terça-feira, 5 de junho de 2018

ENTRA E COOPERA


ENTRA E COOPERA[1]

“E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? Respondeu-lhe o Senhor: — Levanta-te e entra na cidade e lá te será dito o que te convém fazer.”
Atos, 9:6

Esta particularidade dos Atos dos Apóstolos reveste-se de grande beleza para os que desejam compreensão do serviço com o Cristo.
Se o Mestre aparecera ao rabino apaixonado de Jerusalém, no esplendor da luz divina e imortal, se lhe dirigira palavras diretas e inolvidáveis ao coração, por que não terminou o esclarecimento, recomendando-lhe, ao invés disso, entrar em Damasco, a fim de ouvir o que lhe convinha saber?
É que, a lei da cooperação entre os homens é o grande e generoso princípio, através do qual Jesus segue, de perto, a Humanidade inteira, pelos canais da inspiração.
O Mestre ensina os discípulos e consola-os através deles próprios.
Quanto mais o aprendiz lhe alcança a esfera de influenciação, mais habilitado estará para constituir-se em seu instrumento fiel e justo.
Paulo de Tarso contemplou o Cristo ressuscitado, em sua grandeza imperecível, mas foi obrigado a socorrer-se de Ananias para iniciar a tarefa redentora que lhe cabia junto dos homens.
Essa lição deveria ser bem aproveitada pelos companheiros que esperam ansiosamente a morte do corpo, suplicando transferência para os mundos superiores, tão-somente por haverem ouvido maravilhosas descrições dos mensageiros divinos.
Meditando o ensinamento, perguntem a si próprios o que fariam nas esferas mais altas, se ainda não se apropriaram dos valores educativos que a Terra lhes pode oferecer. Mais razoável, pois, se levantem do passado e penetrem a luta edificante de cada dia, na Terra, por quanto, no trabalho sincero da cooperação fraternal, receberão de Jesus o esclarecimento acerca do que lhes convém fazer.


[1] Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 39, Edit. FEB

QUESTÕES SOBRE O LIVRO NOSSO LAR


QUESTÕES SOBRE O LIVRO NOSSO LAR[1]

