domingo, 8 de julho de 2018

SOMENTE ASSIM


SOMENTE ASSIM[1]

“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.”
Jesus
João, 15:8
Em nossas aflições, o Pai é invocado.
Nas alegrias, é adorado.
Na noite tempestuosa, é sempre esperado com ânsia.
No dia festivo, é reverenciado solenemente.
Louvado pelos filhos reconhecidos e olvidados pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos.
Ensina o verme a rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar.
Ninguém duvide, porém, quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em existência, ajuda-nos a crescer e a servi-Lo, para que, um dia, nos integremos vitoriosos, em seu divino amor e possamos glorificá-Lo.
Nunca chegaremos, contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios.
Nossos ideais superiores são imprescindíveis, e no fundo assemelham-se às flores mais belas e perfumosas da árvore. Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável, e, em essência, constitui a robustez do tronco respeitável. Nossas aspirações elevadas são preciosas e necessárias, e representam as folhas vivas e promissoras.
Todos esses requisitos são imperativos da colheita.
Assim também ocorre nos domínios da alma.
Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno.
Por isso mesmo, o Mestre foi claro em sua afirmação.
Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto, somente assim o Pai será por nós glorificado e só nessa condição seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 45, Edit. FEB - Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sábado, 7 de julho de 2018

VÓS, PORTANTO...


VÓS, PORTANTO...[1]


"Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza."
Pedro
II Pedro, 3:17

O esclarecimento íntimo é inalienável tesouro dos discípulos sinceros do Cristo.
O mundo está cheio de enganos dos homens abomináveis que invadiram os domínios da política, da ciência, da religião e ergueram criações chocantes para os espíritos menos avisados; conta-se por milhões as almas com eles arrebatadas às surpresas da morte e absolutamente desequilibradas nos círculos da vida espiritual.
Do cume falso de suas noções individualistas precipitam-se em despenhadeiros apavorantes, onde perdem a firmeza e a luz.
Grande número dos imprevidentes encontra socorro justo, porquanto desconheciam a verdadeira situação. Não se achavam devidamente informados. Os homens abomináveis ocultavam-lhes o sentido real da vida.
Semelhante benemerência, contudo, não poderá atingir os aprendizes que conhecem, de antemão, a verdade.
O aluno do Evangelho somente se alimentará de equívocos deploráveis, se quiser. Rodopiará, por isso mesmo, no torvelinho das sombras se nele cair voluntariamente, no capítulo da preferência individual.
O ignorante alcançará justificativa.
A vítima será libertada.
O doente desprotegido receberá enfermagem e remédio.
Mas o discípulo de Jesus, bafejado pelos benefícios do Céu todos os dias, que se rodeia de esclarecimentos e consolações, luzes e bênçãos, esse deve saber, de antemão, quanto lhe compete realizar em serviço e vigilância e, caso aceite as ilusões dos homens abomináveis, agirá sob a responsabilidade que lhe é própria, entrando na partilha das aflitivas realidades que o aguardam nos planos inferiores.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 43, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

QUANDO ORARDES


QUANDO ORARDES[1]


“E, quando estiverdes orando, perdoai.”
Jesus
Marcos, 11:25

A sincera atitude da alma na prece não obedece aos movimentos mecânicos vulgares.
Nas operações da luta comum, a criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo; todavia, quando se volta a alma aos santuários divinos do plano superior, através da oração, põe-se a consciência em contacto com o sentido eterno e criador da vida infinita.
Examine cada aprendiz as sensações que experimenta em se colocando na posição de rogativa ao Alto, compreendendo que se lhe faz indispensável à manutenção da paz interna perante as criaturas e quadros circunstanciais do caminho.
A mente que ora, permanece em movimentação na esfera invisível.
As inteligências encarnadas, ainda mesmo quando se não conheçam entre si, na pauta das convenções materiais, comunicam-se através dos tênues fios do desejo manifestado na oração.
Em tais instantes, que devemos consagrar exclusivamente à zona mais alta de nossa individualidade, expedimos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades que procuram objetivo adequado.
É digno de lástima todo aquele que se utiliza da oportunidade para dilatar a corrente do mal, consciente ou inconscientemente.
É por este motivo que Jesus, compreendendo a carência de homens e mulheres, isentos de culpa lançou este expressivo programa de amor, a benefício de cada discípulo do Evangelho: — “E, quando estiverdes orando, perdoai.”.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 45, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

