segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

A HISTÓRIA DA GRANDE CORRIDA PELA VIDA


A HISTÓRIA DA 
GRANDE CORRIDA PELA VIDA[1]
(Augusto Cury - Treinando a emoção para ser feliz)

Um dia você foi qualificado para entrar na maior corrida de todos os tempos. Eram milhões de concorrentes. Pense nesse número.
Quase todos tinham o mesmo potencial para vencer e só um venceria. Você era mais um deles.
Analisem quais seriam as suas chances. Zero vírgula zero, zero, zero alguma coisa. Suas chances eram quase inexistentes. Você nunca foi tão próximo do zero.
Você tinha tudo para ser um derrotado. Nunca o fracasso bateu tão perto de suas portas. Porém não podia perder essa corrida, caso contrário, perderia o maior prêmio da história, a vida. Nesse caso, outra pessoa estaria sentada em sua cadeira lendo este livro; outro ser estaria ocupando seu lugar no palco da existência.
Que corrida é esta?
A corrida pela vida. Eram milhões de espermatozóides para fecundar apenas um óvulo e ter o direito de formar uma vida.
E você estava lá como o mais teimoso ser da história acreditando que poderia vencer. Você nunca foi tão sonhador! Hoje você, talvez, sonhe pouco. Naquela época você sonhava sonhos quase impossíveis.
Se outro espermatozóide tivesse fecundado o óvulo, outra pessoa, e não você teria sido formada. Você estaria banido para sempre das páginas da vida. Não teria olhos para ver o sol e nem emoção para ter amigos.
Naquela época você era pequeníssimo: milhares de vezes, menor que um grão de areia. Era pequeno e incompleto, mas sua capacidade de luta pela vida era espantosa. Seu programa genético determinou que você não pudesse morrer que precisaria fecundar o óvulo no útero da sua mãe. Só assim seria um ser completo. Ansioso, você partiu para o alvo.
Era o maior concurso da história, a mais árdua corrida; disputada por, um ser vivo. Era incomparavelmente mais difícil do que superar hoje um câncer, um enfarto, uma crise familiar ou uma crise financeira. Não se desespere ante as crises atuais.
Conquistar o Oscar de melhor ator, ganhar um prêmio Nobel ou conquistar o topo da carreira de qualquer empresa mundial é uma tarefa facílima se comparada ao concurso de que você participou na aurora da sua vida. Por isso, se você se sente inferior porque não conquistou nada de grandioso, saiba que você é o mais injusto dos homens. Injusto, consigo mesmo, pois você venceu o maior e mais difícil concurso da história e não o valoriza. Jamais se sinta inferior e menos capaz do que qualquer ser humano.
Se você tem dinheiro ou está falido, se é um intelectual ou um iletrado, se é uma pessoa famosa ou vive no anonimato, tudo isso é pequeno em relação ao espetáculo da vida que você conquistou. Sinta a vida pulsando em bilhões de células do seu corpo e vibrando no cerne de sua alma. Na lógica da vida, dividir é aumentar. Dividir as células aumenta a vida. Dividir a emoção multiplica a felicidade. Na lógica financeira, dividir é diminuir. Siga sempre a lógica da vida, ela é mais rica do que a lógica da matemática. Você fecundou o óvulo, dividiu-se milhões de vezes e se tornou um ser inteligente.
Muitos não participariam de um concurso com milhões de concorrentes por medo de ser derrotados. Sabe o que você pensou na grande corrida da vida? 
Nada! Você ainda não pensava. 
Se pensasse, talvez tivesse desistido. O passo mais importante da vida foi dado na ausência das idéias. O Criador, Deus, colocou-o nesta grande corrida. E você agradeceu profundamente a oportunidade que Ele lhe deu, ainda que não tivesse consciência desse agradecimento.
Agradeceu como?
Correndo, nadando, movendo-se e lutando pelo direito de viver. Você lhe agradeceu não "olhando" para trás, não ficando inerte diante dos problemas, não reclamando dos obstáculos. Hoje você pode ter se tornado um especialista em reclamar, naquela época você era um especialista em viver.
Toda vez que pensamos num obstáculo e o consideramos intransponível, ele nos paralisa. Ficamos engessados pelo medo. Pensar com lucidez é necessário, mas pensar excessivamente nas dificuldades que atravessamos trava a inteligência e rouba a esperança.
Muitos cientistas atormentam-se por não controlar minimamente o mundo das idéias. Muitos executivos mutilam-se por pensar demais. Muitos jovens têm baixa concentração e são irritadiços porque não descansam suas mentes.
Precisamos aprender a pensar com qualidade. Os que agem sem pensar tumultuam o ambiente, os que pensam excessivamente desgastam-se muito e, algumas vezes, caem nas raias da omissão. Pensar e agir devem rimar na mesma poesia. Ninguém pode acalmar as águas da emoção se não aprender a controlar a agitação dos seus pensamentos. Ser feliz pode ter se tornado hoje uma miragem para você. Sua vida talvez tenha se transformado num canteiro de stress. Talvez você não saiba mais o que é ser espontâneo; livre e solto. Talvez você tenha desaprendido a ser alegre e simples e nem saiba mais fazer coisas fora de sua agenda, ainda que seja um jovem.
Talvez você pense muito e sinta pouco, precise de grandes estímulos para se emocionar. Mas você pode reverter esse quadro. Lembre-se de que, sob a observação soberana do Autor da existência, você venceu todas as barreiras que o impediam de viver. Agora é hora de você aprender a navegar nas águas da emoção.





