domingo, 28 de abril de 2019

MATURIDADE AFETIVA


MATURIDADE AFETIVA[1]

A afetividade é inerente ao desenvolvimento dos valores do Espírito na sua caminhada milenar na aquisição da maturidade.
Quanto mais maduro espiritualmente, mais disposto ao afeto encontra-se o ser.
Questões como a educação na infância, com marcante influência dos pais e da sociedade sobre o psiquismo da criança, influenciam fortemente a vida afetiva para toda a existência, embora ainda aí não possamos escapar de reconhecer que a maturidade espiritual é capaz de sobrepor-se a esses fatores, caso seja patrimônio conquistado pelo Espírito.
Com a luz da reencarnação fica mais nítida outra fonte de complexas causas para o “endurecimento” do afeto, quando analisamos as vivências culposas, as mágoas cultivadas longamente, a ausência de limites morais ao exercício do Amor e a rebeldia sistemática aos alvitres do crescimento espiritual.
Conflitos e frustrações, traumas e carências, culpas e ódios, indisciplina e revolta, seja dessa ou de outras existências carnais, são os componentes principais de quem não conseguiu estabilizar sua vida emocional e psíquica, sendo essas “feridas do coração” que irão determinar inibições nas relações afetivas na futura experiência corporal do Espírito, trazendo desde o berço as matrizes de paz ou desequilíbrio, sossego ou inquietude, alegria ou distmia, que pedirão elevadas quotas de atenção e cuidados.
A cicatrização dessas “feridas do afeto”, que mais não são que o narcizismo proveniente da imaturidade espiritual em crise de insegurança e auto-piedade, desejando ser amada sem amar, requer o testemunho de aprender a amar a si mesmo e ao próximo incondicionalmente. Somente a experiência terapêutica do Amor é capaz de sanar semelhantes desequilíbrios emocionais, transformando situações traumáticas e dolorosas em experiências enriquecedoras para a vida.
A “reconstrução do afeto”, portanto, é fator de reeducação do coração que vai burilando e refazendo as vivências, dia após dia, através da convivência na busca do elastecimento da sensibilidade.


[1] Livro: Laços de Afeto – psicografia de Wanderley S. de Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux Edit. Ermance Dufaux, 1ª parte, Cap. 05. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sábado, 27 de abril de 2019

RESPONDER


RESPONDER[1]

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como responder a cada um.”
Paulo
Colossenses, 4:6

O ato de responder proveitosamente a inteligências heterogêneas exige qualidades superiores que o homem deve esforçar-se por adquirir.
Nem todos os argumentos podem ser endereçados, indistintamente, à coletividade dos companheiros que lutam entre si, nas tarefas evolutivas e redentoras. Necessário redarguir, com acerto, a cada um.
Ao que lida no campo, não devemos retrucar mencionando espetáculos da cidade; ao que comenta dificuldades ásperas do caminho individualista, não se replicará com informações científicas de alta envergadura.
Primeiramente, é imprescindível não desagradar a quem ouve, temperando a atitude verbal com a legítima compreensão dos problemas da vida, constituindo-nos um dever contribuir para que os desviados da simplicidade e da utilidade se reajustem.
Toda resposta em assunto importante é remédio.
É indispensável saber dosá-lo, com vista aos efeitos.
Cada criatura tolerará, com benefício, determinada dinamização. As próprias soluções da verdade e do amor não devem ser administradas sem esse critério.
Aplicada em porções inadequadas, a verdade poderá destruir, tanto quanto o amor costuma perder...
Ainda que sejas interpelado pelo maior malfeitor do mundo, deves guardar uma atitude agradável e digna para informar ou esclarecer.
Saber responder é virtude do quadro da sabedoria celestial. Em favor de ti mesmo, não olvides o melhor modo de atender a cada um.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 77 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

EM COMBATE


EM COMBATE[1]


"Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado."
Paulo
Hebreus, 12:4

O discípulo sincero do Evangelho vive em silenciosa batalha no campo do coração.
A princípio, desenrola-se o combate em clima sereno, ao doce calor do lar tranqüilo. As árvores das afeições domésticas amenizam as experiências mais fortes.
Esperanças de todos os matizes povoam a alma, nem sempre atenta à realidade.
Falam os ideais em voz alta, relativamente às vitórias porvindouras.
O lutador domina os elementos materiais e, não poucas vezes, supõe consumado o triunfo verdadeiro.
O trabalho, entretanto, continua.
A vitória do espírito exige esforço integral do combatente. E, mais tarde, o lidador cristão é convidado a testemunhos mais ásperos, compelido à batalha solitária, sem o recurso de outros tempos. A lei de renovação modifica-lhe os roteiros, subtrai-lhe as ilusões, seleciona-lhe os ideais. A morte devasta-lhe o circulo íntimo, submete-o ao insulamento, impele-o à meditação. O tempo impõe retiradas, mudanças e retificações...
Muitos se desanimam na grande empreitada e voltam medrosos, às sombras inferiores.
Os que perseverarem, todavia, experimentarão a resistência até ao sangue. Não se trata aqui, porém, do sangue das carnificinas e sim dos laços consanguíneos que não somente unem o espírito ao vaso corpóreo, como também o enlaçam aos companheiros de séquito familiar.
Quando o aprendiz receber o dor em si próprio, compreendendo-lhe a santificante finalidade, e exercer a justiça ou aceitá-la, acima de toda a preocupação dos elos consanguíneos, estará atingindo a sublime posição de triunfo no combate contra o mal.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 79, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

MADEIROS SECOS


MADEIROS SECOS[1]


“Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?”
Jesus
Lucas, 23:31

Jesus é a videira eterna, cheia de seiva divina; espalhando ramos fartos, perfumes consoladores e frutos substanciosos entre os homens, e o mundo não lhe ofereceu senão a cruz da flagelação e da morte infamante.
Desde milênios remotos é o Salvador, o puro por excelência.
Que não devemos esperar, por nossa vez, criaturas endividadas que somos representando galhos ainda secos na árvore da vida?
Em cada experiência, necessitamos de processos novos no serviço de reparação e corrigenda.
Somos madeiros sem vida própria, que as paixões humanas inutilizaram, em sua fúria destruidora.
Os homens do campo metem a vara punitiva nos pessegueiros, quando suas frondes raquíticas não produzem. O efeito é benéfico e compensador.
Martírio do Cristo ultrapassou os limites de nossa imaginação. Como tronco sublime da vida, sofreu por desejar transmitir-nos sua seiva fecundante.
Como lenhos ressequidos, ao calor do mal; sofremos por necessidade, em favor de nós mesmos.
Mundo organizou a tragédia da cruz para o Mestre, por espírito de maldade e ingratidão; mas, nós outros, se temos cruzes na senda redentora, não é porque Deus seja rigoroso na execução de suas leis, mas por ser Amoroso Pai de nossas almas, cheio de sabedoria e compaixão nos processos educativos.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 82, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 23 de abril de 2019

TUA MULHER


TUA MULHER[1]

