terça-feira, 12 de junho de 2018

CONHECENDO SOBRE ORGULHO


ORGULHO[1]

Na vida nada está perdido; aliás, existe a época certa para cada saber, e o que é preciso para se desenvolver.
Desprezar é sentir ou manifestar desconsideração por alguém ou por alguma coisa; portanto, é uma atitude sempre inadequada nas estradas de nossa existência evolutiva.
Menosprezar é um sentimento pelo qual nos colocamos acima de tudo e de todos, avaliando com arrogância os acontecimentos e os fatos do alto da “torre do castelo” de nosso orgulho.
A nenhuma coisa ou criatura deve-se atribuir o termo “desprezível”, pois tudo o que existe sobre a Terra é criação divina; logo, útil e proveitosa, mesmo que agora não possamos compreender seu real significado.
Talvez não entendamos de imediato nosso papel na vida, mas podemos ter a certeza de que, todos são importantes e todos foram convocados a dar nossa contribuição ao Universo.
A cada instante, estamos criando impressões fortes na atmosfera espiritual, emocional, mental e física da comunidade onde vivemos. Todo envolvimento na vida tem um propósito determinado cujo entendimento, além de esclarecer nosso valor pessoal, favorecerá o amor, o respeito e a aceitação de cada um de nossos semelhantes.
Freqüentemente, dizemos que certas pessoas são indispensáveis e que muitos indivíduos são improdutivos, e perguntamos mais além: qual mesmo é o propósito da vida para com estas criaturas ociosas?
Não julguemos, com nossos conceitos apressados, os acontecimentos em nosso derredor; antes, aguardemos com calma e façamos uma análise mais profunda da situação. Assim agindo, poderemos avaliar melhor todo o contexto vivencial.
“Desempenham função útil no Universo os Espíritos inferiores e imperfeitos?
-Todos têm deveres a cumprir. Para a construção de um edifício, não concorre tanto o último dos pedreiros, como o arquiteto?”[2]
Nenhuma ocorrência, fato ou pensamento deverá ser sentido ou analisado separadamente, pois o “Grande Sistema”, que nos rege, age de forma interdependente.
Apesar de sermos únicos, todos fomos criados para contribuir coletivamente no mundo e para usar as possibilidades de nossa singularidade.
Para tudo há um sentido e uma explicação no Universo.
Sempre estará implícita uma mensagem proveitosa para nosso progresso espiritual, muitas vezes, porém, de forma inarticulada e silenciosa
Nunca nos esqueçamos de que a vida sempre agirá em nosso benefício, quer nos setores da solidão, ou de muitas companhias, ou seja, entre encontros, desencontros e reencontros. A aflição também é um benefício: “Todo sofrimento é um ato importantíssimo de conhecimento e aprendizagem.”
Se bem entendermos, no entanto, as verdadeiras intenções das lições a nós apresentadas; retiraremos tesouros imensos de progresso e amadurecimento espiritual.
As dificuldades que a vida nos apresenta têm sempre um caráter educativo.
Mesmo que as vejamos agora como castigo ou punição, mais tarde tomaremos consciência de que eram unicamente produtos de nosso limitado estado de compreensão e discernimento evolutivo.
Descobrir a vida como um todo será sempre um constante processo de trabalho dos homens.
Efetivamente, a vida é trabalho e movimento, e para fazermos nosso aprendizado evolutivo a certo “tempo de gestação”, se assim podemos dizer. Na vida nada está perdido; aliás, existe a época certa para cada saber e o que é preciso para desenvolvê-lo.
Nosso orgulho quer transformar-nos em super-homens; fazendo-nos heroicamente estressados, induzindo-nos a ser; cuidadores e juízes dos métodos de evolução da Vida Excelsa e, com arrogância, nomear os outros como desprezíveis, ociosos, improdutivos e inúteis.
Poderemos “agir no processo” de formação e progresso das criaturas, nunca “forçar o processo” ou criticar o seu andamento.
A pretensão do orgulhoso leva-o a acreditar que existe uma “santidade desvinculada da realidade humana”, ou seja, organizada e estruturada de forma diferente dos princípios pertencentes à Natureza; portanto, não é de ordem divina, mas é da mentalidade deturpada de alguns místicos do passado.
Nada é inútil no Universo.
A Divindade age sem cessar em solicitude e consideração a cada uma de suas criaturas e criações. O progresso da humanidade é inevitável. Todos; estamos progredindo e crescendo, ainda que, algumas vezes, não nos apercebamos disso.


