sexta-feira, 22 de março de 2019

FALATÓRIOS


FALATÓRIOS[1]

"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade."
Paulo
II Timóteo, 2:16
Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.
A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir-lhes os focos essenciais.
Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate ao álcool e à sífilis?
Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.
Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.
Raros meditam nisto.
Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?
Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.
A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.
Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?
Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando-lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?
Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.
Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.
Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.
Falatório é desperdício.
E quando assim não seja não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando espíritos valorosos e comunidades inteiras.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 72, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
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quarta-feira, 20 de março de 2019

ESCOLA DAS ALMAS


ESCOLA DAS ALMAS[1]

Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.
Quando a palavra divina terminou a formosa preleção, a sogra de Pedro indagou inquieta:
— Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?
Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:
— Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos. No começo é a promessa de paz e compreensão, entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores...
Reparando que a senhora galileia se sensibilizara até às lágrimas, deu-se pressa Jesus em responder:
— O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
E, sorrindo, perguntou:
— Que fazes inicialmente as lentilhas, antes de servi-las à refeição?
A interpelada respondeu titubeante:
— Naturalmente, Senhor, cabe-me levá-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas. Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.
— Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa?
— De modo algum; — tornou a velha humilde — antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno. Sem essa medida...
O Divino Amigo então considerou:
— Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai. O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador. O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual. O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições.
Nunca notou a rapidez da existência de um homem?
A vida carnal é idêntica à flor da erva. Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece... O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna. Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.
A sogra de Simão escutou atenciosa, e ponderou:
— Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem; no entanto, jamais aprendem.
O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar:
— Que fazes das lentilhas endurecidas que não cedem à ação do fogo?
— Ah! Sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.
Ocorre o mesmo — terminou o Mestre — com a alma rebelde às sugestões edificantes do lar.
A luta comum mantém a fervura benéfica, todavia, quando chega a morte, a grande selecionadora do alimento espiritual para os celeiros de Nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.


[1] Livro: Jesus no Lar – psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Néio Lucio. FEB, Cap.02. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: http://chicodeminasxavier.com.br/como-manter-boa-vibracao-no-lar/

domingo, 17 de março de 2019

NO CLIMA DA ORAÇÃO


NO CLIMA DA ORAÇÃO[1]
Meimei

A oração nem sempre nos retira do sofrimento, mas sempre nos reveste de forças pra suportá-lo
Não nos afasta os problemas do cotidiano, entretanto, nos clareia o raciocínio, a fim de resolvê-los com segurança.
Não nos modificam as pessoas difíceis dos quadros de convivência, no entanto, nos ilumina os sentimentos, de Modo a aceitá-las como são.
Nem sempre nos cura as enfermidades, contudo, em qualquer ocasião, nos fortalece para o tratamento preciso.
Não nos imuniza contra a tentação, mas nos multiplicam as energias para que lhe evitemos a intromissão, sempre a desdobra-se, através de influências obsessivas.
Não nos livra da injúria e da perseguição, entretanto, se quisermos, ei-la que nos sugere o silêncio, dentro do qual deixaremos de ser instrumentos para a extensão do mal.
Não nos isenta da incompreensão alheia, porém, nos inclina à tolerância para que a sombra do desequilíbrio não nos atinja o coração.
Nem sempre nos evitará os obstáculos e as provações do caminho que nos experimentem por fora, mas sempre nos garantirá a tranquilidade, por dentro de nós, induzindo-nos a reconhecer que, em todos os acontecimentos da vida, Deus nos faz sempre melhor.


