segunda-feira, 22 de abril de 2019

QUANDO HÁ LUZ



      QUANDO HÁ LUZ[1]

“O amor do Cristo nos constrange.”
Paulo
2 Coríntios, 5:14

Quando Jesus encontra santuário no coração de um homem, modifica-se-lhe a marcha inteiramente.
Não há mais lugar dentro dele para a adoração improdutiva, para a crença sem obras, para a fé inoperante.
Algo de indefinível na terrestre linguagem transtorna-lhe o espírito.
Categoriza a massa comum por desajustado, entretanto, o aprendiz do Evangelho, chegando a essa condição, sabe que o Trabalhador Divino como que lhe ocupa as profundidades do ser.
Renova-se-lhe toda a conceituação da existência.
O que ontem era prazer, hoje é ídolo quebrado o que representava meta a atingir, é roteiro errado que ele deixa ao abandono.
Torna-se criatura fácil de contentar, mas muito difícil de agradar.
A voz do Mestre, persuasiva e doce, exorta a servir sem descanso.
Converte-se-lhe a alma num estuário maravilhoso, onde os padecimentos vão ter, buscando arrimo, e por isso sofre a constante pressão das dores alheias.
A própria vida física afigura-se-lhe um madeiro, em que o Mestre se aflige. É-lhe o corpo a cruz viva em que o Senhor se agita crucificado.
O único refúgio em que repousa é o trabalho perseverante no bem geral.
Insatisfeito, embora resignado; firme na fé, não obstante angustiado; servindo a todos, mas sozinho em si mesmo, segue, estrada afora, impelido por ocultos e indescritíveis aguilhões...
Esse é o tipo de aprendiz que o amor do Cristo constrange, na feliz expressão de Paulo. Vergastão a luz celeste por dentro até que abandone as zonas inferiores em definitivo.
Para o mundo, será inadaptado e louco.
Para Jesus, é o vaso das bênçãos.
A flor é uma linda promessa, onde se encontre.
O fruto maduro, porém, é alimento para Hoje.
Felizes daqueles que espalham a esperança, mas bem aventurados sejam os seguidores do Cristo que suam e padecem, dia a dia, para que seus irmãos se reconfortem e se alimentem no Senhor!


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 74 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

domingo, 21 de abril de 2019

APRENDER A AMAR


APRENDER A AMAR[1]

Escutamos freqüentemente frases que constituem atestados de incompatibilidade ou admiração instantânea em relacionamentos, emitidas rotineiramente nas diversas rodas de convivência, definindo alguns sentimentos que temos pelo outro como se fossem predestinados e definitivos.
Convivemos, comumente, “ao sabor” daquilo que sentimos espontaneamente por alguém.
Consideremos nesse tema que o Amor não é um automatismo do sentir no aprendizado das relações humanas, como se houvessem fatores predisponentes e inderrogáveis para gostar ou não gostar dessa ou daquela criatura.
Amar é uma aprendizagem.
Conviver é uma construção.
Não existe Amor ou desamor à primeira vista, e sim simpatia ou antipatia.
Amor não pode ser confundido com um sentimento ocasional e especialmente dirigido a alguém. Devemos entendê-lo como O Sentimento Divino que alcançamos a partir da conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um “estado afetivo de plenitude”, incondicional, imparcial e crescente.
Ninguém ama só de sentir.
Amor verdadeiro é vivido. O atestado de Amor verdadeiro é lavrado nas atitudes de cada dia.
Sentir é o passo primeiro, mas se a seguir não vêm às ações transformadoras, então nosso Amor pode estar sendo confundido com fugazes momentos de felicidade interior, ou com os tenros embriões dos novos desejos no bem que começamos a acalentar recentemente.
O Amor é crescente no tempo e uniforme no íntimo, não tem hiatos.
Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do compartilhamento mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com o progresso dos elos entre ambos.
Sabendo disso, evitemos frases definitivas que declarem desânimo ou precipitação em razão do que sentimos por alguém. Relações exigem cuidados para serem edificadas no Amor, e esse aprendizado exige os testes de aferição no transcorrer dos tempos.
Se nos guardamos na retaguarda moral e afetiva, esperando que os outros melhorem e se adaptem às nossas expectativas para com eles, a fim de permitirmo-nos amá-los, então, certamente, a noção de gostar, que acalentamos é aquela na qual ainda acreditamos que Deus faculta isso como Dom Divino e natural em nossos corações conforme a sua Vontade.
Encontrando-nos nesse patamar de evolução, nada mais fazemos que transfira para o Pai a responsabilidade pessoal do testemunho sacrifical, na criação de elos de libertação junto a quantos esposam nossos caminhos nas refregas da vida.
Amor não é empréstimo Divino para o homem e sim aquisição de cada dia na aprendizagem intensiva de construir relacionamentos propiciadores de felicidade e paz.
Espíritas que somos temos bons motivos para crer na força do Amor, enquanto a falta de razões convincentes tem induzido multidões de distraídos aos precipícios da dor, porque palmilham em decidida queda para as furnas do desrespeito, da lascividade, da infidelidade, da vingança e da injustiça, em decrépitas formas de desamor.
A terapêutica do Amor é, sem dúvida, a melhor e mais profilática medicação do Pai para seus filhos na criação.
Compete-nos, aos que nos encontramos à míngua de paz, experimentá-la em nossos dias, gerando fatos abundantes de Amor, vibrando em uníssono com as sábias determinações cósmicas estatuídas para a felicidade do ser na aquisição do glorioso e definitivo título de Filhos de Deus.
E se esse sentimento sublime carece aprendizagem, somente um recurso poderá promover semelhante conquista: a educação.


