quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

AMOR E COMPAIXÃO


AMOR E COMPAIXÃO[1]

O amor é essencial para o comportamento equilibrado e propiciador do progresso moral, tecnológico, social e espiritual da sociedade.
Começando em um indivíduo, termina por envolver todas as criaturas.
O amor é vida e a compaixão manifesta-lhe a grandeza e o significado.
O amor possui dimensão infinita.
 Quanto mais se distende, mais espaço adquire para crescer.
Quando o ser está preenchido pelo amor, nada de mau o atinge, perturbação alguma o desequilibra, porque não há espaço vazio para a desdita nem para o aborrecimento.
A semelhança do espaço em geral, nada se lhe adere, mesmo quando atirado propositalmente, porque está repleto, não havendo lugar para novos acúmulos. Se lhe atiram perfume ou matéria em decomposição, blasfêmia ou enaltecimento, tudo passa, sem o atingir, tombando no solo ou perdendo-se no ar.
Assim é um coração rico de amor e referto de compaixão. Plenificado, não oferece campo para outras expressões de desconforto e de ressentimento, de ansiedade e de medo.
Quando se aceita a presença do medo e se lhe permite dominação, congela-se a atividade do progresso e retém-se o impulso de realização na paralisia imposta pelo algoz impenitente.
O medo, a culpa, a mágoa constituem vapores morbíficos que intoxicam o ser, transformando-se em ferrugem corrosiva nas engrenagens da alma, que emperram, dificultando a finalidade da evolução, para a qual todos se encontram incursa nos Estatutos da Vida.
O amor prolonga a vida, porquanto a sua vigência é contagem infinita, mesmo quando há limites propostos pelo espaço-tempo da relatividade humana.
Dessa forma, a vida tem a duração do amor. Há aqueles que morrem antes do momento programado, porque deixaram de amar, ficando asfixiados na falta de motivação para viver.
Um indivíduo, que cultiva a compaixão e preserva o sentimento de amor, transforma-se em foco de luz que dilui as sombras, em patamar de paz que acalma os conflitos, em segurança fraternal que sustenta o companheirismo, em harmonia irradiante que se prolonga sem cessar...
A vida é curta somente para quem não frui a felicidade do amor, porquanto a sua vigência supera tempo e lugar, circunstância e ocorrência, tornando-se um continuum abençoado.
Esse processo de amor e de compaixão robustece as forças do navegador no oceano da matéria, porque o mantém vinculado à Estrela Polar Divina, que o norteia, apontando sempre o rumo correto por onde seguir.
Mesmo quando surgem impedimentos e ruge a tormenta, a nau da confiança não abandona o roteiro, vencendo as procelas e recuperando a tranqüilidade da navegação.
Essa decisão não significa ausência de esforço, de luta, de trabalho, de desafios.
Fosse diferente, e seria morbidez, parasitismo, não amor, menos compaixão, porque somente eles robustecem o ânimo e fortalece a capacidade de empreender novas conquistas, mediante o trabalho, o esforço que deve ser envidado para conquistá-los.
O amor é vida, e a compaixão manifesta-lhe a grandeza e o significado.
Unidos, renovam o mundo. Mas é necessário que, para a Humanidade tornar-se melhor, alguém comece amando-se, amando e tocado pela compaixão.
Para amar é necessário começar. Ninguém será surpreendido pela pujança do amor total, antes de havê-lo iniciado em pequenas experiências e vivências do cotidiano.
Às vezes, por meio de uma insignificante manifestação de ternura, um gesto de desculpa, uma ação de misericórdia ou uma formulação de beneficência.
O amor auto vitaliza-se, nutrindo-se da própria energia que esparge.
No exercício da compaixão por si mesmo, o amor ensina que as criaturas são o que lograram no longo percurso das reencarnações, que ainda se encontram em fase de imperfeição, tendo o direito de errar e de experimentar dislates, não se permitindo, porém, a tolerância de permanecer nos equívocos, nos compromissos infelizes, após tê-los identificado. Também descobrirá que essa renovação não será operada por milagre, por fenômeno apenas do querer, mas, sobretudo do empenhar-se pelo conseguir.
Mediante exercício diário de reflexão, aprofundando a sonda da perquirição em torno do Si, surgem os fantasmas do passado, os cobradores da consciência, os clichês dos remorsos, os impositivos da culpa em acusações incessantes, que devem ser liberados e diluídos.
Libertar-se da culpa é fundamental, a fim de não se atormentar com o receio do castigo.
Arrepender-se, sinceramente, do mal que haja feito a alguém, constitui terapia valiosa, gerando oportunidade para a reparação de todo e qualquer prejuízo que lhe haja propiciado, sem mágoa pelo passado nem angustiante expectativa pelo futuro.
Vencer os apegos a pessoas e coisas, a lembranças escravizadoras e a ansiedades de conquistas sem valor, representa também um recurso valioso para o amor e para a auto-compaixão, que se exteriorizará em forma de compreensão dos delitos alheios e das suas dificuldades e limitações.
Revisar conceitos de comportamento e reavaliar atitudes são métodos significativos para a paz de espírito, no tumultuado relacionamento social.
À medida que se for vencendo a timidez e a culpa, peregrina alegria de viver tomará conta das paisagens emocionais, facilitando o trânsito pelos difíceis caminhos da fraternidade, porque estímulos inabituais surgirão para mais amar-se e mais amar.
Compadece-te dos teus próprios erros e reabilita-te, envolvendo-te na claridade diamantina do amor e viajando na direção da felicidade.
Quanto mais ames, mais sentirás necessidade de fazê-lo, porque estarás pleno de alegria e desejo de viver.
Reservando-te espaços mentais e emocionais para releitura e recomposição dos teus comportamentos, vivenciarás a compaixão pelo teu próximo e pelos teus inimigos que o deixarão de ser, embora prossigam inamistosos contra ti, mergulhados nas sombras que geram à própria volta.
Não os reproches não tentem conquistá-los mediante argumentações e justificativas.
Ama-os de longe e concede-lhes o direito de estarem assim por enquanto, até o momento em que despertem para a própria felicidade.
Descongelando a indiferença nos teus sentimentos, o calor do amor te impulsionará à natural compaixão que vive em ti na direção de tudo e de todos.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem:  https://poraqui.com/aldeia/arteterapia-natureza-e-meditacao-evento-em-aldeia-celebra-a-compaixao/

