sexta-feira, 15 de março de 2019

NÃO AS PALAVRAS


NÃO AS PALAVRAS[1]

"Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então conhecerei não as palavras dos que andam inchados, mas a virtude."
Paulo
I Coríntios, 4:19

Cristo e os seus cooperadores não virão ao encontro dos aprendizes para conhecerem as palavras dos que vivem na falsa concepção do destino, mas sim dos que se identificaram com o espírito imperecível da construção evangélica.
É indubitável que o Senhor se interessará pelas obras; contudo, toda vez que nos reportamos a obras, geralmente os ouvintes somente se lembram das instituições materiais, visíveis no mundo, ricas ou singelas, simples ou suntuosas.
Muita vez, as criaturas menos favorecidas de faculdades orgânicas, qual o cego ou o aleijado, acreditam-se aniquiladas ou inúteis, ante conceituação dessa natureza.
É que, comumente, se esquece do homem das obras de santificação que lhe compete efetuar no próprio espírito.
Raros entendem que é necessário manobrar pesados instrumentos da vontade a fim de conquistar terreno ao egoísmo; usar enxada de esforço pessoal para o estabelecimento definitivo da harmonia no coração. Poucos se recordam de que possuem ideias frágeis e pequeninas acerca do bem e que é imprescindível manter recursos íntimos de proteção a esses germens para que frutifiquem mais tarde.
É lógico que as palavras dos que não vivem inchados de personalismo serão objeto das atenções do Mestre, em todos os tempos, mesmo porque o verbo é também força sagrada que esclarece e edifica. Urge, todavia, fugir aos abusos do palavrório improdutivo que menospreza o tempo na "vaidade das vaidades".
Não olvides, pois, que, antes das obras externas de qualquer natureza, sempre fáceis e transitórias, tens por fazer a construção íntima da sabedoria e do amor, muito difícil de ser realizada, na verdade, mas, por isto mesmo, sublimada e eterna.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 72, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem:  https://www.fatosdesconhecidos.com.br/25-palavras-da-lingua-portuguesa-que-voce-provavelmente-nao-conhece/

quinta-feira, 14 de março de 2019

AMOR E INTERAÇÃO


AMOR E INTERAÇÃO[1]

