segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

MARCA DE NASCENÇA NA VISÃO ESPÍRITA


MARCAS DE NASCENÇA NA VISÃO ESPÍRITA

Muitas pessoas carregam marcas de nascença, chegando a virar até uma identidade pessoal em alguns. E vem a curiosidade sobre a marca, do por que dela. No entanto, a curiosidade é algo inevitável para que tenha marca de nascença.
No entanto, será que estamos realmente preparados para saber da sua origem?
Na visão espírita as marcas, os sinais, as manchas de nascença, são indícios que evidenciam uma vida anterior, à vida atual, ou seja, é uma evidência da reencarnação.
Quanto maior o trauma, ou ferimento de grande intensidade, e pouco tempo antes da morte, ou qualquer outra causa que afetou profundamente o emocional do indivíduo como uma queimadura, ou ferida, ou determinados tipos de morte trágica, acidentais... Pode deixar marcas que atingem de certa forma o corpo espiritual, isto é, o perispírito; a intensidade emocional do acontecimento cria uma marca semelhante no perispírito; então as informações que o perispírito carrega, transmite para o corpo que está se formando na gestação, dessa vez com a marca.
Ou seja, o Espiritismo nos esclarece que as marcas de nascença existem por causa de experiências vivenciadas com muita intensidade emocional em alguma vida passada, e tais experiências intensas ficam gravadas na consciência do espírito, que não superou tal acontecimento, e assim quando tal espírito reencarna novamente ainda carregando tais lembranças transporta para o corpo físico em forma de marca tais experiências do seu passado na matéria, para superar tais acontecimentos do passado com as experiências adquiridas na vida atual.
Por que não nos lembramos do acontecimento que causou tais marcas?
Por que não nos lembramos das nossas vidas passadas?
Deus, como um pai que protege os seus filhos, e em Sua Infinita Sabedoria, sabendo que AINDA não somo capazes de superar o nosso passado nem de aceitar o passado das outras pessoas, Lançou o véu do esquecimento sobre nós; o fato de não nos lembrarmos do passado é porque não seria interessante para nós. A lembrança do passado só vem quando necessitamos realmente e quando Deus permite lembrarmos ou receber informações do nosso passado para o nosso próprio bem, em que vai ter proveito para algum entendimento que estejamos necessitados.
E a espiritualidade benfeitora nos informa que nem sempre estamos preparados para saber a origem de tais marcas, que é melhor a vida seguir, e não dar tanta importância para as marcas, porque algumas vezes podemos ficar abalados com tais informações da sua origem, e não sermos maduros o bastante para saber administrar tais informes.
O que se tem a fazer é conviver com tais marcas, no entanto, quando se estiver liberto do corpo físico pelo desencarne, as marcas vão desaparecer do perispírito a medida que o espírito compreender os fatos e for se depurando, isto é, for removendo as suas impurezas, as suas imperfeições, os seus erros; pois cada vida é uma história, embora acontecimentos tenham marcado o individuo de tal forma que reflete no corpo físico atual, estes fatos tem que ser superados, pois o passado existe para ser aceitado e superado, existe para que o perdão seja exercido tanto para com outros como a si mesmo.
A curiosidade bate obviamente, mas é esta curiosidade que diz: “É passado, estou em uma nova vida, em uma nova oportunidade, em uma nova experiência. Isto passou”. 
Nós espíritas sabemos que existe algo muito mais importante do que um capricho de curiosidade, que é dedicarmos ao nosso aperfeiçoamento com os ensinos de Jesus Cristo, e assim seguir cada vez mais o caminho do bem, da caridade do amor ao próximo, é compreender a nós mesmos para nos elevarmos e ir depurando, limpado o espírito das suas imperfeições, dos seus erros, sabe que devemos viver para nos aprimorar sempre deixando para traz os traumas que o espírito carrega, para ir educando-o para o auto progresso.
O que tem que ser motivo de nossa curiosidade é Jesus, que os seus ensinamentos nos ensina a descobrir a nós mesmos, a nos superar, a deslumbrar novos horizontes, a ter a vontade de fazer nossa própria luz brilhar e assim desfazermos das nossas imperfeições e lembranças amargas do passado.
Lembrando que é apenas com a permissão de Deus que podemos saber de algo do passado, ninguém está apto para decifrar o passado de ninguém, apenas se Deus assim o permitir, e Deus só permite quando é necessário. Pois, se for por termos de curiosidade, Ele sabe que não é necessário. Precisamos nos aceitar. Deus sabe o que Faz.
E Jesus é o remédio para tudo, pois é com Ele que, tudo compreendemos. 

