quinta-feira, 4 de abril de 2019

AMOR E VIDA


AMOR E VIDA[1]

Quanto mais amor se dá, mais amor se possui para doar.
O amor é o sentimento fundamental para o estabelecimento da felicidade humana, sem o qual a vida perde o total sentido e significado de que se re-veste.
Um indivíduo rico de amor transforma-se em precioso celeiro, onde todos se podem repletar de alimento vivo.
Iniciando o seu périplo no imo de alguém que se engrandece com a sua presença, expande-se amplamente, alcançando a tudo e a todos que se lhe encontrem no raio de abrangência e conquista.
Desejando-se um mundo sem angústias nem problemas sociais, livre das misérias econômicas e guerreiras, apele-se para o amor, que possui os recursos hábeis para a conciliação, o perdão, a transformação moral dos indivíduos, fomentando o progresso e dirigindo-o no rumo da harmonia geral.
Por isso, o amor é vida que gera e impulsiona outras vidas, a fim de que alcancem as metas que lhes estão destinadas e podem ser conseguidas se houver empenho e dedicação sob a sua invulgar inspiração.
Quanto mais amor se dá, mais amor se possui para doar, porque é de natureza inesgotável.
Pensa-se que o amor restringe-se ao reduzido grupo da família, dos amigos selecionados, dos participantes das atividades afins. Certamente, esse movimento tem a presença do amor que se está instalando no âmago do ser, mas que deverá percorrer um largo caminho de experiências e amadurecimento.
Outras vezes, acredita-se que o amor se manifesta através dos gestos grandiloqüentes, das ações exponenciais, das renúncias gloriosas, dos sacrifícios e martírios que comovem o mundo e o deslumbram, demonstrando a grandeza da alma humana...
Realmente, esses são momentos culminantes do amor, que se inicia e se engrandece a partir de insignificantes oferendas, desde um sorriso gentil a uma palavra calorosa e esclarecedora, de uma dádiva espontânea a um ato de compreensão diante de uma circunstância perturbadora...
Da mesma forma, o não julgamento apressado a respeito de uma ocorrência infeliz, o auxílio de contemporização ante litigantes, o silêncio oportuno que evita a dissensão, constituem manifestações do amor na vida, contribuindo em favor da plenitude de todas as vidas existentes e por existirem.
A renúncia a pequenas satisfações pessoais, que se transformam em benefício para outras pessoas, um pensamento ungido de compaixão, são portadores da presença do amor em movimento.
Desejando-se amor, é imprescindível amar, não com o caráter retributivo, mas com objetivo enriquecedor e feliz.
À medida que se instala no coração, modifica para melhor o comporta-mento da pessoa, enseja claridade emocional na sombra dos conflitos, dá cor e encanto à paisagem dos sentimentos, mesmo quando ainda dominados pelas torpezas e pela treva da ignorância, auxiliando na inevitável transformação para ter condições de receber as sementes da verdade e do conhecimento.
O amor é inexcedível!
Não se preocupa na forma como será recebido, mas na maneira como se expressa, irradiando-se sobranceiro.
Santo Agostinho, fascinado com os milagres que o amor opera, declarou enfático: “Eu sou apaixonado pelo amor.”
Essa paixão que tinha pelo amor fez que o dilatasse em favor da Humanidade, tornando-o iluminado, em razão do autoconhecimento a que se entregou, ampliando-o pela esteira dos séculos em benefício de todas as criaturas.
São Francisco de Assis, de tal maneira se embriagou com o elixir do amor e o viveu tão intensamente que a sua mensagem afetuosa e simples mudou os rumos da História, tornando-se, em conseqüência, o pai da Ecologia, o pioneiro do Renascimento, o perfeito imitador de Jesus, a Quem seguiu com entrega total e paixão imorredoura.
Homens e mulheres que se propuseram a amar tornaram-se modelos de vida e de plenitude, totalmente integrados no espírito de doação, que é a característica fundamental e inapelável do amor.
O mundo atual estertora, porque há carência de amor em toda parte. Fala-se muito no amor, comenta-se sobre a sua finalidade, estabelecem-se regras e critérios, no entanto, não se o introjeta no coração, a fim de que se externe em palavras e ações, alterando a marcha dos acontecimentos.
Por isso, o ser humano enferma, porque se nega à vacinação preventiva do amor, ou quando se encontra afetado por alguma doença, recusa-se à amorterapia, que o libertaria da injunção afligente.
Encontram-se equivocados a seu respeito todos aqueles que aspiram a recebê-lo sem a consciência de oferecê-lo, aspirando a receber sem dar, a fruir sem sensibilidade para deixar-se impregnar pelos seus fluidos transcendentes.
O amor nunca se sacrifica, conforme se pensa equivocadamente, porque tudo quanto realiza, mesmo a peso de muito testemunho e doação, é espontâneo, não lhe constituindo martírio, antes representando um imenso prazer a bênção que persegue e se transforma em alegria de oferecer sem qualquer restrição.
Pais, irmãos, afetos diversos asseveram que, se necessário, são capazes de oferecer a vida pela de outrem, desde que seja alguém desses a quem se afeiçoam com ternura e devotamento no lar. É, sem dúvida, um gesto heróico e grandioso, entretanto, na desnecessidade de assim proceder, estão convidados a compreender e tolerar, a perseverar ao seu lado nas horas difíceis, a assistir com delicadeza e discrição, passando despercebidos e sem a presença dos holofotes da exibição ou os louros da retribuição.
O amor, portanto, é um gigante que se faz pigmeu quando necessário, e é quase um nada que se avoluma conforme o momento e as circunstâncias que lhe imponham essa modificação de estrutura.
Quando alguém oferece amor a outrem, ele se vai agigantando e abraçando outros que encontra pela frente, porque faz que se desenvolva o seu germe que permanece aguardando os estímulos para desenvolver-se, terminando por abarcar todo o mundo.
A religião mais eficiente é aquela, portanto, que se fundamenta no amor real, essência da vida legítima.
Presente em toda a Natureza, porque procedente de Deus, da criatura humana se irradia abrangendo tudo e voltando na direção a Deus.
Cultiva o amor no pensamento, externa-o nas palavras e vive-o nas ações, sem preocupação de haveres ou não alcançado o seu sublime clímax.
Começa-o agora e segue-lhe a trilha infinita, cada vez amando mais.
Habituar-te-ás ao amor de tal forma, que nunca mais poderás viver sem ele no coração.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 2 de abril de 2019

