Embora devas caminhar sem medo, não te cases à imprudência, a pretexto de
cultivar desassombro.
Se nos devotamos ao Evangelho, procuremos agir segundo os padrões do Divino
Mestre, que nunca apresentam lugar à temeridade.
Jesus salienta o imperativo da edificação do Reino de Deus, mas não sacrifica
os interesses dos outros em obras precipitadas.
Aconselha a sinceridade do “sim, sim – não, não”, entretanto, não se confia à
rudeza contundente.
Destaca as ruínas morais do farisaísmo dogmático, todavia, rende culto à Lei de
Moisés.
Reergue Lázaro do sepulcro, contudo, não alimenta a pretensão de furtá-lo, em
definitivo, à morte do corpo.
Consciente do poder de que se acha investido, não menospreza a autoridade
política que deve reger as necessidades do povo e ensina que se deve dar “a
César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Preso e sentenciado ao suplício, não se perde em bravatas labiais, não obstante
reconhecer o devotamento com que é seguido pelas entidades angélicas.
Atendamos ao Modelo Divino que não devemos esquecer, desempenhando a nossa
tarefa com lealdade e coragem, mas evitemos o arrojo desnecessário, que vale
por leviandade perigosa.
Um coração medroso congela o trabalho.
Um coração temerário incendeia qualquer serviço arrasando-o.
Busquemos, pois, o equilíbrio com Jesus e fugiremos, naturalmente, ao
extremismo, que é sempre o seguro sinal da desarmonia ou da violência, da
perturbação ou da morte.
Busquemos
o Equilíbrio Livro
Fonte
Viva, Emmanuel
–
Chico Xavier.
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