domingo, 9 de junho de 2019

SEGUNDO A CARNE

SEGUNDO A CARNE[1]

“Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis.”
Paulo
Romanos, 8:13

Para quem vive segundo a carne, isto é, de conformidade com os impulsos inferiores, a estação de luta terrestre não é mais que uma série de acontecimentos vazios.
Em todos os momentos, a limitação ser-lhe-á fantasma incessante.
Cérebro esmagado pelas noções negativas encontrar-se-á com a morte, a cada passo.
Para a consciência que teve a infelicidade de esposar concepções tão escuras não passará a existência humana de comédia infeliz.
No sofrimento, identifica uma casa adequada ao desespero.
No trabalho destinado à purificação espiritual, sente o clima da revolta.
Não pode contar com a bênção do amor, porquanto, em face da apreciação que lhe é própria, os laços afetivos são meros acidentes no mecanismo dos desejos eventuais.
A dor, benfeitora e conservadora do mundo, é-lhe intolerável, a disciplina; constituí-lhe angustioso cárcere e o serviço aos semelhantes representa pesada humilhação.
Nunca perdoa, não sabe renunciar, dói-lhe ceder em favor de alguém e, quando ajuda, exige do beneficiado a subserviência do escravo.
Desditoso o homem que vive, respira e age, segundo a carne! Os conflitos da posse atormentam-lhe o coração, por tempo indeterminado, com o mesmo calor da vida selvagem.
Ai dele, todavia, porque a hora renovadora soará sempre!
E, se fugiu à atmosfera da imortalidade, se asfixiou as melhores aspirações da própria alma, se escapou ao exercício salutar do sofrimento, se fez questão de aumentar apetites e prazeres pela absoluta integração com o “lado inferior da vida”, que poderá esperar do fim do corpo, senão sepulcro, sombra e impossibilidade, dentro da noite cruel?


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 78 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
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segunda-feira, 20 de maio de 2019

PAI NOSSO


PAI NOSSO[1]
“Pai Nosso...”
Jesus
Mateus, 6:9

A grandeza da prece dominical nunca será devidamente compreendida por nós que lhe recebemos as lições divinas.
Cada palavra, dentro dela, tem a fulguração de sublime luz.
De início, o Mestre Divino lança-lhe os fundamentos em Deus, ensinando que o Supremo Doador da Vida deve constituir, para nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.
É necessário começar e continuar em Deus, associando nossos impulsos ao plano divino, a fim de que nosso trabalho não se perca no movimento ruinoso ou inútil.
O Espírito Universal do Pai há de presidirmos o mais humilde esforço, na ação de pensar e falar, ensinar e fazer.
Em seguida, com um simples pronome possessivo, o Mestre exalta a comunidade.
Depois de Deus, a Humanidade será o tema fundamental de nossas vidas.
Compreenderemos as necessidades e as aflições, os males e as lutas de todos os que nos cercam ou estaremos segregados no egoísmo primitivista.
Todos os triunfos e fracassos que iluminam e obscurecem a Terra pertencem-nos, de algum modo.
Os soluços de um hemisfério repercutem no outro.
A dor do vizinho é uma advertência para a nossa casa.
O erro de um irmão, examinado nos fundamentos, é igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de uma sociedade menos perfeita, gerando causas perigosas e, por isso, tragédias e falhas dos outros afetam-nos por dentro.
Quando entendemos semelhante realidade o "império do eu" passa a incorporar-se por célula bendita à vida santificante.
Sem amor a Deus e à Humanidade, não estamos suficientemente seguros na oração.
“Pai nosso...” — disse Jesus para começar.
Pai do Universo... Nosso mundo...
Sem nos associarmos aos propósitos do Pai, na pequenina tarefa que nos foi permitido executar, nossa prece será, muitas vezes, simples repetição do “eu quero”, invariavelmente cheio de desejos, mas quase sempre vazio de sensatez e de amor.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 77 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Espíritos: EMMANUEL & JOANNA DE ÂNGELIS


                    