[1] Livro: As Dores da Alma, Francisco do Espírito Santo Neto, Pelo espírito Hammed, Editora e Distribuidora Boa Nova. (Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto ao nosso estudo deste artigo.)
[2] Livro dos Espíritos, Allan Kardec Editora FEESP, questão 559 – Os Espíritos inferiores e imperfeitos desempenham também um papel útil no Universo? – Todos têm deveres a cumprir. O último dos pedreiros não concorre tão bem para a construção do edifício como o arquiteto?

segunda-feira, 11 de junho de 2018

SERVICINHOS


SERVICINHOS[1]
                                                                                                    
                                              "Antes sede uns para com os outros benignos."
Paulo
Efésios, 4:32


Grande massa de aprendizes queixa-se, por vezes, da ausência de grandes oportunidades nos serviços do mundo.
Aqui, é alguém desgostoso por não haver obtido um cargo de alta relevância; além, é um irmão inquieto porque ainda não conseguiu situar o nome na grande imprensa.
A maioria anda esquecida do valor dos pequenos trabalhos que se traduzem, habitualmente, num gesto de boas maneiras, num sorriso fraterno e consolador...
Um copo de água pura, o silêncio ante o mal que não comporta esclarecimentos imediatos, um livro santificante que se dá com amor, uma sentença carinhosa, o transporte de um fardo pequenino, a sugestão do bem, a tolerância em face de uma conversação fastidiosa, os favores gratuitos de alguns vinténs, a dádiva espontânea ainda que humilde, a gentileza natural, constituem serviços de grande valor que raras pessoas tomam à justa consideração.
Que importa a cegueira de quem recebe?
Que poderá significar a malevolência das criaturas ingratas, diante do impulso afetivo dos bons corações?
Quantas vezes, em outro tempo, fomos igualmente cegos e perversos, para com o Cristo; que nos tem dispensado todos os obséquios, grandes e pequenos?
Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para teu espírito, agora ou depois.
Sê benevolente para com aqueles que te rodeiam.
Não menosprezes os servicinhos úteis.
Neles repousa o bem-estar do caminho diário para quantos se congregam na experiência humana.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 38, Edit. FEB

domingo, 10 de junho de 2018

EM PREPARAÇÃO


EM PREPARAÇÃO[1]

“Diz o Senhor: Porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus e eles me serão por povo.”
Paulo
Hebreus 8:10
Traduziremos o Evangelho
Em todas as línguas, em todas as culturas,
Exaltando-lhe a grandeza, destacando-lhe a sublimidade, semeando-lhe a poesia, comentando-lhe a verdade, interpretando-lhe as lições, e impondo-nos ao raciocínio.
Aprimorando o coração
E reformando a inteligência,
Renovando leis,
Aperfeiçoando costumes
E aclarando caminhos...
Mas, virá o momento,
Em que a Boa Nova deve ser impressa, em nós mesmos,
Nos refolhos da mente,
Nos recessos do peito,
Através das palavras e das ações.
Dos princípios e ideais,
Das aspirações e das esperanças,
Dos gestos e pensamentos.
Porque, em verdade,
Se o Céu nos permite espalhar-lhe a Divina Mensagem no mundo,
Um dia, exigirá nos convertamos em traduções vivas do Evangelho na Terra.



[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 40, Edit. FEB

TEMPO DE CONFIANÇA


TEMPO DE CONFIANÇA[1]

 “E disse-lhes: Onde está a vossa fé?”
Lucas, 8: 25


A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes.
Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.
Atende-os o Mestre, mas pergunta depois:
— Onde está a vossa fé?
O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.
Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada.
Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.
Aguardem os discípulos, naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor. Sem isso, seria impossível aferir valores.
Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação:
— Onde está a vossa fé?
E outros obstáculos sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer, serenamente, com as lições recebidas.