CONVERSAR


CONVERSAR[1]


“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem.”
Paulo.
Efésios, 4:29

O gosto de conversar retamente e as palestras edificantes caracterizam as relações de legítimo amor fraternal.
As almas que se compreendem, nesse ou naquele setor da atividade comum; estimam as conversações afetuosas e sábias, como escrínios vivos de Deus, que permutam, entre si, os valores mais preciosos.
A palavra precede todos os movimentos nobres da vida. Tece os ideais do amor, estimula a parte divina, desdobra a civilização, organiza famílias e povos.
Jesus legou o Evangelho ao mundo, conversando.
E quantos atingem mais elevado plano de manifestação, prezam a palestra amorosa e esclarecedora.
Pela perda do gosto de conversar com alguém, pode o homem avaliar se está caindo ou se o amigo estaciona em desvios inesperados.
Todavia, além dos que se conservam em posição de superioridade, existem aqueles que desfiguram o dom sagrado do verbo, compelindo-o às maiores torpezas.
São os amantes do ridículo, da zombaria, dos falsos costumes. A palavra, porém, é dádiva tão santa que, ainda aí, revela aos ouvintes corretos a qualidade do espírito que a insulta e desfigura, colocando-o, imediatamente, no baixo lugar que lhe compete nos quadros da vida.
Conversar é possibilidade sublime.
Não relaxes, pois, essa concessão do Altíssimo, porque pela tua conversação serás conhecido.


[1] Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 45, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

TENHAMOS FÉ


TENHAMOS FÉ[1]

 “... vou preparar-vos lugar.”
Jesus
João, 14:2

Sabia o Mestre que, até à construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem viveriam na condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas, todavia, "sem lugar" adequado aos sublimes ideais que entesouram.
Efetivamente, o cristão leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:
Por destoar, quase sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a descaridosa opinião de muitos.
Se exercita a humildade, é tido à conta de covarde.
Se adota a vida simples, é acusado pelo delito de relaxamento.
Se busca ser bondoso, é categorizado por tolo.
Se administra dignamente, é julgado orgulhoso.
Se obedece quanto é justo, é considerado servil.
Se usa a tolerância, é visto por incompetente.
Se mobiliza a energia, é conhecido por cruel.
Se trabalha, devotado, é interpretado por vaidoso.
Se procura melhorar-se, assumindo responsabilidades no esforço intensivo das boas obras ou das preleções consoladoras, é indicado por fingido.
Se tenta ajudar ao próximo, abeirando-se da multidão, com os seus gestos de bondade espontânea, muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos interesses próprios.
Apesar de semelhantes conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo, em nome do Senhor.
Reconhecendo que o domicílio de seus seguidores não se ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes prepararia lugar na vida mais alta.
Continuemos, pois, trabalhando com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores provisoriamente distanciados do verdadeiro raro "Há muitas moradas na Casa do Pai."
E o Cristo segue servindo, adiante de nós.
Tenhamos fé.



[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 44, Edit. FEB - Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

terça-feira, 3 de julho de 2018

AFIRMAÇÃO E AÇÃO


AFIRMAÇÃO E AÇÃO[1]

"Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer eu a vontade daquele que me enviou, e cumprir a sua obra."
João 4:34

