domingo, 7 de abril de 2019

A PEDAGOGIA DO “SER”


A PEDAGOGIA DO “SER”[1]

Jesus, o Mestre.
Nós, os aprendizes.
A reencarnação, sublime matrícula no aprendizado.
A Terra, incomparável escola do Espírito.
O Amor, lição essencial.
O afeto, “pedagogia do “SER”.
O centro espírita, excepcional núcleo educativo da alma.
Eis uma síntese a qual nos propomos desenvolver nessa primeira parte, destacando as nossas agremiações doutrinárias como educandários, sem precedentes na sociedade, para o desenvolvimento da competência essencial do Amor.
O afeto é um dos pilares do desenvolvimento humano saudável. Uma habilidade que abre largas portas para a entrada do Amor, porque ser afetivo é laborar com o sentir. Diríamos assim que a afetividade é um degrau para o Amor.
E amar é desenvolver-se para “SER”, verbo que traduz o existir Divino ou existir para a felicidade. “SER” é educar-se, externar o amplo contingente de valores e potencialidades celestes que dormitam há milênios em nosso eu Divino, que nos conduzem ao destino glorioso de Filhos de Deus, à plenitude. Portanto, a pedagogia do “SER” tem no afeto um de seus principais potenciais didáticos.
Ninguém pode “SER” permanecendo agrilhoado aos trâmites expiatórios do “sentir mórbido”, ou seja, essa forma inferior de viver a vida do “homem fisiológico”, voltado somente para as sensações, o prazer, a competitividade selvagem.
Afeto é uma força da alma de incalculável poder. Sua boa utilização demanda sólida formação moral para que, o vigor dos sentimentos seja abençoada estrada de libertação nos passos das atitudes.
Esse ‘“existir humano” apela para valores nobres a fim de consagrar uma ética do “SER” em identidade com aquilo que de fato é “SER”. Verificamos assim o quanto é relevante o papel do centro espírita, associação que busca, essencialmente, burilar o caráter, a virtude, desenvolver o moral da criatura.
Sob os auspícios de uma casa doutrinária bem conduzida, o desafio do “existir humano” torna-se uma proposta atraente, motivadora, clara e simples.
Nesse tempo de materialismo e do império da razão nossas casas de Amor devem fixar-se na função social reeducativa do sentimento, aprimorando-se cada vez mais para honrar o título de escola da alma, desenvolvendo pessoas felizes, realizadas, dignas e solidárias.
Aprender a amar é, pois a competência essencial que deveria fundamentar quaisquer conteúdos de nossas escolas espirituais. Aprender a amar o próximo, aprender a amar a si, aprender a amar a Deus.
E como ensinar o Amor no centro espírita?
Fala-se muito no que devemos fazer, mas pouquíssimas vezes em como fazer. Como amar o outro, a si e a Deus contextualizando?
Contextualizar o conteúdo espírita abstraindo o excesso de informações e trazê-lo para a realidade de seu grupo, priorizar respostas, soluções, discutir vivências, refletir sobre horizontes novos de velhos temas do viver, reinventar a vivência em direção aos apelos da consciência, propiciar à criatura externar sonhos, limitações e valores já conquistados, fazendo da sala de estudos espíritas um laboratório de idéias na ampliação da capacidade de pensar com acerto, lógico e bom senso. Isso se chama educar.
A esse mister somos convocados para uma mudança de paradigmas urgente nas metodologias pedagógicas da casa espírita. Somos convocados a reestruturar essa visão “sacra”, que faz de muitas de nossas células templos de religiosismo, conduzindo seus profitentes a fórmulas de imediatismo e acomodação, ou à absorção do conhecimento espírita em lamentável dogmatismo, recheado de presunção com a verdade.
A pedagogia do “SER” inclui os valores da participação, da interatividade, da cooperação.
Não temos outros caminhos para arregimentar essas opções didáticas que não seja a formação de equipes; pequenos grupos de amigos voltados para o estudo e o trabalho, congregados em torno de ideais incentivadores da evolução de nossas potencialidades.
Grupos que absorvam para a rotina das sociedades doutrinárias projetos de trabalho, ousando o inusitado, o incomum, implantando novas e mais ajustadas propostas de ensino e trabalho no atendimento das demandas humanas, e na consolidação de habilidades e valores que promovam o homem a uma vida mais íntegra, gratificante e libertadora, sob as luzes da imortalidade.
Grupos nos quais a imaginação, o desejo, os sonhos, os limites, as conquistas, as dores, a criatividade, as idiossincrasias, as dúvidas, as respostas, a experiência e, sobretudo, o afeto, possam fazer parte desse projeto de “SER”.
Permitir à criatura apresentar-se como está e ensejá-la serviço e conhecimento – o antigo lápis e papel da educação - é matriculá-la na escola da vida sob a tutela dos princípios redentores do Evangelho e do Espiritismo, a fim de que ela, por si mesma, aprenda o caminho do Amor na transformação e no existir de cada instante, em busca de sua felicidade.
A pedagogia do “SER” prioriza o homem, sua experiência pessoal, o relacionamento humano, tendo como pólo de atração o idealismo, que é o centro indutor dos valores morais e a defesa vigilante contra nossas intempéries, provenientes das bagagens vivenciais seculares.
Grupos que se amam e se querem bem, formando ambientes agradáveis para conviver, estabelecem as premissas para esse “SER”, e isso, inevitavelmente, além de felicitar a criatura com o que ela precisa para seu crescimento, também trará reflexos, acentuadamente benéficos, para as realizações doutrinárias graças à alegria e comprometimento com os quais o trabalhador fará sua adesão aos deveres na escola da alma, honrando os princípios espíritas cristãos com uma vida reta, plena de sobriedade e identidade com a base social da fraternidade e da transformação para o bem, onde quer que esteja participando.


