TRÊS
IMPERATIVOS
“E eu vos digo a vós: pedi, e dar-se-vos-á; buscai,
e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”
Jesus
Lucas, 11-9
Pedi,
buscai, batei...
Estes
três imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados sem um sentido
especial.
No
emaranhado de lutas e débitos da experiência terrestre, é imprescindível que o
homem aprenda a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de convenções
sufocantes, preconceitos estéreis, dedicações vazias e hábitos cristalizados. É
necessário desejar com força e decisão a saída do escuro cipoal em que a
maioria das criaturas perdeu a visão dos interesses eternos.
Logo
após, é imprescindível buscar.
A procura
constitui-se de esforço seletivo, o campo jaz repleto de solicitações
inferiores, algumas delas recamadas de sugestões brilhantes. É indispensável
localizar a ação digna e santificadora. Muitos perseguem miragens perigosas, à
maneira das mariposas que se apaixonam pela claridade de um incêndio. Chegam de
longe, acercam-se das chamas e consomem a bênção do corpo.
É
imperativo aprender a buscar o bem legítimo.
Estabelecido
o roteiro edificante, é chegado o momento de bater à porta da edificação; sem o
martelo do esforço metódico e sem o buril da boa-vontade, é muito difícil
transformar os recursos da vida carnal em obras luminosas de arte divina, com
vistas à felicidade espiritual e ao amor eterno.
Não
bastará, portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo
elevado.
Peçamos
ao Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a
espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro dela, a fim
de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade.
Pedi,
buscai, batei...
Esta trilogia de Jesus reveste-se de especial
significação para os aprendizes do Evangelho, em todos os tempos.
Livro Pão Nosso cap.109, Espírito Emanuel, psicografia Francisco C. Xavier,
Edit. FEB
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