 1.     Que tipo de sensação descreveu o Espírito André Luís, logo após o seu desencarne?
a.  Uma sensação de perda da noção de tempo e espaço. Sentia-se amargurado, coração aos saltos e um medo terrível do desconhecido.
2.     Por que pecha de suicida?
a.  André Luiz não conseguia compreender porque o chamavam de suicida. Em sua concepção,tinha cumprido condignamente os deveres de médico, marido e pai. Contudo, ficou sabendo depois, que perdera muita vitalidade com bebidas e alimentação inadequada.
3.     Qual a finalidade da oração coletiva?
a.  Manter o equilíbrio espiritual da colônia. "Para tanto, todas as residências e instituições do "Nosso Lar" estão orando com o Governador, através da audição e visão à distância".
4.     Quais as causas do suicídio, segundo Henrique Luna, do Serviço de Assistência Médica da colônia espiritual?
a.  Modo exasperado e sombrio, cólera, ausência de autodomínio, inadvertência no trato com os semelhantes...
5.     Como se processa a assistência aos desencarnados?
a. Há um visitador de serviços que anota e assinala as necessidades de socorro, ou providências que se refiram a enfermos recém-chegados.
6.     Que tipo de aviso o instrutor Clarêncio dá para a lamentação?
a.  "Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios".
7.     Qual a explicação de Lísias a respeito de entrar em contato com entes queridos?
a. "Convém não esquecer, contudo, que a realização nobre exige três requisitos fundamentais, a saber: primeiro, desejar; segundo, saber desejar; e, terceiro, merecer, ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho persistente e merecimento justo".
8.     De que maneira são organizados os serviços na Colônia "Nosso Lar"?
a.  A colônia, que é essencialmente de trabalho e realização, divide-se em seis Ministérios, orientados, cada qual, por doze Ministros. Os quatro primeiros, ou seja, os Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação e do Esclarecimento, aproximam-se das esferas terrestres; os dois últimos, isto é, o da Elevação e o da União Divina, ligam-se ao plano superior, visto que a cidade espiritual é zona de transição.
9.     Após a indignação do instrutor espiritual, como ficaram os serviços de alimentação em "Nosso Lar"?
a.  "Por mais de seis meses, os serviços de alimentação, em "Nosso Lar", foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração, e água misturada a elementos solares, elétricos e magnéticos".
10.  Qual o peso da água na alimentação dos Espíritos?
a.  De acordo com a descrição de Lísias, a água do Rio Azul tem uma densidade muito mais tênue, pura, quase fluídica. Ela, por seu poder magnético, é usada como alimento e remédio. Afirma, ainda, que na Terra quase ninguém cogita seriamente de conhecer a sua importância. A água, em cada lar, receberá as expressões das vibrações mentais dos seus moradores.
11.  Todas as colônias de socorro espiritual funcionam da mesma maneira? O que distingue o "Nosso Lar" das demais?
a. Não. Cada uma atende a necessidades específicas. A Colônia "Nosso Lar", situa-se numa zona intermediária de evolução, pois todos os que ali estão, decorrido longo estágio de serviço e aprendizagem, voltam a reencarnar para atividades de aperfeiçoamento. Para tal finalidade, passam de Ministério em Ministério.
12.  O que é o Umbral? Todos os desencarnados passam por ele?
a. "O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena". Concentra-se aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior. Assim sendo, os que já se purificaram não têm necessidade de purgar nessa região.
13.  Qual o melhor método para obter bons ofícios a favor dos nossos parentes?
a.   Trabalho, humildade e obediência ao nosso superior. "Fira-se o coração, experimente-se a dificuldade, mas, que saiba cada qual que serviço útil pertence, acima de tudo, ao Doador Universal".
14.  O que o mundo espiritual leva em conta na solicitação de trabalho?
a.  Eles relacionam o que se fez de bem e de mal. No caso de André Luiz, os aspectos positivos referem-se ao receituário gratuito, que nos seus 15 anos de clínica, forneceu para mais de 6.000 necessitados. Desses beneficiados, quinze não o esqueceram e têm enviado, até aqui, veementes apelos a seu favor. No âmbito dos aspectos negativos, enumeramos: cuidou do corpo físico, sem se preocupar com a alma, muita imprevidência, numerosos abusos e muita irreflexão.
15.  Que orientações a mãe de André Luiz lhe passou?
a.  "A alegria, quando excessiva, costuma castigar o coração; às vezes, a Providência separa os corações, temporariamente, para que aprendamos o amor divino; se é possível aproveitar estes minutos rápidos, em expansões de amor, por que desviá-los para a sombra das lamentações?"
16.  O que sua mãe lhe confidencia acerca de seu pai, também desencarnado?
a.    Há doze anos que está numa zona de trevas compactas do umbral. Quando encarnado, fingia retidão, mas tinha seus casos extraconjugais. Conseqüência: tendo gasto muitos anos a fingir, viciara a visão espiritual, restringira o padrão vibratório, e o resultado foi achar-se tão-só nas relações que cultivara irrefletidamente, pela mente e pelo coração.
17.  Como você descreve a casa de Lísias?
a.   Ambiente simples e acolhedor. Móveis quase idênticos aos terrestres; objetos em geral, demonstrando pequeninas variantes. Quadros de sublime significação espiritual, um piano de notáveis proporções. Biblioteca só de escritores de boa-fé.
18.  Como explicar que, no mundo espiritual, o amor é o alimento das almas?