[1] Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 40, Edit. FEB.
Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto aos nossos estudos destes artigos.


sábado, 9 de junho de 2018

FÉ INOPERANTE


FÉ INOPERANTE[1]

“Assim também a fé., se não tiver as obras, é morta em si mesma.”
Tiago,2:17

A fé inoperante é problema credor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de que os discípulos do Evangelho compreendam, com clareza, que o ideal mais nobre, sem trabalho que o materialize, a benefício de todos, será sempre uma soberba paisagem improdutiva.
Que diremos de um motor precioso do qual ninguém se utiliza?
De uma fonte que não se movimente para fertilizar o campo?
De uma luz que não se irradie?
Confiaremos com segurança em determinada semente, todavia; se não a plantamos, em que redundará nossa expectativa, senão em simples inutilidade?
Sustentaremos absoluta esperança nas obras que a tora de madeira nos fornecerá, mas se não nos dispomos a usar o serrote e a plaina, certo a matéria prima repousará, indefinidamente, a caminho da desintegração.
A crença religiosa é o meio.
O apostolado é o fim.
A celeste confiança ilumina a inteligência para que a ação benéfica se estenda, improvisando, por toda parte, bênçãos de paz e alegria, engrandecimento e sublimação.
Quem puder receber uma gota de revelação espiritual, no imo do ser, demonstrando o amadurecimento preciso para a vida superior, procure de imediato, o posto[2] de serviço que lhe compete, em favor do progresso comum.
A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus; que em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
Guardar, pois, o êxtase religioso no coração; sem qualquer atividade nas obras de desenvolvimento da sabedoria e do amor, consubstanciados no serviço da caridade e da educação; será, conservar na terra viva do sentimento, um ídolo morto, sepultado entre as flores inúteis das promessas brilhantes.


[1] Livro: Fonte Viva – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 39, Edit. FEB
[2] Nota da redação: Aqui “posto de serviço” o autor se reporta a um dos segmentos religiosos; em uma das suas respectivas instituições.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

CONHECENDO SOBRE - CRUELDADE


CRUELDADE[1]
A autocrueldade é, sem dúvida, a mais dissimulada de todas as opressões.
De todas as violências que padecemos; as que fazemos contra nós mesmos são as que mais nos fazem sofrer. Nessa crueldade, não se derrama sangue, somente se constroem cercas e cercas, que passam a nos sufocar e a nos afligir por dentro.
Montaign[2],e, célebre filósofo francês do século XVI, escreveu: “A covardia é mãe da crueldade”.
Realmente, é assim que se inicia nossa auto-agressão. Em razão de nossa fragilidade interior e de nossos sentimentos de inferioridade, aparece o temor, que nos impede de expressar nossas mais íntimas convicções, dificultando-nos falar, pensar e agir com espontaneidade ou descontração.
A autocrueldade é, sem dúvida, a mais dissimulada de todas as opressões. Além de vir adornada de fictícias virtudes, recebe também os aplausos e as considerações de muitas pessoas, mas, mesmo assim, continua delimitando e esmagando brutalmente. Essa atmosfera virtuosa que envolve os que buscam ser sempre admirados e aceitos deve-se ao papel que representam incessantemente de satisfazer e de contentar a todos, em quaisquer circunstâncias. Buscam contínuos elogios, colecionando reverências e sorrisos forçados, mas pagam por isso um preço muito alto: vivem distantes de si mesmos.
A causa básica do “autotormento” consiste em algo muito simples: viver a própria vida nos termos estabelecidos pela aprovação alheia.
A timidez pode ser considerada uma autocrueldade. O acanhado vigia-se e, ao mesmo tempo, vigia os outros, vivendo numa autoprisão. Em razão de ser aceito por todos, ele não defende sua vontade, mas sim a vontade das pessoas. Pensa que há algo de errado com ele, não desenvolve a autoconfiança e, continuamente, se esconde por inibição.
Pensar e agir, defendendo nosso íntimo e nossos direitos inatos e, definindo nossas perspectivas pessoais, sem subtrair os direitos dos outros, é a imunização contra a autocrueldade.
Para vivermos bem com nós mesmos, é preciso estabelecer padrões de auto-respeito, aprendendo a dizer “não sei”, “não compreendo”, “não concordo” e “não me importo”.
As criaturas que procuram bajulação e exaltação martirizam-se para não cometer erros, pois a censura, a depreciação e a desestima é o que mais as atemorizam. Esquecem-se de que os erros são significativas formas de aprendizagem das coisas. É muito compreensível faltarmos à lógica numa tomada de decisão, ou mudamos de ideia no meio do caminho; no entanto, quando errarmos, será preciso que assumamos a responsabilidade pelos nossos desencontros e desacertos e apreendamos o ensinamento da lição vivenciada.
Quem busca consenso, crédito e popularidade; não julga seus comportamentos por si mesmo, mas procura, ansiosamente, as palmas dos outros, oferecendo inúmeras razões para que suas atitudes sejam totalmente consideradas.
Vivendo e seguindo seus próprios passos, poderá inicialmente encontrar dificuldades momentâneas, mas, com o tempo, será recompensado com um enorme bem-estar e uma integral segurança de alma.
Estar alheio ou sair de si mesmo, na ânsia de ser amado por todos aqueles que consideram modelos importantes, será uma meta alienada e inatingível. O único modo de alcançar a felicidade é viver, particularmente, a própria vida.
A fixação que temos de olhar o que os outros acham ou acreditam, sem possuirmos a real consciência do que queremos, podemos, sentimos, pensamos e almejamos, é o que promove a destruição em nossa vida interior, ou seja, o esfacelamento da própria unidade como seres humanos e, por conseqüência, nossa unidade com a vida que está em tudo e em todos.
Allan Kardec consulta os Obreiros do Bem:
“A obrigação de respeitar os direitos alheios tira ao homem o de se pertencer a si mesmo?”
E eles responderam: “De modo algum, porquanto este é um direito que lhe vem da Natureza.” [3]
“Pertencer a si mesmo”, conforme nos asseveram os Espíritos, é exercer a liberdade de não precisar conciliar as opiniões dos homens e de livrar-se das amarras da tirania social, da escravidão do convencionalismo religioso, das vulgaridades do consumismo, da constrição de ser dependente, enfim, do medo do que dirão os outros.
A solução para a autocrueldade será a nossa tomada de consciência de que temos a liberdade por “direito que vem da Natureza”.
Contudo, de quase nada nos servirá a liberdade exterior, se não cultivarmos uma autonomia interior, porque quem está internamente entre grilhões e amarras jamais poderá pensar e agir livremente.

