quinta-feira, 25 de outubro de 2018

MINISTÉRIOS


MINISTÉRIOS[1]

“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.”
I Pedro, 4:10

Toda criatura recebe do Supremo Senhor o dom de servir como um ministério essencialmente divino.
Se o homem levanta tantos problemas de solução difícil, em suas lutas sociais, é que não se capacitou, ainda, de tão elevado ensinamento.
O quadro da evolução terrestre apresenta divisão entre os que denominais “magnatas” e “proletários”, porquanto, de modo geral, não se entendeu até agora no mundo a dignidade do trabalho honesto, por mais humilde que seja.
É imprescindível haja sempre profissionais de limpeza pública, desbravadores de terras insalubres, chefes de fábricas, trabalhadores de imprensa.
Os homens não compreenderam, ainda, que a oportunidade de cooperar nos trabalhos da Terra transforma-os em despenseiros da graça de Deus.
Chegará, contudo, a época em que todos se sentirão ricos. A noção de “capitalista” e “operário” estará renovada. Entender-se-ão ambos como eficientes servidores do Altíssimo.
O jardineiro sentirá que o seu ministério é irmão da tarefa confiada ao gerente da usina.
Cada qual ministrará os bens recebidos do Pai, na sua própria esfera de ação, sem a ideia egoística de ganhar para enriquecer na Terra, mas de servir com proveito para enriquecer em Deus.



[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 61, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
 Fonte de imagem: http://chicodeminasxavier.com.br/veja-imagens-e-conheca-nosso-lar-mais-famosa-das-colonias-espirituais/

terça-feira, 23 de outubro de 2018

MÁGOA


MÁGOA[1]