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

OPORTUNIDADE


OPORTUNIDADE[1]


“Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo está pronto.”
João, 7:6

O mau trabalhador está sempre queixoso.
Quando não atribui sua falta aos instrumentos em mão, lamenta a chuva, não tolera o calor, amaldiçoa a geada e o vento.
Esse é um cego de aproveitamento difícil, por quanto somente enxerga o lado arestoso das situações.
O bom trabalhador, no entanto, compreende, antes de tudo, o sentido profundo da oportunidade que recebeu. Valoriza todos os elementos colocados em seus caminhos, como respeita as possibilidades alheias. Não depende das estações.
Planta com o mesmo entusiasmo as frutas do frio e do calor. É amigo da Natureza, aproveita-lhe as lições, tem bom ânimo, encontra na aspereza da semeadura e no júbilo da colheita igual contentamento.
Nesse sentido, a lição do Mestre reveste-se de maravilhosa significação. No torvelinho das incompreensões do mundo, não devemos aguardar o reino do Cristo como realização imediata, mas a oportunidade dos homens é permanente para a colaboração perfeita no Evangelho, a fim de edificá-lo.
Os cegos de espírito continuarão queixosos; no entanto, os que acordaram para Jesus sabem que sua época de trabalho redentor está pronta, não passou, nem está por vir. É o dia de hoje, é o ensejo bendito de servir, em nome do Senhor, aqui e agora...


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 73, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
 Fonte de imagem:  http://revistadestaquemais.com.br/a-oportunidade/

