Excesso de pudor – compensação de desejos sexuais normais reprimidos.
Excesso de afabilidade – compensação de agressividade mal elaborada.
Excesso de alimentação – compensação de insegurança ou necessidade de proteção.
Excesso de religião – compensação de dúvidas desmoralizadoras existentes na inconsciência.
Excesso de dominação – compensação de fragilidade e desamparo interior.
Atrás de todo excesso ou rigidez se encontra a não aceitação da naturalidade da vida, fora e dentro de nós mesmos.
.X.X.X
Os erros são quase que inevitáveis para quem quer avançar e crescer.
São acidentes de percurso, contingências do processo evolutivo que todos estamos destinados a vivenciar.
Quando agimos erroneamente é porque não sabemos como fazer melhor. Ninguém, de forma deliberada, tem o desejo de ser infeliz; portanto, ninguém escolhe o pior. Os feitos e as atitudes peculiares de cada criatura estão intimamente ligados a seu desenvolvimento físico, mental, social e moral.
Nossa maturidade espiritual é adquirida através das experiências evolutivas no decorrer de todos os tempos, seja na atualidade, seja no pretérito distante.
Tudo o que fazemos está relacionado com nossa idade astral. Inquestionavelmente, fazemos agora o que de melhor poderíamos fazer, porque estamos agindo e pensando conforme nossas convicções interiores; aliás, ela (a idade astral) é gradativa, pois está vinculada às nossas percepções evolutivas.
As criaturas que agem com austeridade em determinada circunstância acreditam que aquela é a melhor opção a tomar. Porém, quando o amadurecimento conduz-las a ter uma melhor noção a respeito dos relacionamentos humanos, elas assimilarão novas maneiras de se comportar e passarão a agir de forma coerente com seu novo entendimento. A concepção de bem se amplia de acordo com nosso desenvolvimento espiritual.
A proposta cristã “pagar o mal com o bem” sugere: castigar por castigar não transforma a criatura para o bem, mas somente o amor é capaz de sublimar e educar as almas.
A pena de morte é uma rigidez dos costumes humanos. Propõe matar o corpo físico como punição pelas faltas cometidas, com o esquecimento, porém, de que somente transfere a problemática para outras faixas da vida e cria revolta e desarmonia no ser em correção.
A dor apenas terá função dentro dos imperativos da vida, enquanto os homens não aceitarem que somente o amor muda e renova as criaturas.
O projeto da Vida Maior é conscientizar-nos, não sentenciar.
Nosso planeta está repleto de criaturas intelectualizadas e influentes, mas nem por isso sábias e habilitadas para todas as coisas. Por mais inteligente que seja o ser humano, sempre haverá um universo de coisas que ele desconhece.
Muitas pessoas matam, roubam e mentem sem vacilação alguma, mas será que sabem perfeitamente que isso não é certo?
Estar no intelecto não é a mesma coisa que estar na profundeza da alma. Ter informações e receber orientações não é a mesma coisa que integralizar o ensinamento, ou mesmo, saber por inteiro.
“... O homem julga necessária uma coisa, sempre que não descobre outra melhor. À proporção que se instrui, vai compreendendo melhormente o que é justo e o que é injusto e repudia os excessos cometidos, nos tempos de ignorância, em nome da justiça.” (40)
Os erros são quase que inevitáveis para quem quer avançar e crescer. São acidentes de percurso, contingências do processo evolutivo que todos estamos destinados a vivenciar.
Em vez de repelirmos nossos erros, deveríamos analisá-los atentamente como se fossem verdadeiros objetos de arte, evitando, assim, futuros comprometimentos.
Deus permite que o erro integre o nosso caminho. Aliás, ele faz parte das nossas condições evolutivas, para que possamos aprender e assimilar as experiências da vida. Os erros são ocorrências consideradas admissíveis pela legislação do Criador.
Deus não condena ou castiga ninguém, mas o oposto: instituiu leis harmoniosas e justas que nos conduzirão fatalmente à felicidade plena, apesar de nossas faltas e desacertos.
Por que então usar de rigidez perante os acontecimentos da vida?