O produto amargo de nossa infelicidade amorosa são nossas mágoas, resultado direto de nossas expectativas, que não se realizaram, sobre nós mesmos e sobre as outras pessoas.
Os indivíduos que acreditam que tudo sabem a respeito do amor não têm meios de descobrir que não sabem, pois para, nos tomar aptos ao aprendizado; é necessário estarmos abertos às experiências e às observações. Aprendemos sobre o amor quando reconhecemos nossa própria ignorância, que não deveria ser encarada como desapontamento e fracasso, e sim como estímulo e desafio a um conhecimento mais amplo.
A maior parte das criaturas se comporta como se o amor não fosse um sentimento a ser cada vez mais aprendido e compreendido. Agem como se ele estivesse inerte na intimidade humana e passam a viver na expectativa de que um dia alguém ou alguma coisa possa despertá-lo em toda a sua potência, numa espécie de fenômeno encantado.
Na questão do amor, vale considerar que, quanto mais soubermos, mais teremos para dar; quanto maior o discernimento, maior será a nossa habilidade para amar; quanto mais compartilharmos o amor com os outros, mais estaremos alargando a nossa fonte de compreensão a respeito dele.
Quase todos os habitantes da Terra são considerados um “livro em branco” no entendimento do amor. Por não admitirmos nossa incapacidade de amar verdadeiramente, é que permanecemos desestimulados e conformados a viver uma existência com fronteiras bem limitadas na área da afetividade.
Negamos frequentemente o fracasso amoroso, durante anos e anos, para não admitir diante dos outros, nossas escolhas precipitadas e equivocadas. Não percebemos, muitas vezes, oportunidades imensas de caminhar pelas veredas do amor, porque não renunciamos à necessidade neurótica de ser perfeitos; ficamos sempre presos a uma pressão torturante de infalibilidade.
Perdemos excelentes momentos de crescimento pessoal, queixando-nos cotidianamente de que estamos sendo ignorados e usados, porém nunca tornamos atitude alguma.
Deixamo-nos magoar pelos outros e acabamos (por que não dizer?) magoando também a nós mesmos.
Reagimos às ofensas e ao desdém, experimentando sentimentos de frustração, negação, autopiedade, raiva e imensa mágoa. Culpamos as pessoas pelos nossos sofrimentos, verbalizando as mais diversas condenações e, em seguida, esforçamo-nos exaustivamente para não ver que a origem de nossas dores morais é fruto de nossa negligência e comodismo.
O produto amargo de nossa infelicidade amorosa são nossas mágoas, resultado direto de nossas expectativas, que não se realizaram, sobre nós mesmos e sobre as outras pessoas.
Nós nos “barateamos” quando colocamos nossa autovalorização em baixa na espera de seduzir e modificar seres humanos que nos interessam.
Vivemos comumente desencontros na área da afetividade, por desconhecermos os processos psicológicos que nos envolvem, o que nos faz; viver supostos amores. Justificamos nossa infelicidade conjugal como sendo “débitos do passado” e passamos uma vida inteira buscando “álibis reencarnatórios” para compensar o desprezo com que somos tratados e a opção que fizemos de viver com criaturas que nos desconsideram e nos agride a alma constantemente.
“... é uma das infelicidades de que sois, as mais das vezes, a causa principal.” “... Julgas, porventura, que Deus te constranja a permanecer junto dos que te desagradam? Depois, nessas uniões, ordinariamente buscais a satisfação do orgulho e da ambição, mais do que a ventura de uma afeição mútua. Sofreis então as consequências dos vossos preconceitos.” (31)
Casamentos considerados comerciais foram realizados entre promessas socialmente dissimuladas, mas, certamente, eram transações de compra e venda. Negociações da posição social compraram a beleza, o físico e o sexuo; a comercialização de diplomas promissores e rentáveis aliou-se à aquisição de estruturas financeiramente sólidas.
A isso é que denominamos uniões matrimoniais?
A paixão, que muitos chamam de amor, raramente atravessa seu estágio embrionário. Aos poucos, perde a força motivadora por não possuir raízes profundas nos verdadeiros sentimentos da alma.
Quando a desilusão desfaz a paixão, é porque se desgastou o estado de irrealidade. Paixões acontecem quando usamos nossas emoções sem ligá-las aos nossos sentidos mais profundos.
Quase sempre acreditamos que o fracasso conjugal é um antônimo do sucesso matrimonial, esquecendo-nos, contudo, de que o êxito, em muitas circunstâncias, está do outro lado do que denominamos ruína afetiva. Aprendemos quem somos e como agimos convivendo com os defeitos e qualidades dos outros. É justamente nos conflitos de relacionamento que retiramos as grandes lições para identificar as origens de nossas aflições.
