segunda-feira, 8 de abril de 2019

INCOMPREENSÃO


INCOMPREENSÃO[1]

“Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.”
Paulo
1 Coríntios, 9:22

A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.
Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação.
Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.
A luz ofuscante produz a cegueira.
Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.
Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu socorro não se faça destrutivo.
Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto, a pretexto de saciar-lhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à produção de utilidades para a vida.
Não te faças demasiado superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos.
Das escolas não se ausentam todos os aprendizes, habilitados em massa, e sim alguns poucos cada ano.
Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas exige também o senso das proporções.
Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável, mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador que sabe amparar, esperar e repetir.
Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel.
Há méritos celestiais naquele que desce ao pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.
O bolo de matéria densa reveste-se de Iodo, quando arremessado ao poço lamacento; todavia, o raio de luz visita as entranhas do abismo; e dele se retira sem alterar-se.
Que seria de nós se Jesus não houvesse apagado a própria claridade fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos a missão redentora? Aprendamos com ele a descer, auxiliando sem prejuízo de nós mesmos.
E, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios, chegar a erguer alguns.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 72 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/3046212

domingo, 7 de abril de 2019

A PEDAGOGIA DO “SER”


A PEDAGOGIA DO “SER”[1]

Jesus, o Mestre.
Nós, os aprendizes.
A reencarnação, sublime matrícula no aprendizado.
A Terra, incomparável escola do Espírito.
O Amor, lição essencial.
O afeto, “pedagogia do “SER”.
O centro espírita, excepcional núcleo educativo da alma.
Eis uma síntese a qual nos propomos desenvolver nessa primeira parte, destacando as nossas agremiações doutrinárias como educandários, sem precedentes na sociedade, para o desenvolvimento da competência essencial do Amor.
O afeto é um dos pilares do desenvolvimento humano saudável. Uma habilidade que abre largas portas para a entrada do Amor, porque ser afetivo é laborar com o sentir. Diríamos assim que a afetividade é um degrau para o Amor.
E amar é desenvolver-se para “SER”, verbo que traduz o existir Divino ou existir para a felicidade. “SER” é educar-se, externar o amplo contingente de valores e potencialidades celestes que dormitam há milênios em nosso eu Divino, que nos conduzem ao destino glorioso de Filhos de Deus, à plenitude. Portanto, a pedagogia do “SER” tem no afeto um de seus principais potenciais didáticos.
Ninguém pode “SER” permanecendo agrilhoado aos trâmites expiatórios do “sentir mórbido”, ou seja, essa forma inferior de viver a vida do “homem fisiológico”, voltado somente para as sensações, o prazer, a competitividade selvagem.
Afeto é uma força da alma de incalculável poder. Sua boa utilização demanda sólida formação moral para que, o vigor dos sentimentos seja abençoada estrada de libertação nos passos das atitudes.
Esse ‘“existir humano” apela para valores nobres a fim de consagrar uma ética do “SER” em identidade com aquilo que de fato é “SER”. Verificamos assim o quanto é relevante o papel do centro espírita, associação que busca, essencialmente, burilar o caráter, a virtude, desenvolver o moral da criatura.
Sob os auspícios de uma casa doutrinária bem conduzida, o desafio do “existir humano” torna-se uma proposta atraente, motivadora, clara e simples.
Nesse tempo de materialismo e do império da razão nossas casas de Amor devem fixar-se na função social reeducativa do sentimento, aprimorando-se cada vez mais para honrar o título de escola da alma, desenvolvendo pessoas felizes, realizadas, dignas e solidárias.
Aprender a amar é, pois a competência essencial que deveria fundamentar quaisquer conteúdos de nossas escolas espirituais. Aprender a amar o próximo, aprender a amar a si, aprender a amar a Deus.
E como ensinar o Amor no centro espírita?
Fala-se muito no que devemos fazer, mas pouquíssimas vezes em como fazer. Como amar o outro, a si e a Deus contextualizando?
Contextualizar o conteúdo espírita abstraindo o excesso de informações e trazê-lo para a realidade de seu grupo, priorizar respostas, soluções, discutir vivências, refletir sobre horizontes novos de velhos temas do viver, reinventar a vivência em direção aos apelos da consciência, propiciar à criatura externar sonhos, limitações e valores já conquistados, fazendo da sala de estudos espíritas um laboratório de idéias na ampliação da capacidade de pensar com acerto, lógico e bom senso. Isso se chama educar.
A esse mister somos convocados para uma mudança de paradigmas urgente nas metodologias pedagógicas da casa espírita. Somos convocados a reestruturar essa visão “sacra”, que faz de muitas de nossas células templos de religiosismo, conduzindo seus profitentes a fórmulas de imediatismo e acomodação, ou à absorção do conhecimento espírita em lamentável dogmatismo, recheado de presunção com a verdade.
A pedagogia do “SER” inclui os valores da participação, da interatividade, da cooperação.
Não temos outros caminhos para arregimentar essas opções didáticas que não seja a formação de equipes; pequenos grupos de amigos voltados para o estudo e o trabalho, congregados em torno de ideais incentivadores da evolução de nossas potencialidades.
Grupos que absorvam para a rotina das sociedades doutrinárias projetos de trabalho, ousando o inusitado, o incomum, implantando novas e mais ajustadas propostas de ensino e trabalho no atendimento das demandas humanas, e na consolidação de habilidades e valores que promovam o homem a uma vida mais íntegra, gratificante e libertadora, sob as luzes da imortalidade.
Grupos nos quais a imaginação, o desejo, os sonhos, os limites, as conquistas, as dores, a criatividade, as idiossincrasias, as dúvidas, as respostas, a experiência e, sobretudo, o afeto, possam fazer parte desse projeto de “SER”.
Permitir à criatura apresentar-se como está e ensejá-la serviço e conhecimento – o antigo lápis e papel da educação - é matriculá-la na escola da vida sob a tutela dos princípios redentores do Evangelho e do Espiritismo, a fim de que ela, por si mesma, aprenda o caminho do Amor na transformação e no existir de cada instante, em busca de sua felicidade.
A pedagogia do “SER” prioriza o homem, sua experiência pessoal, o relacionamento humano, tendo como pólo de atração o idealismo, que é o centro indutor dos valores morais e a defesa vigilante contra nossas intempéries, provenientes das bagagens vivenciais seculares.
Grupos que se amam e se querem bem, formando ambientes agradáveis para conviver, estabelecem as premissas para esse “SER”, e isso, inevitavelmente, além de felicitar a criatura com o que ela precisa para seu crescimento, também trará reflexos, acentuadamente benéficos, para as realizações doutrinárias graças à alegria e comprometimento com os quais o trabalhador fará sua adesão aos deveres na escola da alma, honrando os princípios espíritas cristãos com uma vida reta, plena de sobriedade e identidade com a base social da fraternidade e da transformação para o bem, onde quer que esteja participando.


