terça-feira, 18 de outubro de 2016

QUE É UM CENTRO ESPÍRITA

QUE É UM CENTRO ESPÍRITA?
Herculano Pires[1], referindo-se ao Centro Espírita, dize-nos assim:
"Podemos figurá-lo como um espelho côncavo em que todas as atividades doutrinárias se refletem e se unem, projetando-se conjugadas no plano social geral, espírita e não espírita".
Não tem como se aceitar, nos dias atuais, um Centro Espírita estanque e com dono, fechado em suas quatro paredes, a que Leopoldo Machado1 chamava Espiritismo de "mortos", quando propugnou fizéssemos o Espiritismo de "vivos".
Na atividade de unificação espírita, o Centro Espírita é a unidade fundamental. Allan Kardec foi o primeiro a conceber a necessidade da unificação[2] quando propôs que os Centros se correspondessem, socializassem, permutassem informações e se visitassem, formando a grande família espírita.
Cabe-nos a questão:
Como aferir a concordância e a universalidade dos Espíritos e seus Ensinos sem um Centro catalisador?
A própria elaboração da Doutrina Espírita é um modelo de unificação, razão que levou Kardec a propor, em seu "Projeto 1868"[3] , a existência de um centro de coordenação do movimento espírita.
Posteriormente, em mensagem dada através de Frederico Júnior, Kardec realça três itens da ação espírita a ser desenvolvida pelos Centros Espíritas: a unificação, a escola de médiuns e a caridade.
Nesse sentido, adverte-nos o Espírito Bezerra de Menezes[4]:
·         Solidários, seremos união.
·         Separados uns dos outros, seremos pontos de vista.
·         Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.
·         Distanciados entre nós, continuaremos à procura do trabalho que já o encontramos honrados pela Divina Providência; cabe-nos, e também ao Centro Espírita, participar efetivamente do movimento de unificação.
O livro "Orientação ao Centro Espírita", da FEB, aprovado pelo Conselho Federativo Nacional, é exemplo disso, como fruto que é de uma ampla discussão feita a partir dos vários Centros Espíritas e dos organismos regionais do movimento espírita[5].
O Centro Espírita fechado em si mesmo não tem meios de evoluir, pela ausência de troca de ideias, experiências e interação; já os que, unidos; têm condições de se projetarem na sociedade. Temos varias Sociedades Espíritas que nasceram de reuniões em garagens de residências, em reuniões domesticas do Evangelho no Lar, e hoje, estabelecido, disponibilizam inúmeros serviços doutrinários, sociais, culturais e até médicos e psicológicos, aos seus trabalhadores, frequentadores e a comunidade. Grupos que surgiram há pouco menos de dez anos, estão inseridas nas suas respectivas sociedade, auxiliando-a bem como a outros que a ela chegam.
No livro O CENTRO ESPÍRITA - J. Herculano Pires1 no Projeto 1868, do Livro Obras Póstumas, Allan Kardec, FEB2, na psicografia de Chico Xavier, em "Unificação" de nov./dez. de 19803 e no Livro e/ou Seminário: O CENTRO ESPÍRITA E SUA DIMENSÃO ESPIRITUAL4 nos é salientado que; ideias nascidas de cabeças espíritas, sem local para trabalharem, foram abraçadas, e hoje estão a colaborar com espíritos encarnados ou não, aliados a Amigos e/ou Mentores que trazem os seus apoios à humanidade, fazendo da união, respeito e, sobretudo da mutação e/ou interação/integração de encarnados, uma sociedade prestadora de assistência moral, espiritual, e doutrinária, procedendo assim a grandes cirurgias em nossas almas.
Elas têm um objetivo comum: SE PROJETAREM NA SOCIEDADE, ou seja, não se fecharam em si mesmas, assim paulatinamente, vão revelando-se para que foram instituídas no plano material (Terra) e vão atingindo a suas metas.
Se a TERRA evolui; se nós evoluímos; por que as Sociedades Espíritas não devem evoluir, crescer, prosperar?
A Diretoria e/os Fundadores “Donos” do Centro Espírita devem ser constantes estudantes/estagiários da Doutrina Espírita, para tornar-se fundamentalmente democrata, participativa, acolhedora, afetiva, solidaria, quando na atualidade, além do apoio que a Federação Espírita Estadual, dos livros bastante difundidos, existem os vídeos com exposições e/ou seminários realizados por eminentes companheiros que orientam a todos nós adeptos do espiritismo, que estão disponíveis no:
Na atualidade não há mais lugar para o espírita dirigente autocrata, que se julga, por ter iniciado a criação e/ou fundação legal da Intuição; ter cedido ou construído o imóvel para o trabalho de Jesus na terra, fazer a sua própria doutrina em detrimento à Doutrina dos Espíritos, justificando-se e ratificando que fundou e/ou construiu, mas è meu e não para o trabalho do Cristo.
“Donos” de instituições que se escudam nos Espíritos para justificar suas ideias e procedimentos pessoais, pautando suas atividades ainda no egoísmo e orgulho; já não agregam no “SEU” Centro Espírita, espíritos encarnados ou não, que deverás já desperto para o estudo e esclarecimentos dos seus respectivos distanciamento de Jesus; não se sujeitam à este modelo, razão pela qual estes “centros” estão vazios e distantes da respectiva comunidade.
A direção liderada, com a cooperação do grupo, pela competência, paciência, tolerância e honestidade de propósitos, é a que mais se coaduna com os fundamentos da Doutrina Espírita.
E o planejamento das suas atividades cristãs, sociais e doutrinárias, é o marco fundamental; sem o que, a improvisação nestes segmentos da Doutrina Espírita, ditados pelo Espírito da Verdade (Jesus) e sua falange de laboristas, leva-os irremediavelmente aos desvios da rota citada no Evangelho do Cristo, na Codificação Espírita, e ratificado por vários outros trabalhos de Espíritas que estão um pouco à nossa frente, a exemplo do Seminário4; proporcionando afastamento de todos que efetivamente estão interessados no seu próprio adiantamento moral, cultural e espiritual.



[1] Livro O Centro Espírita - Jose Herculano Pires, Editora Paideia Ltda.
[2] O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Editora FEB.
[3] Livro Obras Póstumas, Allan Kardec, Editora FEB (Projeto 1868)
[4] Livro Orientação aos Órgãos de Unificação, Editora FEB – Jan/2010.
[5] Livro e Seminário: O CENTRO ESPÍRITA E SUA DIMENSÃO ESPIRITUAL - Suely Caldas Schubert – Editora FEB, MAI/2012, e https://www.youtube.com/watch?v=aiW6GIqNjn8





2 comentários:

  1. Quando e adentrei no Centro Espírita, para mim eu estava entrando em uma Escola, porque me instruiu,me educou, encontrei um alimento que me fortificou me dando forças par superar as minhas dificuldades espirituais.Me ensinou através do Evangelho de Jesus a me encontrar com a luz daDoutrina Espirita. no Centro Espírita e la que buscamos e deveria ter um clima de ordem, respeito mútuo, harmonia,de fraternidade de trabalho, minimizando divergências e procurando superar o personalismo individual ou de grupo, a bem do trabalho doutrinário, proporcionando a união de seus frequentadores na vivência da recomendação de Jesus:Amai_vós uns aos outros.

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  2. Perfeito! Agradecemos pelo chamamento. Se as pessoas que dirigem uma Casa Espírita seguissem estas orientações tudo neste plano seria diferente e melhor.

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