EMMANUEL & JOANNA DE ÂNGELIS[1]
Na Codificação Espírita

A equipe de trabalho coordenada pelo Espírito de Verdade, que para alguns estudiosos representa uma plêiade de Espíritos Superiores, para outros, identifica a própria personalidade de Jesus, foi estruturada considerando a competência de cada integrante, sobretudo quanto aos testemunhos prestados no decorrer de sucessivas reencarnações referentes a abnegados serviços dedicados ao processo de expansão do Evangelho e ajuda ao próximo.
Dentre os diversos expoentes que colaboraram para o surgimento da Terceira Revelação na Terra, encontram-se dois vultos bastante conhecidos do público espírita: o guia espiritual de Chico Xavier e o guia espiritual de Divaldo Franco.
Emmanuel assina a mensagem intitulada O Egoísmo, constante do capítulo 11, item 11, de O Evangelho segundo o Espiritismo. Joanna de Ânngelis transmitiu duas mensagens, também inseridas nessa obra de precioso conteúdo e valor moral espírita. Identificando-se como Um Espírito Amigo, mesma denominação adotada nas primeiras mensagens ditadas ao médium Divaldo Franco, a Benfeitora deixa sua contribuição com os textos A paciência (ESE, cap. 9, item 7)Dar-se-á àquele que tem (ESE, cap. 18, it. 15), ambas recebidas em 1862, respectivamente nas cidades de Havre e Bordéus.
Para que tenhamos uma rápida idéia da trajetória de sacrifícios desses lidadores do Bem, incluímos a seguir algumas das suas diversas encarnações, reveladas mediunicamente por eles mesmos aos seus tutelados.
EMMANUEL
Ele foi o guia espiritual do cândido Chico Xavier; coordenou o trabalho missionário do médium mineiro, que culminou com a publicação de mais de 412 livros que consolam corações aflitos e esclarecem mentes sedentas de conhecimento espiritual.
Públio Lentulus Sura – bisavô de P.L Cornelius  (Há dois mil anos).
Públio Lentulus Cornelius – senador romano, orgulhoso, nobre, de caráter íntegro; compôs os famosos versos Alma Gêmea da minh’alma…; encontra-se com Jesus, mas prefere servir ao mundo; desencarna em 79 d.C., vítima das lavas do vulcão Vesúvio, em Pompéia (Há dois mil anos).
Nestório – Nasce em Éfeso, no ano de 131; de origem judia, foi escravizado pelos romanos; cristão desde a infância, aos 45 anos mostra orgulho silencioso; na companhia do filho Ciro é preso e condenado à morte nos circos romanos, por se manter fiel a Jesus (50 anos depois).
Quinto Varro – patrício romano, cultor das idéias de liberdade. Vive por volta do ano 217 D.C. Devotado a Jesus, para não ser morto, assume a personalidade de Irmão Corvino; condenado à decapitação, tem a execução sustada e morre lentamente no cárcere (Ave, Cristo!).
Quinto Celso – renasce após 11 anos da última existência; desde menino, revela-se prodígio de memória e discernimento. Com cerca de 14 anos de idade, declaradamente cristão, sofre o martírio no circo romano (Ave, Cristo!).
Manoel da Nóbrega – nasce em Portugal, no ano de 1517; padre jesuíta, fundador da cidade de São Paulo em 1554, promoveu, junto com Anchieta, a evangelização dos nativos, nas recém descobertas terras brasileiras; de rara inteligência, prestou relevantes serviços à cristianização do povo brasileiro, traço que continua marcante em nosso povo até os dias atuais.
JOANNA DE ÂNGELIS
Ela é a mentora espiritual do trabalho missionário de Divaldo Franco.