Perguntemo-nos a nós mesmos:
·         Por que estou me deixando magoar tanto?
·         Onde e como nasceram minhas crenças de autopunição?
·         Como esta minha postura de vida pode me fazer feliz?
Sempre temos infinitas possibilidades de escolha, por isso, liguemo-nos a Deus e creiamos na Bondade Divina; com certeza, Ele nos mostrará o caminho para conquistar a felicidade que tanto almejamos.
X,X,X,X
É profundamente irracional nutrir a crença de que nunca seremos traídos e de que sempre seremos amados e entendidos plenamente por todos.
Ao afirmamos: “Nunca ninguém conseguirá me magoar”, não queremos dizer que não damos o devido valor aos nossos sentimentos, que não nos importamos com o mundo e que não valorizamos as criaturas com quem convivemos. Querer não “sentir dor” pode dessensibilizar as comportas de nossos mais significativos sentimentos, inclusive atingindo de forma generalizada nossa capacidade de amar. Muitas vezes, queremos representar que possuímos uma segurança absoluta, quando, na realidade, todos nós somos vulneráveis de alguma forma.
Nosso estilo de vida, em muitas ocasiões, é ilógico e neurótico. O “querer viver” uma existência inteira desprovida de decepções e de ingratidão, com aceitação e consideração incondicionais, é desastrosamente irreal.
É profundamente irracional nutrir a crença de que nunca seremos traídos e de que sempre seremos amados e entendidos plenamente por todos.
Portanto, não podemos passar uma vida inteira ocultando de nós mesmos que nunca ficaremos magoados. Devemos, sim, admitir a mágoa, quando realmente ela existir, para que possamos resolver nossos conflitos e desarranjos comportamentais.
A maneira decisiva de atingirmos o equilíbrio interior é aceitarmos nossas emoções e sentimentos como realmente eles se apresentam, pois, deixando de ignorá-los, passaremos a nos adaptar firmemente à realidade dos fatos e dos acontecimentos que estamos vivenciando.
“... Conhecem os Espíritos o princípio das coisas (...) conforme a elevação e a pureza que hajam atingido.” (32)
Os Espíritos Superiores possuem um amplo estado de consciência e uma capacidade plena para traduzir o “princípio das coisas”. Conhecem as matrizes de seus sentimentos e a razão de suas atitudes, porque já atingiram um grau de lucidez que vai além dos limites da percepção consciente.
A grande maioria dos Espíritos encarnados e desencarnados domiciliados no orbe terrestre usualmente analisam fatos e tomam atitudes de forma inconsciente, irrefletida, impulsiva ou automática. O automatismo permite que muitos de nós tenhamos uma sequencia enorme de comportamentos, sem ao menos notarmos onde nasceram. Quer dizer, não compreendemos claramente os motivos e os significados ou mesmo a qualidade dos impulsos iniciais.
A arte de perceber de forma clara e real nossas mais íntimas intenções é uma das tarefas do processo evolutivo pelo qual todos estão passando.
O que não pode ser visto não pode ser mudado. Os mecanismos inconscientes dos quais nos utilizamos para nos enganar são em grande parte imperceptíveis, principalmente àqueles que não iniciaram ainda a autodescoberta do mundo interior, através do aprimoramento espiritual.
Mágoa não elaborada se volta contra o interior da criatura, alojando-se em determinado órgão, desvitalizando-o. Mágoa se transforma com o tempo em rancor, exterminando gradativamente nosso interesse pela vida e desajustando-nos quanto a seu significado maior.
A “desatenção” pode, muitas vezes, parecer um simples esquecimento natural, mas também poderá ser vista como atividade psicológica para afastar de nosso dia a dia; detalhes desagradáveis que não queremos admitir.
Para não tomarmos consciência de que fomos magoados, simplesmente não notamos uma série quase infinita de fatos e feitos que demonstrariam, de forma segura, o ofensor e a intenção da ofensa. A “desatenção” é uma defesa que apaga somente uma parte do ocorrido, deixando consciente apenas aquilo que nos interessa no momento.
O fato de criarmos o hábito de desviar a atenção como forma de dispersar a dor da agressão e de isso funcionar muito bem em determinados momentos expressivos de nossa vida, mantendo a mágoa dissimulada, poderá se tomar um estilo comportamental inadequado, pois distorce a realidade de nossos relacionamentos.
Sentimentos não morrem; poderemos enterrá-los, mas mesmo assim continuarão conosco.
Se não forem admitidos, não serão compreendidos e, consequentemente, estará desvirtuando a nossa visão do óbvio e do mundo objetivo.