[1] Livro: Laços de Afeto – psicografia de Wanderley S. de Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux Edit. Ermance Dufaux, 1ª parte, Cap. 02. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sábado, 20 de abril de 2019

AS TESTEMUNHAS


AS TESTEMUNHAS[1]

“Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço.”
Paulo
Hebreus, 12:1

Este conceito de Paulo de Tarso merece considerações especiais, por parte dos aprendizes do Evangelho.
Cada existência humana é sempre valioso dia de luta — generoso degrau para a ascensão infinita — e, em qualquer posição que permaneça, a criatura estará cercada por enorme legião de testemunhas.
Não nos reportamos tão somente àquelas que constituem parte integrante do quadro doméstico, mas, acima de tudo, aos amigos e benfeitores de cada homem, que o observam-nos diferentes ângulos da vida, dos altiplanos da espiritualidade superior.
Em toda parte da Terra, o discípulo respira rodeado de grande nuvem de testemunhas espirituais, que lhe relacionam os passos e anotam as atitudes, porque ninguém alcança a experiência terrestre, a esmo, sem razões sólidas com bases no amor ou na justiça.
Antes da reencarnação, Espíritos generosos endossaram as súplicas da alma arrependida, juízes funcionaram nos processos que lhe dizem respeito, amigos interferiram nos serviços de auxílio, contribuindo na organização de particularidades da luta redentora...
Esses irmãos e educadores passam a ser testemunhas permanentes do tutelado, enquanto perdura a nova tarefa e lhe falam sem palavras, nos refolhos da consciência.
Filhos e pais, esposos e esposas, irmãos e parentes consanguíneos do mundo são protagonistas do drama evolutivo. Os observadores, em geral, permanecem no outro lado da vida.
Faze, pois, o bem possível aos teus associados de luta, no dia de hoje, e não te esqueças dos que te acompanham, em espírito, cheios de preocupação e amor.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 76 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

PURIFIQUEMO-NOS


PURIFIQUEMO-NOS[1]


"De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra."
Paulo
II Timóteo 2:21

Em cada dia de luta, é indispensável atentar para a utilização do vaso de nossas possibilidades individuais.
Na Terra, onde a maioria das almas encarnadas dorme ainda o sono da indiferença, é mais que necessária a vigilância do trabalhador de Jesus, nesse particular.
Quem não guarde os ouvidos pode ser utilizado pela injustiça.
Quem não vigie sobre a língua pode facilmente converter-se em vaso da calúnia, pela leviandade ou pela preocupação de sensacionalismo.
Quem não ilumine os olhos pode tornar-se vaso de falsos julgamentos.
Quem não se orientar pelo espírito cristão, será naturalmente conduzido a muitos disparates e perturbações, ainda mesmo quando a boa--fé lhe incuta propósitos louváveis.
Os homens e mulheres, de todas as condições, estão sendo usados pelas forças da vida, diariamente. Por enquanto, a maioria constitui material utilizado pela malícia e pela viciação. Vasos frágeis e imperfeitos fundem-se e refundem-se todos os dias, em meio de experiências inquietantes e rudes.
Raríssimos são aqueles que, de interior purificado, podem servir ao Senhor, habilitados para as boas obras. Muitos ambicionam essa posição elevada, mas não cuidam de si mesmos. Reclamam a situação dos grandes missionários, exigem a luz divina, clamem por revelações avançadas, contudo, em coisa alguma se esforçam por se libertarem das paixões baixas.
Observa, pois, amigo, a que princípios servem na lida diária. Lembra-te de que o vaso de tuas possibilidades é sagrado.
Que forças da vida se utilizam dele?
Não olvides, acima de tudo, que precisamos da legítima purificação, a fim de que sejamos vasos para honra e idôneos para uso do Senhor.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 78, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

