Não admitimos que possam coexistir entre amigos sentimentos ambivalentes
como: admiração e inveja, estima e competição, afeição e orgulho.
O ilustre romano Cícero, em seus célebres ensaios literários sobre a
amizade, registrou a seguinte pergunta: “Haverá alguma coisa mais doce do que
teres alguém com quem possas falar de todas as tuas coisas, como se falasses
contigo mesmo?”
Realmente, não há pior solidão do que a do homem sem amigos. A falta de
amizade faz com que seu mundo de afetividade se transforme em um enorme “deserto
interior”.
Entre amigos não existe nenhum limite às confidências, pois a virtude
principal que os une é a sinceridade. Para que tenhamos maior compreensão sobre
a amizade, é necessário analisarmos as profundezas da intimidade humana.
“A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e
de ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra é o de
encontrar corações que com o seu simpatizem...” (45)
Portanto, a criatura não deve “endurecer o coração e fechá-lo à
sensibilidade”, se receber ingratidão de seus amigos. Isso seria um erro, “...
porquanto o homem de coração (...) se sente sempre feliz pelo bem que
faz. Sabe que, se esse bem for esquecido nesta vida, será lembrado em outra...”
De certo modo, temos por crença que amigos leais são somente os que
compartilham os mesmos gostos, tendências, entusiasmos e ideais; que devem
estar sempre à nossa disposição, concordar com tudo o que pensamos e de que
precisamos e que jamais devem ter sentimentos contraditórios.
Se realmente alimentarmos essa crença de que os amigos verdadeiros são
aqueles que se modelam ao nosso perfeito “idealismo mítico”, isto é,
relacionamentos estruturados em “castelos no ar”, poderemos estar vivendo,
fundamentalmente, sob uma consistência irreal a respeito de amizade.
O crescimento de nossas relações com os semelhantes depende da nossa
habilidade em não ultrapassar as possibilidades limitativas de cada um e de
obtermos uma compreensão das restrições da liberdade e disponibilidade dos
amigos, ficando quase sempre atentos às conexões que fazemos com nossos
devaneios emocionais.
De modo geral, não admitimos que possam coexistir entre amigos
sentimentos ambivalentes como: admiração e inveja estimam e competição, afeição
e orgulho. As emoções radicalmente diferentes, ou mesmo opostas, são inatas nas
criaturas humanas no estágio evolutivo em que se encontram.
Muitos tiveram uma educação fantasiosa do tipo “e viveram felizes para
sempre” e, quando se deparam com a realidade humana, ficam profundamente
chocados por constatar que possuem ambivalência de sentimentos,
identificando-os também, analogamente, nas figuras mais importantes de sua
vida.
Todo ser na Terra está aprendendo a usar coerentemente seus sentimentos
e emoções. Não podemos fugir dessa verdade. Nossa visão interior precisa
mover-se como um pêndulo, a fim de evitarmos unilateralidades que nos impedem
de ver o todo. Sabedoria traduz-se na capacidade de reconhecer, ou na
habilidade de ver a totalidade da vida em seu completo equilíbrio. Viver na polaridade
não nos deixa entender as diversidades de sentimentos e emoções que
vivenciamos.
Precisamos adquirir uma percepção intuitiva, para não analisarmos tudo
como sendo absoluto. Toda avaliação correta usa de critérios com certa
relatividade e prende-se às circunstâncias do momento e não, exclusivamente, aos
fatos em si.
Essa dualidade de opostos irreconciliáveis entre certo-errado nos
embrenha cada vez mais na polaridade, impedindo-nos de compreender que cada
parte contém o todo. Somos unos com a Vida.
Estamos ligados de forma integrante às pessoas e a todas as outras
formas de vida do Universo.
Exemplificando isso, Jesus Cristo realçou: “Em verdade vos digo que,
quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (46)
O que deve ter feito mais tarde com que Paulo de Tarso escrevesse aos
Coríntios: “Ora, pecando assim contra os irmãos e ferindo a sua fraca
consciência, pecais contra Cristo.” (47)
“O homem de coração, que se sente sempre feliz com o bem que faz”, sabe
que todas as experiências que vivenciamos uns com os outros são peças
importantes no processo de crescimento espiritual. Sabe que não basta
simplesmente ignorar as ingratidões alheias, ou não guardar eternos ressentimentos;
deve também avaliar e aprender com seu próprio sentimento de perda ou de abandono.