[1] Livro: Laços de Afeto – psicografia de Wanderley S. de Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux Edit. Ermance Dufaux, 1ª parte, Cap. 01. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

NA PROPAGANDA EFICAZ


NA PROPAGANDA EFICAZ[1]

"É necessário que ele cresça e que eu diminua."
João Batista
João, 3:30
Há sempre um desejo forte de propaganda construtiva no coração dos crentes sinceros.
Confortados pelo pão espiritual de Jesus, esforçam-se os discípulos novos por estendê-lo aos outros. Mas, nem sempre acertam na tarefa. Muitas vezes, movidos de impulsos fortes, tornam-se exigentes ou precipitados, reclamando colheitas prematuras.
O Evangelho, porém, está repleto de ensinamentos nesse sentido.
A assertiva de João Batista, nesta passagem, é significativa. Traça um programa a todos os que pretendam funcionar em serviço de precursores do Mestre, nos corações humanos.
Não vale impor os princípios da fé.
A exigência, ainda que indireta, apenas revela seus autores. As polêmicas destacam os polemistas... As discussões intempestivas acentuam a colaboração pessoal dos discutidores. Puras pregações de palavras fazem belos oradores, com fraseologia preciosa e deslumbrantes ornatos da forma.
Claro que a orientação, o esclarecimento e o ensino são tarefas indispensáveis na extensão do Cristianismo, entretanto, é de importância fundamental para os discípulos que o Espírito de Jesus cresça em suas vidas. Revelar o Senhor na própria experiência diária é a propaganda mais elevada e eficiente dos aprendizes fiéis.
Se realmente desejas estender as claridades de tua fé, lembra-te de que o Mestre precisa crescer em teus atos, palavras e pensamentos, no convívio com todos os que te cercam o coração. Somente nessa diretriz é possível atender ao Divino Administrador e servir aos semelhantes, curando-se a hipertrofia congenial do "eu".


