Na Codificação Espírita
A equipe de trabalho coordenada pelo
Espírito de Verdade, que para alguns estudiosos representa uma plêiade de
Espíritos Superiores, para outros, identifica a própria personalidade de Jesus,
foi estruturada considerando a competência de cada integrante, sobretudo quanto
aos testemunhos prestados no decorrer de sucessivas reencarnações referentes a
abnegados serviços dedicados ao processo de expansão do Evangelho e ajuda ao
próximo.
Dentre
os diversos expoentes que colaboraram para o surgimento da Terceira Revelação
na Terra, encontram-se dois vultos bastante conhecidos do público espírita: o
guia espiritual de Chico Xavier e o guia espiritual de Divaldo Franco.
Emmanuel
assina a mensagem intitulada O Egoísmo,
constante do capítulo 11, item 11, de O Evangelho segundo o Espiritismo. Joanna de Ânngelis
transmitiu duas mensagens, também inseridas nessa obra de precioso conteúdo e
valor moral espírita. Identificando-se como Um Espírito Amigo, mesma
denominação adotada nas primeiras mensagens ditadas ao médium Divaldo Franco, a
Benfeitora deixa sua contribuição com os textos A paciência (ESE, cap. 9, item 7)
e Dar-se-á àquele que tem (ESE, cap. 18, it. 15),
ambas recebidas em 1862, respectivamente nas cidades de Havre e Bordéus.
Para
que tenhamos uma rápida idéia da trajetória de sacrifícios desses lidadores do
Bem, incluímos a seguir algumas das suas diversas encarnações, reveladas
mediunicamente por eles mesmos aos seus tutelados.
EMMANUEL
Ele foi o guia espiritual do cândido
Chico Xavier; coordenou o trabalho missionário do médium mineiro, que culminou
com a publicação de mais de 412 livros que consolam corações aflitos e
esclarecem mentes sedentas de conhecimento espiritual.
Públio Lentulus
Sura – bisavô de P.L Cornelius (Há dois mil anos).
Públio Lentulus
Cornelius – senador romano, orgulhoso, nobre, de caráter
íntegro; compôs os famosos versos Alma Gêmea da minh’alma…; encontra-se com
Jesus, mas prefere servir ao mundo; desencarna em 79 d.C., vítima das lavas do
vulcão Vesúvio, em Pompéia (Há dois mil anos).
Nestório –
Nasce em Éfeso, no ano de 131; de origem judia, foi escravizado pelos romanos;
cristão desde a infância, aos 45 anos mostra orgulho silencioso; na companhia
do filho Ciro é preso e condenado à morte nos circos romanos, por se manter
fiel a Jesus (50 anos depois).
Quinto
Varro – patrício romano, cultor das idéias
de liberdade. Vive por volta do ano 217 D.C. Devotado a Jesus, para não ser
morto, assume a personalidade de Irmão Corvino; condenado à decapitação, tem a
execução sustada e morre lentamente no cárcere (Ave,
Cristo!).
Quinto Celso – renasce após 11 anos da última existência;
desde menino, revela-se prodígio de memória e discernimento. Com cerca de 14
anos de idade, declaradamente cristão, sofre o martírio no circo romano (Ave, Cristo!).
Manoel da Nóbrega – nasce em Portugal, no ano de 1517; padre
jesuíta, fundador da cidade de São Paulo em 1554, promoveu, junto com Anchieta,
a evangelização dos nativos, nas recém descobertas terras brasileiras; de rara
inteligência, prestou relevantes serviços à cristianização do povo brasileiro,
traço que continua marcante em nosso povo até os dias atuais.
JOANNA DE ÂNGELIS
Ela é a mentora espiritual do trabalho
missionário de Divaldo Franco.