[1] https://divagacoesligeiras.blogs.sapo.pt/a-historia-da-grande-corrida-pela-vida-451304. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: https://divagacoesligeiras.blogs.sapo.pt/a-historia-da-grande-corrida-pela-vida-451304

LUZ SUBLIME


LUZ SUBLIME[1]
Auta de Souza

Guarda contigo a fé por luz sublime,
constantemente acesa trilha afora,
que nada te detenha ou desanime,
no esforço de servir que te aprimora.

O sofrimento é benção que redime,
Valoroso cinzel ferindo embora,
E fardo que sustentas, se te oprime,
É o generoso apoio que te escora.

Recorda o Mestre Amado e continua
Plantando amor na gleba triste e nua,
Dos corações crivados de amargores...

E encontrarás ao termo dos teus passos
O Cristo que, a sorrir, te estende os braços,
Do seu Reino de excelsos resplendores!


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: https://srggomes.wordpress.com/mensagens-e-poemas-espiritas/luz-sublime/

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

SEGURANÇA


SEGURANÇA[1]

Insegurança é o estado mental de que se lastimam enfermos inúmeros nos consultórios médicos e de que se queixam legiões de criaturas que se confessam angustiadas ante os problemas da vida.
* * *
A pessoa aspira a possuir determinado sítio; a obter determinado emprego; a conquistar eficiência e êxito na realização de determinado negócio; na essência, entretanto, a criatura não deseja unicamente uma casa e sim um lar onde possa exprimir livremente as suas próprias decisões; não anela simplesmente um encargo material, mas o ensejo de mostrar-se tal qual é, de maneira a fazer o melhor que pode; não intenta, de modo exclusivo, o domínio da posse financeira, mas anseia adquirir a certeza de que vive indene do assédio de empeços e dificuldades materiais.
* * *
Urge reconhecer, portanto, que todas as aquisições, na origem, procedem dos Poderes Superiores, em cuja atuação, personalizamos a Providencia Divina.
* * *
A segurança decorre do mecanismo intangível das circunstâncias, de vez que, oferecendo aos outros o melhor de nós próprios, receberemos dos outros o melhor de que sejam capazes.
* * *
Meditando nisso, consagremo-nos ao bem geral e mais ampla soma de bem surgir-nos-á no amparo das possibilidades imediatas.
* * *
Seve a alguém e esse alguém, com todos os recursos que lhe assessorem a existência, estará induzido a servir-te.
* * *
Doemos com espontaneidade algo de nós e, automaticamente, receberemos de tudo aquilo que houvermos dado.
* * *
Age, em favor dessa ou daquela causa, e essa mesma causa, pelas forças que a representam, agirá em teu próprio favor,
* * *
Abstenhamo-nos de qualquer incerteza, quanto ao amanhã que venha longe ou perto.
* * *
Toda segurança procede unicamente de Deus.
* * *
Daí, a oportunidade de recordarmos a palavra do Divino Mestre, na advertência inesquecível: “Buscai, primeiramente, o Reino de Deus e tudo o mais ser-vos-á acrescentado.