“O homem de coração” entende perfeitamente que, com as experiências que
mantém com os amigos atuais ou que manteve com os amigos que se foram, pode
oferecer importantes conexões para ampliar os horizontes do autoconhecimento. A
partir daí, tem condições de discernir a variedade de categorias de amigos.
Há amigos de “atividades habituais”: possuem uma convivência restrita,
reúnem-se somente para cultos religiosos, em dias de lazer e de esportes, nas
horas de trabalho, ou em cursos ou eventos diversos. Outros existem,
qualificados como amigos, por “vantagens recíprocas”. São unidos pelas
profissões que exercem, promovem sociedades de interesse comum e com metas especiais,
desempenhando papéis e ofícios especializados juntos; mas não juntos
interiormente.
Os denominados amigos de “décadas diferentes” são todos aqueles ligados
por enormes afinidades das vidas passadas, que nem mesmo a grande diferença de
idade consegue separá-los da convivência diária. Adquirem uma intimidade
carinhosa e verdadeira, que enseja a permuta de experiências, de vigor e de
ânimo. Outra categoria a ser considerada é a dos chamados amigos “itinerantes”
ou “transitórios”. Cruzam nossas vidas durante determinada etapa. Compartilham nossa
amizade em épocas cruciais; outras vezes, em busca de aprendizagem, passam por
nós nas encruzilhadas do caminho terreno, para depois se desligarem, porque se
desvaneceram os elos comuns que os mantinham conosco. No decorrer do tempo,
cada um deles segue o caminho que traçou rumo ao próprio destino.
Os reconhecidos, porém, como amigos “íntimos” ou “permanentes” são
aqueles que possuem afeto mútuo e o conservam indefinidamente. A intimidade
entre eles faz com que tenham um crescente amadurecimento espiritual. Alargam
seu mundo interior à medida que aumentam a capacidade de compreender as
similaridades e as diferenças entre si mesmos.
Em verdade, para se possuir real intimidade e adquirir plena confiança
entre amigos é necessário nunca esconder o que há de desagradável em nós; em
outras palavras, é preciso revelar nossa falibilidade. Querer demonstrar
caráter impecável e isenção de dúvidas é característica de indivíduos incapazes
de perdoar e inábeis para manter relações duradouras e afetividade verdadeira.
Em síntese, a perda de amigos representa momentos difíceis e dolorosos.
As dores da alma em relação às amizades não são propriamente dificuldades desta
época; já era no passado distante motivo de admoestações e de conselhos. No
Livro do Eclesiástico, encontramos registrada a seguinte orientação: “Não
abandones um velho amigo, visto que o novo não é igual a ele. Vinho novo, amigo
novo; deixa-o envelhecer, e o beberás com prazer.” (48)
X.X.X
São
compreensíveis as lamentações e os pesares, o pranto e os suspiros, pois o ser
humano passa por processos psicológicos de adaptação e de reajuste às perdas da
vida.
“Preciso
é que tudo se destrua para renascer e se regenerar: Porque, o que chamais destruição
não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos
seres vivos.” (49)
Nascer e
morrer fazem parte de um fenômeno comum e necessário. Tudo nasce, tudo se desenvolve,
mas tudo se definha. Sempre há um tempo de partir.
A morte
na Terra é o término de uma existência física, é a passagem do ser infinito
para uma nova forma existencial. Ela é um interlúdio, ou seja, um intervalo
entre as diversas transformações da vida, a fim de que a renovação e a
aprendizagem se estabeleçam nas almas, ao longo da eternidade.
Morrer
não é uma perda fatal, não é um mal, é um essencial processo de harmonização da
Natureza. Durante quanto tempo lamentaremos o passamento de um ser amado?
