domingo, 30 de setembro de 2018

FARISEUS


FARISEUS[1]

"Acautelai-vos, primeiramente, do fermento dos fariseus"
Jesus
Lucas, 12:1


Fariseu ainda é todo presunçoso, dogmático, exclusivo, pretenso privilegiado das Forças Divinas.
O orgulhoso descendente dos doutores de Jerusalém ainda vive. Atravessa todas as organizações humanas.
Respira em todos os templos terrestres. Acredita-se o herdeiro único da Divina Bondade. Nada aprecia senão pelo prisma do orgulho pessoal.
Traça programas caprichosos; e intenta torcer as próprias leis universais, submetendo-as ao ponto de vista que esposou na sua escola ou no seu argumento sectarista.
Jamais comparece, ante a bênção do Senhor, na condição de alguém que se converteu em instrumento de seus amorosos desígnios, mas como crente orgulhoso, cheio de propósitos individualistas, declarando-se detentor de considerações especiais.
Os aprendizes fiéis necessitam acautelar-se contra o lêvedo de tais enfermos do espírito.
Toda ideia opera fermentações mentais.
Certamente que o Mestre não determinou a morte dos fariseus, mas recomendou cautela em se tratando da influenciação deles.
Exigências farisaicas constituem perigosas moléstias da alma.
Urge auxiliar o doente e extinguir a enfermidade. Todavia, não conseguiremos a realização, provocando tumultos, e sim usando a cautela na antiga recomendação de vigilância.



[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 54, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem:  https://guiame.com.br/colunistas/bruno-dos-santos/fariseus-hipocritas-religiao-dos-que-fazem-e-nada-sao.html

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

ÊXITOS E INSUCESSOS


ÊXITOS E INSUCESSOS[1]


“Sei viver em penúria e sei também viver em abundância.”
Paulo
Filipenses, 4:12

Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo de evidência.
São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque, quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando, desastradamente, as oportunidades de elevação que a vida lhes confere.
Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem administrar, com mais propriedade, os recursos materiais.
Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua posse é, muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação.
Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço próprio e da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça.
Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos, refere-se ao precioso imperativo do caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade do discípulo, quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da abundancia.
O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se adaptam às mesmas finalidades sublimes.
A ignorância humana, entretanto, encontra no primeiro o licor da embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação.
Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da fartura ou da escassez, o conteúdo divino.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 56 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://mac10producoes.com.br/fraternidade/novo/mensagens/glorias-e-insucessos/

DINHEIRO


DINHEIRO[1]

“Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”
Paulo,
1º Timóteo, 6:10

Paulo não nos diz que o dinheiro, em si mesmo, seja flagelo para a Humanidade.
Várias vezes, vemos o Mestre em contacto com o assunto, contribuindo para ue a nossa compreensão se dilate.
 Recebendo certos alvitres do povo que lhe apresenta determinada moeda da época, com a efígie do imperador romano, recomenda que o homem dê a César o que é de César, exemplificando o respeito às convenções construtivas.
Numa de suas mais lindas parábolas, emprega o símbolo de uma dracma perdida.
Nos movimentos do Templo, aprecia o óbolo pequenino da viúva.
·         Dinheiro não significa um mal. Todavia, o apóstolo dos gentios nos esclarece que o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males. O homem não pode ser condenado pelas suas expressões financeiras, mas, sim, pelo mau uso de semelhantes recursos materiais, porquanto é pela obsessão da posse que o orgulho e a ociosidade, dois fantasmas do infortúnio humano, se instalam nas almas, compelindo-as a desvios da luz eterna.
·         Dinheiro que te vem às mãos, pelos caminhos retos, que só a tua consciência pode analisar à claridade divina, é um amigo que te busca a orientação sadia e o conselho humanitário. Responderás a Deus pelas diretrizes que lhe deres e ai de ti se materializares essa força benéfica no sombrio edifício da iniquidade.


