sexta-feira, 19 de abril de 2019

PURIFIQUEMO-NOS


PURIFIQUEMO-NOS[1]


"De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra."
Paulo
II Timóteo 2:21

Em cada dia de luta, é indispensável atentar para a utilização do vaso de nossas possibilidades individuais.
Na Terra, onde a maioria das almas encarnadas dorme ainda o sono da indiferença, é mais que necessária a vigilância do trabalhador de Jesus, nesse particular.
Quem não guarde os ouvidos pode ser utilizado pela injustiça.
Quem não vigie sobre a língua pode facilmente converter-se em vaso da calúnia, pela leviandade ou pela preocupação de sensacionalismo.
Quem não ilumine os olhos pode tornar-se vaso de falsos julgamentos.
Quem não se orientar pelo espírito cristão, será naturalmente conduzido a muitos disparates e perturbações, ainda mesmo quando a boa--fé lhe incuta propósitos louváveis.
Os homens e mulheres, de todas as condições, estão sendo usados pelas forças da vida, diariamente. Por enquanto, a maioria constitui material utilizado pela malícia e pela viciação. Vasos frágeis e imperfeitos fundem-se e refundem-se todos os dias, em meio de experiências inquietantes e rudes.
Raríssimos são aqueles que, de interior purificado, podem servir ao Senhor, habilitados para as boas obras. Muitos ambicionam essa posição elevada, mas não cuidam de si mesmos. Reclamam a situação dos grandes missionários, exigem a luz divina, clamem por revelações avançadas, contudo, em coisa alguma se esforçam por se libertarem das paixões baixas.
Observa, pois, amigo, a que princípios servem na lida diária. Lembra-te de que o vaso de tuas possibilidades é sagrado.
Que forças da vida se utilizam dele?
Não olvides, acima de tudo, que precisamos da legítima purificação, a fim de que sejamos vasos para honra e idôneos para uso do Senhor.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 78, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

AMOR E PROGRESSO


AMOR E PROGRESSO[1]