sábado, 16 de dezembro de 2017

COM DEUS ME DEITO; COM DEUS ME LEVANTO


COM DEUS ME DEITO; COM DEUS ME LEVANTO
Numa antiga oração popular, ensinada às crianças para que seja orada antes de dormir, encontramos uma expressão muito interessante:
Com Deus me deito com Deus me levanto...
Eis então algumas considerações importantes inspiradas neste costume:
Com Deus me deito...
Que importante anelo para alguém que se prepara para o sono!
Tendo em vista que ao dormir, ao se penetrar o universo do sono e dos sonhos, ninguém pode garantir a qualidade deste transe, a harmonização com Deus faz-se fundamental.
Cada pessoa que se desprende do corpo físico, passa a travar contato com os variados tipos espirituais.
Amigos uns, inimigos outros, comparsas do pretérito reencarnatório, incontáveis.
Por causa disso, torna-se primordial criar-se o hábito benfazejo de orar, antes de dormir, entregando a mente, os raciocínios e os sentimentos às mãos do Criador.
Quando alguém mergulha nesse rio do sono, não tem ideia de com quem deparará.
É o que nos ajuda a entender os sonhos suaves, cheios de estesias, repletos de alegrias, que levam muita gente a dizer que chega a ter vontade de não despertar.
Há, por outro lado, os conhecidos pesadelos, que não são, senão, o resultado do contato angustiante e perturbador com adversários ou inimigos, cobradores, em vários níveis, das condutas daquele que dorme.
Deitar-se com Deus, então, transforma-se em providência muito feliz, com o fito de libertar-se de qualquer perseguição sombria.
Com Deus me levanto...
Em realidade, a referência é ao ato de despertar do sono.
É fundamental alguém aprender a levantar-se com Deus, num mundo em que, de costume, muitos indivíduos anseiam por levantar-se admitindo a não necessidade de cogitar Deus.
Quantos indivíduos, caídos na rua da amargura, rogam a ajuda divina para erguer-se da dificuldade em que se acham?
Mãos anônimas, mãos amigas, benfeitores humanos, socorristas encarnados, atendentes sociais, todo este plantel de almas do bem representa a presença de Deus junto aos irmãos que sofrem.
Tanto caminho, tanta ajuda tanto apoio impulsionarão o sofredor para que ele se levante, e se levante com Deus.
Quantos experimentam dramas econô
mico-financeiros, fazendo-se endividados, inadimplentes, desgastados sociais, desacreditados, muito embora a sua honestidade, a sua consciência dos próprios deveres?
Esses companheiros anseiam pelo socorro de amigos e de instituições bancárias que lhes retirem do pescoço o nó, que lhes ofertem algum oxigênio.
Assim livrando-os da sufocação em que se acham, para que se levantem, e se levantem com Deus.
Qualquer que seja a queda humana, material ou moral, a possibilidade de levantar-se com Deus, com o apoio do Mundo Superior, será sempre a melhor maneira de se levantar no Planeta.

* * *

A oração é uma das melhores maneiras de nos colocarmos em sintonia com os amigos espirituais.
Eis um hábito muito salutar: travar conversas constantes, onde quer que estejamos, com nosso Espírito Protetor, e com os Espíritos afins que nos acompanham diariamente.
Mantendo-nos em sintonia com os bons Espíritos, através de pensamentos elevados, de alegria, gratidão e amor conseguirão ouvir suas inspirações, e delas nos utilizarmos para nosso bem.