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 76, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

AMOR E VIDA


AMOR E VIDA[1]

Quanto mais amor se dá, mais amor se possui para doar.
O amor é o sentimento fundamental para o estabelecimento da felicidade humana, sem o qual a vida perde o total sentido e significado de que se re-veste.
Um indivíduo rico de amor transforma-se em precioso celeiro, onde todos se podem repletar de alimento vivo.
Iniciando o seu périplo no imo de alguém que se engrandece com a sua presença, expande-se amplamente, alcançando a tudo e a todos que se lhe encontrem no raio de abrangência e conquista.
Desejando-se um mundo sem angústias nem problemas sociais, livre das misérias econômicas e guerreiras, apele-se para o amor, que possui os recursos hábeis para a conciliação, o perdão, a transformação moral dos indivíduos, fomentando o progresso e dirigindo-o no rumo da harmonia geral.
Por isso, o amor é vida que gera e impulsiona outras vidas, a fim de que alcancem as metas que lhes estão destinadas e podem ser conseguidas se houver empenho e dedicação sob a sua invulgar inspiração.
Quanto mais amor se dá, mais amor se possui para doar, porque é de natureza inesgotável.
Pensa-se que o amor restringe-se ao reduzido grupo da família, dos amigos selecionados, dos participantes das atividades afins. Certamente, esse movimento tem a presença do amor que se está instalando no âmago do ser, mas que deverá percorrer um largo caminho de experiências e amadurecimento.
Outras vezes, acredita-se que o amor se manifesta através dos gestos grandiloqüentes, das ações exponenciais, das renúncias gloriosas, dos sacrifícios e martírios que comovem o mundo e o deslumbram, demonstrando a grandeza da alma humana...
Realmente, esses são momentos culminantes do amor, que se inicia e se engrandece a partir de insignificantes oferendas, desde um sorriso gentil a uma palavra calorosa e esclarecedora, de uma dádiva espontânea a um ato de compreensão diante de uma circunstância perturbadora...
Da mesma forma, o não julgamento apressado a respeito de uma ocorrência infeliz, o auxílio de contemporização ante litigantes, o silêncio oportuno que evita a dissensão, constituem manifestações do amor na vida, contribuindo em favor da plenitude de todas as vidas existentes e por existirem.
A renúncia a pequenas satisfações pessoais, que se transformam em benefício para outras pessoas, um pensamento ungido de compaixão, são portadores da presença do amor em movimento.
Desejando-se amor, é imprescindível amar, não com o caráter retributivo, mas com objetivo enriquecedor e feliz.
À medida que se instala no coração, modifica para melhor o comporta-mento da pessoa, enseja claridade emocional na sombra dos conflitos, dá cor e encanto à paisagem dos sentimentos, mesmo quando ainda dominados pelas torpezas e pela treva da ignorância, auxiliando na inevitável transformação para ter condições de receber as sementes da verdade e do conhecimento.
O amor é inexcedível!
Não se preocupa na forma como será recebido, mas na maneira como se expressa, irradiando-se sobranceiro.
Santo Agostinho, fascinado com os milagres que o amor opera, declarou enfático: “Eu sou apaixonado pelo amor.”
Essa paixão que tinha pelo amor fez que o dilatasse em favor da Humanidade, tornando-o iluminado, em razão do autoconhecimento a que se entregou, ampliando-o pela esteira dos séculos em benefício de todas as criaturas.
São Francisco de Assis, de tal maneira se embriagou com o elixir do amor e o viveu tão intensamente que a sua mensagem afetuosa e simples mudou os rumos da História, tornando-se, em conseqüência, o pai da Ecologia, o pioneiro do Renascimento, o perfeito imitador de Jesus, a Quem seguiu com entrega total e paixão imorredoura.
Homens e mulheres que se propuseram a amar tornaram-se modelos de vida e de plenitude, totalmente integrados no espírito de doação, que é a característica fundamental e inapelável do amor.
O mundo atual estertora, porque há carência de amor em toda parte. Fala-se muito no amor, comenta-se sobre a sua finalidade, estabelecem-se regras e critérios, no entanto, não se o introjeta no coração, a fim de que se externe em palavras e ações, alterando a marcha dos acontecimentos.
Por isso, o ser humano enferma, porque se nega à vacinação preventiva do amor, ou quando se encontra afetado por alguma doença, recusa-se à amorterapia, que o libertaria da injunção afligente.
Encontram-se equivocados a seu respeito todos aqueles que aspiram a recebê-lo sem a consciência de oferecê-lo, aspirando a receber sem dar, a fruir sem sensibilidade para deixar-se impregnar pelos seus fluidos transcendentes.
O amor nunca se sacrifica, conforme se pensa equivocadamente, porque tudo quanto realiza, mesmo a peso de muito testemunho e doação, é espontâneo, não lhe constituindo martírio, antes representando um imenso prazer a bênção que persegue e se transforma em alegria de oferecer sem qualquer restrição.
Pais, irmãos, afetos diversos asseveram que, se necessário, são capazes de oferecer a vida pela de outrem, desde que seja alguém desses a quem se afeiçoam com ternura e devotamento no lar. É, sem dúvida, um gesto heróico e grandioso, entretanto, na desnecessidade de assim proceder, estão convidados a compreender e tolerar, a perseverar ao seu lado nas horas difíceis, a assistir com delicadeza e discrição, passando despercebidos e sem a presença dos holofotes da exibição ou os louros da retribuição.
O amor, portanto, é um gigante que se faz pigmeu quando necessário, e é quase um nada que se avoluma conforme o momento e as circunstâncias que lhe imponham essa modificação de estrutura.
Quando alguém oferece amor a outrem, ele se vai agigantando e abraçando outros que encontra pela frente, porque faz que se desenvolva o seu germe que permanece aguardando os estímulos para desenvolver-se, terminando por abarcar todo o mundo.
A religião mais eficiente é aquela, portanto, que se fundamenta no amor real, essência da vida legítima.
Presente em toda a Natureza, porque procedente de Deus, da criatura humana se irradia abrangendo tudo e voltando na direção a Deus.
Cultiva o amor no pensamento, externa-o nas palavras e vive-o nas ações, sem preocupação de haveres ou não alcançado o seu sublime clímax.
Começa-o agora e segue-lhe a trilha infinita, cada vez amando mais.
Habituar-te-ás ao amor de tal forma, que nunca mais poderás viver sem ele no coração.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 2 de abril de 2019