 



[1] Livro: As Dores da Alma, Francisco do Espírito Santo Neto, Pelo espírito Hammed, Editora e Distribuidora Boa Nova. (Todos os grifos, numeração, coloridos, negritos, sublinhados e itálicos: é de autoria da redação do Jornal A FAGULHA, quanto ao nosso estudo deste artigo.)
[2]Michel Eyquem de Montaigne ( 28 de fevereiro de 1533 —  13 de setembro de 1592) foi um jurista, político, filósofo, escritor, cético e humanista francês, considerado como o inventor do ensaio pessoal. Nas suas obras analisou as instituições, as opiniões e os costumes, debruçando-se sobre os dogmas da sua época e tomando a generalidade da humanidade como objeto de estudo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_de_Montaigne
[3] Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Ed. FEB questão 827


quarta-feira, 6 de junho de 2018

ORIENTAÇÃO


ORIENTAÇÃO[1]

"E procureis viver quietos e tratar dos vossos próprios negócios e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado."
Paulo
I Tessalonicenses 4:11

A cada passo, encontramos irmãos ansiosos por orientação nova, nos círculos de aprendizado evangélico.
Valiosos serviços, programas excelentes de espiritualidade superior experimentam grave dilação[2] esperando terminem as súplicas inoportunas e reiteradas daqueles que se descuidam dos compromissos assumidos.
Assim nos pronunciamos, diante de quantos se propõem servir a Jesus sinceramente, porque, indiscutivelmente, as diretrizes cristãs permanecem traçadas, de há muito, esperando mãos operosas que as concretizem com firmeza.
Procure cada discípulo manter o quinhão de paz relativa que o Mestre lhe conferiu, cuide cada qual dos negócios que lhe dizem respeito e trabalhe com as mãos com que nasceu, na conquista de expressões superiores da vida, e construirá elevada residência espiritual para si mesmo.
Aquele que conserva a harmonia, ao preço do bem infatigável, atende aos desígnios do Senhor no círculo dos compromissos individuais e da família humana; o que cuida dos próprios negócios desincumbe-se retamente das obrigações sociais, sem ser pesado aos interesses alheios, e o que trabalha com as próprias mãos encontra o luminoso caminho da eternidade gloriosa.
Antes de buscares, pois, qualquer orientação, junto de amigos encarnados ou desencarnados, não te esqueça de verificar se já atendeste a isto.


