terça-feira, 19 de junho de 2018

SEMPRE VIVOS


SEMPRE VIVOS[1]

“Ora, Deus não é de mortos, mas, sim, de vivos. Por isso, vós errais muito.”
Jesus
Marcos 12:27


Considerando as convenções estabelecidas em nosso trato com os amigos encarnados, de quando em quando nos referimos à vida espiritual utilizando a palavra “morte” nessa ou naquela sentença de conversação usual.
No entanto, é imprescindível entendê-la, não por cessação e sim por atividade transformadora da vida.
Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte; a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime.
É chegada à época de reconhecermos que, todos são; vivos na Criação Eterna.
Em virtude de tardar semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros.
Em razão disso, a Igreja Católica Romana criou, em sua teologia, um céu e um inferno artificiais; diversas coletividades das organizações evangélicas protestantes apegam-se à letra, crentes de que o corpo, vestimenta material do Espírito, ressurgirá um dia dos sepulcros, violando os princípios da Natureza; e, inúmeros espiritistas nos têm como fantasmas de laboratório ou formas esvoaçantes, vagas e aéreas, errando indefinidamente.
Quem passa pela sepultura prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só existe desordem para o desordeiro.
Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos invariavelmente. Não te esqueças, pois, de que os desencarnados não são magos, nem adivinhos.

São irmãos que continuam na luta de aprimoramento. Encontramos a morte tão-somente nos caminhos do mal, onde as sombras impedem a visão gloriosa da vida.
Guardemos a lição do Evangelho e jamais esqueçamos que Nosso Pai é Deus dos vivos imortais.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 42, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

GLÓRIA AO BEM


GLÓRIA AO BEM[1]


“Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem.”
Paulo
Romanos 2:10

A malícia costuma conduzir o homem a falsas apreciações do bem, quando não parta da confissão religiosa a que se dedica, do ambiente de trabalho que lhe é próprio, da comunidade familiar em que se integra.
O egoísmo faz-lhe crer que o bem completo só poderia nascer de suas mãos ou dos seus. Esse é dos característicos mais inferiores da personalidade.
O bem flui incessantemente de Deus; Deus é o Pai de todos os homens.
E é através do homem bom que o Altíssimo trabalha contra o sectarismo que lhe transformou os filhos terrestres em combatentes contumazes, de ações estéreis e sanguinolentas.
Por mais que as lições espontâneas do Céu convoquem as criaturas ao reconhecimento dessa verdade, continuam os homens em atitudes de ofensiva, ameaça e destruição, uns para com os outros.
O Pai, no entanto, consagrará o bem, onde quer que o bem esteja.
É indispensável não atentarmos para os indivíduos, mas, sim, observar e compreender o bem que o Supremo Senhor nos envia por intermédio deles.
Que importa o aspecto exterior desse ou daquele homem?
Que interessa a sua nacionalidade, o seu nome, a sua cor?
Anotemos a mensagem de que são portadores.
Se permanecerem consagrados ao mal, são dignos do bem que lhes possamos fazer, mas se são bons e sinceros, no setor de serviço em que se encontram, merecem a paz e a honra de Deus.


[1] Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 42, Edit. FEBTodos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

NA SENDA ESCABROSA


NA SENDA ESCABROSA[1]