Joana de Cusa – esposa de Cusa, intendente de Ântipas;  disfarçada entre as pessoas comuns, encanta-se pela mensagem de Jesus, ouve-lhe os inesquecíveis discursos e converte-se em seguidora do Cristo; foi martirizada nos circos romanos, junto com o filho e mais de quinhentos cristãos.
Clara de Assis – retorna ao mundo físico no Século XII, na época iluminada pela presença de Francisco de Assis; fundadora do ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecida por “Damas Pobres” ou Clarissas;  canonizada em 1255; proclamada padroeira da televisão pelo Papa Pio XII, em 1958; após uma vida dedicada aos pobres, volta à Pátria Espiritual em agosto de 1253.
Juana de Asbaje y Ramires de Santillana – aprende a ler aos três anos; compõe versos aos cinco; apresenta seus dotes literários na Corte mexicana quando contava 13 anos; ingressa no Convento das Carmelitas Descalças; transfere-se para a Ordem de São Jerônimo da Conceição; adota o nome de Sóror Juana Inés de la Cruz; conhecida com Monja da Biblioteca; escritora, pintora de miniaturas, artista, de tão produtiva e influente, considerada a primeira feminista de língua espanhola, teve sua imagem insculpida na cédula de 200 pesos e na moeda de mil pesos; morre aos 44 anos, vítima de epidemia de peste, em 1695.
Joana Angélica – Nasce em Salvador, em 1761; ingressa no Convento da Lapa, como franciscana e adota o nome de Sóror Joana Angélica de Jesus; aliviava diariamente os corações sofridos das jovens obrigadas a viver em regime de claustro; aos 61 anos de idade, após tornar-se Abadessa do Convento, morre defendendo corajosamente a causa cristã. Corria o ano de 1822.
*
Os trabalhadores da Seara do Cristo são aqueles destemidos Espíritos que, após a superação de si mesmos pela prestação de árduos testemunhos, colocam-se a serviço para continuarem contribuindo com Jesus em sua imensa Seara. Dedicam-se ao próximo por amor. Conquistaram essa condição por esforço próprio de transformação moral. Eles são exemplos para todos nós que estamos a caminho, ainda a voltas com tantas dificuldades de ordem pessoal. Deixam transparecer, no entanto, que somos capazes de servir na Causa da Espiritualidade Superior, considerando que temos ao nosso alcance os recursos necessários para fazer cada vez mais e melhor. Só depende de nós a escolha decisiva para que nos convertamos definitivamente em instrumentos de Deus na Terra, abençoada escola que nos renova a oportunidade de servir e aprender a cada dia.
Referências:
1.     CLARA de Assis. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Clara_de_Assis>. Acesso em: 13 jun. 2016            .
2.     KARDEC, Allan. O evangelho segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro. 131. ed. 6. imp. Brasília: FEB, 2015.
3.     MARCON, Maria Helena (Org.). Os expoentes da codificação espírita. Curitiba: FEP, 2002. p. 39-44: Emmanuel; p. 161-165: Um Espírito amigo.
4.     SANTOS, Celeste; FRANCO, Divaldo. A veneranda Joanna de Ânngelis. 9. ed. Salvador: Leal, 2008. p. 22-49.
5.     XAVIER, Francisco Cândido Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos. 37. ed. 6. imp. Brasília: FEB, 2016.
6.     ______. Ave, Cristo!: episódios da história do Cristianismo no século III. Pelo Espírito Emmanuel. 24. ed. 8. imp. Brasília: FEB, 2016.
7.     ______. Cinqüenta anos depois: episódios da história do Cristianismo no século II. Romance de Emmanuel. 34. ed. 3. imp. Brasília: FEB, 2015.
8.     ______. Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I. Romance de Emmanuel. 49. ed. 9. imp. Brasília: FEB, 2016.




 Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
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quinta-feira, 16 de maio de 2019

AMOR E MUDANÇAS


AMOR E MUDANÇAS[1]

O amor muda quem ama e altera para melhor o mundo em que vive.
Todos os atos humanos modificam a estrutura moral e espiritual do mundo. Quando sem amor, estabelecem conflitos e dão surgimento à agressividade e à violência; quando amorosos, criam climas de fraternidade e de entendimento recíproco, abrindo espaços para o desenvolvimento e progresso da sociedade.
O amor possui a força ciclópica de alterar todas as coisas, quer sejam percebidas ou ignoradas. O importante não é a visão dos acontecimentos, mas o significado que deles deflui. Por isso, o amor não pode ser dimensionado conforme os interesses de cada indivíduo, isto é, “eu amo porque me é conveniente, disso resultando-me um grande bem”, mas amar naturalmente, porque essa é a finalidade da vida.
Não apenas direcionar para os outros a seta do amor, porém vivê-lo, tê-lo introjetado no sentimento, de forma que se transforme em uma realização pessoal, constante e felicitadora.
Os grandes vultos da Humanidade, que se resolveram pelo amor, não se davam conta do quanto ofereciam em esforço e sentimento de abnegação em favor dos outros. Era-lhes tão natural a doação, que nem sequer sentiam desgaste ou aflição, quando incompreendidos ou não aceitos nos propósitos acalentados. Nunca desistiam, porque sabiam que o amor para alcançar o seu objetivo tem que romper as barreiras que tentam impedir-lhe o avanço. Sejam preconceitos sociais, religiosos, morais, raciais, que se vêm transferindo de uma para outra geração, e mesmo hoje, quando se supõe já não serem tão poderosos, ei-los embutidos no inconsciente de muitas realizações.
Uma das mudanças mais severas que o amor consegue operar, é quando descobre pessoas de quem não gosta, que lhe são inamistosas, mesmo adversárias, e devem ser conquistadas.
Não importa que mudem de atitude em relação àquele que as amará, mas que não lhe permaneçam antipáticas, nem provocadoras de mal-estar.
Como o objetivo essencial do amor é dar sem receber, mudar de comportamento em relação aos maus, não os tornando piores, aos perturbadores, não os fazendo mais alucinados, constitui um grande desafio que o esforço sincero logra resolver.
Invariavelmente há um desejo de tornar-se pessoa amorosa em relação às demais, às vezes conduzindo fel e amargura no coração, ansiedade na conduta, interrogações e conflitos na mente. Esse ainda é um estado de amor ausente, amor em desalinho, que deve ser corrigido, para que essa presença afável produza modificações internas, acalmando os torvelinhos Íntimos e apaziguando as aflições.
Trata-se da experiência do auto amor, fundamental para o amor ao próximo. Ninguém há que, em aflição, tenha tempo mental e emocional para amar quem se encontre distante e sem apresentar aparentemente necessidade de ser amado.
O amor é um estado natural na conduta, porque se irradia generoso, abarcando e preenchendo todo o espaço que defronta.
Muitas pessoas, que amam de maneira espontânea, não se dão conta do poder de que dispõem e de como conseguem mudar as pessoas que se lhes acercam, alterar os acontecimentos à sua volta, favorecer o mundo com os seus pensamentos e conduta.
Por mais humilde que seja a função exercida, aquele que ama sorri e contagia; os outros que perderam o endereço de si mesmos, despertando-os para outras responsabilidades.
Um suave amigo da fraternidade encontrava-se aguardando o veículo que o levaria de volta ao lar, após dia fatigante de trabalho e de lutas. Apesar do cansaço que o tomava, do calor que dominava o entardecer, do tumulto à sua volta, ele mantinha-se sorrindo discretamente, sem permitir-se envolver pelo desequilíbrio que se agitava, generalizado, a gritaria, o ruído dos veículos e suas buzinas.
Aturdido cavalheiro acercou-se-lhe, e o interrogou com violência na voz:
— Você está sorrindo de mim ou para mim?
— Nem uma coisa, cavalheiro, nem outra. Eu estou sorrindo comigo mesmo – respondeu sem alterar-se. – Como não tenho razão para estar contrariado, alegro-me por estar vivo e em paz.
— Mesmo que neste inferno? – indagou o mal disposto senhor.
— Não o considero um inferno. Recordo-me dos que estão entediados na inutilidade, limitados nos movimentos em hospitais onde carpem dolorosas aflições, os que se encontram vencidos pelo arrependimento, os tristes e in-felizes... Como não estou com qualquer desses problemas, sorrio em agrade-cimento a Deus, homenageando todas as pessoas que se movimentam na busca de um lugar de triunfo na vida.
E continuou sorrindo. A sua expressão, leve e fraternal, desarmou o violento que, logo depois, passou a narrar-lhe as dificuldades que o atormentavam, as aflições que o maceravam, estabelecendo-se proveitoso diálogo, que terminou com uma nova e diferente interrogação do cavalheiro:
— Como poderei fazer para alterar esta paisagem de agonia em que me encontro?
— Amando a aflição – respondeu, sorrindo. – Quando se ama a objeção ela diminui de intensidade, quando se ama a vida ela se apresenta menos severa, mesmo porque, rebelando-se e odiando, somente se complica tudo, sem realizar outra senão a colheita de desespero que lhe segue empós.
O amor muda quem ama e altera para melhor o mundo em que vive.
Tão enriquecedores se tornam os momentos em que o ser se lhe entrega que a sua existência se transforma em um permanente estado de amor.
É certo que não concordará com tudo quanto ocorra, nem com aqueles que se caracterizam pelas arbitrariedades, ao crime, à insensatez. Não convirá com o erro em qualquer forma como se manifeste. Somente que não aumentará o seu raio de ação, diminuindo os efeitos danosos da sua vigência, diluindo as cargas de ódio e de revolta que produzem.
Igualmente não se faz melífluo, ou adota postura exterior sem o real consentimento do que o anima interiormente.
Por isso, não se trata de uma conquista momentânea, porém de uma realização de longo prazo, que sempre está sendo aprimorada e exercitada sem desfalecimento ou celeridade, conquistando cada passo no devido momento.
O amor estabelece uma ponte entre o ego e o self, fazendo que o eu interior recupere os tesouros de que se constitui muitas vezes malbaratados pela personalidade enfermiça ou indiferente aos valores do progresso.
O amor verdadeiro é uma forma de manter Cristo no pensamento, nas palavras e nos atos.
O amor transcende qualquer formulação verbal ou escrita, pessoal ou estabelecida, porquanto sempre se expressa conforme a ocasião e a circunstância.
Pode traduzir-se em um grande silêncio diante de uma ocorrência grave ou de uma canção de bondade em instante de pequena, mas profunda significação, num gesto de abnegação ou num olhar de enternecimento.
Tendo por missão mudar o mundo, o amor é a presença de Deus na psicosfera do planeta terrestre.