Referencias:
31 LE - 940 – Não constitui igualmente fonte de dissabores, tanto mais amargos quanto envenenam toda a existência, a falta de simpatia entre seres destinados a viver juntos?
“Amaríssimos, com efeito. Essa, porém, é uma das infelicidades de que sois, as mais das vezes, a causa principal. Em primeiro lugar o erro é das vossas leis. Julgas, porventura, que Deus te constranja a permanecer junto dos que te desagradam? Depois, nessas uniões, ordinariamente buscais a satisfação do orgulho e da ambição, mais do que a ventura de uma afeição mútua. Sofreis então as consequências dos vossos preconceitos.”
32 LE - 239 – Conhecem os Espíritos o princípio das coisas?
“Conforme a elevação e a pureza que hajam atingido. Os de ordem inferior não sabem mais do que os homens.”




[1] Livro: As Dores da Alma – Ditado pelo Espírito Hamed; psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, Edit. Boa Nova. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem: http://www.mistermagazine.com.br/sobre-a-magoa-e-a-sindrome-de-peter-pan/

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

NO MUNDO PESSOAL


NO MUNDO PESSOAL[1]

Quando te observares na verdadeira posição de criatura imortal, nascida de Deus, com estrutura original, decerto te habilitarás a compreender que o Criador te conferiu tarefas individuais que deves aceitar por intransferíveis.
* * *
Reflete nisso :
Ninguém possui o trabalho que te foi concedido executar, conquanto algumas vezes a obra em tuas mãos possa assemelhar-se, de algum modo, a certas atividades alheias, no levantamento do progresso geral.
Ninguém dispõe da fonte de teus pensamentos plasmados por tua maneira especialíssima de ser.
Qual sucede com as impressões digitais, a voz que te serve se te erige em propriedade inalienável.
Em qualquer plano e em qualquer tempo, mobilizas todo um mundo interior de cujas manifestações mais íntimas e mais profundas os outros não participam.
À face disso, estarás em comunidade, mas viverás essencialmente contigo mesmo, com os teus sentimentos e diretrizes, ideais e realizações.
Isso porque o Governo da Vida te fez concessões que não estendeu a mais ninguém.
* * *
Observa os compromissos que te assinalam, seja em família, ou seja, no grupo social, e descobrirás para logo as obrigações que se te reservam de imediatismo das circunstâncias.
Se falhas no serviço a fazer, alguém te substitui no momento seguinte, porque a Obra do Universo não depende exclusivamente de nós;entretanto seja como seja onde te colocares, podes facilmente identificar as tarefas pessoais que a vida te solicita.
* * *
Quis a Divina Providência viesses a nascer no Universo por inteligência única, de modo a cumprir deveres inconfundíveis, sob a justa obrigação de te conheceres, mas não nos referimos a isso para que te percas no orgulho e sim para que te esmeres no burilamento próprio, valorizando-te na condição de criatura eterna em ascensão para a Espiritualidade Superior, a fim de brilhar e cooperar com Deus na suprema destinação da Sabedoria e do Amor, para a qual, por força da própria Lei de Deus, cada um de nós se dirige.



[1] Livro: Rumo Certo – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 02 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://cursodeeventos.com.br/2016/etiqueta-profissional-e-marketing-pessoal/

domingo, 21 de outubro de 2018

DAÍ E SER-VOS-Á DADO


DAÍ E SER-VOS-Á DADO[1]



“...Daí e ser-vos-á dado...”
Jesus
Lucas; 6:38

A palavra do Cristo ressoa até hoje nas abóbadas do tempo.
Do que derdes ser-vos-á dado.
Semelhante princípio não se aplica unicamente a assistência de ordem material.
Daí a vossa paciência em auxílio aos infelizes e a paciência alheia se vos fará reconforto no momento de vossas tribulações.
Daí as vossas desculpas aos companheiros que, porventura, vos ofendem e sereis desculpados no dia de vossos erros possíveis.
Doai o bem aos outros e o bem vos honorificará todos os dias.


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://pergaminhoseventuais.blogspot.com/2017/04/dai-e-ser-vos-dado-lucas-638.html

sábado, 20 de outubro de 2018

LÓGICA DO PROVIDÊNCIA


LÓGICA DO PROVIDÊNCIA[1]


“Depois que fostes iluminados, suportastes grande combate de aflições.”
Paulo
Hebreus, 10:32

Os cultivadores da fé sincera costumam ser indicados, no mundo, à conta de grandes sofredores.
Há mesmo quem afirme afastar-se deliberadamente dos círculos religiosos, temendo o contágio de padecimentos espirituais.
Os ímpios, os ignorantes e os fúteis exibem-se, espetacularmente, na vida comum, através de traços bizarros da fantasia exterior; todavia, quando se abeiram das verdades celestes, antes de adquirirem acesso às alegrias permanentes da espiritualidade superior, atravessam grandes túneis de tristeza, abatimento e taciturnidade.
O fenômeno, entretanto, é natural, por quanto haverá sempre ponderação após a loucura e remorso depois do desregramento.
O problema, contudo, abrange mais vasto círculo de esclarecimentos.
A misericórdia que se manifesta na Justiça de Deus transcende à compreensão humana.
O Pai confere aos filhos ignorantes e transviados o direito às experiências mais fortes somente depois de serem iluminados. Só após aprenderem a ver com o espírito eterno é que a vida lhes oferece valores diferentes.
 Nascer-lhes-á nos corações, daí em diante, a força indispensável ao triunfo no grande combate das aflições.
Os frívolos e oportunistas, não obstante as aparências são habitualmente almas frágeis, quais galhos secos que se quebram ao primeiro golpe da ventania. Os espíritos nobres, que suportam as tormentas do caminho terrestre, sabem disto.
Só a luz espiritual garante o êxito nas provações.
Ninguém concede a responsabilidade de um barco, cheio de preocupações e perigos, a simples crianças.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 60 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://www.oqueeoquee.com/jogos-de-logica/

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

NÃO TE AFASTES


NÃO TE AFASTES[1]