Mediante o amor, todos despertarão para as responsabilidades que lhes dizem respeito.
O amor é o mais prodigioso fomentador do progresso moral, do qual decorrem todas as demais formas de desenvolvimento.
Quando não viceja no ser humano, as conquistas realizadas, por mais brilhantes, tendem à destruição ou são filhas especiais do egoísmo, que as realiza para atender fins nem sempre respeitáveis.
A atualidade tem-se feito caracterizar por muitas formas de progresso, que têm impulsionado a cultura e a civilização a níveis elevados, não obstante a vigência dos crimes hediondos, da fome estarrecedora, das enfermidades infectocontagiosas, das guerras contínuas, dos abusos do poder, dos preconceitos ainda não erradicados, da intolerância de vário matiz, dos descalabros morais por meio dos vícios destruidores como o alcoolismo, o tabagismo, as drogas químicas...
A Ciência e a Tecnologia têm impulsionado o indivíduo a relevantes realizações, porém esquecidas do amor, e dessa forma as máquinas que ele criou substituem-no, desumanizam-no enquanto o superpovoamento das grandes cidades alucina-o, tornando-o mais agressivo e estressado.
Não obstante as propostas sociológicas que se multiplicam, esse cidadão perde a identidade e confunde-se na massa que detesta, tornando-se violento e sentindo a sua existência quase sem objetivo.
Os veículos de comunicação, com o seu imenso poder de conduzir notícias, invadem os lares em toda parte, especialmente a televisão, e os abarrotam com informações ligeiras, raramente esclarecedoras e profundas quando da abordagem dos temas de alta significação, libertadores de consciência e tranqüilizadores da emoção, apresentando, ao invés, muitos fatos escabrosos que ele desconhece e, não poucas vezes, estimulam-no a lutas ferozes, nas quais os demais lhe são inimigos em potencial.
Infelizmente, esses veículos dão preferência às licenças morais devastadoras, criando uma cultura pessimista e reacionária, na qual o ódio, a frustração, o desespero assumem papel de importância na conduta interior e na maneira de viver na sociedade.
A família, embora o patrimônio multimilionário de que se constitui, sofre os camartelos da agitação e do desconcerto de que se tornou vítima, transtornando-se e esfacelando-se, tornando-se campo de rudes batalhas malsucedidas.
... E o ser humano super confortado transita sob injunções tormentosas, derrapando em transtornos neuróticos, psicóticos, mergulhando no fosso da desolação.
Sucede que o progresso, sem amor, está sem Deus, portanto, sem o alicerce seguro do equilíbrio e da libertação das vidas dos seus atavismos primitivos, que as escravizam no primarismo de onde procedem.
Torna-se urgente uma revisão de conceitos em torno do progresso e das suas propostas, a fim de que seja realizada uma ação renovadora e saudável, propiciando relacionamentos felizes entre as criaturas.
Esse ministério somente pode ser desempenhado pelo amor.
É inevitável que a máquina robotize muitas atividades, solucionando com razoável perfeição os misteres que lhe estão programados. Entretanto, cumpre ao ser humano encontrar soluções outras e mecanismos sábios para atender aos desempregados, àqueles que foram substituídos nas empresas e fábricas, nos laboratórios e no campo...
Tal compromisso diz respeito ao amor e à compaixão.
O amor fomenta o progresso, nunca eliminando a criatura humana, sua meta e seu destino.
De que adianta um mundo tecnologicamente bem equipado, com criaturas fantasmas de si mesmas, sem objetivos de alta significação, transitando entre aspirações imediatas e prazeres fugidios?
O ser humano é o grande investimento da Divindade, que aplicou centenas de milhões de anos na sua construção, conduzindo-o, passo a passo, na longa travessia das experiências de crescimento.
Mediante o amor, de que se constitui, e na maioria ainda se encontra em latência, conseguirá romper os envoltórios resistentes, para sair à luz e desenvolver as aptidões, aumentando o campo de realizações que lhe dizem respeito.
Por meio da lucidez do amor, a Tecnologia trabalhará em favor da paz, jamais promovendo guerras de extermínio, a soldo das ambições desmedidas de indivíduos e de governos alucinados, egotistas e mercenários.
Os poderosos auxiliarão os fracos, emulando-os à conquista de recursos dignos, mediante os quais adquirirão valores para a existência saudável.
O comércio terá características humanitárias e não apenas de exploração do homem pelo homem, gerando a escravidão monetária, qual vem ocorrendo lastimosamente.
As indústrias respeitarão os direitos do cidadão, mediante horários de trabalho justo e espaços para repouso, espairecimento e estudo, mas também preservarão a Natureza.
O ser humano não foi criado para ter as suas forças exauridas, como se fora uma alimária infeliz, no justo momento em que os amigos dos animais levantam-se para profligar contra o abuso e a impiedade com que muitos os tratam.
A agricultura receberá maior respeito, tornando-se milagroso instrumento de provisão para as multidões, que não mais experimentarão fome ou escassez de alimentos.
O tráfico, em todas as formas como se apresente, será diluído na solidariedade que há de viger entre os seres pensantes da Terra.
Porque, mediante o amor, todos despertarão para as responsabilidades que lhes dizem respeito, e não apenas para os interesses mesquinhos que os submetem às tormentosas lutas de predomínio e de loucura.
Como é possível uma sociedade, na qual alguns poucos detêm o poder financeiro, que todo o restante da população do mundo, somada, não consegue sequer aproximar-se, menos ultrapassar?!
Como estabelecer-se uma cultura, em nome do progresso, na qual a miséria total espia com ira a abundância e o desperdício acintoso dos poderosos?!
Como aguardar-se a paz social, estabelecida por tratados internacionais de conveniência, firmados pelas Nações mais desenvolvidas e ricas da Terra, olvidando-se dos estertores agônicos daquelas outras que lhes sofrem as in-junções penosas, na condição de escravas, sem direito à palavra, à liberdade, à esperança, encontrando-se na linha abaixo da miséria estabelecida?!...
Tudo isso ocorre somente porque o amor não foi consultado, quando se cuidou de desenvolver o progresso do mundo, longe dos sentimentos da compaixão e da solidariedade para com o próximo, que não é apenas aquele que está mais perto, senão todos os seres existentes.
O amor verdadeiro, portanto, é aquele que se estabelece em todos os segmentos sociais, culturais, científicos, religiosos, artísticos, priorizando sempre a criatura humana, seu objetivo, sua razão de existir...
Com o seu hálito vivificador, comanda as consciências e os sentimentos, nunca permitindo que alguém deseje, ou faça com outrem, aquilo que não gostaria que lhe fosse feito.
Quando essa compreensão abarcar os homens e as mulheres, conduzindo-os pela trilha da evolução, o progresso será real, profundo e plenificador.
Começa, então, desde agora, com esse compromisso de amar, não pensando em resultados, exceto os do próprio amor.
O futuro encarregar-se-á de levá-lo até onde não consigas chegar, e isso, sim, é o que se faz importante.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