[1] Livro: Tende Bom Animo – psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos Antonio Baccelli, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem: https://www.espiritabrasil.com.br/oracao-espirita-acalmar-coracao/

sábado, 16 de março de 2019

APRENDAMOS QUANTO ANTES


APRENDAMOS QUANTO ANTES[1]

“Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele.”
Paulo
Colossenses, 2:6

Entre os que se referem a Jesus Cristo podemos identificar duas grandes correntes diversas entre si: a dos que o conhecem por informações e a dos que lhe receberam os benefícios. Os primeiros recolheram notícias do Mestre nos livros ou nas alheias exortações, entretanto caminham para a situação dos segundos, que já lhe receberam as bênçãos. A estes últimos, com mais propriedade, dever-se-á falar do Evangelho.
Como encontramos o Senhor, na passagem pelo mundo?
As vezes, sua divina presença se manifesta numa solução difícil de problema humano, no restabelecimento da saúde do corpo, no retorno de um ente amado, na espontânea renovação da estrada comum para que nova luz se faça no raciocínio.
Há muita gente informada com respeito a Jesus e inúmeras pessoas que já lhe absorveram a salvadora caridade.
É indispensável, contudo, que os beneficiários do Cristo, tanto quanto experimentam alegria na dádiva, sintam igual prazer no trabalho e no testemunho de fé.
Não bastará fartarmo-nos de bênçãos.
É necessário colaborarmos, por nossa vez, no serviço do Evangelho, atendendo-lhe o programa santificador.
Muitas recapitulações fastidiosas e muita atividade inútil podem ser peculiares aos espíritos meramente informados; todavia, nós, que já recebemos infinitamente da Misericórdia do Senhor, aprendamos, quanto antes, a adaptação pessoal aos seus sublimes desígnios.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 72 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
   Fonte da imagem:  https://espiritismoeconhecimento.wordpress.com/2015/09/18/aprendamos/

sexta-feira, 15 de março de 2019

NÃO AS PALAVRAS


NÃO AS PALAVRAS[1]

"Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então conhecerei não as palavras dos que andam inchados, mas a virtude."
Paulo
I Coríntios, 4:19

Cristo e os seus cooperadores não virão ao encontro dos aprendizes para conhecerem as palavras dos que vivem na falsa concepção do destino, mas sim dos que se identificaram com o espírito imperecível da construção evangélica.
É indubitável que o Senhor se interessará pelas obras; contudo, toda vez que nos reportamos a obras, geralmente os ouvintes somente se lembram das instituições materiais, visíveis no mundo, ricas ou singelas, simples ou suntuosas.
Muita vez, as criaturas menos favorecidas de faculdades orgânicas, qual o cego ou o aleijado, acreditam-se aniquiladas ou inúteis, ante conceituação dessa natureza.
É que, comumente, se esquece do homem das obras de santificação que lhe compete efetuar no próprio espírito.
Raros entendem que é necessário manobrar pesados instrumentos da vontade a fim de conquistar terreno ao egoísmo; usar enxada de esforço pessoal para o estabelecimento definitivo da harmonia no coração. Poucos se recordam de que possuem ideias frágeis e pequeninas acerca do bem e que é imprescindível manter recursos íntimos de proteção a esses germens para que frutifiquem mais tarde.
É lógico que as palavras dos que não vivem inchados de personalismo serão objeto das atenções do Mestre, em todos os tempos, mesmo porque o verbo é também força sagrada que esclarece e edifica. Urge, todavia, fugir aos abusos do palavrório improdutivo que menospreza o tempo na "vaidade das vaidades".
Não olvides, pois, que, antes das obras externas de qualquer natureza, sempre fáceis e transitórias, tens por fazer a construção íntima da sabedoria e do amor, muito difícil de ser realizada, na verdade, mas, por isto mesmo, sublimada e eterna.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 72, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.
Fonte de imagem:  https://www.fatosdesconhecidos.com.br/25-palavras-da-lingua-portuguesa-que-voce-provavelmente-nao-conhece/

quinta-feira, 14 de março de 2019

AMOR E INTERAÇÃO


AMOR E INTERAÇÃO[1]