Dependerá de como estamos preparados para isso, de que modo ocorreu a morte, de
como era a nossa história pessoal com ele. No entanto, a perda de um ente
querido é universalmente causa de tristezas e de lágrimas, em qualquer rincão
do Planeta, mas a forma como demonstramos esses nossos sentimentos e emoções
estão intimamente moldados ao nosso grau evolutivo. o conjunto de conhecimentos
adquiridos, ou seja, o acervo cultural, espiritual e intelectual que possuímos,
é de fundamental importância em nossa maneira de expressar essa perda.
Por isso,
devemos entender e respeitar as múltiplas reações emocionais manifestadas no luto,
pois acontecem de conformidade com as estruturas psicossociais que caracterizam
cada indivíduo, levando sempre em conta suas diferentes nacionalidades, crenças
e costumes peculiares.
A dor da
perda, contudo, está radicada na incompreensão a seu respeito ou na apreensão
que a precede e a acompanha. Eliminando-se esses fatores, os indivíduos verão a
morte como um momento de renovação inerente à Natureza. Inquestionavelmente, é
um período que antecede o reencontro dos atuais e dos antigos amores.
São
compreensíveis as lamentações e os pesares, o pranto e os suspiros, pois o ser
humano passa por processos psicológicos de adaptação e de reajuste às perdas da
vida. Os pesares e os murmúrios fazem parte da sequencia de fatos interiores,
que são provimentos mentais gradativos e difíceis, através dos quais as
criaturas passam a aceitar lentamente as ausências — mesmo convictas de sua
temporalidade — das pessoas que partiram.
Uma das
mais importantes funções da tristeza é a de propiciar um ajustamento íntimo,
para que a criatura replaneje ou recomece urna nova etapa vivencial. É
importante identificarmos nossa tristeza e sua função de momento; jamais
devemos, no entanto, identificar-nos com ela em si.
“Não, não
é verdade! Não pode estar acontecendo!”, “Isso deve ser um horrível pesadelo que
vai acabar!” são expressões comumente usadas como negação. São reações
costumeiras diante de perdas desesperadoras. A recusa em admitir os fatos e as
circunstâncias que os determinaram é uma forma de defesa habitual nas situações
devastadoras com nossos entes queridos. É necessária a bênção do tempo para que
a alma elabore novamente um ajustamento mental e reúna forças para compreender
a privação e a real extensão promovida pela dor.
Alguns
choram em voz alta; outros, porem, ficam sentados em silêncio. O isolamento transitório
pode ser considerado também como urna outra forma psicológica de defesa para
suportar esses transes dolorosos. A atenção destes se fixa unicamente no
falecimento da pessoa querida, não se permitindo fazer contato com outras
pessoas, a fim de que o sentimento de tristeza não aperte ainda mais seu
coração, ou para evitar sejam evocadas com maior intensidade as lembranças queridas.
Dessa forma, a criatura abranda o impacto da perda, fazendo um retraimento introspectivo.
“O Senhor
deu, o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” (50) Com toda a certeza, essa mensagem do Antigo Testamento incita-nos a uma
aceitação incondicional dos desígnios da Assistência Divina.
O Criador
da Vida fez com que a Natureza se mantivesse num eterno reciclar de experiências
e energias, numa constante mudança de formas e ritmos, em nossa viagem
maravilhosa de conhecimentos através da imortalidade.
Quando
nossa visão se liga em nossa pura essência, vamos além de todas as coisas diminutas
e insignificantes, fazendo com que nosso discernimento se amplie numa imensa
lucidez diante de nossa jornada evolutiva.
Não
existe perda, não existe morte, assim garantiram os Espíritos Amigos a Kardec: “...O
que chamais destruição não passa de uma transformação...”
X.X.X
Quase nada sabemos em matéria de velhice e, por isso, inconscientemente,
ajudamos os anciãos a se precipitarem, de forma prematura, no abismo da doença
e da morte.
Estudando as atitudes comportamentais dos idosos na Tem, observamos que,
apesar de o corpo físico estar passando pelos fenômenos responsáveis pelo
envelhecimento, o centro da personalidade permanece inalterado. Continuam
presentes as características particulares e as tendências naturais dos
indivíduos durante a velhice orgânica. Concluímos que a pessoa continua conduzindo-se
com o mesmo jeito de ser e atuando com sua própria coletânea de gostos e habilidades
inatas. Observamos que, mesmo acumulando diversas experiências e aprendizagem
na caminhada terrena e efetuando expressivas mudanças de comportamento, os
idosos continuam procedendo de acordo com tudo aquilo que sempre foram.