[1] Livro: Laços de Afeto – psicografia de Wanderley S. de Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux Edit. Ermance Dufaux, 1ª parte, Cap. 01. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

NA PROPAGANDA EFICAZ


NA PROPAGANDA EFICAZ[1]

"É necessário que ele cresça e que eu diminua."
João Batista
João, 3:30
Há sempre um desejo forte de propaganda construtiva no coração dos crentes sinceros.
Confortados pelo pão espiritual de Jesus, esforçam-se os discípulos novos por estendê-lo aos outros. Mas, nem sempre acertam na tarefa. Muitas vezes, movidos de impulsos fortes, tornam-se exigentes ou precipitados, reclamando colheitas prematuras.
O Evangelho, porém, está repleto de ensinamentos nesse sentido.
A assertiva de João Batista, nesta passagem, é significativa. Traça um programa a todos os que pretendam funcionar em serviço de precursores do Mestre, nos corações humanos.
Não vale impor os princípios da fé.
A exigência, ainda que indireta, apenas revela seus autores. As polêmicas destacam os polemistas... As discussões intempestivas acentuam a colaboração pessoal dos discutidores. Puras pregações de palavras fazem belos oradores, com fraseologia preciosa e deslumbrantes ornatos da forma.
Claro que a orientação, o esclarecimento e o ensino são tarefas indispensáveis na extensão do Cristianismo, entretanto, é de importância fundamental para os discípulos que o Espírito de Jesus cresça em suas vidas. Revelar o Senhor na própria experiência diária é a propaganda mais elevada e eficiente dos aprendizes fiéis.
Se realmente desejas estender as claridades de tua fé, lembra-te de que o Mestre precisa crescer em teus atos, palavras e pensamentos, no convívio com todos os que te cercam o coração. Somente nessa diretriz é possível atender ao Divino Administrador e servir aos semelhantes, curando-se a hipertrofia congenial do "eu".