AMOR E PROGRESSO


AMOR E PROGRESSO[1]

Mediante o amor, todos despertarão para as responsabilidades que lhes dizem respeito.
O amor é o mais prodigioso fomentador do progresso moral, do qual decorrem todas as demais formas de desenvolvimento.
Quando não viceja no ser humano, as conquistas realizadas, por mais brilhantes, tendem à destruição ou são filhas especiais do egoísmo, que as realiza para atender fins nem sempre respeitáveis.
A atualidade tem-se feito caracterizar por muitas formas de progresso, que têm impulsionado a cultura e a civilização a níveis elevados, não obstante a vigência dos crimes hediondos, da fome estarrecedora, das enfermidades infectocontagiosas, das guerras contínuas, dos abusos do poder, dos preconceitos ainda não erradicados, da intolerância de vário matiz, dos descalabros morais por meio dos vícios destruidores como o alcoolismo, o tabagismo, as drogas químicas...
A Ciência e a Tecnologia têm impulsionado o indivíduo a relevantes realizações, porém esquecidas do amor, e dessa forma as máquinas que ele criou substituem-no, desumanizam-no enquanto o superpovoamento das grandes cidades alucina-o, tornando-o mais agressivo e estressado.
Não obstante as propostas sociológicas que se multiplicam, esse cidadão perde a identidade e confunde-se na massa que detesta, tornando-se violento e sentindo a sua existência quase sem objetivo.
Os veículos de comunicação, com o seu imenso poder de conduzir notícias, invadem os lares em toda parte, especialmente a televisão, e os abarrotam com informações ligeiras, raramente esclarecedoras e profundas quando da abordagem dos temas de alta significação, libertadores de consciência e tranqüilizadores da emoção, apresentando, ao invés, muitos fatos escabrosos que ele desconhece e, não poucas vezes, estimulam-no a lutas ferozes, nas quais os demais lhe são inimigos em potencial.
Infelizmente, esses veículos dão preferência às licenças morais devastadoras, criando uma cultura pessimista e reacionária, na qual o ódio, a frustração, o desespero assumem papel de importância na conduta interior e na maneira de viver na sociedade.
A família, embora o patrimônio multimilionário de que se constitui, sofre os camartelos da agitação e do desconcerto de que se tornou vítima, transtornando-se e esfacelando-se, tornando-se campo de rudes batalhas malsucedidas.
... E o ser humano super confortado transita sob injunções tormentosas, derrapando em transtornos neuróticos, psicóticos, mergulhando no fosso da desolação.
Sucede que o progresso, sem amor, está sem Deus, portanto, sem o alicerce seguro do equilíbrio e da libertação das vidas dos seus atavismos primitivos, que as escravizam no primarismo de onde procedem.
Torna-se urgente uma revisão de conceitos em torno do progresso e das suas propostas, a fim de que seja realizada uma ação renovadora e saudável, propiciando relacionamentos felizes entre as criaturas.
Esse ministério somente pode ser desempenhado pelo amor.
É inevitável que a máquina robotize muitas atividades, solucionando com razoável perfeição os misteres que lhe estão programados. Entretanto, cumpre ao ser humano encontrar soluções outras e mecanismos sábios para atender aos desempregados, àqueles que foram substituídos nas empresas e fábricas, nos laboratórios e no campo...
Tal compromisso diz respeito ao amor e à compaixão.
O amor fomenta o progresso, nunca eliminando a criatura humana, sua meta e seu destino.
De que adianta um mundo tecnologicamente bem equipado, com criaturas fantasmas de si mesmas, sem objetivos de alta significação, transitando entre aspirações imediatas e prazeres fugidios?
O ser humano é o grande investimento da Divindade, que aplicou centenas de milhões de anos na sua construção, conduzindo-o, passo a passo, na longa travessia das experiências de crescimento.
Mediante o amor, de que se constitui, e na maioria ainda se encontra em latência, conseguirá romper os envoltórios resistentes, para sair à luz e desenvolver as aptidões, aumentando o campo de realizações que lhe dizem respeito.
Por meio da lucidez do amor, a Tecnologia trabalhará em favor da paz, jamais promovendo guerras de extermínio, a soldo das ambições desmedidas de indivíduos e de governos alucinados, egotistas e mercenários.
Os poderosos auxiliarão os fracos, emulando-os à conquista de recursos dignos, mediante os quais adquirirão valores para a existência saudável.
O comércio terá características humanitárias e não apenas de exploração do homem pelo homem, gerando a escravidão monetária, qual vem ocorrendo lastimosamente.
As indústrias respeitarão os direitos do cidadão, mediante horários de trabalho justo e espaços para repouso, espairecimento e estudo, mas também preservarão a Natureza.
O ser humano não foi criado para ter as suas forças exauridas, como se fora uma alimária infeliz, no justo momento em que os amigos dos animais levantam-se para profligar contra o abuso e a impiedade com que muitos os tratam.
A agricultura receberá maior respeito, tornando-se milagroso instrumento de provisão para as multidões, que não mais experimentarão fome ou escassez de alimentos.
O tráfico, em todas as formas como se apresente, será diluído na solidariedade que há de viger entre os seres pensantes da Terra.
Porque, mediante o amor, todos despertarão para as responsabilidades que lhes dizem respeito, e não apenas para os interesses mesquinhos que os submetem às tormentosas lutas de predomínio e de loucura.
Como é possível uma sociedade, na qual alguns poucos detêm o poder financeiro, que todo o restante da população do mundo, somada, não consegue sequer aproximar-se, menos ultrapassar?!
Como estabelecer-se uma cultura, em nome do progresso, na qual a miséria total espia com ira a abundância e o desperdício acintoso dos poderosos?!
Como aguardar-se a paz social, estabelecida por tratados internacionais de conveniência, firmados pelas Nações mais desenvolvidas e ricas da Terra, olvidando-se dos estertores agônicos daquelas outras que lhes sofrem as in-junções penosas, na condição de escravas, sem direito à palavra, à liberdade, à esperança, encontrando-se na linha abaixo da miséria estabelecida?!...
Tudo isso ocorre somente porque o amor não foi consultado, quando se cuidou de desenvolver o progresso do mundo, longe dos sentimentos da compaixão e da solidariedade para com o próximo, que não é apenas aquele que está mais perto, senão todos os seres existentes.
O amor verdadeiro, portanto, é aquele que se estabelece em todos os segmentos sociais, culturais, científicos, religiosos, artísticos, priorizando sempre a criatura humana, seu objetivo, sua razão de existir...
Com o seu hálito vivificador, comanda as consciências e os sentimentos, nunca permitindo que alguém deseje, ou faça com outrem, aquilo que não gostaria que lhe fosse feito.
Quando essa compreensão abarcar os homens e as mulheres, conduzindo-os pela trilha da evolução, o progresso será real, profundo e plenificador.
Começa, então, desde agora, com esse compromisso de amar, não pensando em resultados, exceto os do próprio amor.
O futuro encarregar-se-á de levá-lo até onde não consigas chegar, e isso, sim, é o que se faz importante.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