ORDENAÇÕES HUMANAS


ORDENAÇÕES HUMANAS[1]


“Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana, por amor do Senhor.”
1ª Pedro, 2:13

Certos temperamentos impulsivos, aproximando-se das lições do Cristo, presumem no Evangelho um tratado de princípios destruidores da ordem existente no mundo. Há quem figure no Mestre um anarquista vigoroso, inflamado de cóleras sublimes.
Jesus, porém, nunca será patrono da desordem. A novidade que transborda do Evangelho não aconselha ao espírito mais humilhado da Terra a adoção de armas contra irmãos, mas, sim, que se humilhe ainda mais, tomando a cruz, a exemplo do Salvador.
Claro está que a Boa Nova não ensina a genuflexão ante a tirania insolente; entretanto, pede respeito às ordenações humanas, por amor ao Mestre Divino.
Se o detentor da autoridade exige mais do que lhe compete, transforma-se num déspota que o Senhor corrigirá, através das circunstâncias que lhe expressam os desígnios, no momento oportuno. Essa certeza é mais um fator de tranqüilidade para o servo cristão que, em hipótese alguma, deve quebrar o ritmo da harmonia.
Não te faças, pois, indiferente às ordenações da máquina de trabalho em que te encontras. É possível que, muita vez, não te correspondam aos desejos, mas lembra-te de que Jesus é o Supremo Ordenador na Terra e não te situaria o esforço pessoal onde o teu concurso fosse desnecessário.
Tens algo de sagrado a fazer onde respiras no dia de hoje.
Com expressões de revolta, tua atividade será negativa.
Recorda-te de semelhante verdade e submete-te às ordenações humanas por amor ao Senhor Divino.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 81, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
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segunda-feira, 15 de abril de 2019

IDOLO FRATERNAL


         IDOLO FRATERNAL[1]

“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.”
Paulo
(Filipenses, 4:19

Não te julgues sozinho na luta purificadora, porque o Senhor suprirá todas as nossas necessidades.
Ergue teus olhos para o Alto e, de quando em quando, contempla a retaguarda.
Se te encontras em posição de servir, ajuda e segue.
Recorda o irmão que se demora sem recursos, no leito da indigência.
Pensa no companheiro que ouve o soluço dos filhinhos, sem possibilidades de enxugar-lhes o pranto.
Detém-te para ver o enfermo que as circunstâncias enxotaram do lar.
Pára um momento, endereçando um olhar de simpatia à criancinha sem teto.
Medita na angústia dos desequilibrados mentais, confundidos no eclipse da razão.
Reflete nos aleijados que se algemam na imobilidade dolorosa.
Pensa nos corações maternos, torturados pela escassez de pão e harmonia no santuário doméstico.
Interrompe, de vez em quando, o passo apressado, a fim de auxiliares o cego que tateia nas sombras.
É possível, então, que a tua própria dor desapareça aos teus olhos.
Se tens braços para ajudar e cabeça habilitada a refletir no bem dos semelhantes é realmente superior a um rei que possuísse um mundo de moedas preciosas, sem coragem de amparar a ninguém.
Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres a fim de improvisar a tua ventura.
Que a enfermidade e a tristeza nunca te impeçam a jornada.
É preferível que a morte nos surpreenda em serviço, a esperarmos por ela numa poltrona de luxo.
Acende, meu irmão, nova chama de estímulo, no centro da tua alma, e segue além. Sê o anjo da fraternidade para os que te seguem dominados de aflição, ignorância e padecimento.
Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breve as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 73 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos Nossos estudos destes artigos


sexta-feira, 12 de abril de 2019

SOFRERÁ PERSEGUIÇÕES


SOFRERÁ PERSEGUIÇÕES[1]


"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições."
Paulo
II Timóteo, 3:12

