quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O HOMEM ANTE A VIDA


O HOMEM ANTE A VIDA[1]

No crepúsculo da civilização em que rumamos para a alvorada de novos milênios, o homem que amadureceu o raciocínio supera as fronteiras da inteligência comum e acorda, dentro de si mesmo, com interrogativas que lhe incendeiam o coração.
Quem somos?
Donde viemos?
Onde a estação de nossos destinos?
À margem da senda em que jornadeia, surgem os escuros estilhaços dos ídolos mentirosos que adorou e, enquanto sensações de cansaço lhe assomam à alma enfermiça, o anseio da vida superior lhe agita os recessos do seu qual braseiro vivo do ideal, sob a espessa camada de cinzas do desencanto.
Recorre à sabedoria e examina o microcosmo em que sonha.
Reconhece a estreiteza do círculo em que respira.
Observa as dimensões diminutas do Lar Cósmico em que se desenvolve.
Descobre que o Sol, sustentáculo de sua apagada residência planetária, tem um volume de 1.300.000 vezes maior que o dela.
Aprende que a Lua, insignificante satélite do seu domicílio, dista mais de 380.000 quilômetros do mundo que lhe serve de berço.
Os Planetas vizinhos evolucionam muito longe, no espaço imenso.
Dentre eles, destaca-se Marte, distante de nós cerca de 56.000.000 de quilômetros na época de sua maior aproximação.
Alongando as perquirições, além do nosso Sol, analisa outros centros de vida.
Sírius ofusca-lhe a grandeza.
Pólux, a imponente estrela do Gêmea, eclipsa-o em majestade.
Capela é 5.800 vezes maior.
Antares apresenta volume superior.
Canópus tem um brilho oitenta vezes superior ao do Sol.
Deslumbrado, apercebe-se de que não existe vácuo, de que a vida é patrimônio de gota d’água, tanto quanto é a essência dos incomensuráveis sistemas siderais, e, assombrado ante o esplendor do Universo, o homem que empreende a laboriosa tarefa do descobrimento de si mesmo volta-se para o chão a que se imanta e pede ao amor que responda à soberania cósmica, dentro da mesma nota de grandeza, todavia, o amor no ambiente em que ele vive é ainda qual milagrosa em tenro desabrochar.
Confinado ao reduzido agrupamento consanguínea a que se ajusta ou compondo a equipe de interesses passageiros a que provisoriamente se enquadra, sofre a inquietação do ciúme, da cobiça, do egoísmo, da dor. Não sabe dar sem receber, não consegue ajudar sem reclamar e, criando o choque da exigência pra os outros, recolhe dos outros os choques sempre renovados da incompreensão e da discórdia, com raras possibilidades de auxiliar e auxiliar-se.
Viu a Majestade Divina nos Céus e identifica em si mesmo a pobreza infinita da Terra.
Tem o cérebro inflamado de glória e o coração invadido de sombra.
Orgulha-se, ante os espetáculos magnificentes do Alto e padece a miséria de baixo.
Deseja comunicar aos outros quanto apreendeu e sentiu na contemplação da vida ilimitada, mas não encontra ouvidos que o entendam.
Repara que o Amor, na Terra, é ainda a alegria dos oásis fechados.
E, partindo os elos que o prendem à estreita família do mundo, o homem que desperta, para a grandeza da Criação, perambula na Terra, à maneira do viajante incompreendido e desajustado, peregrino sem pátria e sem lar, a sentir-se grão infinitesimal de poeira nos Domínios Celestiais.
Nesse homem, porém, alarga-se a acústica da alma e, embora os sofrimentos que o afligem, é sobre ele que as Inteligências Superiores estão edificando os fundamentos espirituais de Nossa Humanidade.