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 76, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

AMOR E VIDA


AMOR E VIDA[1]

Quanto mais amor se dá, mais amor se possui para doar.
O amor é o sentimento fundamental para o estabelecimento da felicidade humana, sem o qual a vida perde o total sentido e significado de que se re-veste.
Um indivíduo rico de amor transforma-se em precioso celeiro, onde todos se podem repletar de alimento vivo.
Iniciando o seu périplo no imo de alguém que se engrandece com a sua presença, expande-se amplamente, alcançando a tudo e a todos que se lhe encontrem no raio de abrangência e conquista.
Desejando-se um mundo sem angústias nem problemas sociais, livre das misérias econômicas e guerreiras, apele-se para o amor, que possui os recursos hábeis para a conciliação, o perdão, a transformação moral dos indivíduos, fomentando o progresso e dirigindo-o no rumo da harmonia geral.
Por isso, o amor é vida que gera e impulsiona outras vidas, a fim de que alcancem as metas que lhes estão destinadas e podem ser conseguidas se houver empenho e dedicação sob a sua invulgar inspiração.
Quanto mais amor se dá, mais amor se possui para doar, porque é de natureza inesgotável.
Pensa-se que o amor restringe-se ao reduzido grupo da família, dos amigos selecionados, dos participantes das atividades afins. Certamente, esse movimento tem a presença do amor que se está instalando no âmago do ser, mas que deverá percorrer um largo caminho de experiências e amadurecimento.
Outras vezes, acredita-se que o amor se manifesta através dos gestos grandiloqüentes, das ações exponenciais, das renúncias gloriosas, dos sacrifícios e martírios que comovem o mundo e o deslumbram, demonstrando a grandeza da alma humana...
Realmente, esses são momentos culminantes do amor, que se inicia e se engrandece a partir de insignificantes oferendas, desde um sorriso gentil a uma palavra calorosa e esclarecedora, de uma dádiva espontânea a um ato de compreensão diante de uma circunstância perturbadora...
Da mesma forma, o não julgamento apressado a respeito de uma ocorrência infeliz, o auxílio de contemporização ante litigantes, o silêncio oportuno que evita a dissensão, constituem manifestações do amor na vida, contribuindo em favor da plenitude de todas as vidas existentes e por existirem.
A renúncia a pequenas satisfações pessoais, que se transformam em benefício para outras pessoas, um pensamento ungido de compaixão, são portadores da presença do amor em movimento.
Desejando-se amor, é imprescindível amar, não com o caráter retributivo, mas com objetivo enriquecedor e feliz.
À medida que se instala no coração, modifica para melhor o comporta-mento da pessoa, enseja claridade emocional na sombra dos conflitos, dá cor e encanto à paisagem dos sentimentos, mesmo quando ainda dominados pelas torpezas e pela treva da ignorância, auxiliando na inevitável transformação para ter condições de receber as sementes da verdade e do conhecimento.
O amor é inexcedível!
Não se preocupa na forma como será recebido, mas na maneira como se expressa, irradiando-se sobranceiro.
Santo Agostinho, fascinado com os milagres que o amor opera, declarou enfático: “Eu sou apaixonado pelo amor.”
Essa paixão que tinha pelo amor fez que o dilatasse em favor da Humanidade, tornando-o iluminado, em razão do autoconhecimento a que se entregou, ampliando-o pela esteira dos séculos em benefício de todas as criaturas.
São Francisco de Assis, de tal maneira se embriagou com o elixir do amor e o viveu tão intensamente que a sua mensagem afetuosa e simples mudou os rumos da História, tornando-se, em conseqüência, o pai da Ecologia, o pioneiro do Renascimento, o perfeito imitador de Jesus, a Quem seguiu com entrega total e paixão imorredoura.
Homens e mulheres que se propuseram a amar tornaram-se modelos de vida e de plenitude, totalmente integrados no espírito de doação, que é a característica fundamental e inapelável do amor.
O mundo atual estertora, porque há carência de amor em toda parte. Fala-se muito no amor, comenta-se sobre a sua finalidade, estabelecem-se regras e critérios, no entanto, não se o introjeta no coração, a fim de que se externe em palavras e ações, alterando a marcha dos acontecimentos.
Por isso, o ser humano enferma, porque se nega à vacinação preventiva do amor, ou quando se encontra afetado por alguma doença, recusa-se à amorterapia, que o libertaria da injunção afligente.
Encontram-se equivocados a seu respeito todos aqueles que aspiram a recebê-lo sem a consciência de oferecê-lo, aspirando a receber sem dar, a fruir sem sensibilidade para deixar-se impregnar pelos seus fluidos transcendentes.
O amor nunca se sacrifica, conforme se pensa equivocadamente, porque tudo quanto realiza, mesmo a peso de muito testemunho e doação, é espontâneo, não lhe constituindo martírio, antes representando um imenso prazer a bênção que persegue e se transforma em alegria de oferecer sem qualquer restrição.
Pais, irmãos, afetos diversos asseveram que, se necessário, são capazes de oferecer a vida pela de outrem, desde que seja alguém desses a quem se afeiçoam com ternura e devotamento no lar. É, sem dúvida, um gesto heróico e grandioso, entretanto, na desnecessidade de assim proceder, estão convidados a compreender e tolerar, a perseverar ao seu lado nas horas difíceis, a assistir com delicadeza e discrição, passando despercebidos e sem a presença dos holofotes da exibição ou os louros da retribuição.
O amor, portanto, é um gigante que se faz pigmeu quando necessário, e é quase um nada que se avoluma conforme o momento e as circunstâncias que lhe imponham essa modificação de estrutura.
Quando alguém oferece amor a outrem, ele se vai agigantando e abraçando outros que encontra pela frente, porque faz que se desenvolva o seu germe que permanece aguardando os estímulos para desenvolver-se, terminando por abarcar todo o mundo.
A religião mais eficiente é aquela, portanto, que se fundamenta no amor real, essência da vida legítima.
Presente em toda a Natureza, porque procedente de Deus, da criatura humana se irradia abrangendo tudo e voltando na direção a Deus.
Cultiva o amor no pensamento, externa-o nas palavras e vive-o nas ações, sem preocupação de haveres ou não alcançado o seu sublime clímax.
Começa-o agora e segue-lhe a trilha infinita, cada vez amando mais.
Habituar-te-ás ao amor de tal forma, que nunca mais poderás viver sem ele no coração.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 2 de abril de 2019