Dessa forma, entendemos que, apesar do crescimento espiritual que
desenvolvem durante toda uma existência na matéria densa, renovando suas
atitudes e defrontando com um extenso campo de transformações biológicas e
sociais na idade avançada, guardam sua própria individualidade. O Criador não
dá cópias. Cada um de nós é um projeto da Natureza, nascido de Deus, com
expressões singulares e especiais. Todos temos em comum o fato de pertencermos
à mesma espécie, quer dizer, somos da mesma natureza, somos semelhantes, mas
não iguais.
Há os que dizem que a velhice é somente perda, isolando os velhos de sua
convivência, sem se darem conta de que obedecem, obrigatoriamente, ao comando
de um impulso de medo, pois os idosos representam para eles um espelho em que
enxergam, hoje, a realidade que os espera no futuro.
“...Deus fez do amor filial e do amor paterno um
sentimento natural. Foi para que, por essa afeição recíproca, os membros de uma
família se sentissem impelidos a ajudarem-se mutuamente, o que, aliás, com
muita frequência se esquece na vossa sociedade atual.” (51)
O esquecimento e o desprezo a que relegamos os velhos, a atitude nociva
de considerá-los vivendo “a segunda infância”, de condená-los à monotonia
denominando-os de “desatualizados”, é porque não sabemos lidar com a questão do
homem idoso. Em verdade, quase nada sabemos em matéria de velhice e, por isso,
inconscientemente, ajudamos os anciãos a se precipitarem, de forma prematura,
no abismo da doença e da morte.
Não olvidemos, porém, que, a cada dia que passa, todos nós estamos
envelhecendo. Os processos orgânicos degenerativos são paulatinos e
gradativamente notados. Isso levou a inesquecível escritora francesa do século
XVII Marie de Rabutin-Chantal, marquesa de Sévigné, a escrever a um parente que
se encontrava preocupado pór ter-se tomado avô: “A rampa, de tão suave, é quase
imperceptível. É como o ponteiro do relógio, que quase não se vê mover”. O
poder da Natureza não está em nossas mãos, e a velhice é uma vereda obrigatória
para todos.
Outra problemática a ser considerada na velhice é o apego às tradições
ou o preconceito contra as novidades, que, em verdade, não são atuais. Sempre
se repudiaram as novas ideias e os novos hábitos, pois, quase sempre, as
mudanças levam a certa insegurança psicológica, havendo pessoas que sentem
verdadeiro horror diante de novos costumes e conceitos.
Não só na terceira idade, mas em todas as etapas da vida, deve-se fugir
dos hábitos, opiniões e ideias conservadoras, porquanto não se pode adotar nada
em caráter definitivo. Em se tratando de regras socialmente estabelecidas, vale
lembrar esta excelente afirmação: “O mais eficaz dos hábitos é o hábito de
saber quando se deve mudar de hábito.”
A história de vida de cada criatura é importante para determinar sua
capacidade de mudar e de crescer durante a idade avançada. No entanto, na arte
de bem envelhecer, podemos dar origem a novas forças e novas aptidões que não
puderam ser desenvolvidas anteriormente nas outras fases da vida.
Para o ser humano que vive o entardecer da jornada na Terra, pode surgir
a tão almejada estabilidade emocional, decorrente de maior liberdade interior,
novas perspectivas e uma visão translúcida da vida. Será ainda possível que ele
atinja maior autocompreensão, maior respeito às decisões alheias e maior
honestidade consigo mesmo. Podemos nomear tudo isso como sendo a colheita
benéfica dos “frutos do outono”.
Sabe-se que o ser existencial nunca é um produto acabado; ele se apura,
esmera-se e reassume, modificando-se continuamente. O desenvolvimento
evolucional é permanente, mas não instantâneo.
No curso da vida de cada indivíduo, surgem novas e inesperadas tarefas,
fazendo com que se desembaracem as antigas fibras e se possa acompanhar o fluxo
de uma nova textura de experiências inéditas.