TUA CASA


TUA CASA[1]
Eis que estamos em tua casa, esperando conversar de alma para alma, dentro da simplicidade evangélica, sempre usando o coração. Estamos com saudades do teu entendimento, da amizade que traz para todos a alegria contagiante, que conforta e supre todas as deficiências.
Tua casa é um lugar gerador de Paz! Dentro destas quatro paredes podes respirar o mesmo clima do Céu, dependendo de como te comportares em família. Mulher e marido são os agentes da Felicidade, desde quando compreendem as necessidades de servir um ao outro por Amor, entendendo mutuamente seus deveres para com a própria família, não fazendo da casa um lugar que possa gerar o vício, procurando se esforçar todos os dias, esquecendo-se dos hábitos que os colocam na dependência e observando os procedimentos que prejudicam a saúde.
O pai que esquece o bom comportamento está convidando o filho para o desequilíbrio; a mãe que deixa passar despercebido o asseio, está convidando seus filhos para o desleixo. Se quiseres filhos educados, onde a disciplina se destaca às vistas dos outros, passa a dar exemplos de honestidade, de trabalho e de amor, porque a vivência das qualidades nobres são sementes de luz que sempre clareiam os caminhos de toda a tua prole. Quem não vive bem em família, não tem condições de viver em paz com ninguém. Tua casa é, pois, o primeiro passo que Deus te ajuda a dar, como sendo alicerce para o teu equilíbrio. Deves compreender a necessidade de viver em harmonia com todos os que te cercam, pois somos todos filhos do mesmo Deus. Não deves procurar a Felicidade fora do dever; honra os teus, que convivem à tua sombra, que no futuro eles te darão alegria.
Seja qual for a situação da tua vida, não percas a Esperança, que o Senhor está vendo e tudo sabe, e te ajudará a escolher os melhores caminhos para o restabelecimento. Nunca blasfemes contra a natureza, pois as situações mudam de hora para hora e quem confia, sempre sai vitorioso, sentindo a glória palpitar como sendo o bem-estar na consciência. Se estás doente ou alguém está enfermo em teu lar, não te desesperes, pois para Deus não existe o impossível; pede a Jesus com fé, que os recursos podem estar mais próximos do que pensas.
Quando pensamos em Deus, sentimos todo o bem que possa acontecer conosco, Sê amigo de todos dentro da casa, ouve quem queira falar, analisando o que cada um diz e responde como se fosses Jesus respondendo, tendo a paciência de ouvir e responder. E lembra-te de que as palavras com o Cristo são fontes de vida. Renuncia ás extravagâncias - o desperdício do teu salário em coisas inúteis será encargo maior para os teus ombros.
A Paz em teu lar é a conquista dos teus esforços somados todos os dias.
Quem não tem tempo para as boas conversações em família, nunca encontra o que busca - a Felicidade. Ouve o que vamos te falar; abre ou continua com – o teu culto do Evangelho, mesmo que apareçam problemas; aprende a superá-los, porque o bem que ele te faz e à tua família compensa todos os esforços na conquista deste tesouro.
Desejamos a paz de Deus para a tua casa.