Passo a passo, o amor vai produzindo interação entre aquele que ama e todos quantos são amados.
Quando o amor é pleno, interage com tudo e com todos.
Modifica o ambiente em que se apresenta e transforma o mundo, porque a sua óptica é correta, sem as distorções que caracterizam os tormentos humanos.
Até que alcance esse nível de elevação, transita por diversas fases de desenvolvimento e de fixação emocional.
A princípio, é temeroso, embora a ambição de crescimento; se expressa com excessivo cuidado, evitando qualquer constrangimento; limita-se a grandes silêncios, por insegurança de expandir-se verbalmente; disfarça-se em outras expressões, a fim de não ser incompreendido. Somente com os instrumentos da perseverança e da certeza da sua vitória, expande-se e avança galhardamente, ganhando espaço.
Não mais se preocupa com aquilo que as pessoas pensam, mas se tranquiliza pelo que proporciona de agradável e compensador a benefício geral.
Reconhece que, se não conseguir modificar as pessoas amadas, o que também dependerá delas mesmas, auxiliá-las-á a sentir-se compreendidas e envolvidas pela ternura, o que lhes corresponderá a estímulos especiais para que se transformem para melhor.
Passo a passo, vai produzindo interação entre aquele que ama e todos quantos são amados.
Vínculos especiais de confiança e consideração se estabelecem, evitando-se os atritos de opinião, as agressões no comportamento, as tricas e maledicências habituais, porque todos sabem que os melhores recursos para uma convivência feliz são o diálogo e o respeito que se devem dedicar ao próximo, a fim de que os receba como natural efeito da conduta vivenciada.
Não há por que concluir-se equivocadamente, diante de situações complexas e comprometedoras, quando se pode perguntar, procurando respostas esclarecedoras e oportunidades de retificação do que não se encontre conforme deveria.
Conclui-se que, em favor de uma interação verdadeira, torna-se imperioso aprender a ouvir o outro, a auscultar-lhe os sentimentos, de forma que seja factível a convivência agradável, ou pelo menos respeitosa.
Compreende-se que os desafios que se experimentam não são diferentes daqueles que afetam a outra pessoa, talvez em situação mais melindrosa ou grave.
Somente através de uma introspecção para a autoanálise, poder-se-á descobrir quais os maiores desafios para a convivência correta com o próximo, assim entendendo que ele também enfrenta situação interior equivalente, que lhe impede o avanço fraternal e afetuoso, sobrecarregado de suspeitas, de resíduos emocionais perturbadores e de intuições espirituais negativas.
A visão do ser humano correta é aquela que o abrange também como Espírito que é, em luta contínua contra as marcas que procedem do seu passado, os hábitos doentios que permanecem na sua economia comportamental. Por consequência, as influências psíquicas de que se vê objeto, sejam aquelas que se estabelecem mente a mente encarnadas ou que provêm de inimigos e antipatizantes que deixou na retaguarda da evolução, hoje interessados na sua desdita, em razão do atraso em que se demoram.
A interação, no caso, dar-se-á de maneira especial, através da compaixão, da bondade, da paciência.                                                                                                                                  
Ninguém ascende ao topo da montanha sem antes superar-lhe o sopé.
Na baixada ou no vale em que o indivíduo se situa, a visão do seu todo é impossível, porém, à medida que vão sendo vencidos os primeiros lances, mais coragem e estímulo para o avanço se tornam presentes ante a perspectiva de vislumbrar toda a paisagem.
Ao alcançar-se o acume, o oxigênio é mais puro e o deslumbramento toma conta do vencedor, por conseguir um infinito à sua frente, convidando-o à reflexão, à análise do próprio limite e pequenez.
Assim também é o amor. Nas primeiras experiências, surgem os sentimentos controvertidos, os interesses mesquinhos e habituais, as paixões em predomínio, que se imiscuem dificultando a sua instalação plenificadora.
Frágil, espera a força da retribuição para prosseguir; incipiente, necessita de estímulos para avançar; sem profundidade, pensa em benefícios que ainda não oferece; receoso, aguarda confirmações que não chegam...
Insistindo, porém, modifica a estrutura e passa a expandir-se com naturalidade, porque se vai empolgando com o próprio ato de ser quem ama.
Na primeira fase, porque se encontra com frustrações e irritações, procurando o amor como solução ou fuga para o não enfrentamento da realidade difícil em que se debate claro está que não será dessa forma que o encontrará.
Se, no entanto, reflexiona que esse estado de ansiedade deverá ser resolvido antes, a fim de dar guarida ao sentimento afetivo, modifica-se a situação e surgem as manifestações reais do sentimento a que aspira por interação com o mundo e as suas criaturas.
Uma suave calma se lhe apossa e dúlcida alegria de viver desenha-se-lhe no íntimo, não mais se afligindo com as mesquinharias do cotidiano, nem se permitindo golpear portas e paredes, mesas e móveis outros quando as ocorrências não se lhe apresentam ou resultam agradáveis.
A compreensão dos acontecimentos faz-se diferente e a descoberta de que os problemas devem ser enfrentados conforme surgem e da maneira mais pacificadora, proporciona bem-estar.
Não mais a irritação e o descontrole tomam conta das suas atitudes, por desnecessários, havendo outras manifestações de conduta mais compatíveis com a necessidade de solução dos problemas e dos desafios.
Esse é o primeiro milagre produzido pelo amor: a mudança em torno dos fenômenos humanos e do mundo com real perspectiva em torno do futuro que a todos aguarda.
Logo após, dilata-se a compreensão em torno do estágio que se vive na Terra, facultando maior entendimento em torno das lutas da evolução e dos conflitos gerais.
Descobre-se qual a mais valiosa contribuição que se pode dar em favor da modificação para melhor do que está ocorrendo na atualidade de qualquer tempo.
Conscientizando-se do valor oportuno e grandioso que pode oferecer, mesmo que se apresente de pequena monta, é exatamente esse que irá contribuir em favor da modificação das estruturas gerais da sociedade combalida e aflita.
Naturalmente surge uma interação entre o indivíduo e a comunidade.
Ele se torna elemento de vital importância em favor do bem geral.
O Evangelho de Jesus propõe a todos os indivíduos que são necessários buscar para alcançar, o que equivale dizer que se torna indispensável o esforço que todos devem empreender em favor da procura do bem, da sua instalação no íntimo e da sua interação com a Humanidade.
Nada melhor nem mais poderoso do que o amor para esse desiderato.
Essa busca deverá ser consciente e constante, a fim de poder-se alcançar a meta que se tem em mente e se torna essencial para a existência feliz.