[1] Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 57, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
 Fonte de imagem: https://www.falandodeviagem.com.br/viewtopic.php?t=5349

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

PREOCUPAÇÃO


PREOCUPAÇÃO[1]

Os preocupados vivem entorpecidos no hoje por quererem controlar, com seus pensamentos e com sua imaginação, os fatos do amanhã.
As tarefas evolutivas executadas por nós na Terra fazem parte de um processo dinâmico que levará nossas almas ainda por inúmeras encarnações. A Vida não tem outro objetivo senão o de doação, de proteção e de recursos, para que possamos atingir uma estabilidade íntima que nos assegure a clareza e a serenidade mental, elementos imprescindíveis que nos facilitarão o progresso espiritual.
Se acreditarmos, porém, que nossa felicidade ou infelicidade venha de coisas externas, do acaso ou das mãos de outras pessoas, estaremos dificultando nosso crescimento e amadurecimento interior.
A criatura que atingiu a lucidez espiritual já adquiriu a capacidade de compreender a eficiência com que a Natureza age em todos nós. Ela se conduz no cotidiano, pacificada e serena, pois percebeu que está constantemente ganhando recursos da Vida Excelsa, mesmo quando atravessa o que consideramos “transtornos existenciais”. Ao mesmo tempo, aprendeu que, por mais que se preocupe a reunião de todas essas preocupações não poderá mudar coisa alguma em sua vida.
“... O Espírito na escolha das provas que queira sofrer (...) escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa.” (21)
A Providência Divina agindo em nós faz com que saibamos exatamente o que precisamos escolher para nosso aprimoramento interior. Para que a consciência da criatura tenha uma boa absorção ou uma sensível abertura para o aprendizado é preciso que adquira senso e raciocínio, noção e atributos, todos extraídos das suas provas e expiações, ou seja, das diversas experiências vivenciais.
Ainda encontramos nesta questão: “uns impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações (...) outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder (...) muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o vício.”
Por que então a nossa desmedida preocupação com o destino dos outros?
Por que tentamos forçar as coisas para que aconteçam?
As almas estão vivenciando o útil e o necessário para o desenvolvimento de suas potencialidades naturais e divinas. Podemos; orientar, amar, apoiar, ajudar, mas jamais achar que sabemos melhor como as coisas devem ser e como as criaturas devem se comportar.
No entanto, é importante não confundirmos preocupação com prudência ou cautela. A previdência e o planejamento, para que possamos atingir um futuro promissor, são desejos naturais dos homens de bom senso.
Na realidade, preocupação quer dizer aflição e imobilização do presente por causa de um suposto fato que poderá acontecer, ou ainda uma suspeita de que uma decisão poderá causar ruína ou perda.
A preocupação excessiva com fatos em geral e com o bem-estar das pessoas está alicerçada, em muitas ocasiões, em um mecanismo psicológico chamado “autodistração”.
Os preocupados têm dificuldade de concentração no momento presente e, por isso, fazem com que a consciência se desvie do foco da experiência para a periferia, isto é, vivem entorpecidos no hoje por quererem controlar, com seus pensamentos e com sua imaginação, os fatos do amanhã.
Esse desvio da atenção é uma busca deliberada de distração do indivíduo; é uma forma de impedir a si próprio de ver o que precisa perceber em seu mundo interior.
Quando dizemos que nos preocupamos com os outros, quase sempre estamos nos abstraindo:
das atitudes que não temos coragem de tomar;
das responsabilidades que não queremos assumir;
das carências afetivas que negamos a nós mesmos;
dos atos incoerentes que praticamos e não admitimos;
dos bloqueios mentais que possuímos e não aceitamos.
Deslocamos todos os nossos esforços, atenção e potencialidades para socorrer, proteger, salvar, convencer e aconselhar nossos “companheiros de viagem”, esquecendo muitas vezes, propositadamente ou não, nossa primeira e mais importante tarefa na Terra: a nossa transformação interior.
É incontestável que a preocupação jamais nos preservará das angústias do amanhã, apenas colocará obstáculos às nossas realizações do presente.
Não devemos nem podemos forçar mudanças de atitudes nas pessoas. Em realidade, só podemos modificar a nós mesmos. Nosso livre-arbítrio nos confere possibilidades de uso particular com o fim específico de retificarmo-nos, porém não nos dá o direito de querer modificar os outros.
Acreditamos, ainda assim, que temos o poder de exigir que os outros pensem como nós e que podemos interferir nas manifestações dos adultos que nos cercam. Por mais queridos que nos sejam, não nos é lícito dissuadi-los de suas decisões e posturas de vida.
Cada um se expressa perante a existência como pode. Assim, suas criações, desejos, metas e objetivos são coerentes com seu grau evolutivo. Qualquer tipo de coação em um modo de ser é profundo desrespeito.
Confiemos na Paternidade Universal que rege a todos, visto que preocupação, em síntese, é desconfiança nas Leis da Vida. Não nos compete determinar ou dirigir as decisões alheias, nem mesmo temos o direito de convencer ninguém ou censurar as opções de vida de quem quer que seja.
Por que condenar os atos e as atitudes de alguém que o próprio “Criador do Universo” deixou livre para decidir?