TUA CASA


TUA CASA[1]
Eis que estamos em tua casa, esperando conversar de alma para alma, dentro da simplicidade evangélica, sempre usando o coração. Estamos com saudades do teu entendimento, da amizade que traz para todos a alegria contagiante, que conforta e supre todas as deficiências.
Tua casa é um lugar gerador de Paz! Dentro destas quatro paredes podes respirar o mesmo clima do Céu, dependendo de como te comportares em família. Mulher e marido são os agentes da Felicidade, desde quando compreendem as necessidades de servir um ao outro por Amor, entendendo mutuamente seus deveres para com a própria família, não fazendo da casa um lugar que possa gerar o vício, procurando se esforçar todos os dias, esquecendo-se dos hábitos que os colocam na dependência e observando os procedimentos que prejudicam a saúde.
O pai que esquece o bom comportamento está convidando o filho para o desequilíbrio; a mãe que deixa passar despercebido o asseio, está convidando seus filhos para o desleixo. Se quiseres filhos educados, onde a disciplina se destaca às vistas dos outros, passa a dar exemplos de honestidade, de trabalho e de amor, porque a vivência das qualidades nobres são sementes de luz que sempre clareiam os caminhos de toda a tua prole. Quem não vive bem em família, não tem condições de viver em paz com ninguém. Tua casa é, pois, o primeiro passo que Deus te ajuda a dar, como sendo alicerce para o teu equilíbrio. Deves compreender a necessidade de viver em harmonia com todos os que te cercam, pois somos todos filhos do mesmo Deus. Não deves procurar a Felicidade fora do dever; honra os teus, que convivem à tua sombra, que no futuro eles te darão alegria.
Seja qual for a situação da tua vida, não percas a Esperança, que o Senhor está vendo e tudo sabe, e te ajudará a escolher os melhores caminhos para o restabelecimento. Nunca blasfemes contra a natureza, pois as situações mudam de hora para hora e quem confia, sempre sai vitorioso, sentindo a glória palpitar como sendo o bem-estar na consciência. Se estás doente ou alguém está enfermo em teu lar, não te desesperes, pois para Deus não existe o impossível; pede a Jesus com fé, que os recursos podem estar mais próximos do que pensas.
Quando pensamos em Deus, sentimos todo o bem que possa acontecer conosco, Sê amigo de todos dentro da casa, ouve quem queira falar, analisando o que cada um diz e responde como se fosses Jesus respondendo, tendo a paciência de ouvir e responder. E lembra-te de que as palavras com o Cristo são fontes de vida. Renuncia ás extravagâncias - o desperdício do teu salário em coisas inúteis será encargo maior para os teus ombros.
A Paz em teu lar é a conquista dos teus esforços somados todos os dias.
Quem não tem tempo para as boas conversações em família, nunca encontra o que busca - a Felicidade. Ouve o que vamos te falar; abre ou continua com – o teu culto do Evangelho, mesmo que apareçam problemas; aprende a superá-los, porque o bem que ele te faz e à tua família compensa todos os esforços na conquista deste tesouro.
Desejamos a paz de Deus para a tua casa.


