QUE É UM CENTRO ESPÍRITA?
Herculano Pires[1],
referindo-se ao Centro Espírita, dize-nos assim:
"Podemos figurá-lo
como um espelho côncavo em que todas as atividades doutrinárias se refletem e
se unem, projetando-se conjugadas no plano social geral, espírita e não
espírita".
Não tem como se aceitar, nos dias atuais, um Centro
Espírita estanque e com dono, fechado em suas quatro paredes, a que Leopoldo
Machado1
chamava Espiritismo
de "mortos", quando propugnou fizéssemos o Espiritismo de
"vivos".
Na atividade de unificação espírita, o Centro Espírita é
a unidade fundamental. Allan Kardec foi o primeiro a conceber a necessidade da
unificação[2]
quando propôs que os Centros se correspondessem,
socializassem, permutassem informações e se visitassem,
formando a grande família espírita.
Cabe-nos a questão:
Como aferir a concordância
e a universalidade dos Espíritos e seus Ensinos sem um Centro catalisador?
A própria elaboração da Doutrina Espírita é um modelo de
unificação, razão que levou Kardec a propor, em seu "Projeto 1868"[3]
, a existência de um centro de coordenação do movimento espírita.
Posteriormente, em mensagem dada através de Frederico
Júnior, Kardec realça três itens da ação espírita a ser desenvolvida pelos
Centros Espíritas: a unificação, a escola de médiuns e a
caridade.
Nesse sentido, adverte-nos o Espírito Bezerra de Menezes[4]:
·
Solidários, seremos união.
·
Separados uns dos outros, seremos pontos de
vista.
·
Juntos, alcançaremos a realização de nossos
propósitos.
·
Distanciados entre nós, continuaremos à procura do
trabalho que já o encontramos honrados pela Divina Providência; cabe-nos, e
também ao Centro Espírita, participar efetivamente do movimento de unificação.
O livro "Orientação ao Centro Espírita", da
FEB, aprovado pelo Conselho Federativo Nacional, é exemplo disso, como fruto
que é de uma ampla discussão feita a partir dos vários Centros Espíritas e dos
organismos regionais do movimento espírita[5].
O Centro Espírita fechado em si mesmo não tem meios de
evoluir, pela ausência de troca de ideias, experiências e interação; já os que,
unidos; têm condições de se projetarem na sociedade. Temos varias Sociedades
Espíritas que nasceram de reuniões em garagens de residências, em reuniões
domesticas do Evangelho no Lar, e hoje, estabelecido, disponibilizam inúmeros
serviços doutrinários, sociais, culturais e até médicos e psicológicos, aos
seus trabalhadores, frequentadores e a comunidade. Grupos que surgiram há pouco
menos de dez anos, estão inseridas nas suas respectivas sociedade, auxiliando-a
bem como a outros que a ela chegam.
No livro O CENTRO ESPÍRITA - J. Herculano Pires1 no
Projeto 1868, do Livro Obras Póstumas, Allan Kardec, FEB2, na psicografia de
Chico Xavier, em "Unificação" de nov./dez. de 19803
e no Livro e/ou Seminário: O CENTRO ESPÍRITA E SUA DIMENSÃO ESPIRITUAL4
nos é salientado que; ideias nascidas de cabeças espíritas, sem local para
trabalharem, foram abraçadas, e hoje estão a colaborar com espíritos encarnados
ou não, aliados a Amigos e/ou Mentores que trazem os seus apoios à humanidade,
fazendo da união, respeito e, sobretudo
da mutação e/ou interação/integração
de encarnados, uma sociedade prestadora de assistência moral,
espiritual, e doutrinária, procedendo assim a grandes cirurgias em nossas
almas.
Elas têm um objetivo comum: SE PROJETAREM NA SOCIEDADE,
ou seja, não se fecharam em si mesmas, assim paulatinamente, vão revelando-se
para que foram instituídas no plano material (Terra) e vão atingindo a suas
metas.