Passo a passo, o amor vai produzindo interação entre aquele que ama e todos quantos são amados.
Quando o amor é pleno, interage com tudo e com todos.
Modifica o ambiente em que se apresenta e transforma o mundo, porque a sua óptica é correta, sem as distorções que caracterizam os tormentos humanos.
Até que alcance esse nível de elevação, transita por diversas fases de desenvolvimento e de fixação emocional.
A princípio, é temeroso, embora a ambição de crescimento; se expressa com excessivo cuidado, evitando qualquer constrangimento; limita-se a grandes silêncios, por insegurança de expandir-se verbalmente; disfarça-se em outras expressões, a fim de não ser incompreendido. Somente com os instrumentos da perseverança e da certeza da sua vitória, expande-se e avança galhardamente, ganhando espaço.
Não mais se preocupa com aquilo que as pessoas pensam, mas se tranquiliza pelo que proporciona de agradável e compensador a benefício geral.
Reconhece que, se não conseguir modificar as pessoas amadas, o que também dependerá delas mesmas, auxiliá-las-á a sentir-se compreendidas e envolvidas pela ternura, o que lhes corresponderá a estímulos especiais para que se transformem para melhor.
Passo a passo, vai produzindo interação entre aquele que ama e todos quantos são amados.
Vínculos especiais de confiança e consideração se estabelecem, evitando-se os atritos de opinião, as agressões no comportamento, as tricas e maledicências habituais, porque todos sabem que os melhores recursos para uma convivência feliz são o diálogo e o respeito que se devem dedicar ao próximo, a fim de que os receba como natural efeito da conduta vivenciada.
Não há por que concluir-se equivocadamente, diante de situações complexas e comprometedoras, quando se pode perguntar, procurando respostas esclarecedoras e oportunidades de retificação do que não se encontre conforme deveria.
Conclui-se que, em favor de uma interação verdadeira, torna-se imperioso aprender a ouvir o outro, a auscultar-lhe os sentimentos, de forma que seja factível a convivência agradável, ou pelo menos respeitosa.
Compreende-se que os desafios que se experimentam não são diferentes daqueles que afetam a outra pessoa, talvez em situação mais melindrosa ou grave.
Somente através de uma introspecção para a autoanálise, poder-se-á descobrir quais os maiores desafios para a convivência correta com o próximo, assim entendendo que ele também enfrenta situação interior equivalente, que lhe impede o avanço fraternal e afetuoso, sobrecarregado de suspeitas, de resíduos emocionais perturbadores e de intuições espirituais negativas.
A visão do ser humano correta é aquela que o abrange também como Espírito que é, em luta contínua contra as marcas que procedem do seu passado, os hábitos doentios que permanecem na sua economia comportamental. Por consequência, as influências psíquicas de que se vê objeto, sejam aquelas que se estabelecem mente a mente encarnadas ou que provêm de inimigos e antipatizantes que deixou na retaguarda da evolução, hoje interessados na sua desdita, em razão do atraso em que se demoram.
A interação, no caso, dar-se-á de maneira especial, através da compaixão, da bondade, da paciência.                                                                                                                                  
Ninguém ascende ao topo da montanha sem antes superar-lhe o sopé.
Na baixada ou no vale em que o indivíduo se situa, a visão do seu todo é impossível, porém, à medida que vão sendo vencidos os primeiros lances, mais coragem e estímulo para o avanço se tornam presentes ante a perspectiva de vislumbrar toda a paisagem.
Ao alcançar-se o acume, o oxigênio é mais puro e o deslumbramento toma conta do vencedor, por conseguir um infinito à sua frente, convidando-o à reflexão, à análise do próprio limite e pequenez.
Assim também é o amor. Nas primeiras experiências, surgem os sentimentos controvertidos, os interesses mesquinhos e habituais, as paixões em predomínio, que se imiscuem dificultando a sua instalação plenificadora.
Frágil, espera a força da retribuição para prosseguir; incipiente, necessita de estímulos para avançar; sem profundidade, pensa em benefícios que ainda não oferece; receoso, aguarda confirmações que não chegam...
Insistindo, porém, modifica a estrutura e passa a expandir-se com naturalidade, porque se vai empolgando com o próprio ato de ser quem ama.
Na primeira fase, porque se encontra com frustrações e irritações, procurando o amor como solução ou fuga para o não enfrentamento da realidade difícil em que se debate claro está que não será dessa forma que o encontrará.
Se, no entanto, reflexiona que esse estado de ansiedade deverá ser resolvido antes, a fim de dar guarida ao sentimento afetivo, modifica-se a situação e surgem as manifestações reais do sentimento a que aspira por interação com o mundo e as suas criaturas.
Uma suave calma se lhe apossa e dúlcida alegria de viver desenha-se-lhe no íntimo, não mais se afligindo com as mesquinharias do cotidiano, nem se permitindo golpear portas e paredes, mesas e móveis outros quando as ocorrências não se lhe apresentam ou resultam agradáveis.
A compreensão dos acontecimentos faz-se diferente e a descoberta de que os problemas devem ser enfrentados conforme surgem e da maneira mais pacificadora, proporciona bem-estar.
Não mais a irritação e o descontrole tomam conta das suas atitudes, por desnecessários, havendo outras manifestações de conduta mais compatíveis com a necessidade de solução dos problemas e dos desafios.
Esse é o primeiro milagre produzido pelo amor: a mudança em torno dos fenômenos humanos e do mundo com real perspectiva em torno do futuro que a todos aguarda.
Logo após, dilata-se a compreensão em torno do estágio que se vive na Terra, facultando maior entendimento em torno das lutas da evolução e dos conflitos gerais.
Descobre-se qual a mais valiosa contribuição que se pode dar em favor da modificação para melhor do que está ocorrendo na atualidade de qualquer tempo.
Conscientizando-se do valor oportuno e grandioso que pode oferecer, mesmo que se apresente de pequena monta, é exatamente esse que irá contribuir em favor da modificação das estruturas gerais da sociedade combalida e aflita.
Naturalmente surge uma interação entre o indivíduo e a comunidade.
Ele se torna elemento de vital importância em favor do bem geral.
O Evangelho de Jesus propõe a todos os indivíduos que são necessários buscar para alcançar, o que equivale dizer que se torna indispensável o esforço que todos devem empreender em favor da procura do bem, da sua instalação no íntimo e da sua interação com a Humanidade.
Nada melhor nem mais poderoso do que o amor para esse desiderato.
Essa busca deverá ser consciente e constante, a fim de poder-se alcançar a meta que se tem em mente e se torna essencial para a existência feliz.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quarta-feira, 13 de março de 2019