O envelhecimento não é uma perda para aqueles que mantêm uma vida
extremamente ativa, para os que continuam combatendo o confinamento de seu
mundo íntimo. Não confundamos, no entanto, idosos que se confinam interiormente
— por abstração e alheamento dos acontecimentos habituais — com aqueles que
fazem o exercício da introspecção e da contemplação, técnicas altamente
positivas. Está provado que atividade e longevidade guardam uma íntima relação
com ação e reação. Deixar inertes as forças físicas e mentais faz com que elas
se degenerem, visto que a ação laboriosa protege-nos de grandes males, como o
tédio e a solidão.
Na Natureza nunca há perda. Quando finda uma etapa de nossa existência,
outra vem ocupar a lacuna deixada, porque nossas vidas sucessivas estão
entregues ao Poder Perfeito do Universo, que tudo cuida e desenvolve. O
calendário na Terra pode estar passando; entretanto, temos agora o momento
perfeito e a idade precisa que nos possibilitam discernir que devemos dar à
vida seu alto e justo valor, seja qual for a faixa etária que estivermos
atravessando.
Referencias:
45 LE - 938
– As decepções oriundas da ingratidão não serão de molde a endurecer o
coração e a fechá-lo à sensibilidade?
“Fora um erro, porquanto o homem de coração como diz, se sente sempre
feliz pelo bem que faz. Sabe que, se esse bem for esquecido nesta vida, será
lembrado em outra e que o ingrato se envergonhará e terá remorsos da sua ingratidão.”
Nota da 938-a – A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado. Um dos
maiores gozos que lhes são concedidos na Terra é o de encontrar corações que
com o seu simpatizem. Dá-lhe ela, assim, as primícias da felicidade que o
aguarda no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benignidade. Desse
gozo está excluído o egoísta.
46 Mateus 25:40.
47 Coríntios 8:12.
48 Eclesiástico 9:1.
49 – LE - 728 – É lei da Natureza a destruição?
“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o
que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a
renovação e melhoria dos seres vivos.”
50 Jó 1:21
51 LE - 681 – A
lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalharem para seus pais?
“Certamente, do mesmo modo que os pais têm que trabalhar para seus
filhos. Foi por isso que Deus fez do amor filial e do amor paterno um
sentimento natural. Foi para que, por essa afeição recíproca, os membros de uma
família se sentissem impelidos a ajudarem-se mutuamente, o que, aliás, com
muita frequência se esquece na vossa sociedade atual.”
Referencias:
45 LE - 938
– As decepções oriundas da ingratidão não serão de molde a endurecer o
coração e a fechá-lo à sensibilidade?
“Fora um erro, porquanto o homem de coração como diz, se sente sempre
feliz pelo bem que faz. Sabe que, se esse bem for esquecido nesta vida, será
lembrado em outra e que o ingrato se envergonhará e terá remorsos da sua ingratidão.”
Nota da 938-a – A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado. Um dos
maiores gozos que lhes são concedidos na Terra é o de encontrar corações que
com o seu simpatizem. Dá-lhe ela, assim, as primícias da felicidade que o
aguarda no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benignidade. Desse
gozo está excluído o egoísta.
46 Mateus 25:40.
47 Coríntios 8:12.
48 Eclesiástico 9:1.
49 – LE - 728 – É lei da Natureza a destruição?
“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o
que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a
renovação e melhoria dos seres vivos.”
50 Jó 1:21
51 LE - 681 – A
lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalharem para seus pais?
“Certamente, do mesmo modo que os pais têm que trabalhar para seus
filhos. Foi por isso que Deus fez do amor filial e do amor paterno um
sentimento natural. Foi para que, por essa afeição recíproca, os membros de uma
família se sentissem impelidos a ajudarem-se mutuamente, o que, aliás, com
muita frequência se esquece na vossa sociedade atual.”
Vida, eu só sei que deve ser vivida,vienhemos para viver, eque saibamos viver, com as alegrias, as tristezas, mas nunca devemos esquecer que temos um ser supremo que nos guia e nos ama.
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