Se estivermos falando do lar, não podemos nos esquecer da mulher, que orna esse ambiente e sustenta a casa com muita esperança. Ela certamente caminha em um processo de despertar de valores espirituais e quase sempre é consciente disso; o marido e os filhos são os seus instrumentos de redenção e é por isso que a mulher deve manifestar sua gratidão àqueles que a ajudaram a subir e a desfrutar das glórias geradas pelo seu sacrifício em família.
Mulher procura o Entendimento, que ele te abastecerá de forças cada vez mais novas, para que possas lutar contra as tuas próprias deficiências! Quem entende, vive melhor. Quando ferida, não deves fazer o mesmo; quando apedrejada, perdoa; quando injuriada, não deves injuriar.
Esse modo de proceder com Jesus se chama Entendimento, que ajuda a criar paz na tua casa e luz no teu coração. Deus fez a mulher, por saber o que estava fazendo e idealizou seu companheiro, por ter consciência da sua necessidade. Estamos querendo mostrar a todos o valor do Culto do Evangelho no Lar. Ele faz lembrar a fraternidade dentro da família e se o resultado não for imediato, o tempo não nos decepcionará; no decorrer dos dias, o Entendimento irá surgindo e, com mais tempo, o lar vai se enriquecendo de valores espirituais, capazes de assegurar em cada coração a certeza de que somente o amor vale a pena em toda a vida. Sejas o que sejas, ama!
Seja o que sejas, torna a amar, porque se revidares o ódio com ódio, vingança com vingança, nunca poderás ser feliz.
Cada vez que te esforçares para melhorar o teu Entendimento, o ganho será todo teu. Há muitas mulheres que dizem: “Se eu tudo aceitar, vou me tornando escrava do opressor!” Deves aceitar não tudo, mas o que analisas que seja bom; podes demonstrar o que não é conveniente, sem que a violência use a tua língua e que o teu gesto denuncie a que ponto compreendeu a vida e até onde Jesus está visível dentro de ti. Os que te ferem, com o tempo – se souberes como proceder - passarão a ter respeito pelo que és e mesmo que sem querer, copiarão a tua vida. Podes se queres melhorar, servir de instrumento para a educação dos que moram contigo.
Mulher, a tua presença no lar que escolheste, não foi por acaso; analisa o teu dever, que os teus direitos irão surgindo por acréscimo de misericórdia, porque justiça é virtude que vibra onde a lei achar conveniente.
Companheiro, a tua mulher é parte valiosa em teu lar: não te esqueças de ajudá-la! A tua percepção já te avisou várias vezes no que tange ao teu comportamento, mas procuras esquecer; não a maltrates com o teu silêncio nem com o teu falar desdenhoso! Vê que o teu lugar é onde estás e o teu dever primeiro é com a família; quem esforça para compreender, recebe compreensão, essa é a lei. A tua vida é uma lavoura, os teus atos sementes e a tua colheita nunca será diferente daquilo que plantares.
Mulher e marido, vivendo bem, até o ar que os filhos respiram têm algo de paz. O alimento, a água e as próprias vestes ficarão enriquecidas de amor, Vê a influência do procedimento dos pais para com os filhos! Não te esqueças do Evangelho em teu lar, que ele te ajudará em todas as melhorias que pretendes conquistar!
Que Deus te abençoe.


[1] Livro: Tua Casa – Ditado pelo Espírito Ayrtes; psicografia de João Nunes Maia, Cap. 03. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

QUANDO HÁ LUZ



      QUANDO HÁ LUZ[1]

“O amor do Cristo nos constrange.”
Paulo
2 Coríntios, 5:14

Quando Jesus encontra santuário no coração de um homem, modifica-se-lhe a marcha inteiramente.
Não há mais lugar dentro dele para a adoração improdutiva, para a crença sem obras, para a fé inoperante.
Algo de indefinível na terrestre linguagem transtorna-lhe o espírito.
Categoriza a massa comum por desajustado, entretanto, o aprendiz do Evangelho, chegando a essa condição, sabe que o Trabalhador Divino como que lhe ocupa as profundidades do ser.
Renova-se-lhe toda a conceituação da existência.
O que ontem era prazer, hoje é ídolo quebrado o que representava meta a atingir, é roteiro errado que ele deixa ao abandono.
Torna-se criatura fácil de contentar, mas muito difícil de agradar.
A voz do Mestre, persuasiva e doce, exorta a servir sem descanso.
Converte-se-lhe a alma num estuário maravilhoso, onde os padecimentos vão ter, buscando arrimo, e por isso sofre a constante pressão das dores alheias.
A própria vida física afigura-se-lhe um madeiro, em que o Mestre se aflige. É-lhe o corpo a cruz viva em que o Senhor se agita crucificado.
O único refúgio em que repousa é o trabalho perseverante no bem geral.
Insatisfeito, embora resignado; firme na fé, não obstante angustiado; servindo a todos, mas sozinho em si mesmo, segue, estrada afora, impelido por ocultos e indescritíveis aguilhões...
Esse é o tipo de aprendiz que o amor do Cristo constrange, na feliz expressão de Paulo. Vergastão a luz celeste por dentro até que abandone as zonas inferiores em definitivo.
Para o mundo, será inadaptado e louco.
Para Jesus, é o vaso das bênçãos.
A flor é uma linda promessa, onde se encontre.
O fruto maduro, porém, é alimento para Hoje.
Felizes daqueles que espalham a esperança, mas bem aventurados sejam os seguidores do Cristo que suam e padecem, dia a dia, para que seus irmãos se reconfortem e se alimentem no Senhor!