VERDADES E FANTASIAS


VERDADES E FANTASIAS[1]


“Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.”
Jesus
João, 8:45

O mundo sempre distingue ruidosamente os expositores de fantasias.
É comum observar-se, quase em toda parte, a vitória dos homens palavrosos, que prometem milagres e maravilhas. Esses merecem das criaturas grande crédito. Basta encobrirem a enfermidade, a fraqueza, a ignorância ou o defeito dos homens, para receberem acatamento. Não acontece o mesmo aos cultivadores da verdade, por mais simples que esta seja. Através de todos os tempos, para esses últimos, a sociedade reservou a fogueira, o veneno, a cruz, a punição implacável.
Tentando fugir à angustiosa situação espiritual que lhe é própria, inventou o homem a “buena-dicha”, impondo, contudo, aos adivinhadores o disfarce dourado das realidades negras e duras.
O charlatão mais hábil na fabricação de mentiras brilhantes será o senhor da clientela mais numerosa e luzida.
No intercâmbio com a esfera invisível, urge que os novos discípulos se precatem contra os perigos desse jaez.
A técnica do elogio, a disposição de parecer melhor, o prurido de caminhar à frente dos outros, a presunção de converter consciências alheias, são grandes fantasias. É necessário não crer nisso. Mais razoável é compreender que o serviço de iluminação é difícil, a principiar do esforço de regeneração de nós mesmos.
Nem sempre os amigos da verdade são aceitos. Geralmente são considerados fanáticos ou mistificadores, mas... Apesar de tudo, para a nossa felicidade, faz-se preciso atender à verdade enquanto é tempo.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 78, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

segunda-feira, 11 de março de 2019

SOLIDÃO


SOLIDÃO[1]

“O presidente, porém, disse: — mas, que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: — seja crucificado.”
Mateus, 27:23
À medida que te elevas monte acima, no desempenho do próprio dever, experimentas a solidão dos cimos e incomensurável tristeza te constringe a alma sensível.
Onde se encontram os que sorriram contigo no parque primaveril da primeira mocidade? Onde pousam os corações que te buscava o aconchego nas horas de fantasia? Onde se acolhem quantos te partilhavam o pão e o sonho, nas aventuras ri dentes do início?
Certo, ficaram...
Ficaram no vale, voejando em círculo estreito, à maneira das borboletas douradas, que se esfacelam ao primeiro contacto da menor chama de luz que se lhes descortine à frente.
Em torno de ti, a claridade, mas também o silêncio...
Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...
Tua voz grita sem eco e o teu anseio se alonga em vão.
Entretanto, se realmente sobes, que ouvidos te poderiam escutar a grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a entender, de pronto, os teus ideais de altura?
Choras, indagas e sofres...
Contudo, que espécie de renascimento, não será doloroso?
A ave, para libertar-se, destrói o berço da casca em que se formou, e a semente, para produzir, sofre a dilaceração na cova desconhecida.
A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.
A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.
Não te canses de aprender a ciência da elevação.
Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, de cruz aos ombros feridos.
Ninguém o seguiu na morte afrontosa; à exceção de dois malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça.
Recorda-te dele e segue...
Não relaciones os bens que já espalhaste.
Confia no Infinito Bem que te aguarda.
Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o Divino Amigo dos Homens não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 70 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  http://blog.amorc.org.br/solidao/

domingo, 10 de março de 2019

MENSAGEM AOS IRMÃOS TERRESTRES


MENSAGEM AOS IRMÃOS TERRESTRES[1]