Contemos mais com este recurso fabuloso que temos: a prece, e nos surpreendamos com os bons resultados obtidos.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ALGO POR ELES NESTE NATAL


ALGO POR ELES NESTE NATAL
Compadece-te de todos aqueles que não podem ou não sabem esperar. Estão eles em toda parte...
Quase sempre são vítimas da inquietação e do medo. Observa quantos já transpuseram as linhas da própria segurança.
São casais que não se toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias, cedo se encaminham para sofrimento maior; são mães que rejeitam os filhos que carregam no seio, entregando-se à prática do aborto, recusando a presença de criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto no futuro, caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio; são homens que repelem os problemas inerentes às tarefas que lhes dizem respeito, escapando para situações duvidosas, sob a alegação de que procuram distração e repouso, quando apenas estão dilapidando a estabilidade das obras que, mais tarde, lhes propiciariam refazimento e descanso; são amigos doentes ou desesperados que se rebelam contra os supostos desgostos da vida e se inclinam para o suicídio, destruindo os recursos e oportunidades que transportariam para a conquista da vitória e da paz em si mesmos; são jovens, famintos de liberdade e prazer que, impedidos naturalmente do acesso a satisfações imediatas, se engolfam no abuso dos alucinógenos, estragando as faculdades com que o tempo os auxiliaria na construção da felicidade porvindoura.
Neste NATAL, façamos algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou que não querem aceitar os benefícios da serenidade e da esperança.
Pronuncia algumas frases de otimismo e encorajamento; escreve algum bilhete que os reanime para a bênção de viver e servir; estende simpatia em algum gesto espontâneo de gentileza; repete consideração e concurso amigo nos diálogos que colaborem na sustentação da paz e da solidariedade.
Não te declares sem possibilidade de contribuir, nem digas que tens todas as tuas horas repletas de encargos e serviços dos quais não te podes distanciar.
Faze algo, no soerguimento do bem. Nas realizações da fraternidade, quem ama faz o tempo.
Espírito Meimei



XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.

COMO ERA O NATAL DE CHICO XAVIER?



COMO ERA O NATAL DE CHICO XAVIER?
A distribuição natalina que Chico Xavier promovia, juntamente com diversos amigos, há vários anos, desde os tempos de Pedro Leopoldo, inspirou diversos grupos espíritas de todo o Brasil. As chamadas "repartições" de Natal constituem hoje o cartão de apresentação do trabalho assistencial desenvolvido pelos espíritas. 
No mês de Dezembro, jamantas carregadas de viveres, bolas, bonecas, roupas, doces, enxovais para recém-natos, etc., chegam a Uberaba, procedentes de São Paulo, para a grande festa da fraternidade.
Cerca de 4.000 pessoas, entre adultos e crianças, são beneficiadas pela distribuição sem que haja qualquer tumulto ou acontecimento deprimente. 
O próprio Chico fazia questão de entregar simbolicamente, algum dinheiro aos irmãos que têm, igualmente, as suas mãos osculadas por ele. 
Mas quem imagina que o Natal de Chico Xavier se restringe a essa grande distribuição que muitos interpretam erroneamente, estão equivocados. 
Na véspera de Natal, na noite do dia 24, sem que ninguém o veja, Chico sai com reduzido número de amigos para visitar aqueles que nem sequer podem se locomover de seus barracos... 
Acobertado pelo manto da noite, percorre vários bairros carentes de Uberaba, visitando pessoalmente, em nome de Jesus, os doentes, as viúvas, os filhos do infortúnio oculto... 
Além de levar algum presente para cada um, Chico conta casos, sorri com eles, lembra a sua infância, toma café e, depois de orar, segue em frente... 
Poucas pessoas sabem que Chico passa o Natal peregrinando. Enquanto muitos se reúnem em torno da mesa faustosa, sem qualquer crítica a eles, ou a nós, esse verdadeiro apóstolo de Jesus na Terra caminha quase solitário, levando um pouco de alegria aos lares e aos corações dos que enfrentam rudes provas.
Para muitos, Chico é um verdadeiro pai. Ainda há pouco tempo, uma senhora já bastante velhinha nos disse: 
- O sêo Chico tem sido nem sei o que pra mim ... Deus é que vai abençoá ele pro resto da vida... Quando o meu marido morreu, mandei avisá ele... Nóis num tinha dinheiro nem pro enterro... Ele feiz tudo e mandô me dize que vai me interrá tumém...
Chico não é só o médium missionário que conhecemos cuja produção mediúnica não encontra similar no mundo inteiro, seja em volume ou em variedade de temas de incontestável qualidade; ele reconhece que não basta estar empunhando lápis ou falando aqui e acolá ou tendo o seu nome nas páginas dos jornais... Na simplicidade de suas atitudes está a grandeza do seu Espírito. 
Se a vida de Chico nas páginas abertas é bonita, nas páginas que ninguém conhece, naquelas que só o Senhor pode ler, ela é muito mais, porquanto o seu amor pelo Cristo é algo que transcende, se perdendo na noite insondável dos séculos ... 
O Natal de Chico Xavier era assim...