Incontestavelmente, os códigos de boas maneiras do mundo são sempre respeitáveis, mas é preciso convir que, acima deles, prevalecem os códigos de Jesus, cujos princípios foram por Ele gravados com a própria exemplificação.
O mundo, porém, raramente tolera o código de boas maneiras do Mestre Divino.
Se te sentes ferido e procuras a justiça terrestre; considerar-te-ão homem sensato; contudo, se preferes o silêncio do Grande Injustiçado da Cruz, ser-te-ão lançadas ironias à face.
Se reclamares, a remuneração de teus serviços, há leis humanas que te amparam, considerando-te prudente; mas se algo de útil produz sem exigir recompensa, recordando o Divino Benfeitor, interpretar-te-ão por louco.
Se te defendes contra os maus, fazendo valer as tuas razões, serás categorizado por homem digno; entretanto, se aplicares a humildade e o perdão do Senhor, será francamente acusado de covarde e desprezível.
Se praticares a exploração individual, disfarçadamente, mobilizando o próximo a serviço de teus interesses passageiros, ser-te-ão atribuídos admiráveis dotes de inteligência e habilidade; todavia, se te dispões ao serviço geral para benefício de todos, por amor a Jesus, considerar-te-ão idiota e servil.
Enquanto ouvires os ditames das leis sociais, dando para receber, fazendo algo por buscar alheia admiração, elogiando para ser elogiado, receberás infinito louvor das criaturas; mas, no momento em que, por fidelidade ao Evangelho, fores compelido a tomar atitudes com o Mestre, muita vez com pesados sofrimentos para o teu coração, serás classificado à conta de insensato.
Atende, pois, ao teu ministério onde estiveres, sem qualquer dúvida nesse particular, certo de que, por muito tempo ainda, o discípulo fiel de Jesus, na Terra, sofrerá perseguições.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 77, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

AMOR E FAMÍLIA


AMOR E FAMÍLIA[1]