a.  "O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal – patrimônios que derivam naturalmente do amor profundo – constituem sólidos alimentos para a vida em si".
19.  Como mudar a impressão (sem ferir) da jovem desencarnada com relação ao seu noivo, ainda encarnado?
a. O problema da neta: oito meses de luta contra a tuberculose, mágoa de haver transmitido a doença à sua mãe e o pesar do noivo. A colocação de Laura: "Observei o teu ex-noivo, diversas vezes, no curso da tua enfermidade... Não te recordas da Maria da Luz, a colega que te levava flores todos os domingos? Pois nota: quando o médico anunciou, em caráter confidencial, a impossibilidade de restabelecer-te o corpo físico, Arnaldo, embora muito magoado começou a envolvê-la em vibrações mentais diferentes".
20.  Qual a noção de lar? Como se apresentam os casamentos na atualidade?
a.   Laura, tomando as palavras de seu orientador, diz que "o lar é como se fora um ângulo reto nas linhas do plano de evolução divina. A reta vertical é o sentimento feminino, envolvido nas aspirações criadoras da vida. A reta horizontal é o sentimento masculino, em marcha de realizações no campo do progresso comum. O lar é o sagrado vértice onde o homem e a mulher se encontra para o entendimento indispensável". "Na fase atual de evolução do planeta, existem na esfera carnal raríssimas uniões de almas gêmeas, reduzidos matrimônios de almas irmãs ou afins, e esmagadora porcentagem de ligações de resgate".
21.  Temos uma lembrança rápida do passado ou devemos esperar algum tempo?
a.  Tudo vai depender do equilíbrio do Espírito. A lembrança de fatos sombrios nem sempre são úteis ao nosso aprimoramento espiritual. De qualquer forma, podemos ter acesso à Seção do Arquivo, no Ministério do Esclarecimento, onde podemos ler as nossas anotações particulares.
22.  O que é o bônus-hora? Para que serve?
a.  "Bônus-hora é uma ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo". Quer os espíritos trabalhem ou não, todos têm direito a moradia e alimentação no mundo espiritual. Contudo, os que trabalham e ganham bônus-hora podem adquirir casa própria e melhores alimentos.
23.  Qual a explicação de Lísias para a restrição à comunicação com os parentes terrenos? 
a.  As queixas dos que ficaram estavam atrapalhando o desenvolvimento espiritual dos que lá estavam. Eles, no plano espiritual, não sabiam ouvir; ficavam envolvidos com os parentes em estado de sofrimento. Devemos ouvir ajudar e passar, o que é difícil.
24.  Até que ponto o apelo da colônia à paz terrena (Guerra de 1939) pode auxiliar o cessar fogo?
a. "O Ministério da União Divina esclareceu que a humanidade carnal, como personalidade coletiva, está nas condições do homem insaciável que devorou excesso de substância no banquete comum. A crise orgânica é inevitável. Nutriram-se várias nações de orgulho criminoso, vaidade e egoísmo feroz. — Experimentam, agora, a necessidade de expelir os venenos letais".
25.  Por que a curiosidade, mesmo sadia, pode ser perigosa?
a.   Podemos caminhar para vários assuntos sem nos prendermos a nenhum deles. Laura orienta-nos que o espírito de serviço deve sobrepujar o espírito de investigação. Diz: "Todos querem observar, raros se dispõem a realizar".
26.  O reconhecimento da ocupação como encarnado é igual à do desencarnado?
a.  "Nos círculos carnais, costumamos felicitar um homem quando ele atinge prosperidade financeira ou excelente figuração externa; entretanto, aqui a situação é diferente. Estima-se a compreensão, o esforço próprio, a humildade sincera".
27.  Como é o trabalho nas câmaras de retificações?
a. "As câmaras de retificações estão localizadas nas vizinhanças do Umbral. Os necessitados que aí se reúnem não toleram as luzes, nem a atmosfera de cima, nos primeiros tempos de moradia em "Nosso Lar"". No caso de um espírito em crise, o assistente Gonçalves esclareceu que "a carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes encarnados, era a causa fundamental desse agravo de perturbação".
28.  Como é feito o serviço nas Câmaras de Retificação?
a.     É como se estivesse na Terra. Sendo Espíritos recém-chegados precisam de toda a estrutura em que viviam no Planeta Terra. Foi o que explicou a instrutora Narcisa, fazendo alusão à andorinha e ao avestruz. Diz: "São aves e têm asas, tanto o avestruz como a andorinha; entretanto, o primeiro apenas subirá às alturas se transportado, enquanto a segunda corta, célere, as vastas regiões do céu".
29.  Que conseqüências acarretam, no mundo espiritual, o excessivo apego ao corpo físico?
a. O apego excessivo ao corpo físico faz-nos conviver com ele, mesmo depois de enterrado. Enquanto está inteiro, há uma certa aquiescência. Mas, quando os vermes começam a comê-lo e nota-se o seu definhamento, vem a angústia e o desespero.
30.  Por que são complicados os casos de herança?
a.  A ambição pelo dinheiro cria desavenças familiares. No caso aqui relatado, o filho mata o pai, através da eutanásia. Ele, no mundo espiritual, não consegue perdoar e atrapalha toda a família, apesar do auxílio dos mentores espirituais.
31.  Devemos atender a todos os que nos procuram?
a.   Neste capítulo, fala-se de uma ginecologista que assassinara 58 crianças (abortos). Ela achava que era justa boa e queria ganhar os céus. Estava sendo vampirizada, mas não percebia. Por isso, o instrutor não a recebeu nas Câmaras de Retificações, e disse: "É imprescindível tomar cuidado com as boas ou más aparências".
32.  Quem é Veneranda? O que faz?