[1] Livro: Roteiro – Ditado pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Edit. FEB, Cap. 01 Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

TEU MARIDO


TEU MARIDO[1]

O homem no lar é uma forma de segurança para toda a família. O dever da mulher é ajudá-lo no seu desempenho, na sua função de pai e marido; ela deve procurar desfazer suas preocupações e, quando ofendida, lembrar-se logo do Perdão. O esquecimento das ofensas é força divina que se acumula no coração. Saber desculpar uma possível injúria é entender as leis que regulam o desenvolvimento das criaturas. Por vezes, em momentos impensados, a irritação nos abre campo propício para ataques e, se quem recebe o mau trato fizer o mesmo, o ambiente crespa e dele poderão nascer coisas piores e o lar passará a ser um campo de lutas, sem esperanças de nele se estabelecer a paz. É neste momento que o Cristo deve ser lembrado com os Seus preceitos, para que o amor revigore os sentimentos elevados.
Convidamos todas as famílias que, se ainda não o fizeram, abram o culto do Evangelho no lar, fato este que ajudará a todos da casa em novas esperanças de vida, como fonte de alegria inesgotável. O serão evangélico enriquece a água, o ar e os alimentos, de modo a restabelecer a saúde de quem; porventura, estiver enfermo, além de ser um preventivo contra todos os tipos de problemas. Cristo é uma solda divina que une as criaturas, fazendo com que todos sintam o Amor predispondo todas as pessoas para a verdadeira amizade, sem esquecer o Perdão, força poderosa no seio de uma comunidade familiar.
Minha irmã, queremos te dizer que o teu marido não foi posto em teu caminho por acaso! É o teu companheiro de lutas e de reajustes pelo tempo em que a vida pretender tê-lo ao teu lado; aproveita a oportunidade e procura o Perdão como sendo chave valiosa que abre as portas de variadas virtudes que, afloradas, te darão a tranquilidade de consciência.
Aos que convivem juntos em uma casa, abracem o dever, pois o direito os procura, onde quer que estejam, dando-lhes o que tenham direito, onde estiverem.
Mulher, não maltrates o teu marido, mesmo sendo ferida, pois alguém invisível te ajudará; se a conduta tiver algo de evangélico, a força do exemplo será mais força em todas as circunstâncias! Abre o teu coração à alegria pura e não deixes de compreender quem desconhece a verdade! A esposa inteligente nunca revida ofensas! Confia em Deus, buscando na oração a tua segurança, que nunca faltarão ao teu lado os agentes da luz, Quando os problemas chegarem ao teu encontro, procura desfazê-los no trabalho - naquele labor que edifica - que a natureza te dará forças para venceres todos os obstáculos.
Deus é sempre Pai, amoroso e justo.
Pensa minha filha, no Perdão, que deve ser usado pela tua conduta. Fala sempre nele, que ele passará a se expressar na tua própria vida. Não difames ninguém, respeita a tua vizinha e estimula-a às conversações sadias que, com o tempo, terás companheiras nos teus planos elevados de servir, ajudando aqueles em situações difíceis. Todos nós podemos ajudar. Marido e mulher se uniram por vontade divina, formando assim um lar e na sequencia deste, certamente aparecerão os filhos no mesmo aprendizado, onde a vida usa todos os recursos na educação e sabedoria do conjunto.


[1] Livro: Tua Casa – Ditado pelo Espírito Ayrtes; psicografia de João Nunes Maia, Cap. 04, Edit. Fonte Viva. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:
https://extra.globo.com/famosos/lazaro-ramos-virou-personagem-de-desenho-em-quadrinho-conheca-lazinho-4727230.html

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

SEMENTEIRA E CONSTRUÇÃO


SEMENTEIRA E CONSTRUÇÃO[1]

“Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois, lavoura de Deus e edifício de Deus.”
Paulo
I Coríntios, 3:9

Asseverando Paulo a sua condição de cooperador de Deus e designando a lavoura e o edifício do Senhor nos seguidores e beneficiários do Evangelho que o cercavam, traçou o quadro espiritual que sempre existirá na Terra em aperfeiçoamento, entre os que conhecem e os que ignoram a verdade divina.
Se já recebemos da Boa Nova a lâmpada acesa para a nossa jornada, somos compulsoriamente considerados colaboradores do ministério de Jesus, competindo-nos a sementeira e a construção dele em todas as criaturas que nos partilham a estrada.
Conhecemos, pois, na essência, qual o serviço que a Revelação nos indica. Logo nos aproximemos da luz cristã.
Se já guardamos a bênção do Mestre, cabe-nos restaurar o equilíbrio das correntes da vida, onde permanecemos, ajudando aos que se desajudam, enxergando algo para os que jazem cegos e ouvindo alguma coisa em proveito dos que permanecem surdos, a fim de que a obra do Reino Divino cresça, progrida e santifique toda a Terra.
O serviço é de plantação e edificação, reclamando esforço pessoal e boa vontade para com todos, porquanto, de conformidade com a própria simbologia do apóstolo, o vegetal pede tempo e carinho para desenvolver-se e a casa sólida não se ergue num dia.
Em toda parte, porém, vemos pedreiros que clamam contra o peso do tijolo e da areia e cultivadores que detestam as exigências de adubo e proteção à planta frágil.
O ensinamento do Evangelho, contudo, não deixa margem a qualquer duvida.
Se já conheces os benefícios de Jesus, és colaborador dele, na vinha do mundo e na edificação do espírito humano para a Eternidade.
Avança na tarefa que te foi confiada e não temas.
Se a fé representa a nossa coroa de luz, o trabalho em favor de todos é a nossa bênção de cada dia.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 68 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  http://janelaespirita.blogspot.com/2011/04/na-sementeira-da-fe.html