Referencias:
39 LE - 713 – Traçou a Natureza limites aos gozos?
“Traçou, para vos indicar o limite do necessário. Mas, pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis a vós mesmos.”
40 LE - 762 - A pena de morte, que pode vir a ser banida das sociedades civilizadas, não terá sido de necessidade.
em épocas menos adiantadas?
Necessidade não é o termo. O homem julga necessária uma coisa, sempre que não descobre outra melhor. À proporção que se instrui, vai compreendendo melhormente o que é justo e o que é injusto e repudia os excessos cometidos, nos tempos de ignorância, em nome da justiça.


[1] Livro: As Dores da Alma – Ditado pelo Espírito Hamed; psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, Edit. Boa Nova. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem: http://fraterluz.blogspot.com/2015/06/rigidez-hammed.html

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

DIANTE DA PAZ


DIANTE DA PAZ[1]

Entendendo-se a paciência, à maneira de ciência da Paz, não procures a Paz, à distância, de vez que ela reside em ti mesmo.
* * *
A Paz, no entanto, baseia-se na lei da troca que mantém o equilíbrio do Universo, através do binômio “dar e receber”.
Semeia a Paz, a fim de que a recolhas.
Quando te não seja possível providenciar a segurança do ambiente fustigado de inquietação, imagina a Paz por intermédio da palavra e do pensamento.
* * *
Ante os enfermos, cala os assuntos suscetíveis de criar agitação e oferece-lhes a tranquilidade, relacionando temas capazes de garanti-la, entretanto, se o verbo não te for facultado, envia ideia de reconforto e encorajamento aos doentes, diligenciando proteger-lhes as forças mentais, ameaçadas de desgoverno.
Surpreendendo a discórdia, permanece com a verdade e aclara o caminho, mas emite pensamentos de paz, no rumo dos irmãos em contenda; e, se podes falar, pronuncia a frase edificante que consiga ajudar a extinguir os focos de perturbação ou desequilíbrio.
* * *
Renteando com alguma criatura menos feliz, por maiores sejam os motivos que a tornem pouco simpática, rememora os vínculos de fraternidade que nos unem fundamentalmente uns aos outros e procura ampará-la mentalmente, abençoando-lhes a presença com silenciosas mensagens de amor e renovação.
* * *
Se receberes notícias acerca das aflições e provas de alguém, endereça a esse alguém pensamentos de compreensão e consolo que lhe favoreçam o reajuste.
* * *
Conversando, acalma os que te ouvem.
Escrevendo, articula imagens de otimismo e confiança, serenidade e alegria.
* * *
Lembrando amigos ou inimigos, envia-lhes votos de êxito nas tarefas e compromissos que abracem.
* * *
Seja a quem seja, auxilia como e quanto puderes afim de que todos os que se comunicam contigo permaneçam em Paz e Alegria.
* * *
Cada consciência, na Excelsa Criação de Deus, é núcleo de vida independente na Vida Imperecível.
* * *
Reflete na importância de tua própria imortalidade e recorda, onde estejas que a paz de teu ambiente começa invariavelmente de ti.


[1] Livro: Rumo Certo – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 06 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: http://espiritananet.blogspot.com/2008/06/diante-da-paz.html

domingo, 18 de novembro de 2018

EU NÃO SABIA


EU NÃO SABIA[1]
Maria Dolores

Vai ao recanto onde a penúria chora...
Fitarás o apogeu do desconforto:
Jovens lembrando náufragos sem porto,
Atirados à dor que os desarvora...

Criancinhas na febre que as devora,
Mães sozinhas lutando contra o aborto,
Doentes de olhar vago e semimorto,
Esperando a oração da última hora...

Estenderás a todos a parcela
Da bondade que trazes, doce e bela,
Em fatias de pão, esperança e alegria!...

No lar, porém, dirás ao Pai Celeste:
“Obrigado! meu Deus, por tudo o que me deste,
Por tudo o que me deste e eu não sabia “...