a. Idealizadora dos salões naturais para as escolas e conferências do Governador. É criatura das mais respeitáveis daquela colônia espiritual. Os onze Ministros, que com ela atuam na Regeneração, ouvem-na antes de tomar qualquer providência de vulto. Tem um milhão de horas de trabalho útil, sem interromper, sem reclamar e esmorecer.
33.  Por que, em muitos casos, não se pode prescindir da colaboração dos animais?
a.   Dependendo do lugar em que se dirigem não podem ir de aeróbus. Narcisa explica que "os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça necessário".
34.  Os recém-chegados ao Umbral suportam argumentos envoltos num raciocínio mais acurado?
a.  De acordo com a instrutora, "os dementes falam de maneira incessante, e quem os ouve, gastando interesse espiritual, pode não estar menos louco".
35.  Como interpretar o "há males que vem para o bem"?
a.   Às vezes somos enxotados de um lugar, recusados em outro e desprezados aqui e ali. Mas, para quem souber aproveitar, será de grande utilidade espiritual. É o que diz Silveira: "Sem aquela atitude enérgica que nos subtraiu as possibilidades materiais, que seria de nós no tocante ao progresso espiritual?"
36.  Como se explicam o sono e sonho no mundo espiritual?
a.   De acordo com André Luiz, "o sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia, perfeitamente, que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, em "Nosso Lar", e tinha absoluta consciência daquela movimentação em plano diverso". O sono era proveniente do cansaço. Que tipo de cansaço?
37.  O pensamento é a linguagem universal dos Espíritos? Explique.
a.  Para as mentes evolvidas, basta o intercâmbio mental sem necessidade de formas. Sobre essa questão, a Ministra Veneranda diz: "Dentro desse princípio, o espírito que haja vivido exclusivamente em França poderá comunicar-se no Brasil, pensamento a pensamento, prescindindo de forma verbalista especial, que, nesse caso, será sempre a do receptor; mas isso também exige a afinidade pura".
38.  Como interpretar, à luz dos ensinamentos do mundo espiritual, o casamento em 2.ª núpcias?
a.  O nosso raciocínio deve partir do pressuposto que existe o casamento de amor, de fraternidade, de provação e de dever. "O matrimônio espiritual realiza-se, alma com alma, representando os demais simples conciliações indispensáveis à solução de necessidades ou processos retificadores, embora todos sejam sagrados".
39.  No que o perdão, com Jesus, difere do perdão verbal?
a.  "O problema do perdão, com Jesus, meu caro André, é problema sério. Não se resolve em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas aquele que perdoa realmente precisa mover e remover pesados fardos de outras eras, dentro de si mesmo".
40.  Sempre colheremos o que semearmos?
a.  De acordo com a instrutora Narcisa, "Todos nós, meu irmão, encontramos no caminho os frutos do bem ou do mal que semeamos. Esta afirmativa não é frase doutrinária, é realidade universal. Tenho colhido muito proveito de situações iguais a esta. Bem-aventurados os devedores em condições de pagar".
41.  Os Espíritos se preocupam com guerra? O que eles fazem?
a.   A preocupação é tanta que, para isso, mantém grupos socorristas. Acreditam eles que as pessoas que começam uma guerra, principalmente uma nação, pagará preço terrível.
42.  Por que o Governador fez um discurso sobre a coragem?
a.  É que a guerra, na Terra, gera medo e desordem. Para manter o equilíbrio de "Nosso Lar" precisou arregimentar forças dos seus habitantes no sentido de emitir vibrações positivas ante o nefasto acontecimento.
43.  O Espiritismo, que já fez 50 anos, não poderia auxiliar a humanidade na questão da guerra?
a. O Espiritismo tem muita dificuldade, porque a esmagadora porcentagem dos aprendizes que se aproxima dele tem em mira a fenomenologia mediúnica e os proveitos particulares. Enquanto nos preocuparmos com o fenômeno, fazendo os médiuns de cobaias, muito distantes estaremos do homem espiritualizado, próprio para o tipo de ajuda requerida.
44.  Há diferença entre umbral e trevas?
a.  Umbral é zona de purgação e sofrimento. Trevas seriam regiões mais inferiores que conhecemos.
45.  Como descrever o ambiente no campo da música?
a.  O ambiente é de conversação elevada, em que se tecem comentários sobre temas de filosofia e os ensinamentos evangélicos de Jesus, com o objetivo de atingir o auxílio mútuo.
46.  Quando, para ajudar, é necessário reencarnar?
a.   A mãe de André Luiz se propõe a reencarnar. Seu objetivo: tirar o marido da zona de sofrimento, e, receber, como filhas, as duas mulheres que o vampirizam.
47.  O medo de reencarnar é comum aos Espíritos?
a.   Sim. Até os mais elevados têm muito medo. É justamente o receio da provação e do olvido temporário do passado, o que ocasiona tal receio.
48.  Os Espíritos também praticam o culto evangélico no lar?
a.   Sim. Inclusive, na presente lição, serviu de ocasião para a visita de um parente ainda encarnado.
49.  André Luiz se deu bem ao ver a sua esposa, com outro marido?
a.   No início sofreu um baque danado. Contudo, pouco a pouco, foi reorganizando seu arquivo mental, passando, depois, a auxiliar a esposa e o novo marido.
50.  Como retratar a transformação do Espírito André Luiz?
a. Nesse passeio que fizemos com ele, acabamos anotando diversas sugestões e orientações dos mentores espirituais, os quais André Luiz pôs em prática. A sua obediência estimula a nossa adesão aos ensinamentos superiores do Espírito.


