quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

DEVER CUMPRIDO


DEVER CUMPRIDO[1]


Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que a suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda parte, ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo que consola.
O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas palavras.
Possa todos os Espíritos sofredores compreender esta verdade, em vez de reclamar contra as dores, os sofrimentos morais, que são aqui na Terra o vosso quinhão. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento[2] e abnegação[3],  e sereis fortes, porque eles resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem.
O sentimento do dever cumprido vos dará a tranquilidade de espírito e a resignação.
O coração bate melhor, a alma se acalma, e o corpo já não sente desfalecimentos, porque o corpo sofre tanto mais, quanto mais profundamente abalado estiver o espírito.

Espírito da Verdade
Havre, 1861



[1] Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Ed, LAKE Cap. 6 ITEM 8.
[2] Dedicação, afeição – Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 9ª edição MEC/FINAME/1975
[3] Desinteresse, renuncia, desprendimento – Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 9ª edição MEC/FINAME/1975

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ESTADO DA ALMA


ESTADOS DA ALMA 

A Casa do Pai é o Universo. 
As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento.

Independentemente da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz ou infeliz dos Espíritos na erraticidade. Conforme for ele mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver, o aspecto das coisas, as sensações que experimentar, as percepções que possuir, tudo isso varia ao infinito. 

Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que vieram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos. Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito. 

Enquanto, enfim, o malvado, cheio de remorsos e pesares, frequentemente só, sem consolações, separado dos objetos da sua afeição, geme sob a opressão dos sofrimentos morais, o justo, junto aos que ama, goza de uma indizível felicidade. Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem circunscritas.

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap 3, item 2, Editora LAKE

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

LEMBRA



LEMBRA[1] 