O amor na família constrói a sociedade do mundo.
O amor é a mais sublime manifestação do pensamento de Deus, portanto de origem divina, que deve ser preservado com alegria e distribuído com exuberância, graças à sua potencialidade ilimitada.
Procedente do Genitor por Excelência torna-se uma forma de ação emocional que se transforma em energia a ser concedida a todos quantos se encontram próximos da sua fonte de exteriorização.
Não é apenas um sentimento que sofre as injunções da emotividade, alterando-se conforme as ocorrências do dar e receber, do doar e não ser aceito, do oferecer sem retribuição.
Deve transformar-se em uma atividade viva e pulsante, capaz de expressar-se conforme a situação em que se apresente: paternal, fraternal, conjugal, social, geral, abrangente e infinito.
Para que atinja esses diferentes níveis, torna-se essencial que se dirija a Deus, de tal forma que inunde a alma de alegria, a fim de poder manifestar-se nas diversas modalidades a que se destina.
Com o amor a Deus vicejando nas emoções e traduzindo-se em ações do bem, a família passa a constituir o núcleo de maior necessidade da sua vigência, tomando as formas de conjugal, filial, paternal, maternal... Os pais, em conseqüência, são convidados a vivenciá-lo em todos os instantes, não somente em relação aos filhos, a fim de que se conscientizem da profundidade de que se reveste, mas também para que possam fruir os benefícios que proporciona como segurança, equilíbrio, confiança e entrega.
No mesmo sentido, esse amor não deve privilegiar os filhos gentis e generosos, em detrimento daqueles que são difíceis e atormentados, ou que apresentam quaisquer distúrbios de comportamento, assim podendo desmerecer a afetividade.
Se o genitor, contrariado com a atitude rebelde do filho, desconsidera-o, poderá criar insegurança nos outros, que passarão a pensar que somente serão amados enquanto agradarem, submeterem-se às determinações domésticas e cooperarem em favor da harmonia no lar.
Os comentários ácidos a respeito desses descendentes geradores de átrios não podem ser abordados com aspereza, não só porque mais aumenta a distância deles em relação aos pais, como também abre brechas de ressentimentos desnecessários.
Por outro lado, essa atitude demonstra que esse tipo de amor é retributivo, homenageando quem o devolve, censurando quem não aceita e condenando quem o rechaça...
Afinal, é esse filho ingrato e incapaz de entender o alto significado da família, da doação dos pais; que nunca devem alegar o que fazem ou trazer à consideração os esforços e empenhos que lhe têm sido direcionados, evitando a impressão de que está havendo uma cobrança, tornando-se uma dívida a ser resgatada na primeira oportunidade...
O próprio amor gera um sentimento de compreensão naquele que se vê enriquecido pela sua presença, explícita ou não, invisível, mas percebida, sem qualquer imposição verbal ou exigência comportamental.
Naturalmente, quem doa amor, inconscientemente que seja, aspira à sua vigência no mundo, especialmente na família.
Desabituado a esse sublime investimento, o ser humano, que procede dos instintos primários e automatistas, somente a pouco e pouco se impregna do seu valor especial, passando a compreender a profundidade do ato de amar.
No começo, é algo egoísta, permanecendo na consanguinidade, ampliando-se em outros relacionamentos afetivos até alcançar o patamar da comunidade, que nem sequer tem conhecimento do seu benefício.
Como treinamento para melhor fixação no imo da alma, a convivência, o diálogo positivo, a participação nas atividades dos filhos, o interesse pelos seus estudos, sem exigências de bons resultados, pelos seus ideais humanitários, desportivos ou de outra natureza, transformando-se em vínculo de segurança e de estreitamento das relações saudáveis e enriquecedoras do clã.
Vivenciada essa experiência, alastra-se para o meio social, irrigando de coragem e bem-estar todos quantos participam da convivência desse indivíduo afável, os quais passam também a assumir comportamento equivalente e produtivo.
Tal atitude não significa anuir com os desmandos e desequilíbrios que, não poucas vezes, irrompem nas famílias, gerando tumulto e crises existenciais.
Uma atitude enérgica, educativa, não implica uma postura agressiva, mesclada de violência.
O amor estabelece parâmetros de respeito e de consideração que devem ser vivenciados, facultando, ao mesmo tempo, ordem e disciplina no aconchego da família.
Quando esse amor é vitalizado pelos exemplos de paciência e de amizade, impede a virulência da rebeldia e da tensão doméstica.
Por sua vez, os filhos são convidados ao amor fraternal, convivendo uns com os outros em clima de concórdia e de afeto, ajudando-se reciprocamente e amparando-se quando necessário, sem acusações nem desculpas quando as ocorrências não sejam corretas.
O amor na família constrói a sociedade do mundo.
Provavelmente alguns membros do grupo familiar não consigam alcançar a estrutura afetiva necessária, permanecendo em infância psicológica, geradora de insegurança e de mal-estar, descambando para os vícios e as dissensões. Tal ocorrência, porém, resulta da situação do Espírito ali reencarnado, em si mesmo necessitado de mais amparo, em face dos seus compromissos perturbadores com a retaguarda evolutiva de onde procede sob injunções penosas.
Muitas famílias são redutos de batalha, onde se reencontram adversários de renhidas lutas fratricidas do ontem, em tentativa de recomposição e restabelecimento de vínculos afetivos. Em razão disso, maior deverá ser o investimento do amor que não ceda às provocações nem aos desatinos dos seus membros.
Por outro lado, a verdadeira união dos cônjuges, que saberão renunciar aos caprichos egoístas, a fim de não perturbarem a prole, representará o maior investimento para o sucesso familiar.
Costuma-se dizer, na atualidade, em uniões que foram duradouras, que o amor não existe mais e por isso a separação apresenta-se como inevitável.
Será o caso, então, de recomeçar-se o amor, desconsiderando os sentimentos feridos e magoados, descobrindo novas fontes de inspiração, particularmente havendo uma prole para cuidar.
...E quando ocorrer que a situação se apresente quase insustentável, há um recurso de que o amor nunca pode prescindir, que é a oração, igualmente possuidora de energia divina, porque reaproxima a criatura do Criador e permite que o Criador se comunique com o orante.
Quem ama, ora, e quem perdeu o contato com o amor, mais necessidade tem da oração, a fim de reatar os laços consigo mesmo, com o seu próximo e com Deus.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

OPINIÕES


OPINIÕES[1]


