NÃO SE ENVERGONHAR[1]
"Porque
qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará
o Filho do homem."
Jesus
Lucas, 9:26
Muitos aprendizes existem satisfeitos consigo
mesmos tão somente em razão de algumas afirmativas quixotescas[2].
Congregam-se em grandes discussões,
atrabiliário[3] e irascíveis[4], tentando convencer a
gregos e troianos, relativamente à fé religiosa e, quando interpelados sobre a
fúria em que se comprazem, na imposição dos pontos de vista que lhes são
próprios, costumam redarguir[5] que é imprescindível não nos
envergonharmos do Mestre, nem de seus ensinamentos perante a multidão.
Todavia, por vezes, a preocupação de preservar
o Cristianismo não passa de posição meramente verbal.
Tais defensores do Cristo
andam esquecidos de que, antes de tudo, é indispensável não esquecer-lhe os
princípios sublimes, diante das tarefas de cada dia.
A vida de um homem é a sua própria confissão
pública. A conduta de cada crente
é a sua verdadeira profissão de fé.
Muito infantis o trovão da voz e a mímica
verbalista, filhos da vaidade individual, junto de ouvintes incompreensivos e
complacentes, com pleno esquecimento dos necessários
testemunhos com o Mestre, na oficina de trabalho comum e no lar purificador.
Torna-se indispensável não
se envergonhar o aprendiz de Jesus, não em perlengas[6] calorosas, das quais
cada contendor regressa mais exasperado, mas sim perante as situações,
aparentemente insignificantes ou eminentemente expressivas, em que se pede ao crente o exemplo de amor, renúncia e sacrifício pessoal que o Senhor demonstrou
em sua trajetória sublime.
[2] Referente
à coisas de D. Quixote.
[3] Mau humor. Violento, colérico.
[4] Que se irrita com facilidade, demonstra
raiva, irritação; irritável.
[5] Lançar acusação em resposta a; recriminar.
[6] Usar conversa ou palavreado inútil ou enfadonho
Que sigamos o Mestre Jesus não em suas pegadas, mas ao seu lado, para honra e glória das nossas vidas.
ResponderExcluir