TUA CASA


TUA CASA[1]
Eis que estamos em tua casa, esperando conversar de alma para alma, dentro da simplicidade evangélica, sempre usando o coração. Estamos com saudades do teu entendimento, da amizade que traz para todos a alegria contagiante, que conforta e supre todas as deficiências.
Tua casa é um lugar gerador de Paz! Dentro destas quatro paredes podes respirar o mesmo clima do Céu, dependendo de como te comportares em família. Mulher e marido são os agentes da Felicidade, desde quando compreendem as necessidades de servir um ao outro por Amor, entendendo mutuamente seus deveres para com a própria família, não fazendo da casa um lugar que possa gerar o vício, procurando se esforçar todos os dias, esquecendo-se dos hábitos que os colocam na dependência e observando os procedimentos que prejudicam a saúde.
O pai que esquece o bom comportamento está convidando o filho para o desequilíbrio; a mãe que deixa passar despercebido o asseio, está convidando seus filhos para o desleixo. Se quiseres filhos educados, onde a disciplina se destaca às vistas dos outros, passa a dar exemplos de honestidade, de trabalho e de amor, porque a vivência das qualidades nobres são sementes de luz que sempre clareiam os caminhos de toda a tua prole. Quem não vive bem em família, não tem condições de viver em paz com ninguém. Tua casa é, pois, o primeiro passo que Deus te ajuda a dar, como sendo alicerce para o teu equilíbrio. Deves compreender a necessidade de viver em harmonia com todos os que te cercam, pois somos todos filhos do mesmo Deus. Não deves procurar a Felicidade fora do dever; honra os teus, que convivem à tua sombra, que no futuro eles te darão alegria.
Seja qual for a situação da tua vida, não percas a Esperança, que o Senhor está vendo e tudo sabe, e te ajudará a escolher os melhores caminhos para o restabelecimento. Nunca blasfemes contra a natureza, pois as situações mudam de hora para hora e quem confia, sempre sai vitorioso, sentindo a glória palpitar como sendo o bem-estar na consciência. Se estás doente ou alguém está enfermo em teu lar, não te desesperes, pois para Deus não existe o impossível; pede a Jesus com fé, que os recursos podem estar mais próximos do que pensas.
Quando pensamos em Deus, sentimos todo o bem que possa acontecer conosco, Sê amigo de todos dentro da casa, ouve quem queira falar, analisando o que cada um diz e responde como se fosses Jesus respondendo, tendo a paciência de ouvir e responder. E lembra-te de que as palavras com o Cristo são fontes de vida. Renuncia ás extravagâncias - o desperdício do teu salário em coisas inúteis será encargo maior para os teus ombros.
A Paz em teu lar é a conquista dos teus esforços somados todos os dias.
Quem não tem tempo para as boas conversações em família, nunca encontra o que busca - a Felicidade. Ouve o que vamos te falar; abre ou continua com – o teu culto do Evangelho, mesmo que apareçam problemas; aprende a superá-los, porque o bem que ele te faz e à tua família compensa todos os esforços na conquista deste tesouro.
Desejamos a paz de Deus para a tua casa.