Livro CHICO XAVIER mediunidade e coração, de Carlos Bacceli.

sábado, 18 de novembro de 2017

COMO FAZER PRATICAS MAGNÉTICAS SEGURAS



QUE SÃO NADIS?

QUE SÃO NADIS? [1]

As nāḍīs são caminhos de corrente prânica, mental e espiritual que formam a matriz de todo corpo físico.
Elas proveem energia a cada célula e órgão através de sua vasta estrutura, distribuindo prāṇa por todo organismo. As nāḍīs não são físicas, mensuráveis ou dissecáveis, mas canais de energia que subjazem e sustentam a vida e a consciência.
Em estados elevados de consciência as nāḍīs podem ser vistas como fluxos de energia, como descreveram os yogīs. Elas podem ser percebidas em um nível psíquico como distintos canais de luz, cor e som.
Ao mesmo tempo, as nāḍīs formam a base de todas as funções e processos corporais.
Pesquisas científicas têm sustentado a existência das nāḍīs. Dr. Hiroshi Motoyama foi pioneiro neste tipo de pesquisa, monitorando voltagens estáveis de correntes eletromagnéticas fluindo internamente no organismo humano, bem próximo ao sistema nervoso.
Através de suas descobertas ele alegou ter comprovado a existência das nāḍīs. A estrutura das nāḍīs é tão sutil e vasta que até mesmo os textos yogīs diferem no cálculo de sua quantidade no corpo energético. A Gorakṣasaṃhitā e a Haṭhapradīpikā enumeram 72.000 nāḍīs; o Prapañcasāra-tantra enumera 300.000 nāḍīs, enquanto que a Gheraṇḍasaṃhitā enumera 350.000 nāḍīs emergindo do centro umbilical.
As maiores nāḍīs
Fora os milhares de nāḍīs que constituem a estrutura prânica, que incluem todos os maiores e menores fluxos, setenta e duas são consideradas importantes.
Fora estas setenta e duas, dez são consideradas mais importantes.
Entre estes dez maiores fluxos prânicos, três são os principais: iḍāpiṅgalā e suṣumṇā.
Estas três nāḍīs principais se situam ao longo da coluna vertebral e perpassam cada um dos cakrasIḍā-nāḍī é o canal da energia mental, piṅgalā-nāḍīé o canal da energia vital e suṣumṇā-nāḍī é o canal da energia espiritual. Estes são os três principais canais para distribuição da energia por toda estrutura prânica.
A carga máxima deprāṇa flui através delas e seu impacto no organismo é imediato. Elas são os fios de alta voltagem que conduzem a energia das subestações (chakras) situadas ao longo da coluna vertebral para todas as outras nāḍīs.



[1] http://drashtayoga.blogspot.com.br/2014/04/as-nadis-sistemas-de-canais-da-mente-e.html

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

É RAZOÁVEL PENSAR NISTO

É RAZOÁVEL PENSAR NISTO

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer.
É amparo destinado aos obstáculos.
A serenidade não é jardim para os seus dias dourados.
É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.
A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis.
É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.
A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem.
É porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos evolvidos.
A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio.
É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.
A confiança não é um néctar para as suas noites de prata.
É refúgio certo para as ocasiões de tormenta.
O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil.
É manancial de forças para os seus dias de luta.
A resistência não é adorno verbalista.
É sustento de sua fé.
A esperança não é genuflexório de simples contemplação.
É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.
Virtude não é flor ornamental.
É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.