domingo, 17 de fevereiro de 2019

TRABALHAR E TRABALHAR


TRABALHAR E TRABALHAR[1]
Casimiro Cunha


Seja qual for o problema,
Não importa a dimensão,
O trabalho é sempre o lema
Portador da solução

Muitos se queixam no mundo,
Declarando-se azarados...
O solo é chão infecundo
Se tens os braços cruzados....

Existe bela cantiga
Sempre ecoando no ar...
Note a rima nobre a antiga:
Trabalhar e trabalhar!...

Quando mais tempo avança,
Mais exalto no meu verso
Nosso Pai que não se cansa
De criar o Universo

A fonte, o fruto no galho,
A luz, a arte, a beleza...
Tudo enaltece o trabalho
Nas forças da Natureza!


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: https://blog.trello.com/br/trabalhar-6-horas-por-dia

sábado, 16 de fevereiro de 2019

CONTEMPLAS MAIS LONGE


CONTEMPLAS MAIS LONGE[1]

“Porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão.”
Jesus
Lucas, 6:38

Para o esquimó, o céu é um continente de gelo, sustentado a focas.
Para o selvagem da floresta, não há outro paraíso, além da caça abundante.
Para o homem de religião sectária, a glória de além-túmulo pertence exclusivamente a ele e aos que se lhe afeiçoam.
Para o sábio, este mundo e os círculos celestiais que o rodeiam são pequeninos departamentos do Universo.
Transfere a observação para o teu campo de experiência diária e não olvides que as situações externas serão retratadas em teu plano interior, segundo o material de reflexão que acolhes na consciência.
Se perseverares na cólera, todas as forças em torno te parecerão iradas.
Se preferes a tristeza, anotarás o desalento, em cada trecho do caminho.
Se duvidas de ti próprio, ninguém confia em teu esforço.
Se te habituaste às perturbações e aos atritos, dificilmente saberás viver em paz contigo mesmo.
Respirarás na zona superior ou inferior, torturada ou tranquila, em que colocas a própria mente. E, dentro da organização na qual te comprazes, viverás com os gênios que invocas. Se te deténs no repouso, poderás adquiri-lo em todos os tons e matizes, e, se te fixares no trabalho, encontrarás mil recursos diferentes de servir.
Em torno de teus passos, a paisagem que te abriga será sempre em tua apreciação aquilo que pensas dela, porque com a mesma medida que aplicares à Natureza, obra viva de Deus, a Natureza igualmente te medirá.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 72 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://espiritaonline.com/post/mensagens/477-contempla-mais-longe.html

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

NO SERVIÇO CRISTÃO


NO SERVIÇO CRISTÃO[1]

"Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho."
I Pedro, 5:3

Aos companheiros de Espiritismo cristão cabem tarefas de enormes proporções, junto das almas.
Preocupam-nos profundos problemas da fé, transcendentes questões da dor.
Porque dão de graça o que por graça recebem, contam com a animosidade dos que vendem os dons divinos; porque procuram a sabedoria espiritual, recebem a gratuita aversão dos que se cristalizam na pequena ciência; porque se preparam em face da vida eterna, desligando-se do egoísmo destruidor, são categorizados como loucos, pelos que se satisfazem na fantasia transitória.
Quanto maior, porém, a incompreensão do mundo, mais se deverá intensificar naqueles as noções da responsabilidade.
Não falamos aqui dos estudiosos, dos investigadores ou dos observadores simplesmente.
Referimo-nos aos que já entenderam a grandeza do auxílio fraternal e a ele se entregaram, de coração voltado para o Cristo.
Encontram-se nos círculos de uma experiência nobre demais para ser comentada, mas a responsabilidade que lhes compete é igualmente muito grande para ser definida.
A ti, pois, meu irmão, que guardas contigo os interesses de muitas almas, repito as palavras do grande apóstolo, para que jamais te envaideças, nem procedas "como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho"