ORDENAÇÕES HUMANAS


ORDENAÇÕES HUMANAS[1]


“Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana, por amor do Senhor.”
1ª Pedro, 2:13

Certos temperamentos impulsivos, aproximando-se das lições do Cristo, presumem no Evangelho um tratado de princípios destruidores da ordem existente no mundo. Há quem figure no Mestre um anarquista vigoroso, inflamado de cóleras sublimes.
Jesus, porém, nunca será patrono da desordem. A novidade que transborda do Evangelho não aconselha ao espírito mais humilhado da Terra a adoção de armas contra irmãos, mas, sim, que se humilhe ainda mais, tomando a cruz, a exemplo do Salvador.
Claro está que a Boa Nova não ensina a genuflexão ante a tirania insolente; entretanto, pede respeito às ordenações humanas, por amor ao Mestre Divino.
Se o detentor da autoridade exige mais do que lhe compete, transforma-se num déspota que o Senhor corrigirá, através das circunstâncias que lhe expressam os desígnios, no momento oportuno. Essa certeza é mais um fator de tranqüilidade para o servo cristão que, em hipótese alguma, deve quebrar o ritmo da harmonia.
Não te faças, pois, indiferente às ordenações da máquina de trabalho em que te encontras. É possível que, muita vez, não te correspondam aos desejos, mas lembra-te de que Jesus é o Supremo Ordenador na Terra e não te situaria o esforço pessoal onde o teu concurso fosse desnecessário.
Tens algo de sagrado a fazer onde respiras no dia de hoje.
Com expressões de revolta, tua atividade será negativa.
Recorda-te de semelhante verdade e submete-te às ordenações humanas por amor ao Senhor Divino.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 81, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
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segunda-feira, 15 de abril de 2019

