O HOMEM DE BEM
O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua
maior pureza. Interroga-se a consciência sobre os próprios atos, pergunta se
não violou essa lê se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia se não
deixo escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem de que se
queixar dele, enfim, se fez aos outros tudo aquilo que queria que os outros
fizessem por ele.
Tem fé em
Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece
sem a sua permissão, e submete-se em todas as coisas à sua vontade.
Tem fé no
futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que
todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas
ou expiações, e as aceita sem murmurar.
O homem
possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem,
sem esperar recompensa, paga o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o
forte e sacrifica sempre o seu interesse à justiça.
Encontra sua
satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta nas venturas
que promove, nas lágrimas que faz secar, nas consolações que leva aos aflitos.
Seu primeiro impulso é o de pensar, nos outros, antes que em si mesmo, de
tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. O egoísmo, ao contrário,
calcula os proveitos e as perdas de cada ação generosa.
É bom,
humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças,
porque vê todos os homens como irmãos.
Respeita,
nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o anátema aos que não
pensam como ele.
Em todas as
circunstâncias, a caridade é o seu guia. Considera que aquele que prejudica os
outros com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade alheia com o seu
orgulho e o seu desdém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma
contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever do amor
ao próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não tem ódio
nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus; perdoa e esquece as
ofensas, e não se lembra senão dos benefícios. Porque sabe que será perdoado,
conforme houver perdoado.
É indulgente
para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de
indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: "Aquele que está sem
pecado atire a primeira pedra".
Não se
compraz em procurar os defeitos dos outros, nem a pô-los em evidência. Se a
necessidade o obriga a isso, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.
Estuda as
suas próprias imperfeições, e trabalha sem cessar em combatê-las. Todos os seus
esforços tendem a permitir-lhe dizer, amanhã, que traz em si alguma coisa
melhor do que na véspera.
Não tenta
fazer valer nem o seu espírito, nem os seus talentos, a expensas dos outros.
Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer ressaltar as vantagens
dos outros.
Não se
envaidece em nada com a sua sorte, nem com os seus predicados pessoais, porque
sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ir retirado.
Usa mas não
abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe tratar-se de um depósito, do
qual deverá prestar contas, e que emprego mais prejudicial para si mesmo, que
poderá lhes dar, é pô-los ao serviço da satisfação de suas paixões.
Se nas
relações sociais, alguns homens se encontram na sua tendência, trata-os com
bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade
para erguer-lhes a moral, e não para esmagá-los com o seu orgulho, e evita tudo
quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna.
O subordinado,
por sua vez, compreende os deveres de sua posição e tem o escrúpulo de procurar
cumpri-los conscienciosamente.
O homem de
bem, enfim,;respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes são
assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seis fossem
respeitados.
Esta não é a
relação completa das qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer
que se esforce para possuí-la estará no caminho que conduz às demais.
Evangelho
Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Editora LAKE -, Cap. 17 item 3
O verdadeiro homem de bem,esta sempre praticando os bons ensinamentos por ele adqueridos, não esquecendo de ser indulgente com os erros do seu próximo.
ResponderExcluir