Não sofreis com as tempestades da vida...
O universo em sua sabedoria nivela todas as ações, onde até mesmo o mal, combate o próprio mal. As ações bárbaras que hoje te afligem, mais tarde serão de conhecimento unificado, entendendo que a transformação é algo divino e vindouro.
Todo aquele que aflige mal a outrem no estado atual de existência, será o mesmo que fará imenso bem ao que hoje por ventura comete o mal em tamanha ignorância.
Somos todos, crianças diante de nosso pai, que nos compreende em todas as adversidades; como julgar o ato de uma criança, que nada sabe o que se faz, dentre todas suas ações? 
A vida é a estrada; onde a dor, o amor e a tempestades de sentimentos são experimentados em todos seus níveis. Só depois de entendermos cada essência existencial sob cada sentimento, é que poderemos compreender cada ato dentro de cada processo.
Esperamos sempre do mestre Jesus toda sua sabedoria e clemência para conosco, da mesma forma que esperamos de um ser de vibração inferior atitudes que lhe convém a seu estado, o que ainda assim é errado, pois ainda assim estaremos em processo de julgamento.
As escolhas moldam o destino, todos aqueles que tomam a luz em seus corações tem a verdade de Cristo dentro de cada processo e vivência, seja em que estado estejam atualmente, estarão contribuindo com o ciclo da existência universal vigente, onde todos vivenciam o que precisam vivenciar em todas as esferas da evolução.
Então mediante a entrega que se realiza aos teus olhos e ouvidos, compreendamos que não existe certo e errado e sim momentos de existência plena ou de ignorância.
A capacidade existe a qualquer um que, de boa vontade queira ajudar o grande Pai. Mas antes é necessário entender a si em todas as suas cadeias e coexistência una, para que assim possa compreender também todos que por ventura recusem tua ajuda, quando lhe for dado o estender das mãos. 
Olhemos sempre além aos que os olhos podem ver, assim começaremos a ter uma ideia mais próxima de que o universo é perfeito em suas escolhas e que todo ciclo é perfeito e pleno, dentro da grande morada do pai eterno.
Saint Louis.


[1] Origem: Mensagem escrita por Igor Gama em 05.03.2019


ORAÇÃO E TRABALHO


ORAÇÃO E TRABALHO[1]
Carlos Torres Pastorino

A oração é a rogativa
O trabalho é a resposta

A oração é a candeia
O trabalho é a luz

A oração é a semente
O trabalho é o fruto

A oração alenta
O trabalho garante

A oração vigia
O trabalho defende

A oração é o remédio
O trabalho é a cura

A oração é a paz
O trabalho é o rumo

Pela oração, o homem se eleva da Terra aos Céus; pelo trabalho, o homem constrói os Céus na Terra.
Se a oração é o corpo da crença, o trabalho é a sua alma, porquanto, segundo a palavra do Apóstolo, “a fé sem obras é morta”.


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:
https://www.google.com/search?q=ora%C3%A7%C3%A3o+e+trabalho&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjx14ip7PjgAhWeHLkGHSoqCmMQ_AUIDigB&cshid=1552264803439802&biw=1367&bih=593#imgdii=EUDY_fXculGHMM:&imgrc=c1yHZnDXX2TaiM:

sábado, 9 de março de 2019

CONTEMPLA MAIS LONGE


CONTEMPLA MAIS LONGE[1]

“Porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão.”
Jesus
Lucas, 6:38

Para o esquimó, o céu é um continente de gelo, sustentado a focas.
Para o selvagem da floresta, não há outro paraíso, além da caça abundante.
Para o homem de religião sectária, a glória de além-túmulo pertence exclusivamente a ele e aos que se lhe afeiçoam.
Para o sábio, este mundo e os círculos celestiais que o rodeiam são pequeninos departamentos do Universo.
Transfere a observação para o teu campo de experiência diária e não olvides que as situações externas serão retratadas em teu plano interior, segundo o material de reflexão que acolhes na consciência.
Se perseverares na cólera, todas as forças em torno te parecerão iradas.
Se preferes a tristeza, anotarás o desalento, em cada trecho do caminho.
Se duvidas de ti próprio, ninguém confia em teu esforço.
Se te habituaste às perturbações e aos atritos, dificilmente saberás viver em paz contigo mesmo.
Respirarás na zona superior ou inferior, torturada ou tranquila, em que colocas a própria mente. E, dentro da organização na qual te comprazes, viverás com os gênios que invocas. Se te deténs no repouso, poderás adquiri-lo em todos os tons e matizes, e, se te fixares no trabalho, encontrarás mil recursos diferentes de servir.
Em torno de teus passos, a paisagem que te abriga será sempre em tua apreciação aquilo que pensas dela, porque com a mesma medida que aplicares à Natureza, obra viva de Deus, a Natureza igualmente te medirá.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 72 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  https://olhardigital.com.br/noticia/a-foto-mais-distante-do-universo/29341

sexta-feira, 8 de março de 2019

EM NOSSO TRABALHO


EM NOSSO TRABALHO[1]

"Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus."
Paulo
Hebreus, 3:4

O Supremo Senhor criou o Universo, entretanto, cada criatura organiza o seu mundo particular.
O Arquiteto Divino é o possuidor de todas as edificações, todavia, cada Espírito constrói a habitação que lhe é própria.
O Doador dos Infinitos Bens espalha valores ilimitados na Criação, contudo, cada um de nós outros deverá criar valores que nos sejam inerentes à personalidade.
A natureza maternal, rica de bênçãos, em toda parte constitui a representação do patrimônio imensurável do Poder Divino e, em todo lugar, onde exista alguém, aí palpita a vontade igualmente criadora do homem, que é o herdeiro de Deus.
O Pai levanta fundamentos e estabelece leis.
Os filhos contribuem na construção das obras e operam interferências.
É compreensível, portanto, que empenhemos todo o cuidado em nosso esforço individualista, nas edificações do mundo, convictos de que responderemos pela nossa atuação pessoal, em todos os quadros da vida.
Colaboremos no bem com o entusiasmo de quem reconhece a utilidade da própria ação, nos círculos do serviço, mas sem paixões destruidoras que nos amarrem às ilhas do isolacionismo.
Apresentemos nosso trabalho ao Senhor, diariamente, e peçamos a Ele destrua as particularidades em desacordo com os seus propósitos soberanos e justos, rogando-Lhe visão e entendimento.
Seremos compelidos a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a construir o santuário que nos seja próprio.
No desdobramento desse serviço, porém, jamais nos esqueçamos de que todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 71, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem:  http://trespach.com.br/know-how/

quinta-feira, 7 de março de 2019

AMOR E DESAPEGO


AMOR E DESAPEGO[1]