“Nunca te deixarei, nem te desampararei.”
Paulo
Hebreus, 13:5

A palavra do Senhor não se reporta somente à sustentação da vida física, na subida pedregosa da ascensão.
Muito mais que de pão do corpo, necessitamos de pão do espírito.
Se as células do campo fisiológico sofrem fome e reclamam a sopa comum, as necessidades e desejos, impulsos e emoções da alma provocam, por vezes, aflições desmedidas, exigindo mais ampla alimentação espiritual.
Há momentos de profunda exaustão, em nossas reservas mais íntimas.
As energias parecem esgotadas e as esperanças se retraem apáticas.
Instala-se a sombra, dentro de nós, como se espessa noite nos envolvesse.
E qual acontece à Natureza, sob o manto noturno, embora guardemos fontes de entendimento e flores de boa vontade, na vasta extensão do nosso país interior, tudo permanece velado pelo nevoeiro de nossas inquietações.
O Todo Misericordioso, contudo, ainda aí, não nos deixa completamente relegados à treva de nossas indecisões e desapontamentos.
Assim como faz brilhar as estrelas fulgurantes no alto, desvelando os caminhos constelados do firmamento ao viajor perdido no mundo; acende no céu de nossos ideais, convicções novas e aspirações mais elevadas, a fim de que nosso espírito não se perca na viagem para a vida superior.
"Nunca te deixarei, nem te desampararei" – promete a Divina Bondade.
Nem solidão, nem abandono.
A Providência Celestial prossegue velando.
Mantenhamos, pois, a confortadora certeza de que toda tempestade é seguida pela atmosfera tranquila e de que não existe noite sem alvorecer.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 41, Edit. FEB - Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

domingo, 17 de junho de 2018

EM QUE PERSEVERAS?


EM QUE PERSEVERAS?[1]

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no partir do pão e nas orações."
Atos, 2:42

Observadores menos avisados pretendem encontrar inteira negação de espiritualidade nos acontecimentos atuais do Planeta.
Acreditam que a época das revelações sublimes esteja morta, que as portas celestiais permaneçam cerradas para sempre.
E comentam entusiasmados, como se divisassem um paraíso perdido, os resplendores dos tempos apostólicos, quando um pugilo de cristãos renovou os princípios seculares do mais poderoso império do mundo.
Asseveram muitos que o Céu estancou a fonte das dádivas, esquecendo-se de que a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.
Onde a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo?
Onde a fé que punha afirmações imortais na boca ferida dos mártires anônimos?
Onde os sinais públicos das vozes celestiais?
Onde os leprosos limpos e os cegos curados?
As oportunidades do Senhor continuam fluindo, incessantes, sobre a Terra.
A misericórdia do Pai não mudou.
A Providência Divina é invariável em todos os tempos.
A atitude dos cristãos, na atualidade, porém, é muito diferente. Raríssimos perseveram na doutrina dos apóstolos, na comunhão com o Evangelho, no espírito de fraternidade, nos serviços da fé viva.
A maioria prefere os chamados "pontos de vista", comunga com o personalismo destruidor, fortalece a raiz do egoísmo e raciocina sem iluminação espiritual.
A Bondade do Senhor é constante e imperecível. Reparemos, pois, em que direção é perseverante.
Antes de aplaudir os mais afoitos, procuremos saber se estamos com a volubilidade dos homens ou com a imutabilidade do Cristo.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 39, Edit. FEB

quinta-feira, 14 de junho de 2018

NO FUTURO


NO FUTURO[1]

“E não mais ensinará cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: — Conhece o Senhor! Porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.”
Paulo
Hebreus, 8:11
Quando o homem gravar na própria alma os parágrafos luminosos da Divina Lei:
O companheiro não repreenderá o companheiro.
O irmão não denunciará outro irmão.
O cárcere cerrará suas portas.
Os tribunais quedarão em silêncio.
Canhões serão convertidos em arados.
Homens de armas volverão à sementeira do solo.
O ódio será expulso do mundo.
As baionetas repousarão.
As máquinas não vomitarão chamas para o incêndio e para a morte, mas cuidarão pacificamente do progresso planetário.
A justiça será ultrapassada pelo amor.
Os filhos da fé não somente serão justos, mas bons, profundamente bons.
A prece constituir-se-á de alegria e louvor, e as casas de oração estarão consagradas ao trabalho sublime da fraternidade suprema.
A pregação da Lei viverá nos atos e pensamentos de todos, porque o Cordeiro de Deus terá transformado o coração de cada homem, em tabernáculo de luz eterna, em que o seu Reino Divino resplandecerá para sempre.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 41, Edit. FEB

quarta-feira, 13 de junho de 2018

A REGRA ÁUREA


A REGRA ÁUREA[1]

 “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Jesus
Mateus 22:39

Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo; já se ensinava no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia.
Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros, o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”
Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.
Profetas, administradores, juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.
Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.