[1] Livro: Garimpo de amor – Ditado pelo Espírito Joana de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Edit. LEAL. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quarta-feira, 13 de março de 2019

VERDADES E FANTASIAS


VERDADES E FANTASIAS[1]


“Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.”
Jesus
João, 8:45

O mundo sempre distingue ruidosamente os expositores de fantasias.
É comum observar-se, quase em toda parte, a vitória dos homens palavrosos, que prometem milagres e maravilhas. Esses merecem das criaturas grande crédito. Basta encobrirem a enfermidade, a fraqueza, a ignorância ou o defeito dos homens, para receberem acatamento. Não acontece o mesmo aos cultivadores da verdade, por mais simples que esta seja. Através de todos os tempos, para esses últimos, a sociedade reservou a fogueira, o veneno, a cruz, a punição implacável.
Tentando fugir à angustiosa situação espiritual que lhe é própria, inventou o homem a “buena-dicha”, impondo, contudo, aos adivinhadores o disfarce dourado das realidades negras e duras.
O charlatão mais hábil na fabricação de mentiras brilhantes será o senhor da clientela mais numerosa e luzida.
No intercâmbio com a esfera invisível, urge que os novos discípulos se precatem contra os perigos desse jaez.
A técnica do elogio, a disposição de parecer melhor, o prurido de caminhar à frente dos outros, a presunção de converter consciências alheias, são grandes fantasias. É necessário não crer nisso. Mais razoável é compreender que o serviço de iluminação é difícil, a principiar do esforço de regeneração de nós mesmos.
Nem sempre os amigos da verdade são aceitos. Geralmente são considerados fanáticos ou mistificadores, mas... Apesar de tudo, para a nossa felicidade, faz-se preciso atender à verdade enquanto é tempo.