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
 Fonte da imagem:  https://pt.depositphotos.com/11384992/stock-photo-3d-business-man-green-question.html

sábado, 17 de novembro de 2018

O SENHOR DÁ SEMPRE


O SENHOR DÁ SEMPRE[1]

“Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai Celestial o Espírito Santo aqueles que lho pedirem?”
Jesus
Lucas, 11:13

Um pai terrestre, não obstante o carinho cego com que muitas vezes envolve o coração, sempre sabe cercar o filho de dádivas proveitosas.
Por que motivo o Pai Celestial, cheio de sabedoria e amor, permaneceria surdo e imóvel perante as nossas súplicas?
O devotamento paternal do Supremo Senhor nos rodeia em toda parte.
Importa, contudo, não viciarmos o entendimento.
Lembremo-nos de que a Providência Divina opera invariavelmente para o bem infinito.
Liberta a atmosfera asfixiante com os recursos da tempestade.
Defende a flor com espinhos.
Protege a plantação útil com adubos desagradáveis.
Sustenta a verdura dos vales com a dureza das rochas.
Assim também, nos círculos de lutas planetárias, acontecimentos que nos parecem desastrosos, à atividade particular, representam escoras ao nosso equilíbrio e ao nosso êxito, enquanto que fenômenos interpretados como calamidades na ordem coletiva constituem enormes benefícios públicos.
Roga, pois, ao Senhor a bênção da Luz Divina para o teu coração e para a tua inteligência, a fim de que te não percas no labirinto dos problemas; contudo, não te esqueças de que, na maioria das ocasiões, o socorro inicial do Céu nos vem ao caminho comum, através de angústias e desenganos.
Aguarda, porém, confiante, a passagem dos dias. O tempo é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura a saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 63 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  https://www.diocesedeblumenau.org.br/site/blog/senhor-da-nos-sempre-desse-pao/

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

AMOR E MATIZES


AMOR E MATIZES[1]