"Mas livra-nos do mal."
Jesus
Mateus, 6:13
A superfície do mundo é, indiscutivelmente, a grande escola dos espíritos encarnados.
Impossível recolher o ensinamento, fugindo à lição.
Ninguém sabe, sem aprender.
Grande número de discípulos do Evangelho, em descortinando alguns raios de luz espiritual, afirmam-se declarados inimigos da experiência terrestre.
Furtam-se, desde então, aos mais nobres testemunhos. Defendem-se contra os homens, como se estes lhes não fossem irmãos no caminho evolutivo. Enxergam espinhos, onde a flor desabrocha, e feridas venenosas, onde há riso inocente. E, condenando a paisagem a que foram conduzidos pelo Senhor, para serviço metódico no bem, retraem-se, de olhos baixos, recuando do esforço de santificação.
Declaram-se, no entanto, desejosos de união com o Cristo, esquecendo-se de que o Mestre não desampara a Humanidade. Estimam, sobretudo, a oração, mas, repetindo as sublimes palavras da prece dominical, olvidam que Jesus rogou ao Senhor Supremo, nos liberte do mal, mas não pediu o afastamento da luta.
Aliás, a sabedoria do Cristianismo não consiste em insular o aprendiz na santidade artificialista, e, sim, em fazê-lo ao mar largo do concurso ativo de transformação do mal em bem, da treva em luz e da dor em bênção.
O Mestre não fugiu aos discípulos; estes é que fugiram d’Ele no extremo testemunho. O Divino Servidor não se afastou dos homens; estes é que o expulsaram pela crucificação dolorosa.
A fidelidade até ao fim não significa adoração perpétua em sentido literal; traduz, igualmente, espírito de serviço até ao último dia de força utilizável no mecanismo fisiológico.
Se desejares, pois, servir com o Senhor Jesus, pede a Ele te liberte do mal, mas que não te afaste dos lugares de luta, a fim de que aprendas, em companhia d’Ele, a cooperar na execução da Vontade Celeste, quando, como e onde for necessário.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 57, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem: https://blogdopadrejoaozinho.catholicus.org.br/lei-distanciamento/

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

RENASCE AGORA


RENASCE AGORA[1]

“Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”
Jesus
João, 3:3
A própria Natureza apresenta preciosas lições, nesse particular.
Sucedem-se os anos com matemática precisão, mas os dias são sempre novos. Dispondo, assim, de trezentas e sessenta e cinco ocasiões de aprendizado e recomeço, anualmente, quantas oportunidades de renovação moral encontrará a criatura, no abençoado período de uma existência?
Conserva do passado, o que for bom e justo, belo e nobre, mas não guardem do pretérito os detritos e as sombras, ainda mesmo quando mascarados de encantador revestimento.
Faze por ti mesmo, nos domínios da tua iniciativa pela aplicação da fraternidade real, o trabalho que a tua negligência atirará fatalmente sobre os ombros de teus benfeitores e amigos espirituais.
Cada hora que surge pode ser portadora de reajustamento.
Se for possível, não deixes para depois os laços de amor e paz que podes criar agora, em substituição às pesadas algemas do desafeto.
Não é fácil quebrar antigos preceitos do mundo ou desenovelar o coração, a favor daqueles que nos ferem. Entretanto, o melhor antídoto contra os tóxicos da aversão é a nossa boa vontade, a benefício daqueles que nos odeiam ou que ainda não nos compreendem.
Enquanto nos demoramos na fortaleza defensiva, o adversário cogita de enriquecer as munições, mas se descemos à praça, desassombrados e serenos, mostrando novas disposições na luta, a ideia de acordo substitui, dentro de nós e em torno de nossos passos, a escura fermentação da guerra..
Alguém te magoa?  Reinicia o esforço da boa compreensão.
Alguém te não entende?  Persevera em demonstrar os intentos mais nobres.
Deixa-te reviver, cada dia, na corrente cristalina e incessante do bem.
Não olvides a assertiva do Mestre: — "Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”.
Renasce agora; em teus propósitos, deliberações e atitudes, trabalhando para superar os obstáculos que te cercam e alcançando a antecipação da vitória sobre ti mesmo, no tempo...
Mais vale auxiliar, ainda hoje, que ser auxiliado amanhã.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 56 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  http://pensopositivo.com.br/renascer/