[1]  Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 78, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

segunda-feira, 11 de março de 2019

SOLIDÃO


SOLIDÃO[1]

“O presidente, porém, disse: — mas, que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: — seja crucificado.”
Mateus, 27:23
À medida que te elevas monte acima, no desempenho do próprio dever, experimentas a solidão dos cimos e incomensurável tristeza te constringe a alma sensível.
Onde se encontram os que sorriram contigo no parque primaveril da primeira mocidade? Onde pousam os corações que te buscava o aconchego nas horas de fantasia? Onde se acolhem quantos te partilhavam o pão e o sonho, nas aventuras ri dentes do início?
Certo, ficaram...
Ficaram no vale, voejando em círculo estreito, à maneira das borboletas douradas, que se esfacelam ao primeiro contacto da menor chama de luz que se lhes descortine à frente.
Em torno de ti, a claridade, mas também o silêncio...
Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...
Tua voz grita sem eco e o teu anseio se alonga em vão.
Entretanto, se realmente sobes, que ouvidos te poderiam escutar a grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a entender, de pronto, os teus ideais de altura?
Choras, indagas e sofres...
Contudo, que espécie de renascimento, não será doloroso?
A ave, para libertar-se, destrói o berço da casca em que se formou, e a semente, para produzir, sofre a dilaceração na cova desconhecida.
A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.
A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.
Não te canses de aprender a ciência da elevação.
Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, de cruz aos ombros feridos.
Ninguém o seguiu na morte afrontosa; à exceção de dois malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça.
Recorda-te dele e segue...
Não relaciones os bens que já espalhaste.
Confia no Infinito Bem que te aguarda.
Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o Divino Amigo dos Homens não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 70 Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.. Fonte de imagem:  http://blog.amorc.org.br/solidao/

domingo, 10 de março de 2019

MENSAGEM AOS IRMÃOS TERRESTRES


MENSAGEM AOS IRMÃOS TERRESTRES[1]

Não sofreis com as tempestades da vida...
O universo em sua sabedoria nivela todas as ações, onde até mesmo o mal, combate o próprio mal. As ações bárbaras que hoje te afligem, mais tarde serão de conhecimento unificado, entendendo que a transformação é algo divino e vindouro.
Todo aquele que aflige mal a outrem no estado atual de existência, será o mesmo que fará imenso bem ao que hoje por ventura comete o mal em tamanha ignorância.
Somos todos, crianças diante de nosso pai, que nos compreende em todas as adversidades; como julgar o ato de uma criança, que nada sabe o que se faz, dentre todas suas ações? 
A vida é a estrada; onde a dor, o amor e a tempestades de sentimentos são experimentados em todos seus níveis. Só depois de entendermos cada essência existencial sob cada sentimento, é que poderemos compreender cada ato dentro de cada processo.
Esperamos sempre do mestre Jesus toda sua sabedoria e clemência para conosco, da mesma forma que esperamos de um ser de vibração inferior atitudes que lhe convém a seu estado, o que ainda assim é errado, pois ainda assim estaremos em processo de julgamento.
As escolhas moldam o destino, todos aqueles que tomam a luz em seus corações tem a verdade de Cristo dentro de cada processo e vivência, seja em que estado estejam atualmente, estarão contribuindo com o ciclo da existência universal vigente, onde todos vivenciam o que precisam vivenciar em todas as esferas da evolução.
Então mediante a entrega que se realiza aos teus olhos e ouvidos, compreendamos que não existe certo e errado e sim momentos de existência plena ou de ignorância.
A capacidade existe a qualquer um que, de boa vontade queira ajudar o grande Pai. Mas antes é necessário entender a si em todas as suas cadeias e coexistência una, para que assim possa compreender também todos que por ventura recusem tua ajuda, quando lhe for dado o estender das mãos. 
Olhemos sempre além aos que os olhos podem ver, assim começaremos a ter uma ideia mais próxima de que o universo é perfeito em suas escolhas e que todo ciclo é perfeito e pleno, dentro da grande morada do pai eterno.
Saint Louis.


[1] Origem: Mensagem escrita por Igor Gama em 05.03.2019