“Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana,
por amor do Senhor.”
1ª Pedro, 2:13
Certos temperamentos impulsivos, aproximando-se das lições do Cristo, presumem
no Evangelho um tratado de princípios destruidores da ordem existente no mundo.
Há quem figure no Mestre um anarquista vigoroso, inflamado de cóleras sublimes.
Jesus, porém, nunca será patrono da desordem. A novidade que transborda do Evangelho não aconselha
ao espírito mais humilhado da Terra a adoção de armas contra irmãos, mas, sim,
que se humilhe ainda mais, tomando a cruz, a exemplo do Salvador.
Claro está que a Boa Nova não ensina a genuflexão ante a tirania
insolente; entretanto, pede respeito às ordenações humanas, por amor ao Mestre
Divino.
Se o detentor da
autoridade exige mais do que lhe compete, transforma-se num déspota que o Senhor corrigirá, através das
circunstâncias que lhe expressam os desígnios, no momento oportuno. Essa
certeza é mais um fator de tranqüilidade para o servo cristão que, em hipótese
alguma, deve quebrar o ritmo da harmonia.
Não te faças, pois, indiferente às ordenações da máquina de trabalho em
que te encontras. É possível que, muita vez, não te correspondam aos desejos,
mas lembra-te de que Jesus é o Supremo Ordenador na Terra e não te situaria o esforço
pessoal onde o teu concurso fosse desnecessário.
Tens algo de sagrado a fazer
onde respiras no dia de hoje.
Com expressões de revolta, tua atividade será
negativa.
Recorda-te de semelhante verdade e submete-te às ordenações humanas por amor ao Senhor
Divino.
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