[1] Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 41, Edit. FEB.
Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 12 de junho de 2018

ANTE O OBJETIVO


ANTE O OBJETIVO[1]

“Para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição.”
Paulo
Filipenses, 3:11
Alcançaremos o alvo que mantemos em mira:
O avarento sonha com tesouros amoedados e chega ao cofre forte.
O malfeitor comumente ocupa largo tempo, planificando a ação perturbadora, e comete o delito.
O político hábil anseia por autoridade e atinge alto posto no domínio terrestre.
A mulher desprevenida, que concentra as idéias no desperdício das emoções, penetra o campo das aventuras inquietantes.
E cada meta a que nos propomos tem o preço respectivo.
O usurário, para amealhar o dinheiro, quase sempre perde a paz.
O delinqüente, para efetuar a falta que delineia, avilta o nome.
O oportunista, para conseguir o lugar de mando, muitas vezes desfigura o caráter.
A mulher desajuizada, para alcançar fantasiosos prazeres, abdica, habitualmente, o direito de ser feliz.
Se impostos tão pesados são exigidos na Terra aos que perseguem resultados puramente inferiores, que tributos pagarão o espírito, que se candidata à glória na vida eterna?
O Mestre na cruz é a resposta para todos os que procuram a sublimidade da ressurreição.
Contemplando esse alvo, soube Paulo buscá-lo, através de incompreensões, açoites, aflições e pedradas, servindo constantemente, em nome do Senhor.
Se desejas, por tua vez; chegar ao mesmo destino, centraliza as aspirações no objetivo santificante e segue, com valoroso esforço, na conquista do eterno prêmio.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 40, Edit. FEB

CONHECENDO SOBRE ORGULHO


ORGULHO[1]

Na vida nada está perdido; aliás, existe a época certa para cada saber, e o que é preciso para se desenvolver.
Desprezar é sentir ou manifestar desconsideração por alguém ou por alguma coisa; portanto, é uma atitude sempre inadequada nas estradas de nossa existência evolutiva.
Menosprezar é um sentimento pelo qual nos colocamos acima de tudo e de todos, avaliando com arrogância os acontecimentos e os fatos do alto da “torre do castelo” de nosso orgulho.
A nenhuma coisa ou criatura deve-se atribuir o termo “desprezível”, pois tudo o que existe sobre a Terra é criação divina; logo, útil e proveitosa, mesmo que agora não possamos compreender seu real significado.
Talvez não entendamos de imediato nosso papel na vida, mas podemos ter a certeza de que, todos são importantes e todos foram convocados a dar nossa contribuição ao Universo.
A cada instante, estamos criando impressões fortes na atmosfera espiritual, emocional, mental e física da comunidade onde vivemos. Todo envolvimento na vida tem um propósito determinado cujo entendimento, além de esclarecer nosso valor pessoal, favorecerá o amor, o respeito e a aceitação de cada um de nossos semelhantes.
Freqüentemente, dizemos que certas pessoas são indispensáveis e que muitos indivíduos são improdutivos, e perguntamos mais além: qual mesmo é o propósito da vida para com estas criaturas ociosas?
Não julguemos, com nossos conceitos apressados, os acontecimentos em nosso derredor; antes, aguardemos com calma e façamos uma análise mais profunda da situação. Assim agindo, poderemos avaliar melhor todo o contexto vivencial.
“Desempenham função útil no Universo os Espíritos inferiores e imperfeitos?
-Todos têm deveres a cumprir. Para a construção de um edifício, não concorre tanto o último dos pedreiros, como o arquiteto?”[2]
Nenhuma ocorrência, fato ou pensamento deverá ser sentido ou analisado separadamente, pois o “Grande Sistema”, que nos rege, age de forma interdependente.
Apesar de sermos únicos, todos fomos criados para contribuir coletivamente no mundo e para usar as possibilidades de nossa singularidade.
Para tudo há um sentido e uma explicação no Universo.
Sempre estará implícita uma mensagem proveitosa para nosso progresso espiritual, muitas vezes, porém, de forma inarticulada e silenciosa
Nunca nos esqueçamos de que a vida sempre agirá em nosso benefício, quer nos setores da solidão, ou de muitas companhias, ou seja, entre encontros, desencontros e reencontros. A aflição também é um benefício: “Todo sofrimento é um ato importantíssimo de conhecimento e aprendizagem.”
Se bem entendermos, no entanto, as verdadeiras intenções das lições a nós apresentadas; retiraremos tesouros imensos de progresso e amadurecimento espiritual.
As dificuldades que a vida nos apresenta têm sempre um caráter educativo.
Mesmo que as vejamos agora como castigo ou punição, mais tarde tomaremos consciência de que eram unicamente produtos de nosso limitado estado de compreensão e discernimento evolutivo.
Descobrir a vida como um todo será sempre um constante processo de trabalho dos homens.
Efetivamente, a vida é trabalho e movimento, e para fazermos nosso aprendizado evolutivo a certo “tempo de gestação”, se assim podemos dizer. Na vida nada está perdido; aliás, existe a época certa para cada saber e o que é preciso para desenvolvê-lo.
Nosso orgulho quer transformar-nos em super-homens; fazendo-nos heroicamente estressados, induzindo-nos a ser; cuidadores e juízes dos métodos de evolução da Vida Excelsa e, com arrogância, nomear os outros como desprezíveis, ociosos, improdutivos e inúteis.
Poderemos “agir no processo” de formação e progresso das criaturas, nunca “forçar o processo” ou criticar o seu andamento.
A pretensão do orgulhoso leva-o a acreditar que existe uma “santidade desvinculada da realidade humana”, ou seja, organizada e estruturada de forma diferente dos princípios pertencentes à Natureza; portanto, não é de ordem divina, mas é da mentalidade deturpada de alguns místicos do passado.
Nada é inútil no Universo.
A Divindade age sem cessar em solicitude e consideração a cada uma de suas criaturas e criações. O progresso da humanidade é inevitável. Todos; estamos progredindo e crescendo, ainda que, algumas vezes, não nos apercebamos disso.