[1] Livro: Vinha de Luz – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 37, Edit. FEB
[2] Ato ou efeito de dilatar (-se), transferência para mais tarde; adiamento, prorrogação.


terça-feira, 5 de junho de 2018

CONVITE AO BEM


CONVITE AO BEM[1]

“Mas, quando fores convidado, vai.”
Jesus
Lucas 14:10
Em todas as épocas, o bem constitui a fonte divina, suscetível de fornecer-nos valores imortais.
O homem de reflexão terá observado que todo o período infantil é conjunto de apelos ao sublime manancial.
O convite sagrado é repetido, anos a fio.
Vem através dos amorosos pais humanos, dos mentores escolares, da leitura salutar, do sentimento religioso, dos amigos comuns.
Entretanto, raras inteligências atingem a juventude, de atenção fixa no chamamento elevado.
Quase toda gente ouve as requisições da natureza inferior, olvidando deveres preciosos.
Os apelos, todavia, continuam...
Aqui, é um livro amigo, revelando a verdade em silêncio; ali, é um companheiro generoso que insiste em favor das realidades luminosas da vida...
A rebeldia, porém, ainda mesmo em plena madureza do homem, costuma rir inconscientemente, passando, todavia, em marcha compulsória, na direção dos desencantos naturais, que lhe impõem mais equilibrados pensamentos.
No Evangelho de Jesus, o convite ao bem se reveste de claridades eternas.
Atendendo-o, poderemos seguir ao encontro de Nosso Pai, sem hesitações.
Se o clarim cristão já te alcançou os ouvidos, lhe aceita as clarinadas sem vacilar. Não esperes pelo aguilhão da necessidade.
Sob a tormenta, é cada vez mais difícil a visão do porto.
A maioria dos nossos irmãos na Terra caminha para Deus, sob o ultimato das dores, mas não aguardes pelo açoite de sombras, quando podes seguir, calmamente, pelas estradas claras do amor.


[1] Livro: Pão Nosso – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 39, Edit. FEB

ENTRA E COOPERA


ENTRA E COOPERA[1]

“E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? Respondeu-lhe o Senhor: — Levanta-te e entra na cidade e lá te será dito o que te convém fazer.”
Atos, 9:6

Esta particularidade dos Atos dos Apóstolos reveste-se de grande beleza para os que desejam compreensão do serviço com o Cristo.
Se o Mestre aparecera ao rabino apaixonado de Jerusalém, no esplendor da luz divina e imortal, se lhe dirigira palavras diretas e inolvidáveis ao coração, por que não terminou o esclarecimento, recomendando-lhe, ao invés disso, entrar em Damasco, a fim de ouvir o que lhe convinha saber?
É que, a lei da cooperação entre os homens é o grande e generoso princípio, através do qual Jesus segue, de perto, a Humanidade inteira, pelos canais da inspiração.
O Mestre ensina os discípulos e consola-os através deles próprios.
Quanto mais o aprendiz lhe alcança a esfera de influenciação, mais habilitado estará para constituir-se em seu instrumento fiel e justo.
Paulo de Tarso contemplou o Cristo ressuscitado, em sua grandeza imperecível, mas foi obrigado a socorrer-se de Ananias para iniciar a tarefa redentora que lhe cabia junto dos homens.
Essa lição deveria ser bem aproveitada pelos companheiros que esperam ansiosamente a morte do corpo, suplicando transferência para os mundos superiores, tão-somente por haverem ouvido maravilhosas descrições dos mensageiros divinos.
Meditando o ensinamento, perguntem a si próprios o que fariam nas esferas mais altas, se ainda não se apropriaram dos valores educativos que a Terra lhes pode oferecer. Mais razoável, pois, se levantem do passado e penetrem a luta edificante de cada dia, na Terra, por quanto, no trabalho sincero da cooperação fraternal, receberão de Jesus o esclarecimento acerca do que lhes convém fazer.


[1] Livro: Caminho Verdade e Vida – Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. 39, Edit. FEB