[1] Livro: Rumo Certo – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap.12 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: https://blog.proprietariodireto.com.br/dicas-de-seguranca-para-casas/

domingo, 30 de dezembro de 2018

NO MUNDO


NO MUNDO[1]
Andre Luiz

Se te devotas ao Evangelho de Jesus, não te esqueças, de que a treva pede luz, de que o mal pede o bem, de que a dor pede consolo, de que a chaga pede alívio, de que o pântano pede socorro, de que o incêndio pede água, de que a ignorância pede ensino, de que a maldade pede bons exemplos, de que o ódio pede amor, de que a maldição pede bênçãos, de que a penúria pede assistência e compreensão.
Não olvides, se procuras o Mestre, que Jesus foi claridade para cegos, limpeza para os hansenianos, movimento para os inertes e entendimento para os loucos.
E se desejas unir-te ao Senhor, serve incessantemente ao mundo, porque o mundo é a bendita escola onde trabalharemos, dia a dia, a obra-prima de nossa veste nupcial para comparecermos, um dia, renovados e felizes, ao banquete da alegria imortal.


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: http://planeta-terra.info/

A PERGUNTA DO GUIA


 A PERGUNTA DO GUIA[1]
Irmão José

D. Maria Rita era médium de incorporação.
Embora os achaques constantes, era devotada ao serviço.
Trabalhava com afinco, organizando a sopa que o Centro Espírita oferecia aos mais carentes.
Confeccionava enxovais para os recém-nascidos.
Aplicava passes aos enfermos.
Orientava os jovens.
No entanto, estava sempre atormentada por muitas dores. Distúrbios estomacais, cefaleias, reumatismo...
Um dia, logo após deitar-se, saiu de forma consciente do corpo, encontrando-se com Logogrifo, o vigilante guia espiritual que lhe orientava as atividades da terra.
Bondoso amigo – principiou por dizer a serva do bem – Tenho feito o que posso...
Luto comigo mesma para perseverar na tarefa, mas o meu fardo pesa muito...
Peço-lhe que interceda por minha saúde, pois estou cansada de médicos e remédios...
E meio sem jeito, arrematou: Será que já não tenho merecimento suficiente para me livrar de vez dos males que me atormentam?!
Fitando-a, sorridente e afável, o protetor simplesmente indaga:
Minha irmã, e se você se liberasse dessas pequeninas indisposições orgânicas que a mantêm vinculada à fé, distanciando-se do caminho em que vem cumprindo com fidelidade os deveres que competem?!
D. Maria Rita nada respondeu, contudo dali para frente, o seu semblante, antes carregado e taciturno, iluminou-se de uma nova alegria.


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sábado, 29 de dezembro de 2018

MÁ VONTADE


MÁ VONTADE[1]


“Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas.”
Paulo
Efésios, 5:11

Má vontade gera sombra.
A sombra favorece a estagnação.
A estagnação conserva o mal.
O mal entroniza a ociosidade.
A ociosidade cria a discórdia.
A discórdia desperta o orgulho.
O orgulho acorda a vaidade.
A vaidade atiça a paixão inferior.
A paixão inferior provoca a indisciplina.
A indisciplina mantém a dureza de coração.
A dureza de coração impõe a cegueira espiritual.
A cegueira espiritual conduz ao abismo.
Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má vontade; pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 66 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  http://www.otaviosaleitao.com.br/noticias/pesquisa-ibope-mostrou-uma-ma-vontade-generalizada-confira

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

FERMENTO VELHO


FERMENTO VELHO[1]

"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que seja uma nova massa."
Paulo
I Coríntios 5:7