[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 14 de maio de 2019

TEUS FILHOS


TEUS FILHOS[1]

Estamos dentro da tua casa, para falar de teus filhos, A experiência nos convida a dizer-te que teus filhos são Espíritos que não nasceram de tua carne, O corpo é apenas uma veste trocável, na seqüência que orienta a reencarnação. Teus filhos que já chegaram ou que estão por chegar são sensíveis nos primeiros anos de vida e na juventude, podendo herdar muito da tua conduta, tanto visual como pelas vibrações que as ações emitem. 
Vê bem as responsabilidades dos pais para com os filhos! Mas, se queres, podemos ajudar-te com algumas informações acerca da convivência com os filhos dentro de casa e podemos, tendo prazer, doar o que aprendemos pela experiência. O mundo é uma escola valiosa e imensurável, que nos ajuda a entender a sabedoria da vida.
Quando começas a gerar o corpo do teu filho, o Espírito já se encontra ligado a ele por fios invisíveis e poderosos, sendo capaz de registrar o que pensas e fazes. Tem cuidado no período de gestação; se queres ajudá-lo, começa desde já a formação de seu corpo alinhando os teus pensamentos com o Amor; não entres em discussões com ninguém; não difames os companheiros; não injuries teus irmãos; faze desaparecer de teus pensamentos idéias de ódio, de orgulho e de egoísmo; entra na falange da caridade e obedece a seus ditames, pois ela, a rainha das virtudes, gera a amizade.
Procura viver em plena paz, trabalhando em favor dos que sofrem, beneficiando a ti mesmo, fechando os ouvidos à maledicência e cerrando os olhos onde as trevas queiram te mostrar o que não deve ser visto.
Procura desenvolver a afeição a todos os teus irmãos, por que a simpatia é medicamento para todos os males do corpo e da alma; a melancolia somente permanece em quem se esquece do bem e da coletividade.
Os teus filhos falam-te de onde eles estiverem, sem que ninguém pergunte. Cria-os com bondade, sem deixar despercebida a energia, quando necessária. A caridade mais segura é a praticada dentro do lar e ela pode refletir a vida toda na tua vida e na vida dos teus filhos. Alimenta a estima por eles, que eles te devolverão todo esse material de amor.
É dever dos pais saber dar exemplos pela conduta ensinada e vivida pelo Cristo. Faze o culto do Evangelho no lar, pois com esta disposição serás mais beneficiado e os luminares da eternidade acompanhar-te-ão em todos os teus esforços de aprender a servir, A tua casa é o teu mundo; se já conquistaste a harmonia nele, passa a ajudar o mundo do teu vizinho, sem interferir nos seus deveres particulares; sempre surgem oportunidades que devem ser aproveitadas; a dedicação aos que nos cercam; nos leva à paz de consciência.
Se o nosso tema é Amizade, procura fazer amigos sem as compras favoráveis ao interesse particular; ajuda-os com uma mão, sem que a outra veja. Esta é caridade divina, na divina expressão do amor; e teus filhos, observando isto, passarão a fazê-lo também, copiando-te os gestos.
E isto é nobre, pela nobreza do próprio ato.


[1] Livro: Tua Casa – Ditado pelo Espírito Ayrtes; psicografia de João Nunes Maia, Cap. 05. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

FERMENTO ESPIRITUAL


FERMENTO ESPIRITUAL[1]

“Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?”
Paulo
I Coríntios, 5:6

O fermento é uma substância que excita outras substâncias, e nossa vida é sempre um fermento espiritual com que influenciamos as existências alheias.
Ninguém vive só.
Temos conosco milhares de expressões do pensamento dos outros e milhares de outras pessoas nos guardam a atuação mental, inevitavelmente.
Os raios de nossa influência entrosam-se com as emissões de quantos nos conhecem direta ou indiretamente, e pesam na balança do mundo para o bem ou para o mal.
Nossas palavras determinam palavras em quem nos ouve, e, toda vez que não formos sinceros, é provável que o interlocutor seja igualmente desleal.
Nossos modos e costumes geram modos e costumes da mesma natureza, em torno de nossos passos, mormente naqueles que se situam em posição inferior à nossa, nos círculos da experiência e do conhecimento.
Nossas atitudes e atos criam atitudes e atos do mesmo teor, em quantos nos rodeiam, porquanto aquilo que fazemos atinge o domínio da observação alheia, interferindo no centro de elaboração das forças mentais de nossos semelhantes.
O único processo, portanto, de reformar edificando é aceitar as sugestões do bem e praticá-las intensivamente, por intermédio de nossas ações.
Nas origens de nossas determinações, porém, reside a idéia.
A mente, em razão disso, é a sede de nossa atuação pessoal, onde estivermos.
Pensamento é fermentação espiritual. Em primeiro lugar estabelece atitudes, em segundo gera hábitos e, depois, governa expressões e palavras, através das quais a individualidade influencia na vida e no mundo. Regenerado, pois, o pensamento de um homem, o caminho que o conduz ao Senhor se lhe revela reto e limpo.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 76 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 7 de maio de 2019

TEUS ANIMAIS


TEUS ANIMAIS[1]

Em quase todas as casas existem animais. Eles fazem parte da criação de Deus, na concretização do ideal divino. Se quisermos a ajuda deles no lar, porque esquecê-los e maltratá-los?
Cuidemos desses nossos irmãozinhos menores, que a evolução algum dia os colocará no lugar que hoje desfrutas. A vida é uma seqüência de valores, que conquistamos com as bênçãos do Senhor. Teus animais são teus amigos! Depois do fenômeno que chamas de morte, eles passam a existir com mais vida, pois existe o reino dos animais e grandes almas cuidam deles em delicado preparo, para revestirem outros corpos, como é feito com os próprios homens.
Quem cuida bem dos animais, tem sempre ao seu lado as falanges de Espíritos encarregados de fazê-los evoluir. Como recebem grande cota de benefícios da própria natureza, a vida não fica devendo nada a ninguém – o que damos recebemos; nada escapa da justiça, tanto na função do máximo, como na do mínimo. É preciso, acima de muita coisa, Confiar. A confiança gera o entusiasmo de viver e nos fornece por processos que escapam aos nossos sentidos, a abundância do que desejamos desde que o Senhor ache conveniente para o nosso bem. Estuda a natureza, com a inteligência que Deus te deu e poderás observar o maquinismo divino construindo e doando todo o bem para os filhos da criação. Tudo o que te propuseres fazer, faze-o com firmeza e fica certo de que a visualização do bem é força poderosa e mais visível em toda a tua criação.
Os teus animais são teus amigos, em quem podes Confiar. Eles representam os primeiros degraus da escala do teu amor. Se o teu coração manifesta amor pelos animais, certamente que não podes esquecer o amor aos teus semelhantes. Se os teus semelhantes já recebem afeto e carinho de tua parte, com muito mais fulgor deves amar a Deus sobre todas as coisas. Este é, pois, o teu caminho que, trilhado, jamais, te fará errar o roteiro da felicidade.
O mundo em que vives é um céu com todas as qualidades do Reino de Deus. Basta a quem ainda não o encontrou, procurá-lo pelos meios que o próprio Senhor nos ensinou e a porta da entrada não estará longe; ela reside nos fios dos sentimentos e tem mil e uma chaves que devem ser manejadas para abri-la com eficiência, e as chaves são os dons, senão as virtudes muito bem apresentadas no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O que queres mais? Tudo está pronto à espera da boa vontade dos Espíritos! Começa com os teus animais, se os tens em casa, sem que o fanatismo perturbe o teu discernimento, e, se possível, conversa com eles, que nada se perde. O que falares a esses irmãos ficará gravado em lugar que Deus sabe, e isso basta. Ajudar os animais não é somente dar-lhes comida; O verbo é o maior alimento como acontece com os próprios homens. Quando não se conversa com o doente podes analisar - ele começa a definhar. A palavra bem posta na boca é semente divina e alimento do céu.
Aprendamos a conversar, que a fala pode nos levar à paz interior; porém, se a usarmos para a discórdia, para a maledicência, ciúme ou inveja, plantaremos espinhos por onde passarmos e quando voltarmos pelos mesmos caminhos, eles irão nos ferir, pela força da lei, buscando os seus criadores.
Abençoemos os animais, que eles também são filhos de Deus!


[1] Livro: Tua Casa – Ditado pelo Espírito Ayrtes; psicografia de João Nunes Maia, Cap. 04. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.