Aqui e ali, encontramos crentes do Evangelho invariavelmente prontos a alegar a boa intenção de satisfazer os ditames celestiais.
Entregam-se alguns à ociosidade e ao desânimo e, com manifesto desrespeito às sagradas noções da fé, asseguram ao amigo ou ao vizinho que vive atendendo às determinações do Todo-Poderoso.
Não são poucos os que não preveem, nem providenciam a tempo e, quando tudo desaba, quando as forças inferiores triunfam, eis que, em lágrimas, declaram que foram obedecidas as ordens do Altíssimo.
No que condiz, porém, com a atuação do Pai, urge reconhecer que, se há manifestação de sua vontade, há, simultaneamente, objetivo e finalidade que lhe são consequentes.
Programa elevado, sem concretização, é projeto morto.
Deus não expressaria propósitos a esmo.
Em razão disso, afirmou Jesus que vinha ao mundo fazer a vontade do Pai e cumprir-lhe a obra.
Segundo observamos, não se reportava somente ao desejo paternal, mas igualmente à execução que lhe dizia respeito.
Não é razoável permanecer o homem em referências infindáveis aos desígnios do Alto, quando não cogita de materializar a própria tarefa.
O Pai, naturalmente, guarda planos indevassáveis acerca de cada filho.
É imprescindível, no entanto, que a criatura coopere na objetivação dos propósitos divinos, em si própria; compreendendo que se trata de lamentável abuso muita alusão à vontade de Deus quando vivemos distraídos do trabalho que nos compete.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 42, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.

domingo, 1 de julho de 2018

DEIXE A RAIVA SECAR


DEIXE A RAIVA SECAR[1]
Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Júlia, sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia, porque ia sair com sua mãe naquela manhã. Júlia, então, pediu à coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá, para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Está vendo, mamãe, o que a Julia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria ir ao apartamento de Júlia pedir explicações. Mas a mamãe, com muito carinho, ponderou:
Filhinha lembra aquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? 
Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra o que a vovó falou? 
Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha! Com a raiva e a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro. Depois, fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão.
Logo depois, alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
Mariana sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? 
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa.
Não tem problema, disse Mariana: MINHA RAIVA JÁ SECOU.
E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar historia do vestido novo que havia sujado de barro.
Antes de cometer injustiças sem saber da real situação, deixe a raiva secar...
SERÁ QUE A RAIVA SECA MESMO?!



sábado, 30 de junho de 2018

O ASSASSÍNIO


O ASSASSÍNIO[1]
Em pleno século 20[2] homens existem que ainda defendem com ardor a pena capital para certos criminosos e, em vários casos, o direito de matar.
Pela regra argumentam que o sexto mandamento não pode ser interpretado em sentido absoluto, que o próprio Deus teria estatuído uma série de circunstâncias e de motivos em que o assassínio seria não apenas lícito, mas até aconselhável ou necessário.
Surgem, então, citações do V. T. quais as seguintes: “Se algum boi escornear homem ou mulher, que morra, será apedrejado, e não se comerão as suas carnes; o dono do boi, contudo, será inocente. Mas se o boi era escorneador[3] e o seu dono foi conhecedor disso e não o encurralou, matando homem ou mulher, o boi será apedrejado e também o seu dono morrerá.”
“A feiticeira não deixarás viver.”
“Todo aquele que se deitar com animal, morrerá.”
“O que sacrificar aos deuses, e não só ao Senhor, será morto.” (Êxodo)
“Se um homem tiver um filho contumaz e insolente, que não está pelo que seu pai e sua mãe lhe ordenam, e, castigado, recusar com desprezo obedecer-lhes, pegarão nele e o levarão aos anciães daquela cidade e, à porta onde se fazem os juízos, lhes dirão: Este nosso filho é rebelde e contumaz, despreza as nossas admoestações, passa a vida em comezainas, dissoluções e banquetes.
O povo da cidade o apedrejará e ele morrerá, para que assim tireis o mal do meio de vós. (Deuteronômio)
Ainda segundo o Velho Testamento, Moisés teria recebido, diretamente de Deus, ordens taxativas e peremptórias para eliminar os transgressores da fé judaica e os adversários do povo judeu, como se vê nos seguintes excertos:
“Estando os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado, o qual foi metido em prisão, porque ainda não se sabia o que deviam fazer com ele. Disse então o Senhor a Moisés: Este homem morra de morte, todo o povo o apedreje fora do arraial. Toda a congregação o lapidou, e o tal homem morreu, como o Senhor ordenara a Moisés.” (Números, 15: 32-36)
“Das cidades destas nações que o Senhor teu Deus te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida, antes de destruí-las, para que não vos ensinem as abominações que fizeram a seus deuses, e peque contra o Senhor vosso Deus.” (Deuteronômio)
Não é de se admirar, portanto, que, seguindo à risca tais prescrições, os reis de Israel tenham praticado os crimes mais horripilantes.
Uma pequena amostra: Ajuntou David todo o povo e marchou contra Rabbath: e depois de combatida, a tomou... E trazendo os seus moradores, os mandou serrar, e que passassem por cima deles carroças ferradas, e que os fizessem em pedaços com cutelos, e os botassem em fornos de cozer tijolo.
“Assim o fez com todas as cidades dos amonitas[4], etc.” (II Reis, 12:29-31.)
Se tais sentenças procedessem realmente de Deus — agora somos nós que o dizemos  — não haveria porque hesitarmos na prática de qualquer assassínio, visto que o (mau) exemplo viria de cima.
Já é tempo, entretanto, de sabermos que tudo o que se contém na Bíblia, em contraposição ao Decálogo, não é e nem poderia ser de origem divina, mas tão somente preceitos humanos, quase sempre outorgados por Moisés para o povo judeu e para aquela época de ignorância e barbarismo.
Tanto assim que o Cristo, várias vezes, após fazer referência a eles, acrescentava: “eu, porém, vos digo”, e se punha a ensinar coisas diametralmente[5] opostas.
Efetivamente, Aquele que ditou o NÃO MATARÁ e “em quem não há mudança nem sombra de variação”, segundo o apóstolo Tiago, não poderia contradizer-se, ordenando alhures: “mata, destrói, extermina!”
Não se encontra, em todo o Evangelho, uma só passagem que autorize o uso da violência, nem mesmo uma palavra ofensiva, quanto mais o assassínio!
E a Doutrina Espírita, (LE 748) em tudo conforme com a moral cristã, proclama que, mesmo quando agredido e em situação extremamente difícil, cabe ao homem apenas o direito de defender-se, de modo que possa preservar sua vida, nunca o de atentar contra a de seu agressor, pois, qualquer que seja a hipótese, é preferível morrer a ter que matar.