Joana de Cusa – esposa de Cusa, intendente de Ântipas;
disfarçada entre as pessoas comuns, encanta-se pela mensagem de Jesus,
ouve-lhe os inesquecíveis discursos e converte-se em seguidora do Cristo; foi
martirizada nos circos romanos, junto com o filho e mais de quinhentos
cristãos.
Clara de Assis – retorna ao mundo físico no Século XII, na
época iluminada pela presença de Francisco de Assis; fundadora do ramo feminino
da Ordem Franciscana, também conhecida por “Damas Pobres” ou Clarissas;
canonizada em 1255; proclamada padroeira da televisão pelo Papa Pio XII, em
1958; após uma vida dedicada aos pobres, volta à Pátria Espiritual em agosto de
1253.
Juana de Asbaje
y Ramires de Santillana –
aprende a ler aos três anos; compõe versos aos cinco; apresenta seus dotes
literários na Corte mexicana quando contava 13 anos; ingressa no Convento das
Carmelitas Descalças; transfere-se para a Ordem de São Jerônimo da Conceição;
adota o nome de Sóror Juana Inés de la Cruz;
conhecida com Monja da Biblioteca; escritora, pintora de miniaturas, artista,
de tão produtiva e influente, considerada a primeira feminista de língua
espanhola, teve sua imagem insculpida na cédula de 200 pesos e na moeda de mil
pesos; morre aos 44 anos, vítima de epidemia de peste, em 1695.
Joana Angélica – Nasce em Salvador, em 1761; ingressa no
Convento da Lapa, como franciscana e adota o nome de Sóror Joana Angélica de
Jesus; aliviava diariamente os corações sofridos das jovens obrigadas a viver
em regime de claustro; aos 61 anos de idade, após tornar-se Abadessa do
Convento, morre defendendo corajosamente a causa cristã. Corria o ano de 1822.
*
Os
trabalhadores da Seara do Cristo são aqueles destemidos Espíritos que, após a
superação de si mesmos pela prestação de árduos testemunhos, colocam-se a
serviço para continuarem contribuindo com Jesus em sua imensa Seara. Dedicam-se
ao próximo por amor. Conquistaram essa condição por esforço próprio de
transformação moral. Eles são exemplos para todos nós que estamos a caminho,
ainda a voltas com tantas dificuldades de ordem pessoal. Deixam transparecer,
no entanto, que somos capazes de servir na Causa da Espiritualidade Superior,
considerando que temos ao nosso alcance os recursos necessários para fazer cada
vez mais e melhor. Só depende de nós a escolha decisiva para que nos
convertamos definitivamente em instrumentos de Deus na Terra, abençoada escola
que nos renova a oportunidade de servir e aprender a cada dia.
Referências:
1. CLARA de Assis. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Clara_de_Assis>. Acesso em: 13 jun.
2016 .
2. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o Espiritismo.
Trad. de Guillon Ribeiro. 131. ed. 6. imp. Brasília: FEB, 2015.
3. MARCON, Maria Helena (Org.). Os expoentes da codificação espírita.
Curitiba: FEP, 2002. p. 39-44: Emmanuel; p. 161-165: Um Espírito amigo.
4. SANTOS, Celeste; FRANCO, Divaldo. A veneranda Joanna de Ânngelis. 9. ed.
Salvador: Leal, 2008. p. 22-49.
5. XAVIER, Francisco Cândido Boa nova. Pelo
Espírito Humberto de Campos. 37. ed. 6. imp. Brasília: FEB, 2016.
6. ______. Ave,
Cristo!: episódios da história do Cristianismo no
século III. Pelo Espírito Emmanuel. 24. ed. 8. imp. Brasília: FEB, 2016.
7. ______. Cinqüenta anos depois: episódios da história do
Cristianismo no século II. Romance de Emmanuel. 34. ed. 3. imp. Brasília: FEB,
2015.
8.
______. Há dois mil anos:
episódios da história do Cristianismo no século I. Romance de Emmanuel. 49.
ed. 9. imp. Brasília: FEB, 2016.