O amor propicia o desapego a tendências negativas, pessoas, coisas e utilidades.
Indispensável tornar o amor um estado de espírito, uma condição natural no processo de crescimento interior, uma fatalidade que deve ser conseguida quanto antes.
A medida que se posterga a vivência desse sentimento, que é força vital e dinamizadora, o sentido existencial padece hipertrofia de finalidade, porque destituído de riqueza, de aspirações do belo, do bom, do libertador. Mesmo que vicejem tais aspirações, apresentam-se debilitadas, porque procedem dos sentidos físicos, de ambições egoístas, de necessidades para o prazer, sem o contributo valioso e de profundidade, que tem por base o Espírito em si mesmo e suas legítimas ambições de imortalidade e triunfo sobre as vicissitudes e amarras com a retaguarda.
Amar deve significar a aspiração máxima do ser que transborda de emoções relevantes e deseja reparti-las a mancheias, como quem distribui luz objetivando a vitória sobre toda treva, qualquer sombra.
Essa força, que domina o coração e se expande mediante as ações, altera por completo o rumo da existência física, concedendo-lhe um colorido especial e uma finalidade superior, que deve ser buscada sem cansaço, adornada de otimismo e de paz.
Trazer esse amor para todos os momentos da vida é torná-la digna de ser experienciada, capaz de ser transformada em triunfo.
A Humanidade sempre teve expoentes desse amor, que lhe constituíram razão de desenvolvimento e de conquistas em todos os setores do processo de crescimento moral, intelectual, artístico, cultural, tecnológico, religioso, espiritual, sem cujo contributo, por certo, as criaturas ainda se encontrariam às faixas primitivas do processo da evolução.
Foram esses homens e mulheres forjados no amor e distribuidores de amor, que se olvidaram de si mesmos, que promoveram a espécie aos patamares de que hoje desfruta.
Não pensaram primeiro em si, mas desenvolveram interiormente a capacidade de doação, de tal forma que o bem geral constituiu-lhes o motivo para que lutassem estoicamente, vencendo os próprios limites e dificuldades, de maneira que a enfermidade, a intolerância, o atraso moral e mental dos seus coevos não se lhes transformaram em impedimento para a construção do mundo melhor. E mesmo quando se lhes exigiam a existência, deram-na, fiéis à confiança e certeza de que o seu era o trabalho de libertação das massas e de promoção da sociedade.
Tornaram-se modelos porque demonstraram que a felicidade é mais risonha quando objetiva o próximo sem detença, oferecendo-lhe motivações para existir e seguir adiante, conquistando espaços de harmonia.
Isso ocorre porque, toda vez que alguém se ilumina pela chama do amor, oferece mais claridade ao mundo, torna-o melhor e enseja que outras vidas também se clarifiquem, libertando-se dos atavismos cruéis da ignorância, do preconceito, da crueldade. O amor é sempre feito de compaixão e torna-se finalidade essencial da vida por expressar valores que não se amontoam, que não enferrujam e ninguém consegue roubar, porque se encontram à disposição de todo aquele que os deseje possuir, recebendo-os jovialmente e de maneira especial.
O nosso amor modifica a estrutura da sociedade, que se encontra vitimada pelas guerras e por diversas calamidades que geram sofrimento e alucinação.
Com a contribuição do amor, modificam-se essas condições, e, graças à Ciência e à Tecnologia que aproximam criaturas e povos, ninguém mais desconhece as necessidades que afligem o mundo, permanecendo indiferente ao seu destino amargo.
Assim, qualquer contribuição de afeto, por pensamento, mediante palavras e através de atos, encarrega-se de tornar menos densa a psicosfera em que se movimentam os seres, menos venenoso o ódio que campeia desenfreado, mais animador o espírito de competitividade sem os extremos de dominação e de arbitrariedade.
Isso porque o amor é destituído de vilania e de interesses doentios.
O amor propicia o desapego a tendências negativas, pessoas, coisas e utilidades.
É imparcial e generoso para com tudo e com todos, não se permitindo prender, escravizar-se ou reter, impedindo o avanço de outrem, a realização pessoal do ser amado, nem acumulando recursos amoedados ou não, que se transformam em cárcere de sofrimento.
Nesse cometimento em favor do desapego, vale ressaltar que o mais difícil é a libertação das impressões perturbadoras que remanescem no imo como herança do passado infeliz, transformando-se em ressentimentos, ódios, angústias, ciúmes, que necessitam ser superados.
É comum negar-se essas vivas expressões perniciosas do caráter, recalcando-as, sem as eliminar, o que lhes permite reaparecer com frequência, dominando as paisagens interiores e asfixiando as aspirações da felicidade.
Um esforço honesto para reconhecer-lhes a presença dominadora auxilia no empreendimento pela sua superação. Aceitar a sua existência não significa concordar com as manifestações que irrompem com periodicidade, mas substituir, lentamente que seja, porém com denodo, cada uma dessas paixões nefastas, abrindo espaços para o surgimento dos valores positivos, do amor que deverá predominar.
Nesse campo emocional, que está sendo arado com bondade e coragem de produzir melhor, despontam então a alegria, a paz, a vida exuberante, que passam a substituir aqueles cruéis inimigos da plenitude.
O amor preenche os vazios interiores, fazendo que desapareçam as falsas necessidades externas. Por isso, amplia-se sempre no rumo do infinito, envolvendo aqueles que se encontram próximos como a todos quantos se situam a distância.
Quando atinge o seu clímax, tem características idênticas em relação àqueles aos quais se direciona, sem privilégios nem imposições.
Por isso renuncia, ensinando que a posse excessiva é crime contra a es-cassez dominante.
Da mesma forma, demonstra que os atavismos perversos, a que muitos indivíduos se vinculam, necessitam ser deixados à margem, superados e substituídos, sem saudades ou tormentos, abrindo veredas a experiências novas e a realizações pacificadoras.
É certo que tal providência exige coragem e combatividade, espírito que anseia pelo progresso e se ama, tomando a decisão de não mais permanecer na retaguarda do processo evolutivo, em razão da lucidez mental de que se sente possuidor.
O desapego material é importante na desincumbência do esforço por amar, no entanto, mais grave e significativo é o de natureza emocional, em referência aos vícios, às tendências primitivas, aos sentimentos inferiores.
Não dês guarida à atração do mal, seja como for que se te apresente.
Ama-te, a ponto de te transformares em exemplo de vitória sobre a inferioridade moral, tornando-te cooperador do esforço que outros envidem no mesmo sentido.
Assim, compreenderás quanto é difícil para o próximo libertar-se daquilo que nele te desagrada, em face do que em ti igualmente a outros perturba.
Esse amor, que se inicia no teu esforço, em breve tomará conta de ti com tal força que não mais haverá espaço interior senão para amar e servir..


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.