Existem velhas fermentações de natureza mental, que representam tóxicos perigosos ao equilíbrio da alma.
Muito comum observarmos companheiros ansiosos por íntima identificação com o pretérito, na teia de passadas reencarnações.
Acontece, porém, que a maioria dos encarnados na Terra não possui uma vida pregressa respeitável e digna, em que possam recolher sementes de exemplificação cristã.
Quase todos nos embebedávamos com o licor mentiroso da vaidade, em administrando os patrimônios do mundo, quando não nos embriagávamos com o vinho destruidor do crime, se chamados a obedecer nas obras do Senhor.
Quem possua forças e luzes para conhecer experiências fracassadas, compreendendo a própria inferioridade, talvez aproveite algo de útil, relendo páginas vivas que se foram. Os aprendizes desse jaez, contudo, são ainda raros, nos trabalhos de recapitulação na carne, junto da qual a Compaixão Divina concede ao servo falido a bênção do esquecimento para a valorização das novas iniciativas.
Não guardes, portanto, o fermento velho no coração.
Cada dia nos conclama à vida mais nobre e mais alta.
Reformemo-nos, à claridade do Infinito Bem, a fim de que sejamos nova massa espiritual nas mãos de Nosso Senhor Jesus.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 64, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem: https://estudosbiblicos.gospelprime.com.br/vai-um-fermento-ai/

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

AMOR A SI MESMO


AMOR A SI MESMO[1]

Jesus viveu o amor a si mesmo, à medida que se entregava ao próximo, a Humanidade.

O amor que se deve oferecer ao próximo é consequência natural do amor que se reserva a si mesmo, sem cuja presença muito difícil será a realização plena do objetivo da afetividade.
Somente quando a pessoa se ama é que pode ampliar o sentimento nobre, distribuindo-o com aquelas que a cercam, bem como o estendendo aos demais seres vivos e à mãe Natureza.
O amor a si mesmo deve ser desenvolvido através da meditação e da autoanálise, porque, ínsito no ser, necessita de estímulos para desdobrar-se, enriquecendo a vida.
Esse autoamor é constituído pelo respeito que cada qual se deve ofertar, trabalhando em favor dos valores éticos que lhe jazem latentes e merecem ser ampliados, de forma que se transformem em luzes libertadoras da ignorância e em paz de espírito que impregne as outras vidas.
Sem esse amor a si mesmo, a pessoa não dispõe de recursos para encorajar o seu próximo no empreendimento da autovalorização e do auto crescimento, detendo-se nas sensações mais grosseiras do imediatismo, longe dos estímulos dignificantes e libertadores.
O amor a si mesmo dá dimensão emocional sobre a responsabilidade que se deve manter pela existência e sobre o esforço para dignificá-la a cada instante, aprofundando conhecimentos e sublimando emoções, direcionadas sempre para as mais elevadas faixas da Espiritualidade.
Dessa forma, é fácil preservar-se as conquistas interiores e desenvolvê-las mediante a aplicação dos códigos da fraternidade e da compaixão, da caridade e do perdão.
A consciência de si mesmo, inspirada pelo autoamor torna-se lúcida quanto aos enganos cometidos, ensejando-se oportunidade de reparação, ao tempo em que faculta ao próximo a compreensão das suas dificuldades na busca da felicidade.
Compreendendo a finalidade da existência terrena, a pessoa desperta para o amor a si mesma, trabalha sem desespero, confia sem inquietação, serve sem humilhação, produz sem servilismo e avança sem tensões perturbadoras no rumo dos objetivos essenciais da vida.
O amor a si mesmo contribui para a valorização das conquistas logradas e torna-se estímulo para novos tentames com vistas à realização de uma existência plena.
Ninguém, que se disponha a amar sem resolver as inquietações internas, que lhe produzem desamor, que conspiram contra a autoestima, conseguirá o desiderato.
Invariavelmente a falta do amor a si mesmo decorre de conflitos que remanescem da infância mal amada, de frustrações acumuladas e de projetos que não se consumaram conforme foram anelados, dando surgimento aos complexos de inferioridade, a insegurança e a fugas psicológicas.
Muitas vezes, a pessoa que se não ama, encontra motivos frívolos para justificar o sentimento de vazio existencial, transferindo para o próximo àquilo que gostaria de desfrutar ou de possuir.
São detalhes físicos, que parecem retirar o conforto e a satisfação pessoal, na aparência ou na constituição, dificuldades de inteligência, posição social, problemas na saúde que, sem dúvida, não merecem maior consideração, e deverão ser enfrentados de maneira positiva, diferente, proporcionando estímulos para novos enfrentamentos, vitória a vitória.
Durante muito tempo, a pessoa coleciona o azinhavre da insatisfação consigo mesma, atribuindo-se fracassos que, em realidade, jamais ocorreram, infelicidades que não têm justificação, quando fazem comparações com outras pessoas que acredita; ditosas e sem problemas.
Em uma atitude conflitiva, tenta amar-se, em luta feroz por acumular dinheiro, conseguir destaque na sociedade, tornar-se importante, invejada... Entrega-se ao trabalho exaustivo, inconscientemente para fugir à sua realidade, ou supondo-se insubstituível no desempenho da tarefa ou realização a que se entrega.
Ao começar a amar-se, descobrem que são as pequenas coisas, aquelas aparentemente sem grande importância, que constituem significados alentadores.
Momentos de solidão para autoanálise e reflexão, instantes de prece silenciosa, refazimento através da música, de caminhadas tranquilas, de carícias a crianças ou animais, de cuidados com plantas, flores e adornos vivos, sentindo a vida fluir de todo lado.
Em outras ocasiões, conversações edificantes, destituídas de objetivos imediatistas, cuidados com a alma, preservando-lhe a lucidez em relação aos deveres e aos compromissos que lhe dizem respeito.
A seguir, torna-se necessária uma avaliação daquilo que é útil em relação ao que é secundário e a que se atribui significado exagerado.
O amor a si mesmo desempenha uma ação auto terapêutica, porque liberta dos conflitos de autopunição, de autocensura e de autocompaixão.
A compreensão dos próprios limites e possibilidades enseja um sentimento de alegria pelo já conseguido e de encorajamento em relação ao que ainda pode ser alcançado.
No cultivo desse propósito, o egoísmo não consegue alojamento, porque não há a ambição de posse ou de domínio, de superioridade ou de vitória, senão sobre as próprias paixões perturbadoras.
Jesus viveu o amor a si mesmo, à medida que se entregava ao próximo, à Humanidade.
Nunca se permitiu descurar da tarefa para a qual veio ao mundo.
Jamais se facultou transferir o culto do dever, mesmo quando perseguido, caluniado, vigiado pelos adversários gratuitos.
Não se facultou a tristeza ou a depressão, embora não faltassem motivos e circunstâncias para conduzi-lo ao desânimo.
Impertérrito manteve-se afável com os enfermos e cansativos companheiros de ministério, dócil ante as misérias morais dos doentes da alma compadecidos da ignorância que vigia em toda parte, confiante em Deus em todos os instantes, até mesmo no Calvário...
...E por conhecer a grandeza de que era constituído não falhou, não temeu, não deixou de amar, embora desamado, injuriado e aparentemente vencido, terminando por vencer todas as injunções perversas e seus sequazes.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte da imagem:  https://amigosterapeutas.wordpress.com/2016/08/09/perdoar-a-si-mesmo/