O amor é um tesouro que mais se multiplica à medida que se reparte.
Alcança-se a plenitude terrena quando se consegue amar.
Amar, sem qualquer condicionamento ou imposição, constitui a meta que todos devem perseguir, a fim de atingir o triunfo existencial.
O amor é um diamante que, para poder brilhar, necessita ser arrancado da ganga que o envolve no seu estágio primário.
Nasce do coração no rumo da vida, expandindo-se na razão direta em que conquista espaço interno, sempre mais expressivo e irradiante.
É realização do sentimento que se liberta do egoísmo, que se transmuda em compaixão, em solidariedade, em compreensão.
Possuidor de emoções superiores, expressa o nível de evolução de cada ser, à medida que se agiganta.
Quando alguém empreende a tarefa de ser aquele que ama, ocorre uma revolução significativa no seu psiquismo, e todo ele se transforma numa chama que ilumina sem consumir-se, numa tranquilidade que não se altera.
Não poucas vezes, aquele que desperta para o amor experimenta frustração e conflito, por não ser entendido ou esperar que os resultados do seu empenho sejam imediatos e logo a plantação de ternura seja abençoada pelas flores perfumadas da recompensa.
Trata-se, essa reflexão incorreta, de algum remanescente ainda egoístico em torno de equivocado conceito sobre o amor.
É muito gratificante acompanhar o desenvolvimento de qualquer empresa, observando os resultados que apresenta os frutos que produz as gratificações que oferece.
No entanto, não é essa a resposta do empreendimento afetivo.
Não estando às criaturas acostumadas ao amor, mas sim à convivência com as utopias, os interesses mesquinhos e competitivos, quando o defrontam, afligem-se, desconfiam, reagem negativamente, recusam-no. É perfeitamente natural essa conduta, porque defluente do desconhecimento dos inexcedíveis benefícios do amor.
Tudo quanto é inusitado inspira suspeição. Porque alguém não se sente em condições de amar, não acredita que outrem se encontre nesse patamar do sentimento elevado.
O amor, porém, que insiste e persevera, termina por vencer quaisquer resistências, porque não se impõe, não gera perturbação, não toma, somente oferece.
O amor torna o ser compreensivo e dedicado, emulando-o a prosseguir na sementeira da bondade, do bem-estar próprio e geral. O amor é sempre mais enriquecedor para quem o cultiva e esparze-o do que para os demais.
O amor apresenta-se em variados matizes, que são resultados das diversas facetas da mesma gema, refletindo a luz em tonalidades especiais, conforme o ângulo de sua captação.
Se expressa num misto de ternura e de companheirismo, de interesse pelo êxito do outro e de compreensão das suas dificuldades, de alegria pelas suas conquistas e de compaixão pelos seus desaires, de generosidade que se doa e de cooperação que ajuda.
Mesmo quando não aceito, não se entristece nem descamba em reações psicológicas de autopiedade, preservando-se do luxo de manter ressentimento, ou de propor o afastamento de quem o não recebe.
Pelo contrário, continua na sua tarefa missionária de enriquecer, às vezes desaparecendo da presença para permanecer em vibrações de doçura e de paz, sustentando o opositor e diluindo-lhe as impressões perturbadoras.
Deve ser enunciado ou pode manter-se em silêncio, a depender das circunstâncias, das ocorrências, dos fenômenos que se derivam dos relacionamentos.
O importante é que se transforme em ação paciente e protetora, sem asfixiar nem dominar a quem quer que seja.
Nunca desfalece, quando autêntico, embora haja momentos em que a sua luz bruxuleia um pouco, necessitando do combustível da oração que o fortalece por vincular a criatura ao seu Criador, de Quem promana como inefável recurso de plenitude.
Quando os relacionamentos humanos experimentarem o estímulo do amor, os famigerados adversários da sociedade – guerras, calamidades, fome, violência, vícios – desaparecerão naturalmente, porque desnecessários entre os seres, em razão de os seus conflitos, agora atenuados, não mais buscarem esses mecanismos infelizes de sobrevivência, de exaltação do ego ou de dominação arbitrária do seu próximo.
O amor tudo pode e tudo vence. Não se afadigando mediante a pressa, se estende ao longo do tempo como hálito de vida que a mantém e brisa cariciosa que a beneficia.
Onde se apresenta o amor, os espectros do ódio, do ciúme, da cizânia, da maledicência, da perversidade, da traição, do orgulho se diluem, cedendo-lhe o espaço para a fraternidade, a confiança irrestrita, a união, a estimulação, a bondade, a fidelidade, a simplicidade de coração.
O amor é um tesouro que mais se multiplica, à medida que se reparte, jamais desaparecendo, porque a sua força reside na sua própria constituição, que é de origem divina.
Nada obstante, o amor não convive não se amolenta, não serve de capacho para facultar a ascensão dos fracos aos estágios superiores, nem se submete ante a exploração dos perversos e dos astutos.
É alimento do Espírito e irradiação do magnetismo universal.
Enquanto se deseja ser amado, embora não amando, ser compreendido, apesar de não ser compreensivo, não se atinge a meta do desenvolvimento espiritual.
Nesse ser, que assim age, permanece a infância psicológica que deseja auferir sem dar, desfrutar sem oferecer.
O amor compraz-se na reciprocidade, porém, não a torna indispensável, porque existe com a finalidade exclusiva de tornar feliz aquele que o cultiva, enriquecendo aquele outro a quem se dirige.
Em razão disso, é rico de valores, multiplicando-se incessantemente e oferecendo apoio, plenificação e paz a quem o oferta e a quem o recebe, mesmo quando ignorando, por indiferença ou desequilíbrio.
Afinal, sendo de essência divina, nunca será demasiado repetir-se que o amor é a emanação da Vida, é a alma de Deus.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem:  https://medium.com/@aryanneaudrey/o-amor-%C3%A9-ancestral-392ce8dffeda

PALAVRAS DE VIDA ETERNA


PALAVRAS DE VIDA ETERNA[1]

