Emmanuel
Recorda que, um dia, demandarás também o
país da morte.
Sentirás o frio do túmulo a
envolver-te o raciocínio, até que a luz te bafeje o espírito renovado.
Nem por isso, deixarás de ouvir as palavras que a boca
humana pronuncie em tua memória e, em plena transformação, receberás o impacto de todos os
pensamentos formulados na Terra a teu respeito.
Então, suspirarás pela benevolência
do próximo para que tuas boas intenções sejam tomadas em conta no julgamento de
teus dias.
Sofrerá em teu coração a crítica e malevolência, a mágoa
e a acusação com que te envolva o nome, tanto
quanto te regozijarás com as vibrações de carinho e com as preces de amor
endereçadas ao teu espírito.
Refletem nessa
lição do amanhã
inevitável fazendo-te, agora, mais humano e mais doce, em recordando os mortos
que são mais vivos que tu mesmo, na imortalidade renascente.
Ainda mesmo no comentário em torno daqueles que se
arrojaram às trevas, pensa nas boas
obras que terão inutilmente desejado praticar durante a permanência no corpo
e lembra-te das esperanças que teceram no mundo os primeiros sonhos.
Meditas nas lágrimas ocultas que
choraram sem consolo, nas aflições e remorsos que lhes vergastaram a
consciência, mas, não te confies à reprovação do ódio, destacando-lhes o lado
obscuro e amargo da vida.
Procura enxergar o bem que os outros ainda não perceberam.
Auxilia onde muitos desistiram do perdão, ampara onde tantos
desertaram da caridade e estarás acendendo piedosa luz para teus próprios pés à
maneira de lâmpada suave e amiga, com que te erguerás, desde hoje, muito acima
da sombra espessa e triste da morte
Boa alerta!! Auxilia enquanto é hoje, amanha e sempre.
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