Livro: Agenda Cristã, Espírito André Luiz.Médium Chico Xavier

NA TRILHA DO MESTRE


NA TRILHA DO MESTRE

Partindo Jesus dali, viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.
Mateus 9:9

É importante verificar que o Mestre não estabelece condições para que o discípulo lhe compartilhe a jornada.
Não pergunta se ele se julga dotado com a força conveniente…
Se é fraco de espírito…
Se é demasiado imperfeito…
Se sofre em família…
Se possui débitos a solver…
Se padece tentações…
Se está acusado de alguma falta…
Se retém valores de educação…
Se é rico ou pobre de possibilidades materiais…
O Senhor diz apenas segue-me, como quem afirma que, se o aprendiz se dispõe realmente a segui-lo, será suprido de socorros eficientes, em todas as suas necessidades.
A lição é clara e expressiva. 
Reflitamos nela para que não venhamos a permanecer na sombra da indecisão.

Livro: “Benção de Paz”, Espírito Emmanuel, por Francisco Cândido Xavier 

sábado, 4 de novembro de 2017

ESTRUTURA DE UMA CASA ESPÍRITA

ESTRUTURA DE UMA CASA ESPÍRITA

O Centro Espírita é muito mais do que a casa física que lhe serve de sede. Transcende às paredes, aos muros que o circundam e ao teto que o cobre. Em verdade, o Centro Espírita é um complexo espiritual em que se labora nos dois planos da vida, o físico e o extrafísico, e com as duas humanidades, a dos encarnados e a dos espíritos desencarnados. Em razão disso, as providências e cuidados da Espiritualidade Maior são imensos quanto ao planejamento e à organização de uma instituição espírita. Já há muito sabemos que as planificações espirituais antecedem as dos encarnados, por isso se diz, comumente, quando se pensa e projeta uma obra espírita, que esta já estava edificada na espiritualidade. O que é real e verdadeiro. Os alicerces espirituais, portanto, são “levantados” bem antes, servindo de modelo para a obra que se pretende edificar no plano terreno.


(...) Costumamos frequentar o Centro Espírita durante anos sem atentarmos para aspectos mais profundos da sua importância, pois o vemos apenas como o local onde vamos buscar ajuda, consolo, amparo e esclarecimento e onde se tem um bom ambiente espiritual, apropriado para as reuniões espíritas. Não nos damos conta de toda a complexa estrutura espiritual que mantém uma sede de atividades espíritas, no âmbito dos encarnados, para que ela possa atuar nos dois planos da vida.

Entretanto, há alguns anos, estamos sendo conscientizados, principalmente através de mensagens dos instrutores espirituais, do que é, na realidade, o Centro Espírita e a premente necessidade que temos de adequá-lo e preservá-lo de acordo com as diretrizes da Codificação, bem como dos cuidados com que a Espiritualidade Maior cerca e dispensa, ao longo da tempo, aos núcleos espíritas que estão incluídos entre os que são merecedores dessas providências, pelo trabalho sério, nobre e edificante que realizam.

(...) Na ambiência da Casa Espírita, no relacionamento com os companheiros, descobrimos gradualmente o “segredo” de conviver com as diferenças aplicando os ensinamentos do Cristo à luz do Espiritismo, atendendo assim à conclamação do Espírito de Verdade, conforme registra O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, item 5: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”.

(...) Ao ressaltar o labor edificante promovido pelos mentores, não deixamos de considerar aquele que é efetuado pelos encarnados, ao conduzirem a Casa com seriedade e fundamentada nas diretrizes luminosas da Codificação Kardequiana. Assim, as duas equipes, a dos encarnados e a dos desencarnados, trabalharão em perfeita consonância formando, em última análise, uma única equipe, irmanados todos pelo mesmo ideal.

(...) No cerne dessa conscientização sobressai o compromisso dos dirigentes de serem as “vozes”, no plano terreno, dos Benfeitores da Vida Maior – estes que, numa visão mais profunda e avançada, são, em verdade, aqueles que dirigem, orientam, sustentam e inspiram os tarefeiros encarnados.