domingo, 3 de junho de 2018

FACCIOSISMO



FACCIOSISMO[1]

"Mas se tendes amarga inveja e sentimento faccioso, em vosso coração, não vos glorieis nem mintais contra a verdade."
Tiago 3:14

Toda escola religiosa apresenta valores inconfundíveis ao homem de boa-vontade.
Não obstante os abusos do sacerdócio, a exploração inferior do elemento humano e as fantasias do culto exterior, o coração sincero beneficiar-se-á amplamente, na fonte da fé, iluminando-se para encontrar a Consciência Divina em si mesmo.
Mas, em todo instituto religioso, propriamente humano, há que evitar um perigo – o sentimento faccioso[2], que adia, indefinidamente, as mais sublimes edificações espirituais.
Católicos, protestantes, espiritistas, todos eles se movimentam, ameaçados pelo monstro da separação, como se o pensamento religioso traduzisse fermento da discórdia.
Infelizmente, é muito grande o número de orientadores encarnados que se deixam dominar por suas garras perturbadoras.
Espessos obstáculos impedem a visão da maioria.
Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a Deus.
Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal; é imprescindível, porém, que compreenda a paternidade divina por sagrada herança de todas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a única diferença entre os homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um.



[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 36, Edit. FEB
[2] Buscando o significado para faccioso, nas concordâncias e enciclopédias encontramos a palavra grega (Eritheia) vocábulo feminino com o significado de egoísmo, rivalidade egoísta, ambição egoísta. Esta palavra verdadeiramente significa o vício de um partido criado para o seu próprio orgulho, o querer ser mais que os outros, criando facções. É a característica cultivada pela da ambição partidária, o orgulho faccioso. 03 - Pensamento VL - FACCIOSISMO  - 04.06.18.docx

SE SOUBÉSSEMOS



SE SOUBÉSSEMOS[1]

 “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”
Jesus
Lucas, 23:34

Se o homicida conhecesse, de antemão, o tributo de dor que a vida lhe cobrará, no reajuste do seu destino, preferiria não ter braços para desferir qualquer golpe.
Se o caluniador pudesse eliminar a crosta de sombra que lhe enlouquece a visão, observando o, sofrimento que o espera no acerto de contas com a verdade, paralisaria as cordas vocais ou imobilizaria a pena, a fim de não se confiar à acusação descabida.
Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres.
Se o ingrato percebesse o fel de amargura que lhe invadirá, mais tarde, o coração, não perpetraria o delito da indiferença.
Se o egoísta contemplasse a solidão infernal que o aguarda, nunca se apartaria da prática infatigável da fraternidade e da cooperação.
Se o glutão enxergasse os desequilíbrios para os quais encaminha o próprio corpo, apressando a marcha para a morte, renderia culto invariável à frugalidade e à harmonia.
Se soubéssemos quão terrível é o resultado de nosso desrespeito às Leis Divinas, jamais nos afastaríamos do caminho reto.
Perdoa, pois, a quem te fere e calunia.
Em verdade, quantos se rendem às sugestões perturbadoras do mal, não sabem o que fazem.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 38, Edit. FEB