Se a TERRA
evolui; se nós evoluímos;
por
que as Sociedades Espíritas não devem evoluir, crescer, prosperar?
A Diretoria e/os
Fundadores “Donos” do
Centro Espírita devem ser constantes estudantes/estagiários da Doutrina
Espírita, para tornar-se fundamentalmente democrata, participativa, acolhedora,
afetiva, solidaria, quando na atualidade, além do apoio que a Federação
Espírita Estadual, dos livros bastante difundidos, existem os vídeos com
exposições e/ou seminários realizados por eminentes companheiros que orientam a
todos nós adeptos do espiritismo, que estão disponíveis no:
Na atualidade não há mais lugar para o espírita dirigente
autocrata, que se julga, por ter iniciado a criação e/ou
fundação legal da Intuição; ter cedido ou construído o imóvel para o trabalho
de Jesus na terra, fazer a sua própria doutrina em detrimento à Doutrina dos
Espíritos, justificando-se e ratificando que fundou e/ou construiu, mas è meu e
não para o trabalho do Cristo.
“Donos” de instituições que se escudam nos Espíritos para
justificar suas ideias e procedimentos pessoais, pautando suas atividades ainda
no egoísmo e orgulho; já não agregam no “SEU” Centro Espírita, espíritos
encarnados ou não, que deverás já desperto para o estudo e esclarecimentos dos
seus respectivos distanciamento de Jesus; não
se sujeitam à este modelo, razão pela qual estes “centros” estão vazios
e distantes da respectiva comunidade.
A direção liderada, com a cooperação do grupo, pela
competência, paciência, tolerância e honestidade de propósitos, é a que mais se
coaduna com os fundamentos da Doutrina Espírita.
E o planejamento das suas atividades cristãs, sociais e
doutrinárias, é o marco fundamental; sem o que, a improvisação nestes segmentos
da Doutrina Espírita, ditados pelo Espírito da Verdade (Jesus) e sua falange de
laboristas, leva-os irremediavelmente aos desvios da rota citada no Evangelho
do Cristo, na Codificação Espírita, e ratificado por vários outros trabalhos de
Espíritas que estão um pouco à nossa frente, a exemplo do Seminário4; proporcionando afastamento de
todos que efetivamente estão interessados no seu próprio adiantamento moral,
cultural e espiritual.
[1] Livro O Centro Espírita
- Jose Herculano Pires, Editora Paideia Ltda.
[2]
O Livro dos
Médiuns, Allan Kardec, Editora FEB.
[3] Livro Obras Póstumas, Allan Kardec, Editora
FEB (Projeto 1868)
[4] Livro Orientação aos
Órgãos de Unificação, Editora FEB – Jan/2010.
[5] Livro e Seminário: O CENTRO ESPÍRITA E SUA DIMENSÃO
ESPIRITUAL - Suely Caldas Schubert – Editora FEB, MAI/2012, e
https://www.youtube.com/watch?v=aiW6GIqNjn8
Quando e adentrei no Centro Espírita, para mim eu estava entrando em uma Escola, porque me instruiu,me educou, encontrei um alimento que me fortificou me dando forças par superar as minhas dificuldades espirituais.Me ensinou através do Evangelho de Jesus a me encontrar com a luz daDoutrina Espirita. no Centro Espírita e la que buscamos e deveria ter um clima de ordem, respeito mútuo, harmonia,de fraternidade de trabalho, minimizando divergências e procurando superar o personalismo individual ou de grupo, a bem do trabalho doutrinário, proporcionando a união de seus frequentadores na vivência da recomendação de Jesus:Amai_vós uns aos outros.
ResponderExcluirPerfeito! Agradecemos pelo chamamento. Se as pessoas que dirigem uma Casa Espírita seguissem estas orientações tudo neste plano seria diferente e melhor.
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