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 74 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

domingo, 21 de abril de 2019

APRENDER A AMAR


APRENDER A AMAR[1]

Escutamos freqüentemente frases que constituem atestados de incompatibilidade ou admiração instantânea em relacionamentos, emitidas rotineiramente nas diversas rodas de convivência, definindo alguns sentimentos que temos pelo outro como se fossem predestinados e definitivos.
Convivemos, comumente, “ao sabor” daquilo que sentimos espontaneamente por alguém.
Consideremos nesse tema que o Amor não é um automatismo do sentir no aprendizado das relações humanas, como se houvessem fatores predisponentes e inderrogáveis para gostar ou não gostar dessa ou daquela criatura.
Amar é uma aprendizagem.
Conviver é uma construção.
Não existe Amor ou desamor à primeira vista, e sim simpatia ou antipatia.
Amor não pode ser confundido com um sentimento ocasional e especialmente dirigido a alguém. Devemos entendê-lo como O Sentimento Divino que alcançamos a partir da conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um “estado afetivo de plenitude”, incondicional, imparcial e crescente.
Ninguém ama só de sentir.
Amor verdadeiro é vivido. O atestado de Amor verdadeiro é lavrado nas atitudes de cada dia.
Sentir é o passo primeiro, mas se a seguir não vêm às ações transformadoras, então nosso Amor pode estar sendo confundido com fugazes momentos de felicidade interior, ou com os tenros embriões dos novos desejos no bem que começamos a acalentar recentemente.
O Amor é crescente no tempo e uniforme no íntimo, não tem hiatos.
Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do compartilhamento mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com o progresso dos elos entre ambos.
Sabendo disso, evitemos frases definitivas que declarem desânimo ou precipitação em razão do que sentimos por alguém. Relações exigem cuidados para serem edificadas no Amor, e esse aprendizado exige os testes de aferição no transcorrer dos tempos.
Se nos guardamos na retaguarda moral e afetiva, esperando que os outros melhorem e se adaptem às nossas expectativas para com eles, a fim de permitirmo-nos amá-los, então, certamente, a noção de gostar, que acalentamos é aquela na qual ainda acreditamos que Deus faculta isso como Dom Divino e natural em nossos corações conforme a sua Vontade.
Encontrando-nos nesse patamar de evolução, nada mais fazemos que transfira para o Pai a responsabilidade pessoal do testemunho sacrifical, na criação de elos de libertação junto a quantos esposam nossos caminhos nas refregas da vida.
Amor não é empréstimo Divino para o homem e sim aquisição de cada dia na aprendizagem intensiva de construir relacionamentos propiciadores de felicidade e paz.
Espíritas que somos temos bons motivos para crer na força do Amor, enquanto a falta de razões convincentes tem induzido multidões de distraídos aos precipícios da dor, porque palmilham em decidida queda para as furnas do desrespeito, da lascividade, da infidelidade, da vingança e da injustiça, em decrépitas formas de desamor.
A terapêutica do Amor é, sem dúvida, a melhor e mais profilática medicação do Pai para seus filhos na criação.
Compete-nos, aos que nos encontramos à míngua de paz, experimentá-la em nossos dias, gerando fatos abundantes de Amor, vibrando em uníssono com as sábias determinações cósmicas estatuídas para a felicidade do ser na aquisição do glorioso e definitivo título de Filhos de Deus.
E se esse sentimento sublime carece aprendizagem, somente um recurso poderá promover semelhante conquista: a educação.