 “Ai de vós, quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas.”
Jesus
Lucas, 6:26
Indubitavelmente, muitas pessoas existem de parecer estimável, às quais podemos recorrer nos momentos oportunos, mas que ninguém despreze a opinião da própria consciência, porquanto a voz de Deus, comumente, nos esclarecerá nesse santuário divino.
Rematada loucura é o propósito de contar com a aprovação geral ao nosso esforço.
Quando Jesus pronunciou a sublime exortação desta passagem de Lucas, agiu com absoluto conhecimento das criaturas. Sabia o Mestre que, num plano de contrastes chocantes como a Terra, não será possível agradar a todos simultaneamente.
• Homem da verdade será compreendido apenas, em tempo adequado, pelos espíritos que se fizerem verdadeiro. O prudente não receberá aplauso dos imprudentes.
• Mestre, em sua época, não reuniu as simpatias comuns. Foi amado por criaturas sinceras e simples, sofreu impiedoso ataque dos convencionalistas.
Para Maria de Magdala era Ele o Salvador; para Caifás, todavia, era o revolucionário perigoso.
• O tempo foi a única força de esclarecimento geral.
Se te encontras em serviço edificante, se tua consciência te aprova que te importam as opiniões levianas ou insinceras?
Cumpre o teu dever e caminha.
Examina o material dos ignorantes e caluniadores como proveitosa advertência e recorda-te de que não é possível conciliar o dever com a leviandade, nem a verdade com a mentira.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 80, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 9 de abril de 2019

TUA FAMÍLIA


TUA FAMÍLIA[1]
A tua família é o Reino de Deus que almejas; porém, este reino deve ser conquistado pelos esforços constantes de quem participa dele. O que tínhamos de ganhar da Sabedoria Divina, já o recebemos antes de expressar o nosso desejo. A parte que nos toca nos chega pelas vias do trabalho e da esperança, comungando com o amor.
Estamos falando dentro da tua casa, não nos importando o que pensas de nós; que aqui nos reunimos, encarnados e desencarnados. Decidimos te ajudar e o silêncio nos faz muito bem; queremos compreender teus conflitos - se os tiveres - e as tuas necessidades - se existirem; devemos nos unir na paz e na esperança do Divino Mestre - Ele conosco e nós com Ele – para descobrirmos os caminhos pelos quais o sol aparece nas consciências que o buscam.
A tua porta abriu-se e entramos; queremos fazer parte da tua família, como sendo filhos, irmãos, pai e mãe, senão parentes de todas as escalas. E aqui estamos para falar de Deus, de Jesus, dos anjos, e dos meios para viver melhor; queremos te dizer que ninguém pode viver sem Fé. A Fé em um lar é mais útil que o pão, a veste, que o teto que te cobre. Por ser ela tudo isso e muito mais, ela é igualmente remédio, porque transforma o que quer que seja em bálsamo curativo para qualquer espécie de enfermidade. A Fé é um agente de Deus, capaz de iluminar a criatura por dentro. Alegra as pessoas e cria Esperança em todos os trabalhos que executam. Tua família precisa de Fé e para que cresça em ti e em tua casa, é necessário que a busques, e os caminhos mais saudáveis são os ensinados por Jesus, guardados com amor no Evangelho.
Meu filho, se te falta a leitura, se escapou da tua vida o entendimento das coisas espirituais, que são filhos do teu próprio esforço, Deus não Se esqueceu de te ofertar os ouvidos, os sentimentos, a visão, os sentidos que te fazem participar da vida! Peça a alguém para ler as páginas que o teu coração pedir, que o ambiente te fará entender, por vias que às vezes desconheces. Alimenta a FÉ que puderes alimentar e confia em Deus, que Jesus te alcançará com o seu amor; os benfeitores espirituais nunca se esquecem de quem trabalha e abre as portas procurando entender à vontade do Senhor.
A Fé é um laboratório divino que pode transformar a água simples que bebes na mais alta terapia da vida; pode mudar o ritmo do teu coração e ainda mais, ela faz com mais acerto o serviço do mais hábil cirurgião plástico, porque embeleza a tua alma e acende o teu coração como sendo lâmpada de Deus.
Esquecer a Fé é caminhar para a morte, Infunde em teus filhos a confiança todos os dias, e procura participar dos seus interesses; onde a mudança de entendimento for necessária, procura fazê-la sem exaltação, nem violência, ajudando com brandura e convicção no que dizes. Se o céu está na consciência de cada um, ele pode e deve se refletir na família, para que a família faça irradiar o bem em favor da humanidade.
Esquece a contrariedade, que sempre chega pelo desentendimento e lembra-te da FÉ; que tem o poder de iluminar todos os tipos de problemas.
Deus nunca se esquece de quem se esforça.


[1] Livro: Tua Casa – Ditado pelo Espírito Ayrtes; psicografia de João Nunes Maia, Cap. 02. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.