[1] Livro: Tua Casa – Ditado pelo Espírito Ayrtes; psicografia de João Nunes Maia, Cap. 01. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sábado, 30 de março de 2019

MURMURAÇÕES


MURMURAÇÕES[1]

“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.”
Paulo
Filipenses, 2:14

Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores.
É hábito antigo de a leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia.
Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso auto-exame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.
Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.
É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta.
É fácil identificá-los.
Para eles, tudo está errado, nada serve não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma.
Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.
Lutemos quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.
Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 75 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 29 de março de 2019

ESPERANÇA


ESPERANÇA[1]

"Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança."
Paulo
Romanos, 15:4

A esperança é a luz do cristão.
Nem todos conseguem, por enquanto, o voo sublime da fé, mas a força da esperança é tesouro comum.
Nem todos podem oferecer, quando querem, o pão do corpo e a lição espiritual, mas ninguém na Terra está impedido de espalhar os benefícios da esperança.
A dor costuma agitar os que se encontram no "vale da sombra e da morte", onde o medo estabelece atritos e onde a aflição percebe o "ranger de dentes", nas "trevas exteriores", mas existe a luz interior que é a esperança.
A negação humana declara falências, lavra atestados de impossibilidade, traça inextricáveis labirintos, no entanto, a esperança vem de cima, à maneira do Sol que ilumina do alto e alimenta as sementeiras novas, desperta propósitos diferentes, cria modificações redentoras e descerra visões mais altas.
A noite espera o dia, a flor o fruto, o verme o porvir... O homem, ainda mesmo que se mergulhe na descrença ou na dúvida, na lágrima ou na dilaceração, será socorrido por Deus com a indicação do futuro.
Jesus, na condição de Mestre Divino, sabe que os aprendizes nem sempre poderão acertar inteiramente, que os erros são próprios da escola evolutiva e, por isto mesmo, a esperança é um dos cânticos sublimes do seu Evangelho de Amor.
Imensas têm sido, até hoje, as nossas quedas, mas a confiança do Cristo é sempre maior. Não nos percamos em lamentações.
Todo momento é instante de ouvir Aquele que pronunciou o "Vinde a mim..."
Levantemo-nos e prossigamos convictos de que o Senhor nos ofereceu a luz da esperança, a fim de acendermos em nós mesmos a luz da santificação espiritual.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 75, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 28 de março de 2019

MAOS OBREIROS


MAOS OBREIROS[1]

"Guardai-vos dos maus obreiros."
Paulo
Filipenses, 3:2
Paulo de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se, ante o assédio dos maus obreiros.
Em todas as atividades do bem, o trabalhador sincero necessita preservar-se contra o veneno que procede do servidor infiel.
Enquanto os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros à deserção e à revolta. Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas de luta.
Estimam as apreciações desencorajadoras.
Fixam-se nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das realizações já feitas.
Manuseiam textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento de deveres.
Ouvem as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.
Chamam covardes aos cooperadores humildes, e bajuladores aos eficientes ou compreensivos.
Destacam os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.
Alinham frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades ocultas.
Semeiam a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem próximo.
Espalham suspeitas e calúnias, entre os que organizam e os que executam.
Fazem-se advogados para serem acusadores.
Vestem-se à maneira de ovelhas, dissimulando as feições de lobos.
Costumam lamentar-se por vitimas para serem verdugos mais completos.
"Guardai-vos dos maus obreiros."
O conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 74, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quarta-feira, 27 de março de 2019

A CADA UM


A CADA UM[1]


“Levanta-te direito sobre os teus pés.”
Paulo
Atos, 14:10

De modo geral, quando encarnados no mundo físico, apenas enxergamos os aleijados do corpo, os que perderam o equilíbrio corporal, os que se arrastam penosamente no solo, suportando escabrosos defeitos. Não possuímos suficiente visão para identificar os doentes do espírito, os coxos do pensamento, os aniquilados de coração.
Onde existissem somente cegos, acabaria a criatura perdendo o interesse e a lembrança do aparelho visual; pela mesma razão, na Crosta da Terra, onde esmagadora maioria de pessoas se constitui de almas paralíticas, no que se referem à virtude, raros homens conhecem a desarmonia de saúde espiritual que lhes diz respeito, conscientes de suas necessidades incontestes.
Infere-se, pois, que a missão do Evangelho é muito mais bela e mais extensa que possamos imaginar. Jesus continua derramando bênçãos todos os dias. E os prodígios ocultos, operados no silêncio de seu amor infinito, são maiores que os verificados em Jerusalém e na Galiléia, porquanto os cegos e leprosos curados, segundo as narrativas apostólicas, voltaram mais tarde a enfermar e morrer. A cura de nossos espíritos doentes e paralíticos é mais importante, porquanto se efetua com vistas à eternidade.
É indispensável que não nos percamos em conclusões ilusórias. Agucemos os ouvidos, guardando a palavra do apóstolo aos gentios. Imprescindível é que nos levantemos, individualmente, sobre os próprios pés, pois há muita gente esperando as asas de anjo que lhe não pertencem.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 79, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

segunda-feira, 25 de março de 2019

GRUPO DE ESTUDOS DA MEDIUNIDADE


APROVEITA


APROVEITA[1]