[1] Livro: AS LEIS MORAIS - Rodolfo Calligaris, Ed. FEB - Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação/customização do VEEM, quanto aos nossos estudos deste artigo.
[2] Hoje século 21
[3] Tratar (alguém) com desprezo; escorraçar. [Conceitos pesquisados no Google]
[4] Os amonitas foram um povo que habitava a região da Palestina. Pouco se sabe sobre a origem e os costumes desse povo. De acordo com o relato bíblico, Gênesis 19:37-38, tanto Ben-Ami (Amom) quanto Moabe nasceram de uma relação incestuosa entre  e suas duas filhas no resultado da destruição de Sodoma e Gomorra e a Bíblia refere-se aos Amonitas e aos Moabitas como os “filhos de Ló”. Na Bíblia, os amonitas e os israelitas são descritos como antagonistas mútuos. [Conceitos pesquisados no Google]
[5] Em sentido inteiramente diferente, sem nenhum ponto de convergência. [Conceitos pesquisados no Google]

sexta-feira, 29 de junho de 2018

CURAS


CURAS[1]

“E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus.”
Jesus
Lucas,10:9

Realmente Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de modo especial, aos discípulos.
Todavia, o Médico Celestial não se esqueceu de requisitar ao Reino Divino quantos se restauram nas deficiências humanas.
Não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos expressamos, mas, acima de tudo, o corretivo espiritual.
Que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor da saúde.
Existe, porém, tanta dificuldade para compreendermos a lição oculta da moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos o apelo ao trabalho santificante que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico.
Permitiria o Senhor à constituição da harmonia celular apenas para que a vontade viciada viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do espírito?
O enfermo pretenderá o reajustamento das energias vitais, entretanto, cabe-lhe conhecer a prudência e o valor dos elementos colocados à sua disposição na experiência edificante da Terra.
Há criaturas doentes que lastimam a retenção no leito e choram aflitas, não porque desejem renovar concepções acerca dos sagrados fundamentos da vida, mas por se sentirem impossibilitadas de prolongar os próprios desatinos.
É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para isto, contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o interessado na bênção reconsidere as questões que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para seu espírito um novo dia no caminho redentor.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 44, Edit. FEB. Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.