IDOLO FRATERNAL


         IDOLO FRATERNAL[1]

“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.”
Paulo
(Filipenses, 4:19

Não te julgues sozinho na luta purificadora, porque o Senhor suprirá todas as nossas necessidades.
Ergue teus olhos para o Alto e, de quando em quando, contempla a retaguarda.
Se te encontras em posição de servir, ajuda e segue.
Recorda o irmão que se demora sem recursos, no leito da indigência.
Pensa no companheiro que ouve o soluço dos filhinhos, sem possibilidades de enxugar-lhes o pranto.
Detém-te para ver o enfermo que as circunstâncias enxotaram do lar.
Pára um momento, endereçando um olhar de simpatia à criancinha sem teto.
Medita na angústia dos desequilibrados mentais, confundidos no eclipse da razão.
Reflete nos aleijados que se algemam na imobilidade dolorosa.
Pensa nos corações maternos, torturados pela escassez de pão e harmonia no santuário doméstico.
Interrompe, de vez em quando, o passo apressado, a fim de auxiliares o cego que tateia nas sombras.
É possível, então, que a tua própria dor desapareça aos teus olhos.
Se tens braços para ajudar e cabeça habilitada a refletir no bem dos semelhantes é realmente superior a um rei que possuísse um mundo de moedas preciosas, sem coragem de amparar a ninguém.
Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres a fim de improvisar a tua ventura.
Que a enfermidade e a tristeza nunca te impeçam a jornada.
É preferível que a morte nos surpreenda em serviço, a esperarmos por ela numa poltrona de luxo.
Acende, meu irmão, nova chama de estímulo, no centro da tua alma, e segue além. Sê o anjo da fraternidade para os que te seguem dominados de aflição, ignorância e padecimento.
Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breve as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 73 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos Nossos estudos destes artigos


sexta-feira, 12 de abril de 2019

SOFRERÁ PERSEGUIÇÕES


SOFRERÁ PERSEGUIÇÕES[1]


"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições."
Paulo
II Timóteo, 3:12

Incontestavelmente, os códigos de boas maneiras do mundo são sempre respeitáveis, mas é preciso convir que, acima deles, prevalecem os códigos de Jesus, cujos princípios foram por Ele gravados com a própria exemplificação.
O mundo, porém, raramente tolera o código de boas maneiras do Mestre Divino.
Se te sentes ferido e procuras a justiça terrestre; considerar-te-ão homem sensato; contudo, se preferes o silêncio do Grande Injustiçado da Cruz, ser-te-ão lançadas ironias à face.
Se reclamares, a remuneração de teus serviços, há leis humanas que te amparam, considerando-te prudente; mas se algo de útil produz sem exigir recompensa, recordando o Divino Benfeitor, interpretar-te-ão por louco.
Se te defendes contra os maus, fazendo valer as tuas razões, serás categorizado por homem digno; entretanto, se aplicares a humildade e o perdão do Senhor, será francamente acusado de covarde e desprezível.
Se praticares a exploração individual, disfarçadamente, mobilizando o próximo a serviço de teus interesses passageiros, ser-te-ão atribuídos admiráveis dotes de inteligência e habilidade; todavia, se te dispões ao serviço geral para benefício de todos, por amor a Jesus, considerar-te-ão idiota e servil.
Enquanto ouvires os ditames das leis sociais, dando para receber, fazendo algo por buscar alheia admiração, elogiando para ser elogiado, receberás infinito louvor das criaturas; mas, no momento em que, por fidelidade ao Evangelho, fores compelido a tomar atitudes com o Mestre, muita vez com pesados sofrimentos para o teu coração, serás classificado à conta de insensato.
Atende, pois, ao teu ministério onde estiveres, sem qualquer dúvida nesse particular, certo de que, por muito tempo ainda, o discípulo fiel de Jesus, na Terra, sofrerá perseguições.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 77, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.