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

INVEJA


INVEJA[1]
O invejoso é inseguro e supersensível, irritadiço e desconfiado, observador minucioso e detetive da vida alheia até a exaustão; sempre armado e alerta contra tudo e todos.
A inveja sempre foi uma emoção sutilmente disfarçada em nossa sociedade, assumindo aspectos ignorados pela própria criatura humana. As atitudes de rivalidade, antagonismo e hostilidade dissimulam muito bem a inveja, ou seja, a própria “prepotência da competição”, que tem como origem todo um séquito de antigas frustrações e fracassos não resolvidos e interiorizados.
O invejoso é inseguro e supersensível, irritadiço e desconfiado, observador minucioso e detetive da vida alheia até a exaustão, sempre armado e alerta contra tudo e todos. Faz o gênero de superior, quando, em realidade, se sente inferiorizado; por isso, quase sempre deixa transparecer um ar de sarcasmo e ironia em seu olhar, para ocultar dos outros seu precário contato com a felicidade.
Acreditamos que, apesar de a inveja e o ciúme possuírem definições diferentes, quase sempre não são diferenciados ou corretamente percebidos por nós. As convenções religiosas nos ensinaram que jamais deveríamos sentir inveja, pelo fato de ela se encontrar ligada à ganância e à cobiça dos bens alheios. Em relação ao ciúme, os padrões estabeleceram que ele estivesse, exclusivamente, ligado ao amor. É por isso que passamos a acreditar que ele é aceitável e perfeitamente admissível em nossas atitudes pessoais.
Analisando as origens atávicas e inatas da evolução humana, podemos afirmar que a emoção da inveja não é uma necessidade aprendida. Não foi adquirida por experiência nem por força da socialização, mas é uma reação instintiva e natural, comum a qualquer criatura do reino animal. O agrado e carinho a um cão pode provocar agressividade e irritação em outro, por despeito.
Nos adultos essas manifestações podem ser disfarçadas e transformadas em atos simulados de menosprezo ou de indiferença. Já as crianças, por serem ingênuas e naturais, mordem, batem, empurram, choram e agridem.
A inveja entre irmãos é perfeitamente normal. Em muitas ocasiões, ela surge com a chegada de um irmão recém-nascido, que passa a obter, no ambiente familiar, toda a atenção e carinho. Ela vem à tona também nas comparações de toda espécie, feitas pelos amigos e parentes, sobre a aparência física privilegiada de um deles. Muitas vezes, a inveja manifesta-se em razão da forma de tratamento e relacionamento entre pais e filhos. Por mais que os pais se esforcem para tratá-los com igualdade, não o conseguem, pois cada criança é uma alma completamente diferente da outra. Em vista disso, o modo de tratar é conseqüentemente desigual, nem poderia ser de outra maneira, mas os filhos se sentem indignados com isso.
A emoção da inveja no adulto é produto das atitudes internas de indivíduos de idade psicológica bem inferior à idade cronológica, os quais, embora ocupem corpos desenvolvidos, são verdadeiras almas de crianças mimadas, impotentes e inseguras, que querem chamar a atenção dos maiores no lar.
O Mestre de Lyon interroga as Vozes do Céu: “Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas?” E elas, com muita sabedoria, informam: “... Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade (...). São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos cheios de inveja...” (61)
A necessidade de poder e de prestígio desmedidos que encontramos em inúmeros homens públicos nas áreas religiosas, política, profissional, esportiva, filantrópica, de lazer e outras tantas, derivam de uma “aspiração de dominar” ou de um “sentimento de onipotência”, com o que tentam contrabalançar emocionalmente o complexo de inferioridade que desenvolveram na fase infantil.
Encontramos esses indivíduos, aos quais os Espíritos se reportam na questão acima, nas lutas partidárias, em que, só aparentemente, buscam a igualdade dos “direitos humanos”, prometem a “valorização da educação”, asseguram a melhoria da “saúde da população” e a “divisão de terras e rendas”. Sem ideais alicerçados na busca sincera de uma sociedade equânime e feliz, procuram, na realidade, compensar suas emoções de inveja mal elaboradas e guardadas desde a infância, difícil e carente, vivida no mesmo ambiente de indivíduos ricos e prósperos.
Tanto é verdade que a maioria desses “defensores do povo”, quando alcança os cumes sociais e do poder, esquece-se completamente das suas propostas de justiça e igualdade.
Eis alguns sintomas interiorizados de inveja que podemos considerar como dissimulados e negados:
perseguições gratuitas e acusações sem lógica ou fantasiada;
inclinações superlativas à elegância e ao refinamento, com aversão à grosseria;
insatisfação permanente, nunca se contentando com nada;
manifestação de temperamento teatral e pedantismo nas atitudes;
elogios afetados e amores declarados exageradamente;
animação competitiva que leva às raias da agressividade.
O caráter invejoso conduz o indivíduo a uma imitação perpétua à originalidade e criação dos outros e, como conseqüência lógica, à frustração.
Isso acarreta uma sensação crônica de insatisfação, escassez, imperfeição e perda, além de estimular sempre uma crescente dor moral e prejudicar o crescimento espiritual das almas em evolução.
X.X.X