[1] Livro: Laços de Afeto – psicografia de Wanderley S. de Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux Edit. Ermance Dufaux, 1ª parte, Cap. 02. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sábado, 20 de abril de 2019

AS TESTEMUNHAS


AS TESTEMUNHAS[1]

“Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço.”
Paulo
Hebreus, 12:1

Este conceito de Paulo de Tarso merece considerações especiais, por parte dos aprendizes do Evangelho.
Cada existência humana é sempre valioso dia de luta — generoso degrau para a ascensão infinita — e, em qualquer posição que permaneça, a criatura estará cercada por enorme legião de testemunhas.
Não nos reportamos tão somente àquelas que constituem parte integrante do quadro doméstico, mas, acima de tudo, aos amigos e benfeitores de cada homem, que o observam-nos diferentes ângulos da vida, dos altiplanos da espiritualidade superior.
Em toda parte da Terra, o discípulo respira rodeado de grande nuvem de testemunhas espirituais, que lhe relacionam os passos e anotam as atitudes, porque ninguém alcança a experiência terrestre, a esmo, sem razões sólidas com bases no amor ou na justiça.
Antes da reencarnação, Espíritos generosos endossaram as súplicas da alma arrependida, juízes funcionaram nos processos que lhe dizem respeito, amigos interferiram nos serviços de auxílio, contribuindo na organização de particularidades da luta redentora...
Esses irmãos e educadores passam a ser testemunhas permanentes do tutelado, enquanto perdura a nova tarefa e lhe falam sem palavras, nos refolhos da consciência.
Filhos e pais, esposos e esposas, irmãos e parentes consanguíneos do mundo são protagonistas do drama evolutivo. Os observadores, em geral, permanecem no outro lado da vida.
Faze, pois, o bem possível aos teus associados de luta, no dia de hoje, e não te esqueças dos que te acompanham, em espírito, cheios de preocupação e amor.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 76 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

PURIFIQUEMO-NOS


PURIFIQUEMO-NOS[1]


"De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra."
Paulo
II Timóteo 2:21

Em cada dia de luta, é indispensável atentar para a utilização do vaso de nossas possibilidades individuais.
Na Terra, onde a maioria das almas encarnadas dorme ainda o sono da indiferença, é mais que necessária a vigilância do trabalhador de Jesus, nesse particular.
Quem não guarde os ouvidos pode ser utilizado pela injustiça.
Quem não vigie sobre a língua pode facilmente converter-se em vaso da calúnia, pela leviandade ou pela preocupação de sensacionalismo.
Quem não ilumine os olhos pode tornar-se vaso de falsos julgamentos.
Quem não se orientar pelo espírito cristão, será naturalmente conduzido a muitos disparates e perturbações, ainda mesmo quando a boa--fé lhe incuta propósitos louváveis.
Os homens e mulheres, de todas as condições, estão sendo usados pelas forças da vida, diariamente. Por enquanto, a maioria constitui material utilizado pela malícia e pela viciação. Vasos frágeis e imperfeitos fundem-se e refundem-se todos os dias, em meio de experiências inquietantes e rudes.
Raríssimos são aqueles que, de interior purificado, podem servir ao Senhor, habilitados para as boas obras. Muitos ambicionam essa posição elevada, mas não cuidam de si mesmos. Reclamam a situação dos grandes missionários, exigem a luz divina, clamem por revelações avançadas, contudo, em coisa alguma se esforçam por se libertarem das paixões baixas.
Observa, pois, amigo, a que princípios servem na lida diária. Lembra-te de que o vaso de tuas possibilidades é sagrado.
Que forças da vida se utilizam dele?
Não olvides, acima de tudo, que precisamos da legítima purificação, a fim de que sejamos vasos para honra e idôneos para uso do Senhor.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 78, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.