Amados
Quem decreta a inoperância se autodesconhece.
Quem decreta a ociosidade se autodesconsidera.
Quem é convocado ao crescimento deve autoflorir.
Lembra o cacto do solo árido e estéril onde se encontra, consegue produzir as mais belas e exóticas flores.
Lembra que do lodo fétido, o lírio tira a sua beleza representada pela sua alvura.
Lembra que a rosa extrai da terra, com ou sem adubo, o perfume impar de cada espécie.
Lembra que Jesus chamou doze homens do povo, mas usou um que transformou de perseguidor a divulgador, a partir de uma singela ação na estrada deserta de Damasco.
Lembra que todos estão aquinhoados com recursos que merecem para as possibilidades que lhe são uteis.
Lembra que se a ave tentar o voo pensando na queda ficará imóvel.
Lembra que do excesso do alimento, advém os danos aos órgãos pela gordura.
Lembra que deve movimentar o interesse que lhe eleva para o alto.
Lembra que és o solo que recebeu a semente de Jesus para produzir frutos e sombras aos demais caminheiros.
Lembra de não ficar a satisfazer seus instintos com coisas efêmeras.
Lembra que os prazeres da carne não produzem frutos para alimentar o espírito.
Lembra que não existe santificação para a setaria[2] .
Lembra que as flores e perfumes, na natureza, são produtos de muito trabalho das plantas.
Lembra do sublime convite que lhe chega aos ouvidos em forma de lembranças.
Lembra do que lhe está sendo ofertado pelos espíritos de cá, para ser feito e produzir ai.
Lembra de que não deve se recalcitrar na inoperância e improdutividade.
Lembra de não anular o apelo com considerações de auto incapacidade.
Lembra de não permanecer longo tempo na condução das tentativas.
Lembra de não morrer sem produzir.
Lembra de ser tolerante, perder e doar, sofrer e desculpar.
Lembra que cada um só dá o que tem, e só se ora como pode, sente e vibra.
Lembra de ofertar-se ao senhor, conservando a paz,
Lembra de ser o afligido sem afligir.
Lembra do casulo donde surgirá uma linda borboleta.
Lembra que sua convocação continua no casulo de sua consciência sem perspectiva de rompimento para sua obra.
Lembra que és pedagogo para os outros aprendizes.
Lembra de ir aos que não podem vir até você.
Lembra quem tem inimigos, não ignoras as leis da natureza.
Lembra que os chamados devem recomeçar donde se autoabandonaram, na estrada evolutiva.
Lembra de prosseguir como o menor dos ramos, aparente seco, fazendo nascer o broto da planta, garantindo a continuidade da espécie.
Lembra de trilhar as correntes do trabalho digno
Lembra que:
            Perdendo tudo, e tendo tudo.
            Perseguido, mas com todos.
            Ofendido, porém jubiloso.
            Incriminado, porém inocente.
Cansado, porém de pé.
Caindo para reunir forças para seguir.
Linguagem no bem é vibração
Não lamente e nem se arrependa.
Lembra de examinar a convocação e prossegue sob a inspiração do bem.
Lembra de aproveitar o momento com os raios solar que ainda podes ver e sentir.
Lembra que é inadiável a sua necessidade de frutificar.
Lembra que foste convocado para auxiliar, não deixe a carne sofrer e nem sobrepor-se ao espírito.
Lembra do esforço de alguns para que alcance a realização que prometeu-se ao Senhor da Vida.
Lembra que o muito que lhe está sendo dado, obrigatoriamente deve ser devolvido em ações de graças.
Lembra que a bolota do carvalho esforça-se em elevar a planta às alturas, mas concomitantemente desce suas raízes às profundezes do solo, para garantir o equilíbrio.
Lembra que Jesus é para nós Jesus o Cristo de Deus, por ter descido aos nossos ambientes terrenos.
Lembra que amigos espirituais não atenderão aos pedidos e apelações para solucionar problemas que deves resolver mera condição de competências.
Lembra que compromisso espiritual é ligação com deveres maiores.
Lembra que toda ajuda que necessitas advém de sua renuncia.
Lembra que muitos estão te auxiliando na realização do projeto que adotaste como meta de resgate de endividamento para passos na caminhada evolutiva.
Lembra de renunciar a se mesmo, para ser próprio.
Lembra que o cacto no deserto armazena água suficiente para período longo de estiagem, que no final louva a natureza pela beleza de sua flor impar.
Lembra que o grão do trigo ficará sob o solo até que surja a condição propicia a germinação.
Lembra que a convocação a um trabalho espiritual não deve ser mesclado de outros interesses ou objetivos.
Lembra que roseiras não produzirão violetas.
Lembra que nosso Mestre e Guia nos ensinou sem se envolver com nossos gostos e problemas, a verdade pela sua pureza não se mescla ou se ajusta.
Lembra de conhecer e conhecer; o esforço, o amor e a renuncia, é o solo sendo arado para que a semente que és, produza a germinação para cima e para baixo sorrateiramente.
Lembra que a natureza com sua vegetação surge e se mantém apesar da falta de água ou com excesso de calor ou pela falta dele.
Lembra que se dando e doando-se, é que se eleva perante as leis divinas.
Lembra de deixar sua luz brilhar.
Lembra que nem todos os frutos darão sementes para a reprodução da espécie.
Lembra que amor é academia milenar que exige muita renuncia.
Lembra que Deus nos abençoa e Jesus nos inspira, guia e fortalece, daí sermos as plantas que Ele as jardeneias.
Lembra que amigos estão sempre juntos, independente do plano que estejam.
Lembra que carinho é o que sempre darei a você em forma das minhas humildes orientações.
Deus nos abençoe
Jesus nos ampare e fortaleça.
Irmã Marilia


[1] Psicografia por Alonso Lacerda, durante o Evangelho no Lar do dia 07.02.2016.
[2] Setaria é uma espécie de planta com flor pertencente à família Poaceae.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

MISÉRIAS HUMANAS

MISÉRIAS HUMANAS

Admira-se de haver sobre a Terra tantas maldades e tantas paixões inferiores, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, concluindo-se que miserável coisa é a espécie humana. Esse julgamento decorre de uma visão estreita, que dá uma falsa ideia do conjunto.
É desnecessário considerar que toda a humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fração dela. Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo.
Ora, o que seria a população da Terra, diante da população total desses mundos?
Bem menos que a de um lugarejo em relação à de um grande império. A condição material e moral da humanidade terrena nada têm, pois, de estranho, se levar em conta o destino da Terra e a natureza de sua população.
Faríamos uma ideia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados; numa galé, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes.
Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as suas aflições sobrepujam os prazeres. Porque não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção os que não praticaram crimes, e nem os hospitais, nem as casas de correção, são lugares de delícias.
Ora, da mesma maneira que, numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra.
E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem; sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais.





Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Ed, LAKE Cap. 3 itens 6 e 7

domingo, 3 de janeiro de 2016

NÃO DUVIDE

NÃO DUVIDE

“O que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.”
Tiago
 (Tiago, 1:6)

Em teus atos de fé e esperança, não permitas que a dúvida se interponha, como sombra, entre a tua necessidade e o poder do Senhor.
A força coagulante de teus pensamentos, nas realizações que empreendes, procede de ti mesmo, das entranhas de tua alma, porque somente aquele que confia consegue perseverar no levantamento dos degraus que o conduzirão à altura que deseja atingir.
A dúvida, no plano externo, pode auxiliar a experimentação, nesse ou naquele setor do progresso material, mas a hesitação no mundo íntimo é o dissolvente de nossas melhores energias.
Quem duvida de si próprio, perturba o auxílio divino em si mesmo.
Ninguém pode ajudar àquele que se desajuda.
Compreendendo o impositivo de confiança que deve nortear para frente, insistamos no bem, procurando-o com todas as possibilidades ao nosso alcance.
Abandonemos a pressa e olvidemos o desânimo.
Não importa que a nossa conquista surja triunfante hoje ou amanhã.
Vale trabalhar e fazer o melhor que pudermos, aqui e agora, porque a vida se incumbe de trazermos aquilo que buscamos.
Avançar sem vacilações, amando, aprendendo e servindo infatigavelmente eis a fórmula de caminhar com êxito, ao encontro de nossa vitória.

E, nessa peregrinação incansável, não nos esqueçamos de que a dúvida será sempre o frio do derrotismo a inclinarmos para a negação e para a morte.

Livro: Fonte Viva, Cap 165, Espirita Emmanuel / Francisco C. Xavier

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

APRENDAMOS A AGRADECER

APRENDAMOS A AGRADECER
 “Em tudo dai graças.”
Paulo I  Tessalonicenses, 5:18
Saibamos agradecer as dádivas que o Senhor nos concede cada dia:
A largueza da vida;
O ar abundante;
A graça da locomoção;
A faculdade do raciocínio;
A fulguração da ideia;
A alegria de ver;
O prazer de ouvir;
O tesouro da palavra;
O privilégio do trabalho;
O dom de aprender;
A mesa que nos serve;
O pão que nos alimenta;
O pano que nos veste;
As mãos desconhecidas que se entrelaçam no esforço de suprirmos a refeição e o agasalho;
Os benfeitores anônimos que nos transmitem a riqueza do conhecimento;
A conversação do amigo;
O aconchego do lar;
O doce dever da família;
O contentamento de construir para o futuro;
A renovação das próprias forças...
Muita gente está esperando lances espetaculares da “boa sorte mundana”, a fim de exprimir gratidão ao Céu.
O cristão, contudo, sabe que as bênçãos da Providência Divina nos enriquecem os ângulos mais simples de cada hora, no espaço de nossas experiências.
Nada existe insignificante na estrada que percorremos.
Todas as concessões do Pai Celeste são preciosas no campo de nossa vida.
Utilizando, pois, o patrimônio que o Senhor nos empresta, no serviço incessante ao bem, aprenda a agradecer.