Não há nada a nos censurar por apreciamos os feitos das pessoas e/ou por a eles aspirarmos; o único problema é que não podemos nos comparar e querer tomar como modelo o padrão vivencial do outro.
Se tivermos o hábito de investigar nossos comportamentos autodestrutivos e fizemos uma análise desses antecedentes históricos em nossa vida, poderemos, cada vez mais, compreender o porquê de permanecemos presos em certas áreas prejudiciais à nossa alegria de viver.
Esses comportamentos infelizes a que nos referimos não são apenas as atitudes evidentemente desastrosas, mas os diminutos atos cotidianos que podem passar como aceitáveis e completamente admissíveis. Entretanto, tais atos são os grandes perturbadores de nossa paz interior.
Muitos indivíduos não se preocupam em estudar as raízes de seus comportamentos rotineiros, porque acreditam que, para assumir a responsabilidade da renovação íntima, precisariam despender um enorme sacrifício. Sendo assim, prefere permanecer apegados aos antigos costumes, utilizando-se dos preconceitos e de crenças distorcidas, sem se darem conta de que estes são as matrizes de seus pontos vulneráveis.
Para afastar todo e qualquer anseio de transformação interior, utiliza-se de um processo psicológico denominado “racionalização” — artifício criado para desviar a atenção dos “verdadeiros motivos” das atitudes e ações — para se verem livres das “crises de consciência”, procurando assim justificar os fatos inadequados de suas vidas.
Somente alteraremos nossos atos e atitudes doentios quando tomarmos plena consciência de que são eles as raízes de nossas perturbações emocionais e dos inúteis desgastes energéticos. É examinando nosso dia-a-dia à luz das escolhas que fizemos ou que deixamos de fazer é que veremos com clareza que somos, na atualidade, a “soma integral” de nossas opções diante da vida.
Os indivíduos que possuem o hábito da critica destrutiva estão, em verdade, dissimulando outras emoções, talvez a inveja ou mesmo o despeito. Existem posturas efetuadas tão costumeiramente e que se tomam tão imperceptíveis que poderíamos denominá-las “atitudes crônicas”.
A inveja é definida como sendo o desejo de possuir e de ser o que os outros são, podendo tomar-se uma atitude crônica na vida de uma criatura. É uma forma de cobiça, um desgosto em face da constatação da felicidade e superioridade de outrem.
Observar a criatura sendo, tendo, criando e realizando provoca uma espécie de dor no invejoso, por ele não ser, não ter, não criar e não realizar. A inveja leva, por conseqüência, à maledicência, que tem por base ressaltar os equívocos e difamar; assim é a estratégia do depreciador: “Se eu não posso subir tento rebaixar os outros; assim, compenso meu complexo de inferioridade”.
A inveja nasce quase sempre por nos compararmos constantemente com os outros. Nessa comparação, o homem desconhece o fato de sua singularidade, possuidor de expressões íntimas completamente diferentes das dos outros seres. É verdade, porém, que possuímos algumas semelhanças e características comuns com outros homens, mas, em essência, somos almas criadas em diferentes épocas pelas mãos do Criador e, por isso, passamos por experiências distintas e trazemos na própria intimidade missões peculiares.
Anormalidade, normalidade, sobre naturalidade e paranormalidade são de fato catalogações da incompreensão humana alicerçadas sobre as chamadas comparações.
A ausência do amadurecimento espiritual faz com que rotulemos, de forma humilhante e pretensiosa, os credos religiosos, a heterogeneidade das raças, os costumes de determinados povos, as tendências sexuais diferentes, os movimentos sociais inovadores, as decisões, o comportamento, o sucesso dos outros; e muitas coisas ainda. Tudo isso ocorre porque não conseguimos digerir com ponderação a grandeza do processo evolutivo agindo de forma diversificada sob as leis da Natureza.
O autêntico impulso natural quer que sejamos simplesmente nós mesmos. Não faz parte dos impulsos inatos da alma humana a pretensão de nos considerarmos melhor que as outras pessoas. O que devemos fazer é admirar-nos como somos, é respeitar nossas diferenças e reconhecer nossos valores.
O extraordinário educador Rivail questiona os Mensageiros do Amor: “Os Espíritos inferiores compreendem a felicidade do justo?”. E eles respondem com notável orientação: “... isso lhes é um suplício, porque compreendem que estão dela privados por sua culpa...” (62)
A inveja é o extremo oposto da admiração. É uma ferramenta cômoda que usamos sempre que não queremos assumir a responsabilidade por nossa vida. Ela nos faz censurar e apontar as supostas falhas das pessoas, distraindo-nos a mente do necessário desenvolvimento de nossas potencialidades interiores. Em vez de nos esforçarmos para crescer e progredir, denegrimos os outros para compensar nossa indolência e ociosidade.
Não há nada a nos censurar por apreciarmos os feitos das pessoas e/ou por a eles aspirarmos; o único problema é que não podemos nos comparar e querer tomar como modelo o padrão vivencial do outro.
A inveja e a censura nascem da auto-rejeição que fazemos conosco, justamente por não acreditarmos em nossos potenciais evolutivos e por procurarmos fora de nós às explicações de corno deveremos sentir, pensar, falar, fazer e agir, ora dando urna importância desmedida aos outros, ora tentando convencê-los a todo custo de nossas verdades.