(...) Se a tarefa prioritária que nós, espíritas, devemos atender é a da difusão da Doutrina Espírita; se é essa a maior caridade que podemos exercer em relação a ela, conforme ensina Emmanuel, é essencial entender que a divulgação das diretrizes doutrinárias necessitam levar, em consentâneo, a vivência daqueles que as propagam. Somente assim, os valiosos princípios da Terceira Revelação terão o cunho da autenticidade, alcançando os corações que deles tenham ciência, com a força vibratória de quem vive o que prega.

Portanto, é no âmbito do Centro Espírita que exercitamos o amor, em suas várias gradações, que aprendemos a perdoar, que treinamos a paciência e a tolerância, aprendendo, em simultâneo, a ter respeito e disciplina no trato com as coisas espirituais.



Fonte: http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/estrutura-de-uma-casa-esp-rita-alicerces-espirituais

DESVIOS E DISTORÇÕES DOUTRINÁRIAS

DESVIOS E DISTORÇÕES DOUTRINÁRIAS
Há que se dedicar muito cuidado e atenção na prática cotidiana da programação de nossas instituições espíritas. O compromisso do adepto espírita é com o Espiritismo. E Espiritismo está claramente definido nas obras básicas de Allan Kardec. As inclusões indevidas, práticas que distorcem inovações oriundas de nossas distrações doutrinárias e mesmo quando criamos o “nosso espiritismo”, correm por nossa conta e risco, gerando responsabilidades de expressão, face às noções indevidas que podemos estar semeando em pessoas que agora se aproximam da Doutrina Espírita e o conhecem distorcido de suas propostas verdadeiras.
O compromisso do Espiritismo é com a renovação moral do ser humano. Totalmente conectado com o Evangelho de Jesus, suas bases visam esclarecer e orientar sobre nossa natureza, origem e destinação como filhos de Deus. Fundamentado em bases racionais e exclusivamente voltadas ao crescimento intelecto morais dos filhos de Deus, o Espiritismo dispensa condicionamentos, dependências de qualquer espécie, imposições, exigências e fanatismos que possam ou queiram se impor.
Quando se fala em condicionamentos e dependências, há um leque enorme de situações sutis que vamos nos permitindo e que deformam totalmente a genuína prática espírita. Alguém poderia perguntar: mas qual ou quais? Relacione uma ou mais. Não há necessidade de citar, discriminar ou criar outros perigosos caminhos que são os do preconceito ou do orgulho ferido e mesmo possíveis imposições ou críticas que não cabem.
A resposta é fácil. O Espiritismo possui e oferece ferramentas úteis e precisas para se evitar condicionamentos e dependências. Basta que perguntemos a nós mesmos: o que espero ou faço do Espiritismo? Como dirigente, palestrante, escritor ou colaborador/tarefeiro em qualquer área de atividade nas instituições – pois que não há qualquer atividade que seja mais importante ou mereça qualquer destaque, já que somos todos meros aprendizes –, como estou me portando?
Aprisiono ou liberto e motivo as pessoas?
Uso ameaças, chantagem e imponho minhas ideias e vontades como as únicas corretas?
Sou daqueles que recriminam e acusam, desprezam ou não desmerecem o esforço alheio?
Não é preciso continuar. Muitas outras situações podem ser incluídas.
Com tais posturas, aonde vão se incluir os desdobramentos próprios do orgulho, da vontade de dominar, da vaidade e da prepotência, geram os problemas que aí estão esperando nossa submissão à realidade do que realmente somos: todos meros aprendizes.
O pior de tudo isso é que deixamos que nossas tendências introduzam práticas estranhas ao Espiritismo na prática cotidiana dos Centros, como as atuais novidades incoerentes com a genuína prática espírita. 
Quais são as novidades? 
Novamente não é nem preciso citar. Basta observar com atenção! Os desvios surgem e as novidades aparecem quando esquecemos a prioridade do Espiritismo: nossa melhora e progresso moral.
E a orientação desse programa está claramente nas obras básicas, que nos esquecemos de consultar, de estudar, refletir e divulgar. E principalmente de fazê-la amplamente compreensível, em suas riquezas, para aqueles que se aproximam – sedentos por entender – e são bombardeados com condicionamentos que, ao invés de libertarem, aprisionam e repetem os mesmos equívocos da história bem conhecida, ao longo do tempo.
É nosso dever respeitar o Espiritismo! É nosso dever transmitir Espiritismo com fidelidade. Muitas pessoas que agora se aproximam do Espiritismo não trazem uma formação anterior que lhes facilite entender os fundamentos do Espiritismo e estes precisam ser explicados, comentados, exemplificados com clareza.
E, infelizmente, diante de tanta grandeza moral à disposição para cumprir sua justa finalidade, ficamos usando nosso tempo, recursos e inteligência para finalidades absolutamente distantes da genuína prática espírita que não é outra senão a caridade, em sua ampla abrangência, que não se restringe à doação de coisas, mas à doação de nós mesmos na gentileza, na sensibilidade, na atenção, no estender das mãos, no trabalho em favor do bem geral,  etc.
Abramos os olhos.
Nossa responsabilidade é enorme. 
E nossa fragilidade também...
Fonte: http://www.redeamigoespirita.com.br/group/artigosespiritas/forum/topics/dos-desvios-e-distorcoes-doutrinarias