Por que sofrer ou preocupar-se com isso?
X.X.X
Toda vida em nós e fora de nós está em constante ritmicidade.
Por que, então, desrespeitar os mecanismos de que se utilizam as leis divinas na evolução?
Por que nos afligirmos e tentarmos mudar o imutável?
Nossa percepção, hoje, nos esclarece sobre os fatos do ontem, talvez sobre acontecimentos da semana anterior ou, possivelmente, sobre eventos quase esquecidos de anos passados.
Tudo ocorre dentro de um perfeito sincronismo tempo/espaço. Não adianta nos preocuparmos com o nosso processo de aprendizado nem com o dos outros, pois, se alguém não está conseguindo caminhar convenientemente agora, é porque lhe falta algo a fazer, ou mesmo, coisas a aprender. No Universo, tudo obedece a um ritmo natural; as raízes de nossa evolução corporal/espiritual estão arraigadas nas íntimas relações com a Natureza. Em nível mais profundo, somos parte dela.
Vivenciamos conscientemente, a todo instante, os ciclos da Natureza com nossas emoções e sentimentos. Experimentamos desânimo e abatimento no transcurso de um longo período de estiagem; porém, quando a chuva cai, a nossa sensação é de alegria e prazer; ou, durante as tempestades, nossas impressões oscilam desde a apreensão até o medo. Sentimos a alma leve e feliz com o surgimento do sol, nos dias calmos e iluminados.
Há um tempo para tudo. Em verdade, os ritmos que nos governam são inerentes à vida.
Também nós, os espíritos domiciliados ou não na Terra física, identificamos nossos ritmos internos através das sensações da dor e do prazer, a fim de avaliarmos o “grau de acerto” de nossos atos e decisões.
Dia e noite, primavera e inverno, amanhecer e entardecer são fases da Natureza, atuando diretamente nos ritmos de nossas ocupações e procedimentos do cotidiano.
Em verdade, a nossa identificação com a Vida Superior se plenifica quando harmonizamos nossos ritmos internos com os ritmos externos da Natureza.
Propõe o professor Rivail aos Nobres Emissários: “Os seres que habitam cada mundo hão todos alcançado o mesmo nível de perfeição?” E os Espíritos respondem à questão com sabedoria: “Não, dá-se em cada um o que ocorre na Terra: uns Espíritos são mais adiantados do que outros.” (22)
Os ritmos interiores dos indivíduos se prendem ao nível evolucional/espiritual de cada um, e toda a vida no Universo está dentro de uma ordem perfeita. Tanto os astros da abóbada celeste, como os seres microscópicos do nosso planeta, todos são regidos por uma Divina Ordem, que mantém trajetórias e órbitas perfeitamente alinhadas, como também os ritmos e os propósitos coerentes com o grau de necessidade e progresso das criaturas e das demais criações.
Embora os ritmos biológicos de uma pessoa difiram completamente dos ritmos de outros seres, podemos encontrar ritmos orgânicos semelhantes em membros de uma mesma espécie. A ação de inspirar resulta com exata precisão em seu reverso, a ação de expirar. Esta sucessão ou alternância produz um ritmo. Quando suprimimos um deles, o outro também desaparecerá, pois se submetem mutuamente.
Por que aquilo que nos parece tão evidente na respiração nos passa despercebido, ou mesmo sem análise alguma, nos outros campos do conhecimento humano?
Os pulmões sustentam a vida orgânica descarregando periodicamente bióxido de carbono e absorvendo oxigênio, que é levado pelo sangue, vitalizando as células, invariavelmente. As atividades celulares nos tecidos permanecem num constante estado de multiplicação, e a respiração é contínua e compassada.
Certos ritmos que nos dirigem são considerados como qualidades inerentes à vida e não podem ser impostos pela exterioridade.
O músculo cardíaco apresenta ritmo espontâneo. As batidas do coração dispõem de seus próprios marca passos. Na aurícula direita, um minúsculo nódulo, conhecido como “sinus”, à feição de um timoneiro numa antiga embarcação romana, possui uma tarefa gigante: marca o ritmo das batidas no “barco da vida”. As células nervosas do cérebro detonam frequentes impulsos que, por sua vez, repercutem na ritmicidade das ondas cerebrais, que podem ser registradas pelo eletroencefalograma.
Em todo reino vegetal e animal, a função sexual é um fenômeno periódico, desde a polinização das plantas até o ciclo menstrual das mulheres — que é o resultado direto do aumento e diminuição dos hormônios num ritmo mais ou menos mensal.
Se pudéssemos observar o interior de alguém que está correndo, veríamos, com certa regularidade, a contração de grupos alternados de músculos. Os chamados “flexores” se contraem, fazendo dobrar as articulações; os “extensores” se contraem, fazendo endireitar as articulações.
Toda vida em nós e fora de nós está em constante ritmicidade.
Por que, então, desrespeitar os mecanismos de que se utilizam as leis divinas na evolução?
Por que nos afligimos e tentarmos mudar o imutável?
Como é importante caminhar, passo após passo, acompanhando nosso próprio “compasso existencial” e percebendo a hora propícia de mudança!
O dia de hoje nos fornecerá exatamente as oportunidades de que precisamos para compor com estrofes e versos harmônicos o “poema de nossa vida”, cuja métrica foi antecipadamente determinada por nós no ontem. Nossas experiências da vida não acontecem por acaso.
O Planejamento Divino nada faz sem um desígnio proveitoso; tudo tem sua razão de ser. Não é preciso desespero, nem preocupação; tudo acontece como tem que acontecer.