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

PODERES OCULTOS


PODERES OCULTOS[1]


“E onde quer que ele entre; fosse nas cidades, nas aldeias ou nos campos, depunham os enfermos nas praças e lhe rogavam que os deixasse tocar ao menos na orla de seu vestido; e todos os que nele tocavam, saravam.”
Marcos, 6:56

Não raro, surgem nas fileiras espiritualistas estudiosos afoitos a procurarem, de qualquer modo, a aquisição de poderes ocultos que lhes confira posição de evidência. Comumente, em tais circunstâncias, enchem-se das afirmativas de grande alcance.
O anseio de melhorar-se, o desejo de equilíbrio, a intenção de manter a paz, constituem belos propósitos; no entanto, é recomendável que o aprendiz não se entregue a preocupações de notoriedade, devendo palmilhar o terreno dessas cogitações com a cautela possível.
Ainda aqui, o Mestre Divino oferece a melhor exemplificação.
Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos desconhecidos quanto Jesus. Aos doentes, bastava tocar-lhe as vestiduras para que se curasse de enfermidades dolorosas; suas mãos devolviam o movimento aos paralíticos, a visão aos cegos.
Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em benefício da própria situação.
Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço do Pai, entregou-se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo. A lição do Senhor é bastante significativa.
É compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias espirituais, recordando-se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos outros e que esse bem, distribuído no caminho da vida, é a voz que falará por nós a Deus e aos homens, hoje ou amanhã.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 70, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
 Fonte de imagem:  http://thecabulouso.blogspot.com/2013/01/poderes-mentais.html