TEMPO

TEMPO[1]
Já ouvi muitas pessoas dizerem e, eu mesmo, já disse inúmeras vezes: “Não tenho tempo”. Creio que você também assim se expressou em algum momento da sua vida…
Estava refletindo sobre o tempo como uma dimensão desafiadora, admirável, inexorável. Toda vez que penso no assunto, fico encantado e rendo-me a implacabilidade temporal!
Preferível, prudente e sábio é ter o tempo como aliado. Então, quando vivemos “correndo atrás do tempo”, é porque as coisas não estão bem e nós, provavelmente, não estamos dando conta de gerenciar a nossa própria vida.
Para não ficar perdendo tempo na tentativa inglória de uma batalha contra o deus Cronos[2], tomemo-lo como companheiro de jornada, pois, queiramos ou não, ele nos acompanhará do mesmo jeito. Se soubermos bem usufruí-lo, seremos felizes. Caso contrário, a história poderá ser outra, bem diferente.
Refletindo sobre esse curioso tema, cheguei à seguinte conclusão inconclusa, pois em se tratando do senhor tempo, quem manda é ele…
Tempo é questão de prioridade, disciplina e organização.
Não existe não ter tempo. Todos têm tempo, apenas elegemos prioridades diferentes, de acordo com os nossos interesses. Sempre que coloco algo como preferencial em minha vida, tomo todos os cuidados possíveis para que esse algo seja realizado, com qualidade e atenção. Não deixo para trás. Isso está em primeiro lugar. Assim, de hoje não passa, pois é prioritário. E, para o prioritário, eu arrumo tempo.
A disciplina, na sábia expressão de Emmanuel, precede a espontaneidade. Ou seja, para se agir espontaneamente é necessário ser disciplinado antes.
A disciplina é uma virtude que nos coloca em condições de fazer tudo o que está ao nosso alcance, sem estresse e receios desnecessários. Quem é disciplinado sente que tudo conspira a seu favor, pois geralmente associa-se a essa característica outra igualmente importante quando falamos de tempo.
A organização é o melhor caminho para se ganhar tempo.
Já lhe ocorreu de procurar algo e não encontrar?
De deixar alguma coisa em algum lugar e ficar (feita barata tonta) à procura e nada de achar?!
Fique tranquilo, pois isso já aconteceu comigo, com você e com muitas outras pessoas. Todavia, quando aprendemos a ordenar, arrumar, planejar, vemos o tanto que a nossa vida pode se organizar e como nos sentimos felizes pelos bons resultados que conseguiremos alcançar.
Nós damos conta do recado. É só uma questão de tempo!



[2] Cronos (em grego: Κρόνος, transl.: Krónos), na mitologia grega, é o mais jovem dos titãs, filho de Urano, o céu estrelado, e Gaia, a terra. ... O titã Cronos serviu de inspiração para a antiga seita órfica criar a figura de Chronos, a quem chamavam de o "deus primordial do tempo". - https://pt.wikipedia.org/wiki/Cronos