Referencias:
21 LE-264 – Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer?
“Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa. Uns, portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder; muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar; pelas paixões inferiores que uma e outros desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o vício.”
22 LE- 179 – Os seres que habitam cada mundo hão todos alcançado o mesmo nível de perfeição?
    “Não; dá-se em cada um o que ocorre na Terra: uns Espíritos são mais adiantados do que outros.”



[1] Livro: As Dores da Alma – Ditado pelo Espírito Hamed; psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, Edit. Boa Nova. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos. 
   Fonte da imagem: https://pensamentoslucena.blogs.sapo.pt/487641.html

terça-feira, 25 de setembro de 2018

SINAIS QUE VOCÊ ESTÁ PECANDO POR EXCESSO DE GENEROSIDADE


SINAIS DE QUE VOCÊ ESTÁ PECANDO

Por excesso de generosidade

Ser generoso é uma das características mais maravilhosas que uma pessoa pode ter, mas, às vezes, a generosidade pode ser cansativa, principalmente se ela está destinada àqueles que não a merecem.
Quando você realmente se importa com a felicidade dos outros, é fácil perder de vista sua própria felicidade. Então acontece algo que é conhecido que é o doar-se demais. Você pode ter boas intenções, mas se não for cuidadoso, acabará se perdendo sendo excessivamente  generoso para os outros.
Aqui estão alguns sinais claros que podem revelar que estamos dando muito, ora porque isso nos prejudica; porque prejudica quem queremos ajudar ou até mesmo porque podemos estar sendo vítimas de manipulação de pessoas que se aproveitam de nossas boas intenções.
1. Você se sente como se estivesse sendo manipulado
Se você suspeitar que está sendo manipulado, provavelmente você está. Alguém que está manipulando você pode dizer coisas para ativar sua culpa, a fim de obter o que deseja.
2. Sua ajuda é insustentável
Se o seu “dar e dar” chegou ao ponto em que você não tem mais recursos suficientes para você, há um problema sério. Se a sua própria saúde física ou mental, autoestima ou bem-estar financeiro estão sofrendo e estão sendo afetados, você está dando demais e deve parar antes que seja tarde.
3. Seus relacionamentos são afetados
Embora a generosidade saudável possa permitir que os relacionamentos prosperem; doar demais é uma das causas da deterioração dos relacionamentos. Quando não há equilíbrio entre dar e receber, um ou ambos podem ter sentimentos de ressentimento, culpa ou arrependimento que podem causar conflitos e danos no relacionamento.
4. Você está mantendo totalmente alguém
Se a sua atitude de doar chegou ao ponto de permitir que alguém “viva nas suas costas”, como é popularmente dito, é hora de dar um passo para trás. Permitir que alguém permaneça fisicamente insalubre, irresponsável ou totalmente dependente de você não fará bem a ninguém a longo prazo.
5. Esteja ciente de que você está sendo usado
Alguém que usa sua gentileza e generosidade para seu benefício pessoal não é alguém que devo permanecer em sua vida.
6. A sua oferta única tornou-se uma obrigação em longo prazo
Ser generoso uma vez pode levar a um círculo vicioso para aqueles que querem abusar de sua gentileza. Se a sua oferta útil de uma só vez se tornou uma obrigação de longo prazo, e você não tinha a intenção de mantê-la, lembre-se de que você não se comprometeu com nada em longo prazo e que tem todo o direito de parar quando quiser.
7. Você sempre sacrifica alguma coisa
Se você está constantemente sacrificando sua própria felicidade para os outros serem felizes, você está dando demais. Cuidar de outras pessoas é algo maravilhoso. Mas cuidar de si mesmo é tão importante quanto isso, até mesmo o principal.