“Se alguém diz: — eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, ao qual viu como pode amar a Deus, a quem não viu?”
(1 João, 4:20)
A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Aproveita as lutas e dificuldades da senda para a expansão de ti mesmo, dilatando o teu círculo de relações e de ação.
Aprendamos para esclarecer.
Entesouremos para ajudar.
Engrandeçamo-nos para proteger.
Eduquemo-nos para servir.
Com o ato de fazer e dar alguma coisa, a alma se estende sempre mais além.
Guardando a bênção recebida para si somente, o espírito, muitas vezes, apenas se adorna, mas, espalhando a riqueza de que é portador, cresce constantemente.
Na prestação de serviço aos semelhantes, incorpora-se, naturalmente, ao coro das alegrias que provoca.
No ensinamento ao aprendiz, liga-se aos benefícios da lição.
Na criação das boas obras, no trabalho, na virtude ou na arte, vive no progresso, na santificação ou na beleza com que a experiência individual e coletiva se alarga e aperfeiçoa.
Na distribuição de pensamentos sadios e elevados, converte-se em fonte viva de graça e contentamento para todos.
No concurso espontâneo, dentro do ministério do bem, une-se à prosperidade comum.
Dá, pois, de ti mesmo, de tuas forças e recursos, agindo sem cessar, na instituição de valores novos, auxiliando os outros, a benefício de ti mesmo.
O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Aproveita a gloriosa oportunidade de expansão que a esfera física te confere e ajuda a quem passa, sem cogitar de pagamento de qualquer natureza.
O próximo é a nossa ponte de ligação com Deus.
Se buscas o Pai; ajuda ao teu irmão, amparando-vos reciprocamente, porque, segundo a palavra iluminada do evangelista, "se alguém diz: — eu amo a Deus, e aborrece o semelhante, é mentiroso, pois quem não ama o companheiro com quem convive, como pode amar a Deus, a quem ainda não conhece?"


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 71 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  https://conect.psi.br/novo/2017/08/23/aproveita-que-e-de-graca-dicas-gratuitas-da-semana-23082017/

sexta-feira, 22 de março de 2019

FALATÓRIOS


FALATÓRIOS[1]

"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade."
Paulo
II Timóteo, 2:16
Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.
A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir-lhes os focos essenciais.
Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate ao álcool e à sífilis?
Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.
Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.
Raros meditam nisto.
Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?
Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.
A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.
Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?
Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando-lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?
Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.
Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.
Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.
Falatório é desperdício.
E quando assim não seja não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando espíritos valorosos e comunidades inteiras.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 72, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem:  

quarta-feira, 20 de março de 2019

ESCOLA DAS ALMAS


ESCOLA DAS ALMAS[1]

Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.
Quando a palavra divina terminou a formosa preleção, a sogra de Pedro indagou inquieta:
— Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?
Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:
— Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos. No começo é a promessa de paz e compreensão, entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores...
Reparando que a senhora galileia se sensibilizara até às lágrimas, deu-se pressa Jesus em responder:
— O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
E, sorrindo, perguntou:
— Que fazes inicialmente as lentilhas, antes de servi-las à refeição?
A interpelada respondeu titubeante:
— Naturalmente, Senhor, cabe-me levá-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas. Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.
— Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa?
— De modo algum; — tornou a velha humilde — antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno. Sem essa medida...
O Divino Amigo então considerou:
— Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai. O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador. O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual. O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições.
Nunca notou a rapidez da existência de um homem?
A vida carnal é idêntica à flor da erva. Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece... O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna. Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.
A sogra de Simão escutou atenciosa, e ponderou:
— Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem; no entanto, jamais aprendem.
O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar:
— Que fazes das lentilhas endurecidas que não cedem à ação do fogo?
— Ah! Sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.
Ocorre o mesmo — terminou o Mestre — com a alma rebelde às sugestões edificantes do lar.
A luta comum mantém a fervura benéfica, todavia, quando chega a morte, a grande selecionadora do alimento espiritual para os celeiros de Nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.


[1] Livro: Jesus no Lar – psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Néio Lucio. FEB, Cap.02. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: http://chicodeminasxavier.com.br/como-manter-boa-vibracao-no-lar/