[1] Livro: As Dores da Alma, Francisco do Espírito Santo Neto, Pelo espírito Hammed, Editora e Distribuidora Boa Nova. (Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto ao nosso estudo deste artigo.)
[2] Livro dos Espíritos, Allan Kardec Editora FEESP, questão 559 – Os Espíritos inferiores e imperfeitos desempenham também um papel útil no Universo? – Todos têm deveres a cumprir. O último dos pedreiros não concorre tão bem para a construção do edifício como o arquiteto?

segunda-feira, 11 de junho de 2018

SERVICINHOS


SERVICINHOS[1]
                                                                                                    
                                              "Antes sede uns para com os outros benignos."
Paulo
Efésios, 4:32


Grande massa de aprendizes queixa-se, por vezes, da ausência de grandes oportunidades nos serviços do mundo.
Aqui, é alguém desgostoso por não haver obtido um cargo de alta relevância; além, é um irmão inquieto porque ainda não conseguiu situar o nome na grande imprensa.
A maioria anda esquecida do valor dos pequenos trabalhos que se traduzem, habitualmente, num gesto de boas maneiras, num sorriso fraterno e consolador...
Um copo de água pura, o silêncio ante o mal que não comporta esclarecimentos imediatos, um livro santificante que se dá com amor, uma sentença carinhosa, o transporte de um fardo pequenino, a sugestão do bem, a tolerância em face de uma conversação fastidiosa, os favores gratuitos de alguns vinténs, a dádiva espontânea ainda que humilde, a gentileza natural, constituem serviços de grande valor que raras pessoas tomam à justa consideração.
Que importa a cegueira de quem recebe?
Que poderá significar a malevolência das criaturas ingratas, diante do impulso afetivo dos bons corações?
Quantas vezes, em outro tempo, fomos igualmente cegos e perversos, para com o Cristo; que nos tem dispensado todos os obséquios, grandes e pequenos?
Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para teu espírito, agora ou depois.
Sê benevolente para com aqueles que te rodeiam.
Não menosprezes os servicinhos úteis.
Neles repousa o bem-estar do caminho diário para quantos se congregam na experiência humana.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 38, Edit. FEB