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 69, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem: http://conscienciacativa.blogspot.com/2012/10/um-chamado-ao-servico-cristao.html

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

AMOR E COMPANHEIRISMO


AMOR E COMPANHEIRISMO[1]

O amor projeta o que se é naquele a quem se vincula afetuosamente.
O companheirismo fortalece-se através da vitalidade do amor.
Nem sempre transcorrerá em clima de total identidade de propósitos e de sentimentos, como é natural, pois se trata de duas ou mais pessoas outras envolvidas na afetividade, no relacionamento fraternal. Por extensão, na convivência a dois, quando os interesses se apresentam ricos de esperanças, mas o comportamento é descuidado, sem arquivos de maturidade psicológica, desfaz-se, por falta de estrutura e de profundidade.
Pensa-se que a finalidade do companheirismo é fugir-se ao tédio, à solidão, e nunca se procura nele identificar o significado do amor, os benefícios dele defluentes, as satisfações da convivência e da amizade.
Pessoas que se sentem solitárias buscam relações com o propósito de fugir do desconforto que as assalta, porque isoladas, sem campo emocional para expressar os seus estados interiores. Não obstante, pareça justa a busca, não alcança o objetivo, por tratar-se de uma fuga e não de uma realidade.
Quem assim procede, pensa apenas em receber, em vencer os conflitos, apagar os ressentimentos íntimos que guarda contra si mesmo, terminando por transferi-los para aqueles com os quais pretende identificar-se.
Somente um trabalho de autodescoberta facilita a comunicação com os demais indivíduos, porquanto, ao serem identificados os traumas e as inquietações, as ansiedades e os desejos não os transferem para os outros, procurando vencê-los em si mesmo antes que lutar contra, projetando-os como imagens detestáveis que são vistas nas pessoas a quem procura amar.
Quando se está carente de afeto e se desejam relacionamentos amorosos, o romantismo toma conta da imaginação e estabelecem-se normas de afetividade, nas quais o outro deve preencher as lacunas internas e os vazios existenciais.
Formulam-se programas de convivência exterior, como os passeios, divertimentos, refeições em restaurantes e lugares paradisíacos, teatros e cinemas, dando campo às emoções que logo passam, trazendo de volta a mesma insegurança, insatisfação e tédio...
Somente quando se é capaz de vencer os distúrbios íntimos e o autor ressentimentos, é que se pode amar e buscar relacionamentos que estejam liberados de projeções perturbadoras e de fáceis atritos desgastantes.
É comum descobrir-se pequenas coisas que são detestáveis, quando praticadas pelo ser com quem se relaciona ou a quem se afeiçoa. Não obstante, essa repulsa decorre de intolerância interior a atitudes semelhantes que a pessoa mantém e não se dá conta de como procede. Ao combater aquilo que lhe é desagradável no outro, está-se descobrindo, inconscientemente, a respeito de comportamentos iguais que vivencia e que, certamente, incomodam também ao companheiro que os silencia.
O amor no relacionamento é semelhante a um espelho, que projeta o que se é, naquele a quem se vincula afetuosamente.
Em face dessa realidade, torna-se necessário o diálogo honesto e coerente, evitando-se as brigas, que ressaltam os caprichos do ego, as imposições da personalidade dominadora.
Ninguém ama submetendo, nem se permite amar sob sujeição.
O amor é livre e se expressa em total liberdade, sem o que manifesta interesse e conveniência, normalmente de efêmera duração.
Da mesma maneira que dialoga, sabe silenciar nos momentos próprios em que o outro necessita de introspecção, de harmonia interna, de solidão saudável.
Evitando ser ruidoso, em nome da falsa alegria, também não deve permanecer em quietação, traduzindo indiferença.
Há uma medida sábia para aquilatar-se quando se está discutindo com equilíbrio ou se está impondo o tormento da desconfiança, da irritabilidade, da acrimônia. Isso se dá quando se dialoga para esclarecer e ajudar, ou quando se utiliza da palavra para ferir, para demonstrar superioridade, para magoar...
A repetição de cenas desagradáveis deixa resíduos interiores que se convertem com o tempo em ressentimento e amargura, abrindo espaços e distâncias entre as pessoas.
Inevitavelmente, momentos nos surgem quais os sentimentos do afeto e do companheirismo confundem-se, apresentando exigências e solicitando preferências pessoais.
É claro que se trata de manifestações humanas, ainda muito distantes das expressões angélicas. Isso, porém, não deve desanimar antes estimular a novos investimentos e insistentes experiências de tolerância, de compaixão e de bondade.
O amor está sempre aberto e receptivo para as comunicações emocionais, desde um olhar gentil a um gesto afável, a uma comunhão saudável e plenificadora.
Quando se ama e se busca companheirismo nos relacionamentos sociais, espirituais, há um enriquecimento interior que se expande na direção da Natureza, do mundo terrestre, do Universo...
Esse amor ao próximo, que deflui daquele que se tem por si mesmo, atinge o pórtico daquele que se deve dedicar a Deus.
Trata-se de uma emoção esplendorosa interior, que contagia o sensível e o imperceptível, o visível e o espiritual, atraindo o psiquismo dos seres elevados da Espiritualidade, que passam a compartilhar dessas vibrações e inspiram a direcioná-las em favor da humanidade em sofrimento, em carência e em desolação.
O amor é imbatível no seu objetivo e indestrutível na sua constituição, porque emana do Criador e a Ele volta.
Sempre que olhes a pessoa amada, o companheiro de que necessitas para os relacionamentos humanos, sociais e emocionais felizes, faze dela um espelho e observa como te vês nele refletido.
Não lhe exijas em demasia aquilo que não lhe ofertes em generosidade. Talvez ela não saiba retribuir, mas se permaneceres oferecendo-lhe gentileza e paz chegará o momento em que também se abastecerá de alegria e de gratidão, que são respostas do sentimento que ama.
O amor é grato e é generoso, porque felicitando, santifica e eleva a criatura do nível da necessidade ao patamar da abundância.
Ama, e mais compreenderás a bênção do companheirismo, do relacionamento gentil, pelo que experimentes e pelo que transmitas a todos aqueles que se te acerquem e compartilhem das tuas elevadas emoções.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem:  http://www.pensapositivo.com.br/pp/Mensagem/946/50/Companherismo

