A afetividade é inerente ao desenvolvimento dos valores do Espírito na sua caminhada
milenar na aquisição da maturidade.
Quanto mais maduro espiritualmente, mais disposto ao
afeto encontra-se o ser.
Questões
como a educação na infância, com marcante influência dos pais e da sociedade
sobre o psiquismo da criança, influenciam fortemente a vida afetiva para toda a
existência, embora ainda aí não possamos escapar de reconhecer que a maturidade
espiritual é capaz de sobrepor-se a esses fatores, caso seja patrimônio
conquistado pelo Espírito.
Com a luz
da reencarnação fica mais nítida outra fonte de complexas causas para o “endurecimento”
do afeto, quando analisamos as vivências culposas, as mágoas cultivadas
longamente, a ausência de limites morais ao exercício do Amor e a rebeldia
sistemática aos alvitres do crescimento espiritual.
Conflitos
e frustrações, traumas e carências, culpas e ódios, indisciplina e revolta,
seja dessa ou de outras existências carnais, são os componentes principais de
quem não conseguiu estabilizar sua vida emocional e psíquica, sendo essas “feridas
do coração” que irão determinar inibições nas relações afetivas na futura experiência
corporal do Espírito, trazendo desde o berço as matrizes de paz ou
desequilíbrio, sossego ou inquietude, alegria ou distmia, que pedirão elevadas
quotas de atenção e cuidados.
A
cicatrização dessas “feridas do afeto”, que mais não são que o narcizismo
proveniente da imaturidade espiritual em crise de insegurança e auto-piedade,
desejando ser amada sem amar, requer o testemunho de aprender a amar a si mesmo
e ao próximo incondicionalmente. Somente a experiência terapêutica do Amor é
capaz de sanar semelhantes desequilíbrios emocionais, transformando situações
traumáticas e dolorosas em experiências enriquecedoras para a vida.
A “reconstrução do afeto”, portanto, é fator de reeducação do
coração que vai burilando e refazendo as vivências, dia após dia, através da
convivência na busca do elastecimento da sensibilidade.
[1] Livro: Laços de Afeto – psicografia de Wanderley S. de
Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux Edit. Ermance Dufaux, 1ª parte, Cap. 05. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados
e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos
estudos destes artigos.
Fonte da imagem: http://www.eismeaqui.com.br/informacao-biblica/crescimento/
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