Referencias:
61 LE 811 – Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas?
“Não; nem é possível. A isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres.”
Questão 811-a – Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade. Que pensais a respeito?
“São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos cheios de inveja. Não compreendem que a igualdade com que sonham seria a curto prazo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quimeras.”
62 LE 975 – Os Espíritos inferiores compreendem a felicidade do justo?
“Sim, e isso lhes é um suplício, porque compreendem que estão dela privados por sua culpa. Daí resulta que o Espírito, liberto da matéria, aspira à nova vida corporal, pois que cada existência, se for bem empregada, abrevia um tanto a duração desse suplício. É então que procede à escolha das provas por meio das quais possa expiar suas faltas.
Porque, ficai sabendo, o Espírito sofre por todo o mal que praticou, ou de que foi causa voluntária, por todo o bem que ouvera podido fazer e não fez e por todo o mal que decorra de não haver feito o bem. “Para o Espírito errante, já não há véus. Ele se acha como tendo saído de um nevoeiro e vê o que o distancia da felicidade. Mais sofre então, porque compreende quanto foi culpado. Não tem mais ilusões: vê as coisas na sua realidade.”


O ULTIMO CAPITULO DESTE LIVRO.


[1] Livro: As Dores da Alma – Ditado pelo Espírito Hamed; psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, Edit. Boa Nova. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem: https://www.ajduks.com.br/2016/08/04/inveja/

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

ACORDAR E ERGUER-SE


ACORDAR E ERGUER-SE[1]

“Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará.”
Paulo
Efésios, 5:14

Há milhares de companheiros nossos que dormem, indefinidamente, enquanto se alonga debalde para eles o glorioso dia de experiência sobre a Terra.
Percebem vagamente a produção incessante da Natureza, mas não se recordam da obrigação de algo fazer em benefício do progresso coletivo.
Diante da árvore que se cobre de frutos ou da abelha que tece o favo de mel, não se lembram do comezinho dever de contribuir para a prosperidade comum.
De maneira geral, assemelham-se a mortos preciosamente adornados.
Chega, porém, um dia em que acordam e começam a louvar o Senhor, em êxtase admirável...
Isso, no entanto, é insuficiente.
Há muitos irmãos de olhos abertos, guardando, porém, a alma na posição horizontal da ociosidade.
É preciso que os corações despertos se ergam para a vida, se levantem para trabalhar na sementeira e na seara do bem, a fim de que o Mestre os ilumine.
Esforcemo-nos por alertar os nossos companheiros adormecidos, mas não olvidemos a necessidade de auxiliá-los no soerguimento.
É imprescindível saibamos improvisar os recursos indispensáveis em auxílio dos nossos afeiçoados ou não que precisam levantar-se para as bênçãos de Jesus.
Não basta recomendar.
Quem receita serviço e virtude ao próximo, sem antes preparar-lhe o entendimento, através do espírito de fraternidade, identifica-se com o instrutor exigente, que reclama do aluno integral conhecimento acerca de determinado e valioso livro, sem antes ensiná-lo a ler.
Disse Paulo: — “Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará.”
E nós repetiremos: — “Acordemos para a vida superior e levantemo-nos na execução das boas obras e o Senhor nos ajudará, para que possamos ajudar os outros.”


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 66 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  https://doutorseguranca.com.br/9717/

domingo, 20 de janeiro de 2019

SE TE ENCONTRAS ANGUSTIADO


SE TE ENCONTRAS ANGUSTIADO[1]
Irmão José

Se te sentes tentado ao suicídio, ora a Deus e busca a presença de um amigo com que possas conversas.
Quase todos os homens experimentam semelhante estado emocional, notadamente quando o sofrimento, em suas múltiplas nuanças, lhes subtrai a alegria de viver.
Se a tempestade das provações desaba sobre a tua vida, não desespere.
Breve, o Sol voltará a brilhar no horizonte de tuas esperanças.
Suporta corajosamente a dor que te acicata a alma, recordando que Deus, nosso Pai de Infinita Misericórdia, a ninguém desampara.
Se te encontras angustiado, pensa naqueles que estão lutando em silêncio por um mundo melhor e te junta a eles, consagrando os teus dias a uma causa nobre.
Não acredites que nada possas realizar na seara do bem.
Cede as tuas mãos ao Senhor e Ele, por ti, fará maravilhas.
Esquece a ideia da morte e vive para os que te amam.
O sacrifício pessoal é uma estrada de beleza indefinível...
Amanhã, quando alcançares a Grande Renovação, agradecerás a cruz que te possibilitou compreender e abençoar a vida.