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

EDIFICAÇÕES


EDIFICAÇÕES[1]


“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.”
Jesus
Mateus, 5:14

O Evangelho está repleto de amorosos convites para que os homens se edifiquem no exemplo do Senhor.
Nem sempre os seguidores do Cristo compreendem esse grande imperativo da iluminação própria, em favor da harmonia na obra a realizar.
Esmagadora percentagem de aprendizes, antes de tudo, permanece atenta à edificação dos outros, menosprezando o ensejo de alcançar os bens supremos para si.
Naturalmente, é muito difícil encontrar a oportunidade entre gratificações da existência humana, porquanto o recurso bendito de iluminação se esconde, muitas vezes, nos obstáculos, perplexidades e sombras do caminho.
Mestre foi muito claro em sua exposição. Para que os discípulos sejam a luz do mundo, simbolizarão cidades edificadas sobre a montanha, onde nunca se ocultem.
A fim de que o operário de Jesus funcione como expressão de claridade na vida, é indispensável que se eleve ao monte da exemplificação, apesar das dificuldades da subida angustiosa, apresentando-se a todos na categoria de construção cristã.
Tal cometimento é imperecível.
Vaivém das paixões não derruba a edificação dessa natureza, as pedradas deixam-na intacta e, se alguém a dilacera, seus fragmentos constituem a continuidade da luz, em sublime rastilho, por toda parte, porque foi assim que os primeiros mártires do Cristianismo semearam a fé.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 76, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
 Fonte de imagem:  http://www.adustinaadsa.com/2018/02/monte-santo-bamonte-santo-e-um-lugar.html