[1] Livro: Tua Casa – Ditado pelo Espírito Ayrtes; psicografia de João Nunes Maia, Cap. 01. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sábado, 30 de março de 2019

MURMURAÇÕES


MURMURAÇÕES[1]

“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.”
Paulo
Filipenses, 2:14

Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores.
É hábito antigo de a leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia.
Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso auto-exame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.
Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.
É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta.
É fácil identificá-los.
Para eles, tudo está errado, nada serve não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma.
Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.
Lutemos quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.
Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 75 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 29 de março de 2019

ESPERANÇA


ESPERANÇA[1]

"Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança."
Paulo
Romanos, 15:4

A esperança é a luz do cristão.
Nem todos conseguem, por enquanto, o voo sublime da fé, mas a força da esperança é tesouro comum.
Nem todos podem oferecer, quando querem, o pão do corpo e a lição espiritual, mas ninguém na Terra está impedido de espalhar os benefícios da esperança.
A dor costuma agitar os que se encontram no "vale da sombra e da morte", onde o medo estabelece atritos e onde a aflição percebe o "ranger de dentes", nas "trevas exteriores", mas existe a luz interior que é a esperança.
A negação humana declara falências, lavra atestados de impossibilidade, traça inextricáveis labirintos, no entanto, a esperança vem de cima, à maneira do Sol que ilumina do alto e alimenta as sementeiras novas, desperta propósitos diferentes, cria modificações redentoras e descerra visões mais altas.
A noite espera o dia, a flor o fruto, o verme o porvir... O homem, ainda mesmo que se mergulhe na descrença ou na dúvida, na lágrima ou na dilaceração, será socorrido por Deus com a indicação do futuro.
Jesus, na condição de Mestre Divino, sabe que os aprendizes nem sempre poderão acertar inteiramente, que os erros são próprios da escola evolutiva e, por isto mesmo, a esperança é um dos cânticos sublimes do seu Evangelho de Amor.
Imensas têm sido, até hoje, as nossas quedas, mas a confiança do Cristo é sempre maior. Não nos percamos em lamentações.
Todo momento é instante de ouvir Aquele que pronunciou o "Vinde a mim..."
Levantemo-nos e prossigamos convictos de que o Senhor nos ofereceu a luz da esperança, a fim de acendermos em nós mesmos a luz da santificação espiritual.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 75, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 28 de março de 2019

MAOS OBREIROS


MAOS OBREIROS[1]

"Guardai-vos dos maus obreiros."
Paulo
Filipenses, 3:2
Paulo de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se, ante o assédio dos maus obreiros.
Em todas as atividades do bem, o trabalhador sincero necessita preservar-se contra o veneno que procede do servidor infiel.
Enquanto os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros à deserção e à revolta. Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas de luta.
Estimam as apreciações desencorajadoras.
Fixam-se nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das realizações já feitas.
Manuseiam textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento de deveres.
Ouvem as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.
Chamam covardes aos cooperadores humildes, e bajuladores aos eficientes ou compreensivos.
Destacam os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.
Alinham frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades ocultas.
Semeiam a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem próximo.
Espalham suspeitas e calúnias, entre os que organizam e os que executam.
Fazem-se advogados para serem acusadores.
Vestem-se à maneira de ovelhas, dissimulando as feições de lobos.
Costumam lamentar-se por vitimas para serem verdugos mais completos.
"Guardai-vos dos maus obreiros."
O conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 74, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.