[1] Livro: Tua Casa – Ditado pelo Espírito Ayrtes; psicografia de João Nunes Maia, Cap. 01. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sábado, 30 de março de 2019

MURMURAÇÕES


MURMURAÇÕES[1]

“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.”
Paulo
Filipenses, 2:14

Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores.
É hábito antigo de a leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia.
Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso auto-exame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.
Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.
É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta.
É fácil identificá-los.
Para eles, tudo está errado, nada serve não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma.
Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.
Lutemos quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.
Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 75 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 29 de março de 2019

ESPERANÇA


ESPERANÇA[1]

"Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança."
Paulo
Romanos, 15:4

A esperança é a luz do cristão.
Nem todos conseguem, por enquanto, o voo sublime da fé, mas a força da esperança é tesouro comum.
Nem todos podem oferecer, quando querem, o pão do corpo e a lição espiritual, mas ninguém na Terra está impedido de espalhar os benefícios da esperança.
A dor costuma agitar os que se encontram no "vale da sombra e da morte", onde o medo estabelece atritos e onde a aflição percebe o "ranger de dentes", nas "trevas exteriores", mas existe a luz interior que é a esperança.
A negação humana declara falências, lavra atestados de impossibilidade, traça inextricáveis labirintos, no entanto, a esperança vem de cima, à maneira do Sol que ilumina do alto e alimenta as sementeiras novas, desperta propósitos diferentes, cria modificações redentoras e descerra visões mais altas.
A noite espera o dia, a flor o fruto, o verme o porvir... O homem, ainda mesmo que se mergulhe na descrença ou na dúvida, na lágrima ou na dilaceração, será socorrido por Deus com a indicação do futuro.
Jesus, na condição de Mestre Divino, sabe que os aprendizes nem sempre poderão acertar inteiramente, que os erros são próprios da escola evolutiva e, por isto mesmo, a esperança é um dos cânticos sublimes do seu Evangelho de Amor.
Imensas têm sido, até hoje, as nossas quedas, mas a confiança do Cristo é sempre maior. Não nos percamos em lamentações.
Todo momento é instante de ouvir Aquele que pronunciou o "Vinde a mim..."
Levantemo-nos e prossigamos convictos de que o Senhor nos ofereceu a luz da esperança, a fim de acendermos em nós mesmos a luz da santificação espiritual.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 75, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 28 de março de 2019

MAOS OBREIROS


MAOS OBREIROS[1]

"Guardai-vos dos maus obreiros."
Paulo
Filipenses, 3:2
Paulo de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se, ante o assédio dos maus obreiros.
Em todas as atividades do bem, o trabalhador sincero necessita preservar-se contra o veneno que procede do servidor infiel.
Enquanto os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros à deserção e à revolta. Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas de luta.
Estimam as apreciações desencorajadoras.
Fixam-se nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das realizações já feitas.
Manuseiam textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento de deveres.
Ouvem as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.
Chamam covardes aos cooperadores humildes, e bajuladores aos eficientes ou compreensivos.
Destacam os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.
Alinham frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades ocultas.
Semeiam a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem próximo.
Espalham suspeitas e calúnias, entre os que organizam e os que executam.
Fazem-se advogados para serem acusadores.
Vestem-se à maneira de ovelhas, dissimulando as feições de lobos.
Costumam lamentar-se por vitimas para serem verdugos mais completos.
"Guardai-vos dos maus obreiros."
O conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 74, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quarta-feira, 27 de março de 2019