Fonte: Fonte Viva, cap. 155, Francisco C. Xavier / Espírito Emanuel, Edit. FEB
  

ONDE NASCEU JESUS


ONDE NASCEU JESUS

 Perguntemos a Maria de Magdala, onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:
- Jesus nasceu em Betânia. Foi certa vez, que a sua voz, tão cheia de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova com a qual até então jamais sonhara.
Perguntemos a Francisco de Assis o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Ele nasceu no dia em que, na praça de Assis entreguei minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-lo incondicionalmente, pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável de amor.
Perguntemos a Pedro quando deu o nascimento de Jesus, Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no pátio do palácio de Caifas, na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o havia negado. Foi nesse instante que acordou minha consciência para a verdadeira vida.
Perguntemos a Paulo de Tarso, quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu na Estrada de Damasco quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e serena que me perguntava: Saulo, Saulo porque me persegue? E na cegueira passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse:
- Senhor, o que queres que eu faça?!
Perguntemos a Joana de Cusa onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:
- Jesus nasceu no dia em que, amarrada ao poste do circo em Roma, eu ouvi o povo gritar:
- Negue! Negue!
E o soldado com a tocha acesa dizendo:
- Este teu Cristo ensinou-lhe apenas a morrer?
Foi neste instante que, sentindo o fogo subir pelo meu corpo, pude com toda certeza e sinceridade dizer:
- Não me ensinou só isso, Jesus ensinou-me também a amá-lo.
Perguntemos a Tomé onde e quando nasceu Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu naquele dia inesquecível em que ele me pediu para tocar as suas chagas e me foi dado testemunhar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras:
- Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Perguntemos à mulher da Samaria o que ela sabe sobre o nascimento de Jesus. E ela nos responderá:
- Jesus nasceu junto à fonte de Jacob na tarde em que me pediu de beber e me disse:
- Mulher eu posso te dar a água viva que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus e santifica as criaturas.
Naquela tarde soube que Jesus era realmente um profeta de Deus e lhe pedi: - Senhor, dá-me desta água.
Perguntemos a João Batista quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que, chegando ao rio Jordão, pediu-me que o batizasse.
E ante a meiguice do seu olhar e a majestade da sua figura pude ouvir a mensagem do Alto:
- "Este é o meu Filho Amado, no qual pus a minha complacência!
- Compreendi que chegara o momento de ele crescer e eu diminuir, para a glória de Deus.
Perguntemos a Lázaro onde e quando nasceu Jesus? Ele nos responderá:
- Jesus nasceu em Betânia, na tarde em que visitou o meu túmulo e disse: - Lázaro! Levanta.
Neste momento compreendi finalmente quem Ele era... A Ressurreição e a Vida!
Perguntemos a Judas Iscariotes quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que eu assistia ao seu julgamento e a sua condenação.
Compreendi que Jesus estava acima de todos os tesouros terrenos.
Perguntemos a Bezerra de Menezes o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus e ele nos responderá:
- Jesus nasceu no dia em que desci as escadas da Federação Espírita Brasileira e um homem se aproximou dizendo:
- Vim devolver-lhe o abraço que me deste em nome de Maria, porque renovei minha fé e a confiança em Deus.
Foi naquele instante que percebi a Sua misericórdia e o Seu imenso amor pelas criaturas.
Perguntemos, finalmente, a Maria de Nazaré onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:
-Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço de palha. Foi quando o segurei em meus braços pela primeira vez e senti se cumprir a promessa de um novo tempo através daquele Menino que Deus enviara ao mundo, para ensinar aos homens a lei maior do amor.
Agora pensemos um pouquinho:
E para nós, quando Jesus nasceu?
Pensemos mais um pouquinho: e se descobrirmos que ele não nasceu?
Então, procuremos urgentemente fazer com que ele nasça um dia destes, porque, quando isso acontecer, teremos finalmente entendido o Natal e verdadeiramente encontrado a luz.
Que Jesus nasça em nossos corações e que seja sempre Natal em nossas vidas, para que nunca nos falte a Esperança e a Alegria Cristã.
É Jesus que vem de novo, falar ao coração do povo.





Fonte: www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/natal/onde-jesus-nasceu.html

DEVAGAR, MAS SEMPRE


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DEVAGAR, MAS SEMPRE

“Mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se Renova, de dia em dia.”
Paulo -  lI Coríntios, 4:16
Observa o espírito de sequencia e gradação que prevalece nos mínimos setores da Natureza.
Nada se realiza aos saltos e, na pauta da Lei Divina, não existe privilégio em parte alguma.
Enche-se a espiga de grão em grão.
Desenvolve-se a árvore, milímetro a milímetro.
Nasce a floresta de sementes insignificantes.
Levanta-se a construção, peça por peça.
Começa o tecido nos fios.
As mais famosas páginas foram produzidas, letra a letra.
A cidade mais rica é edificada, palmo a palmo.
As maiores fortunas de ouro e pedras foram extraídas do solo, fragmento a fragmento.
A estrada mais longa é pavimentada, metro a metro.
O grande rio que se despeja no mar é conjunto de filetes líquidos.
Não abandones o teu grande sonho de conhecer e fazer, nos domínios superiores da inteligência e do sentimento, mas não te esqueças do trabalho pequenino, dia a dia.
A vida é processo renovador, em toda parte, e, segundo a palavra sublime de Paulo, ainda que a carne se corrompa, a individualidade imperecível se reforma, incessantemente.
Para que não nos modifiquemos, todavia, em sentido oposto à expectativa do Alto, é indispensável saibamos perseverar com o esforço de autoaperfeiçoamento, em vigilância constante, na atividade que nos ajude e enobreça.
Se algum ideal divino te habita o espírito, não olvides o servicinho diário, para que se concretize em momento oportuno.
Há ensejo favorável à realização?
Age com regularidade, de alma voltada para a meta.
Há percalços e lutas, espinhos e pedrouços na senda?
Prossegue mesmo assim.
O tempo, implacável dominador de civilizações e homens, marcha apenas com sessenta minutos por hora, mas nunca se detém.
Guardemos a lição e caminhemos para diante, com a melhoria de nós mesmos.
Devagar, mas sempre.