Se você tem conhecimento de que alguns desses pontos descritos se encaixam na sua vida, é hora de avaliar o que o leva a querer dar mais do que você deseja dar.


Fonte: https://www.contioutra.com/
Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte imagem: http://domtotal.com/noticia/727333/2014/03/a-liberdade-de-escolha-e-a-tentaaao-do-pecado/

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS



TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Nas práticas médicas de todas as especialidades, o transplante de órgãos é a que demonstra com maior clareza a estreita relação entre a morte e a nova vida, o renascimento das cinzas como Fênix: o mitológico pássaro símbolo da renovação do tempo e da vida após a morte.(1)
A temática "doação de órgãos e transplantes" é bastante coetâneo no cenário terreno. Sobre o assunto as informações instrutivas dos Benfeitores Espirituais não são abundantes. O projeto genoma, as investigações sobre células-tronco embrionárias e outras sinalizam o alcance da ciência humana. Os transplantes, em épocas recuadas repletas de casos de rejeição, tornaram-se práticas hodiernas de recomposição orgânica. O esmero "in-vivo" de experiências visando regeneração de células e as perspectivas de melhoria de vida caminham adiante, em que pese às pesquisas ensaiarem, ainda, as iniciantes marchas. Isso torna auspiciosa a expectativa da ciência contemporânea. Contudo, o receio do desconhecido paira no imaginário de muitos.
Alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes. Isso não é verdade! Mister esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos,ao povo. A minha morte é minha. Eu tenho este direito. Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fê-lo porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas [inoportunas] para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação. Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido.
Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais receptores. "Para a maioria das pessoas, a questão da doação é tão remota e distante quanto à morte. Mas para quem está esperando um órgão para transplante, ela significa a única possibilidade de vida!"(2) Joanna de Angelis sabendo dessa importância ressalta "(...) Verdadeira bênção, o transplante de órgãos concede oportunidade de prosseguimento da existência física, na condição de moratória, através da qual o Espírito continua o périplo orgânico. Afinal, a vida no corpo é meio para a plenitude - que é a vida em si mesma, estuante e real"(3)
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios, é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante. Os Espíritos, segundo Chico Xavier, não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito.(4)
A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima. Divaldo Franco certifica: se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse patrimônio, oferecê-lo, graças às conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada.(5)
Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico. O doador de olhos não retornará cego ao Além. Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?(6)
Quando se pode precisar que uma pessoa esteja realmente morta? Conforme a American Society of Neuroradiology morte encefálica é o estado irreversível de cessação de todo o encéfalo e funções neurais, resultante de edema e maciça destruição dos tecidos encefálicos apesar da atividade cardiopulmonar poder ser mantida por avançados sistemas de suporte vital e mecanismo e ventilação".(7)
A grande celeuma do assunto é a morte encefálica, na vigência da qual, órgãos ou partes do corpo humano são removidos para utilização imediata em enfermos deles necessitados. Estar em morte encefálica é estar em uma condição de parada definitiva e irreversível do encéfalo, incompatível com a vida e da qual ninguém jamais se recupera.(8) Havendo morte cerebral, verificada por exames convencionais e também apoiada em recursos de moderna tecnologia, apenas aparelhos podem manter a vida vegetativa, por vezes por tempo indeterminado. É nesse estado que se verifica a possibilidade do doador de órgãos "morrer" e só então seus órgãos podem ser aproveitados - já que órgãos sem irrigação sanguínea não servem para transplantes. Seria a eutanásia? Evidentemente que caracterizar o fato como tal carece de argumentação científica (...) para condenarem o transplante de órgãos: a eutanásia de modo algum se encaixaria nesses casos de morte encefálica comprovada.(8)
A medicina, no mundo todo, tem como certeza que a morte encefálica, que inclui a morte do tronco cerebral (10), só terá constatação através de dois exames neurológicos, com intervalo de seis horas, e um complementar. Assim, quando for constatada cessação irreversível da função neural, esse paciente estará morto, para a unanimidade da literatura médica.
Questão que também amiudamente é levantada é a rejeição do organismo após a cirurgia. Chico Xavier nos vem ao auxílio, explicando: André Luiz considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do corpo espiritual está presente no receptor. O órgão perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir.(11) Especialistas, a partir de 1967, desenvolveram várias drogas imunossupressoras (ciclosporina, azatioprina e corticoides), para reduzir a possibilidade de rejeição, passando então os receptores de órgãos a terem uma maior sobrevida.(12) Estatisticamente, o que há é que a taxa de prolongamento de vida dos transplantes é extremamente elevada. Isso graças não só às técnicas médicas, sempre se aperfeiçoando, mas também pelos esquemas imunossupressores que se desenvolveram e se ampliaram consideravelmente, existindo atualmente esquemas que levam a zero por cento (0%) a rejeição celular aguda na fase inicial do transplante, que é quando ocorrem.(13)
André Luiz explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao ser implantada em outro organismo [por transplante, por exemplo], tenderá a adaptar-se ao novo comando [espiritual] que a revitalizará e a seguir coordenará sua trajetória.(14) Condição essa corroborada por Joanna de Angelis quando expõe: (...) transferido o órgão para outro corpo, automaticamente o perispírito do encarnado passa a influenciá-lo, moldando-o às suas necessidades, o que exigirá do paciente beneficiado a urgente transformação moral para melhor, a fim de que o seu mapa de provações seja também modificado pela sua renovação interior, gerando novas causas desencadeadoras para a felicidade que busca e talvez ainda não mereça.(15)
Os Espíritos afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo altamente especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses.(16)  Embora com a morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há casos em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. (17) Todavia, recordemos de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necropsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada: abre-se o cadáver, da região esternal até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras toracoabdominais. (18)  Não se pode perder de vista a questão do mérito individual. Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necropsia?! O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe!.(19)
Em síntese, a doação de órgãos para transplantes não afetará o espírito do doador, exceto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus, e se estarmos no Orbe; à deriva da Sua Vontade. Lembremos que nos Estatutos do Pai não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício do amor. 