A CADA UM


A CADA UM[1]


“Levanta-te direito sobre os teus pés.”
Paulo
Atos, 14:10

De modo geral, quando encarnados no mundo físico, apenas enxergamos os aleijados do corpo, os que perderam o equilíbrio corporal, os que se arrastam penosamente no solo, suportando escabrosos defeitos. Não possuímos suficiente visão para identificar os doentes do espírito, os coxos do pensamento, os aniquilados de coração.
Onde existissem somente cegos, acabaria a criatura perdendo o interesse e a lembrança do aparelho visual; pela mesma razão, na Crosta da Terra, onde esmagadora maioria de pessoas se constitui de almas paralíticas, no que se referem à virtude, raros homens conhecem a desarmonia de saúde espiritual que lhes diz respeito, conscientes de suas necessidades incontestes.
Infere-se, pois, que a missão do Evangelho é muito mais bela e mais extensa que possamos imaginar. Jesus continua derramando bênçãos todos os dias. E os prodígios ocultos, operados no silêncio de seu amor infinito, são maiores que os verificados em Jerusalém e na Galiléia, porquanto os cegos e leprosos curados, segundo as narrativas apostólicas, voltaram mais tarde a enfermar e morrer. A cura de nossos espíritos doentes e paralíticos é mais importante, porquanto se efetua com vistas à eternidade.
É indispensável que não nos percamos em conclusões ilusórias. Agucemos os ouvidos, guardando a palavra do apóstolo aos gentios. Imprescindível é que nos levantemos, individualmente, sobre os próprios pés, pois há muita gente esperando as asas de anjo que lhe não pertencem.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 79, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

segunda-feira, 25 de março de 2019

GRUPO DE ESTUDOS DA MEDIUNIDADE


APROVEITA


APROVEITA[1]

“Se alguém diz: — eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, ao qual viu como pode amar a Deus, a quem não viu?”
(1 João, 4:20)
A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Aproveita as lutas e dificuldades da senda para a expansão de ti mesmo, dilatando o teu círculo de relações e de ação.
Aprendamos para esclarecer.
Entesouremos para ajudar.
Engrandeçamo-nos para proteger.
Eduquemo-nos para servir.
Com o ato de fazer e dar alguma coisa, a alma se estende sempre mais além.
Guardando a bênção recebida para si somente, o espírito, muitas vezes, apenas se adorna, mas, espalhando a riqueza de que é portador, cresce constantemente.
Na prestação de serviço aos semelhantes, incorpora-se, naturalmente, ao coro das alegrias que provoca.
No ensinamento ao aprendiz, liga-se aos benefícios da lição.
Na criação das boas obras, no trabalho, na virtude ou na arte, vive no progresso, na santificação ou na beleza com que a experiência individual e coletiva se alarga e aperfeiçoa.
Na distribuição de pensamentos sadios e elevados, converte-se em fonte viva de graça e contentamento para todos.
No concurso espontâneo, dentro do ministério do bem, une-se à prosperidade comum.
Dá, pois, de ti mesmo, de tuas forças e recursos, agindo sem cessar, na instituição de valores novos, auxiliando os outros, a benefício de ti mesmo.
O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Aproveita a gloriosa oportunidade de expansão que a esfera física te confere e ajuda a quem passa, sem cogitar de pagamento de qualquer natureza.
O próximo é a nossa ponte de ligação com Deus.
Se buscas o Pai; ajuda ao teu irmão, amparando-vos reciprocamente, porque, segundo a palavra iluminada do evangelista, "se alguém diz: — eu amo a Deus, e aborrece o semelhante, é mentiroso, pois quem não ama o companheiro com quem convive, como pode amar a Deus, a quem ainda não conhece?"


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 71 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  https://conect.psi.br/novo/2017/08/23/aproveita-que-e-de-graca-dicas-gratuitas-da-semana-23082017/