Livro: Fonte Viva, cap. 62, Francisco C. Xavier / Espírito Emanuel, Edit. FEB

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

IR E ENSINAR

IR E ENSINAR 
“Portanto, ide e ensinai...”
Jesus
Mateus, 28:19

Estudando a recomendação do Senhor aos discípulos — ide e ensinai —, é justo não olvidar que Jesus veio e ensinou.
Veio da Altura Celestial e ensinou o caminho de elevação aos que jaziam atolados na sombra terrestre.
Poderia o Cristo haver mandado a lição por emissários fiéis...
Poderia ter falado brilhantemente esclarecendo como fazer...
Preferiu, contudo, para ensinar com segurança e proveito, vir aos homens e viver com eles, para mostrar-lhes como viver no rumo da perfeição.
Para isso, antes de tudo, fez-se humilde e simples na Manjedoura, honrou o trabalho e o estudo no lar e, em plena atividade pública, foi o irmão providencial de todos, amparando a cada um, conforme as suas necessidades.
Com indiscutível acerto, Jesus é chamado o Divino Mestre.
Não porque possuísse uma cátedra de ouro...
Não porque fosse o dono da melhor biblioteca do mundo...
Não porque simplesmente exaltasse a palavra correta e irrepreensível...
Não porque subisse ao trono da superioridade cultural, ditando obrigações para os ouvintes...
Mas sim porque alçou o próprio coração ao amor fraterno e, ensinando, converteu-se em benfeitor de quantos lhe recolhiam os sublimes ensinamentos.
Falou-nos do Eterno Pai e revelou-nos, com o seu sacrifício, a justa maneira de buscá-Lo.
Se te propões, desse modo, cooperar com o Evangelho, recorda que não basta falar, aconselhar e informar.
Ide e ensinai”, na palavra do Cristo, quer dizer “ide e exemplificai para que os outros aprendam como é preciso fazer.”

Livro: Fonte Viva, cap. 81, Francisco C. Xavier / Espírito Emanuel, Edit. FEB


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A CANDEIA VIVA



A CANDEIA VIVA

“Ninguém acende a candeia e a coloca debaixo da mesa, mas no velador, e assim alumia a todos os que estão na casa.”
Jesus
Mateus, 5:15

Muitos aprendizes interpretaram semelhantes palavras do Mestre como apelo à pregação sistemática, e desvairaram-se através de veementes discursos em toda parte.
Outros admitiram que o Senhor lhes impusesse a obrigação de violentar os vizinhos, através de propaganda compulsória da crença, segundo o ponto de vista que lhes é particular.
Em verdade o sermão edificante e o auxílio fraterno são indispensáveis na extensão dos benefícios divinos da fé.
Sem a palavra, é quase impossível a distribuição do conhecimento.
Sem o amparo irmão, a fraternidade não se concretizará no mundo.
A assertiva de Jesus, todavia, atinge mais além.
Atentemos para o símbolo da candeia. A claridade na lâmpada consome força ou combustível.
Sem o sacrifício da energia ou do óleo não há luz.
Para nós, aqui, o material de manutenção é a possibilidade, o recurso, a vida.
Nossa existência e a candeia Viva.
É um erro lamentável despender nossas forças, sem proveito para ninguém, sob a medida de nosso egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação pessoal.
Coloquemos nossas possibilidades ao dispor dos semelhantes.
Ninguém deve amealhar as vantagens da experiência terrestre somente para si. Cada espírito provisoriamente encarnado, no círculo humano, goza de imensas prerrogativas, quanto à difusão do bem, se persevera na observância do Amor Universal.
Prega, pois, as revelações do Alto, fazendo-as mais formosas e brilhantes em teus lábios; instam com parentes e amigos para que aceitem as verdades imperecíveis, mas, não olvides que a candeia viva da iluminação espiritual é a perfeita imagem de ti mesmo.
Transforma as tuas energias em bondade e compreensão redentoras para toda gente, gastando, para isso, o óleo de tua boa vontade, na renúncia e no sacrifício, e a tua vida, em Cristo, passará realmente a brilhar.



Livro: Fonte Viva, cap. 81, Francisco C. Xavier / Espírito Emanuel, Edit. FEB