“Tu tens as palavras da vida eterna.”
Simão Pedro
João, 6:68
Rodeiam-te as palavras, em todas as fases da luta e em todos os ângulos do caminho.
Frases respeitáveis que se referem aos teus deveres.
Verbo amigo trazido por dedicações que te reanimam e consolam.
Opiniões acerca de assuntos que te não dizem respeito.
Sugestões de variadas origens.
Preleções valiosas.
Discursos vazios que os teus ouvidos lançam ao vento.
Palavras faladas... Palavras escritas...
Dentre as expressões verbalistas articuladas ou silenciosas, junto das quais a tua mente se desenvolve, encontrarás, porém, as palavras da vida eterna.
Guarda teu coração à escuta.
Nascem do amor insondável do Cristo, como a água pura do seio imenso da Terra.
Muitas vezes te manténs despercebido e não lhes assinalas o aviso, o cântico, a lição e a beleza.
Vigia no mundo, isolado de ti mesmo, para que lhes não percas o sabor e a claridade.
Exortam-te a considerar a grandeza de Deus e a viver de conformidade com as Suas Leis.
Referem-se ao Planeta como sendo nosso lar e à Humanidade como sendo a nossa família.
Revelam no amor o laço que nos une a todos.
Indicam no trabalho o nosso roteiro de evolução e aperfeiçoamento.
Descerram os horizontes divinos da vida e ensinam-nos a levantar os olhos para o mais alto e para o mais além.
"Palavras, palavras, palavras..."
Esquece aquelas que te incitam à inutilidade; aproveita quantas te, mostram as obrigações justas e te ensinam a engrandecer a existência; mas não olvides as frases que te acordam para a luz e para o bem; elas podem penetrar o nosso coração, através de um amigo, de uma carta, de uma página ou de um livro, mas, no fundo, procedem sempre de Jesus, o Divino Amigo das Criaturas.
Retém contigo as palavras da vida eterna, porque são as santificadoras do espírito, na experiência de cada dia, e, sobretudo, o nosso seguro apoio mental nas horas difíceis das grandes renovações.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 58 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem: 
https://www.diocesedeblumenau.org.br/site/blog/tu-tens-palavras-de-vida-eterna-sao-padre-pio-de-pietrelcina-1887-1968-capuchinho-carta-3-980-gf-196s/

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

APOIO DIVINO


APOIO DIVINO[1]


Seja onde seja, recorda que Deus está sempre em nós e agindo por nós.
Para assegurar-nos, quanto a isso, bastar-nos-á a prática da oração, mesmo ligeira ou inarticulada, que desenvolverá em nós outros a convicção da presença divina, em todas as faixas da existência.
* * *
Certamente, a prece não se fará seguida de demonstrações espetaculares, nem de transformações externas imprevistas. ´
Pensa, todavia, no amparo de Deus e, em todos os episódios da estrada, senti-lo-ás contigo no silêncio do coração.
Nos obstáculos de ordem material, esse apoio não te chegará à obtenção do dinheiro fácil que te solva os compromissos, mas na força para trabalhar a fim de que os recursos necessários te venham às mãos; na hora de dúvida, não te virá em fórmulas verbais diretas que te anulem o livre arbítrio e sim na inspiração exata que te ajude a tomar as decisões indispensáveis à paz da própria consciência; nos momentos de inquietação, não surgirá em acontecimentos especiais que te afastem dos testemunhos de fé, mas percebê-los-ás contigo em forma de segurança e bom animo, na travessia da aflição; nos dias em que o mal te pareça derrotar a golpes de incompreensão ou de injúria, não se te expressará configurado em favores de exceção que te retirem dos ombros a carga das provas redentoras e sim na energia bendita da fé viva que te restaure a esperança, revestindo-te de coragem, a fim de que não esmoreças na rude jornada, em direção à vida nova.
* * *
Seja qual seja a dificuldade em que te vejas ou a provação que experimentes, recorda que Deus está contigo e nada te faltará, nos domínios do socorro e da bênção, para que atravesses todos os túneis de tribulação e de sombra, ao encontro da paz e a caminho da luz.


[1] Livro: Rumo Certo – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 04 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://igrejacristasemear.com/eventos/reuniao-de-lideranca/