BIBLIOGRAFIA:
1-    Mário Abbud Filho Ex-Presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São José do Rio Preto.Membro da American Society Transplant Physician. Membro da International Transplantation Society, disponível acesso em 12/04/2005
2-    In Doação de Órgãos e Transplantes de Wlademir Lisso / Cleusa M. Cardoso de Paiva, disponível acesso em 15/04/2004
3-      Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. Salvador/Ba: Ed. LEAL, 1999, Cf. Cap. Transplantes de Órgãos
4-      Publicada na Revista Espírita Allan Kardec, ano X, n°38
5-     Franco, Divaldo Pereira. Seara de Luz, Salvador: Editora LEAL [o livro apresenta uma série de entrevistas ocorridas com Divaldo entre 1971 e 1990.]-
6-      Simonetti, Richard. Quem tem medo da morte? - São Paulo /SP: Editora Lumini ,2001
7-      In: "Dos transplantes de Órgãos à Clonagem", de Rita Maria P.Santos, Ed. Forense, Rio/RJ, 2000, p. 41
8-      Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
9-      Idem
10-    O tronco cerebral, e não o coração, é reconhecido como o organizador e "comandante" de todos os processos vitais. Nele está alojada a capacidade neural para a respiração e batimentos cardíacos espontâneos; sem tronco ninguém respira por si só.
11-    Cf. Revista Espírita, Allan Kardec, ano X, n°38
12-    Folha de S.Paulo, A3, "Opinião", 15.Maio.2001
13-  Entrevista com o Prof. Dr. Flávio Jota de Paula Médico da Unidade de Transplante Renal do HC/FMUSP. 1º Secretário da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Diretor da I Mini Maratona de Transplantados de Órgãos do Brasil. Publicado em Prática Hospitalar ano IV n º 24 nov-dez/2002
14-    Xavier, Francisco Cândido. Evolução em dois Mundos - Ditado pelo Espírito André Luiz. 5ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Ed FEB, 1972, cap. "Células e Corpo Espiritual"
15-    Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joana de Angelis. Salvador: Ed. LEAL, 1999
16-    Kardec, Allan,. O Livros dos Espíritos, RJ: Ed FEB/2003, questão n° 155, Cap. XI.
17-    Kühl Eurípedes DOAÇÃO DE ÓRGÃOS TRANSPLANTES Entrevista Virtual disponível acesso em 24/04/2005
18- Cf. Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
19-    Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998