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: http://jlrodrigues.blogspot.com/2012/06/sinais-de-tempos-tristes.html

sábado, 19 de janeiro de 2019

NECESSÁRIO ACORDAR


NECESSÁRIO ACORDAR[1]


“Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e o Cristo te esclarecerá.”
Paulo
Efésios, 5:14

Grande número de adventícios ou não aos círculos do Cristianismo acusa fortes dificuldades na compreensão e aplicação dos ensinamentos de Jesus.
Alguns encontram obscuridades nos textos, outros perseveram nas questiúnculas literárias. Inquietam-se, protestam e rejeitam o pão divino pelo envoltório humano de que necessitou para preservar-se na Terra.
Esses amigos, entretanto, não percebem que isto ocorre, porque permanecem dormindo, vitimas de paralisia das faculdades superiores.
Na maioria das ocasiões, os convites divinos passam por eles, sugestivos e santificantes; todavia, os companheiros distraídos interpretam-nos por cenas sagradas, dignas de louvor, mas depressa relegadas ao esquecimento. O coração não adere, dormitando amortecido, incapaz de analisar e compreender.
A criatura necessita indagar de si mesmo o que faz, o que deseja, a que propósitos atende e a que finalidades se destina. Faz-se indispensável examinar-se, emergir da animalidade e erguer-se para senhorear o próprio caminho.
Grandes massas, supostamente religiosas, vão sendo conduzidas, através das circunstâncias de cada dia, quais fileiras de sonâmbulos inconscientes.
Fala-se em Deus, em fé e em espiritualidade, qual se respirassem na estranha atmosfera de escuro pesadelo.
Sacudidas pela corrente incessante do rio da vida, rolam no turbilhão dos acontecimentos, enceguecidas, dormentes e semimortas até que despertem e se levantem, através do esforço pessoal, a fim de que o Cristo as esclareça.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 68 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://grupodejovenslibertospordeus.blogspot.com/2012/12/pense-sobre-isto.html

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

INVERNO


INVERNO[1]

"Procura vir antes do inverno."
Paulo
II Timóteo, 4:21

Claro que a análise comum deste versículo revelará a prudente recomendação de Paulo de Tarso para que Timóteo não se arriscasse a viajar na estação do frio forte.
Na época recuada da epístola, o inverno não oferecia facilidades à navegação.
É possível, porém, avançar mais longe, além da letra e acima do problema circunstancial de lugar e tempo.
Mobilizemos nossa interpretação espiritual.
Quantas almas apenas se recordam da necessidade do encontro com os emissários do Divino Mestre por ocasião do inverno rigoroso do sofrimento?
Quantas se lembram do Salvador somente em hora de neblina espessa, de tempestade ameaçadora, de gelo pesado e compacto sobre o coração?
Em momentos assim, o barco da esperança costuma navegar sem rumo, ao sabor das ondas revoltas.
Os nevoeiros ocultam a meta, e tudo, em torno do viajante da vida, tende à desordem ou à desorientação.
É indispensável procurar o Amigo Celeste ou aqueles que já se ligaram, definitivamente, ao seu amor, antes dos períodos angustiosos, para que nos instalemos em refúgios de paz e segurança.
A disciplina, em tempo de fartura e liberdade, é distinção nas criaturas que a seguem; mas a contenção que nos é imposta, na escassez ou na dificuldade, converte-se em martírio.
O aprendiz leal do Cristo não deve marchar no mundo ao sabor de caprichos satisfeitos e, sim, na pauta da temperança e da compreensão.
O inverno é imprescindível e útil, como período de prova benéfica e renovação necessária.
Procura, todavia, o encontro de tua experiência com Jesus, antes dele.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 66, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem: http://www.cadernodeviagem.com/dicas/planeje-sua-viagem/enfrentando-o-inverno-cuidados-com-pele/